Dedicada a Paul Dedrick Gray. Eternamente #2
A vida é algo florescente, inconseqüente, incoerente. Pode ser colorido se for parar para reparar nas folhas que caem das árvores tão gentilmente quando o outono chega; Ou nas ruas pintadas de amarelo no verão.
É incrível aos mínimos detalhes. Pode ser uma montanha russa sem pudor algum, e ninguém escapa dessa adrenalina causada. Os altos para aqueles que querem gritar por liberdade, sentindo a brisa fresca lhe tocar o rosto; Os baixos para aqueles que, por mal ao se interpretar, não tiveram a confiança ideal para se crer que o destino somos nós mesmos quem fazemos.
Outubro é sinônimo de Outono, e essa estação do ano define alguns caminhos alheios. Algumas pessoas descobrem finalmente quem são, outras nem tanto. As folhas caem, mas só porque uma hora as coisas precisam mudar.
Não precisava ser assim, mas por ironia do destino aquele feito por si tudo veio a calhar. De repente aquela árvore de natal não tinha mais suas luzes coloridas, e o céu estrelado se tornara apenas um buraco negro a cima de nós.
A brisa do alto da montanha russa havia lhe tocado o rosto, e na mesma velocidade que se fez acreditar que seria para sempre, a descida também deu por sua vez a chegar à mesma velocidade.
E o outubro ainda estava ali, acompanhado de sua estação.
É, as folhas impecavelmente verdes das árvores uma hora precisam cair, deixando tudo mais acinzentado.
E como se tudo tivesse sentenciado, aquele coração cujo nome carregava esse feito, não estava pronto ainda para perder seu principal fortalecimento.