October escrita por xDropDeadx


Capítulo 22
A little piace of hair


Notas iniciais do capítulo

Meninas!
Mil desculpas pela demora, dessa vez eu senti ela como se não postasse a décadas!
Desculpem mesmo, ando muito sem tempo e sem inspiração, então eu fico esperando ambos chegar, principalmente a inspiração, pra não sair um cap lixo. De qualquer forma, eu nunca vou abandonar a fic, ok?
Enfim, eu fiz um tumblr!
Sim um tumblr pra vocês... Poderem se comunicar melhor. Não há muita coisa nele, porque eu fiz esses dias e não tenho tempo,mas ta aê, ok? Clique no meu nominho que link está esperando voces. hahahaa
Chega de blabla, vamos ao cap, espero que gostem e boa leitura.



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#20

- OCTOBER, SUA DESGRAÇADA! – Corey gritava com toda sua voz potente, tentando achar concentração o suficiente para deixar toda aquela dor de lado, enquanto eu puxava com ainda mais força o piercing de seu mamilo. – Porque está fazendo isso comigo, sua louca?!

- Você sabe por quê. – respondi ríspida, segurando o riso ao ver suas caretas se intensificarem cada vez mais.

- Não fui eu!

- Foi sim!

- Eu não disse nada!

- Você disse sim pro meu pai, eu sei o quanto é fofoqueiro! Seu traira!

- Meu peito ta doendo!

- O que ta acontecendo aqui? – Shawn perguntou então, adentrando o cômodo do quarto de hotel. – Está na hora de irmos, ou então perderemos o horário do vôo.

- Manda o Paul vim buscar o pitbull dele.

Ao contrário de Corey, Clown não fez mais do que revirar os olhos e me colocar sobre seus ombros, saindo rapidamente dali comigo.

- Às vezes eu acho que você e o Corey deveriam dar as mãos e sair andando.

- Ele é um babaca! – resmunguei, vendo-o se aproximar no mesmo instante, cerrando os olhos a mim, ainda pendurada em Shawn.

- Eu só acho que você e o Sid deveriam contar pro Chris.

- Como se a gente tivesse tido a idéia sozinhos.

- Hey! Eu só dei a idéia, não a coloquei em prática. A culpa é de vocês que gostaram dela, não minha. Não pedi que fizessem. – disse calmamente, dando de ombros, o que na verdade só me fazia sentir muito mais raiva. Ele estava dando uma de louco!

- Corey Taylor, estou terminando nosso noivado neste momento. Covarde!

O som das gargalhadas dele se misturam instantes depois com as de Shawn, que finalmente me decidiu colocar no chão. Estávamos no saguão do hotel e eu mal havia percebido que, definitivamente, estava na hora de partir. Enquanto alguém fechava a conta, os outros se mantinham sentados sobre as várias poltronas espalhadas por ali, com suas malas feitas logo ao lado.

Cansados. Sim, eles estavam e aquele semblante era inconfundível. O show da noite passada só pode ser nomeado de um jeito: Intenso. Vocês irão dizer que todos eles são assim, mas havia algo a mais ontem. Os olhos deles brilhavam, a empolgação corroia o interior de cada um. Além de tudo, era inexplicável.

- October, onde estava? – minha mãe perguntou, assim que percebeu minha presença já entre eles. Sentei-me ao lado de Joey que dormia com o rosto apoiado a mão, e puxei de leve seu cabelo, fazendo-o se assustar ao mesmo instante.

- Eu estava matando o Corey. – respondi então, piscando para ela, que arqueou as sobrancelhas em confusão.

 Depois de receber um tapa no braço do cara folgado ao meu lado, fui até Sid, puxando-o  afastado num canto.

- O que está fazendo? – perguntou confuso ao perceber meu ato.

- Precisamos pedir desculpa pro Chris e contar a verdade.

- Nem morto, eu não fiz nada.

- Ah, agora a culpa é toda minha né?! – extravasei já irritada. Ele estalou os olhos em minha direção, encolhendo os ombros enquanto erguia as mãos em rendição.

- Você que quis cortar o cabelo do coitado.   – disse aos risos, girando com o calcanhar. Agora todo mundo tirava o dele da reta!

... 

O som alto ecoava forte entre meus ouvidos. Os batuques frenéticos e violentos de Joey estavam a todo vapor na caixa de som logo ao meu lado, assim como os da percussão de Shawn e Chris também. A sensação era ótima! Eu já havia me esquecido de como era ficar escondida ao canto do palco, vendo a euforia dos fãs de meu pai; Dos fãs dos amigos. Deles. Sid não parava em seu lugar um segundo, enquanto Craig se contentava em apenas bater sua cabeça. Já Mr. Seven, como gostava de ser chamado quando estava sobre os palcos, mantinha sua face rancorosa a mostra, a todo instante; Mick me dava medo de vez em quando, nesses quando ele dizia que podia destroçar todo mundo se quisesse, mas só não o fazia por dó. Ok, esse era o momento em que todos abaixavam suas cabeças e tentavam descontrair daquele bolha de tensão chamada Mick Thomson.

Definitivamente, não consigo explicar com maior efeito ou, sequer, plausivelmente que aquela energia positiva que exalava de todos eles me fazia um bem que jamais irei achar em mais ninguém. 

A ultima música do show intenso de Londres havia sido terminada, e com curtos agradecimentos e despedidas eles já estavam a minha volta, suados, cansados. Ainda sentada à caixa de som logo atrás do palco, eles passaram indiferentes por mim, apenas a procura de bebida como gado a procura de água na em época de seca. Ok, essa comparação foi no mínimo ridícula, mas deixa pra lá. Apenas uma coisa prendia minha atenção agora.

Mais a frente Sid estava em chamas, literalmente, pulando ainda mais de que o costume, para que o fogo se apagasse enfim, o que na verdade só o fazia se alastrar. O autor do incêndio ria abafado pela sua mascara. Chris se divertia particularmente com Sid, que apesar de estar acostumando com esses incêndios propositais – o que era realmente todas às vezes – parecia não ter gostado muito da brincadeira. Wilson raramente não tinha seus dias bons, estes em que acordamos de mau humor... Mas, definitivamente, quando um desses péssimos dias é sorteado, ninguém consegue ficar por perto. Vai ver a Maria Juana dele acabou.

- Estão vendo aquela pequena pessoa sentada ali em cima? Ela é minha filha; Diga oi para a câmera chata, October. – escutei a voz de meu pai se aproximar, enquanto o mesmo era seguido. Era Mason, o roadie gato. Ok, apenas um detalhe que sempre deve ser mencionado.

- Oi câmera chata. – respondi, escutando-o rir baixo.

- O que está escutando? – meu pai perguntou notando meus fones sobre meus ouvidos. Eu até tinha me esquecido deles; estavam desligados, mas não perdi a oportunidade.

- Eu estou escutando a banda do meu pai. Slipknot, já ouviram falar? Se não, por favor, digitem S-L-I-P-K-N-O-T no youtube e salvem o século 21!

- Estão vendo? Essa é a minha October Gray, e eu amo a minha filha. – disse enfim, dando-me um beijo na bochecha enquanto se afastava novamente, puxando Mase.

Prestando atenção nele logo a frente, o vi agarrar minha mãe num abraço considerado sufocante, confortante, no caso de Paul Gray, garanto. Ele tem os melhores abraços do mundo, e não digo só porque ele é meu pai, porque, aliás, os abraços de Jim também eram bons. Deve ser porque ele é alto demais.

- Tober! – escutei uma voz abafada ao pé do meu ouvido, enquanto uma mão tapava minha boca e me puxava para trás da caixa de som. Assustada, comecei a estapear quem quer que fosse.

- Para, maluca!

 - Sid, seu besta, porque fez isso? Que susto!

- Preciso que me ajude a fazer uma coisa...

- Nem!

- É sério, quero me vingar do Chris!

- Só porque ele ateou fogo em você? Que idiota! Vocês fazem isso o tempo todo um com o outro.

- Não é por isso... Mas porque parece que ele ta me odiando hoje. Ele me fez engasgar com o pão de manhã, jogou minha escova de dente fora, atendeu meu celular de madrugada... Não, isso foi o pior de todos! Disse pra minha mãe que eu não estava disponível naquelas horas, que era pra prostituta ligar no dia seguinte! – contou tudo de uma vez, em seu tom raivoso, sem piscar, gesticulando com as mãos como se, de fato, ele pudesse me convencer a fazer alguma coisa a respeito. Eu fiz, é claro, nada mais do que rir.

- Vai rindo... Vai rindo. Uma hora você vai precisar de mim!

E foi como se os meus risos houvessem sido engolidos automaticamente pelo meu ser. Era fato que eu e Sid éramos tipo comparsas de missão impossível quando se tratava de pregar peças nos outros. Tínhamos quase os mesmos pensamentos! E essa chantagem - que seja, pode considerar imbecil se quiser - foi o suficiente para que eu agarrasse sua mão e saísse de fininho de trás daquele palco. Adentramos o corredor branco e longo do backstage, escutando vozes do camarim reservado.

- Seguinte, a gente vai...

- O que estão fazendo aqui? – fui tragicamente cortada pela voz rouca de Corey, já sem máscara e com a cara toda rebocada por maquiagem preta, logo atrás de nós. Ele nos olhou com os olhos cerrados, como se já pudesse adivinhar que iríamos aprontar alguma ali. – Qual é o sortudo dessa vez? – perguntou, entortando seus lábios. Sid retorceu seu rosto em descontentação, praguejando baixo até a sétima geração do Taylor.

- Chris.

- Ótimo! Chris ta um absurdo! Descobri que foi ele quem colocou minha mala dentro do quarto de empregados do hotel, é mole. Só fui descobrir que estava lá hoje. - contou, percebendo minha careta no mesmo instante.

- Então quer dizer que você está usando a mesma cueca há dois dias? – perguntei ao tom de nojo, escutando-os rir.

- Não, não sou seu amigo ai, Tober.

- Hey! Eu tomo banho todos os dias.

- Ah, claro.

- Que seja! Vamos fazer logo alguma coisa pro Fehn.

- Tive uma idéia... – Corey começou, com seu ar maligno exuberando pela face. Não evitei rir.

...

A passos na ponta dos pés, me aproximei do sofá onde Chris dormia largado, ainda no backstage. A festa que desenrolara depois do show fora por ali mesmo, e ainda no local, eles bebiam e conversavam empolgadamente.

 Os cabelos cumpridos presos numa trança estavam livres pela lateral do sofá, e com a tesoura que Sid, Corey e eu havíamos feito horrores para achar, apontei-a para os fios não tão bem cuidados, naquele dia, de Chris. Eu não tinha nada haver com aquilo, eu sei, mas eu era a única que conseguiria fazer aquilo sem que ele visse. Palavras do Sid Wilson.

Em apenas um movimento eu já estava com os a tesoura posicionada, e numa fração de segundos a trança já estava caída ao chão. Chris se remexeu um tanto, mas estava cansado demais para simplesmente acordar. E contando com isso, sai rispidamente dali, encontrando com Sid e Corey bisbilhotando no corredor.

- Vamo, vamo! – Corey desesperou, sentindo-me pular em suas costas enquanto saímos correndo, o mais rápido e silenciosamente que pudemos dali.

Bufando, eu voltei a me sentar, praguejando décadas de Sid e Corey Taylor. Meu deus! Eu estava sozinha nessa agora. Encarei Chris do outro lado do saguão, conversando normalmente com Mick. De fato, ele não parecia incomodado enquanto as madeixas curtas, mas aquilo não era o suficiente para que eu sentisse segurança em lhe contar que fora eu e mais dois amigos – que agora podiam ser chamados de traidores – quem tivera a esplêndida idéia de cortar sua trança. Bem que meu pai diz: Nunca vá à idéia dos outros, você sempre se dá mal. Estava sentindo o gostinho disso neste momento. Cruzei os braços mais uma vez, deixando que o ar me passasse pesado entre a os lábios.

- O que você tem?- escutei Craig perguntar, quebrando minha linha de devaneios.

- Fui eu quem cortei o cabelo do Chris... – contei, eu sempre fazia isso quando se tratava dele, porque, aliás, na maioria das vezes sempre respondia “Legal”, indiferente, ou seja, não afetava em nada a situação.

- Disso eu sei, e sei também que você não teve essa idéia sozinha. – é claro que todos ali se conheciam muito bem. – E Chris também já sabe que foi você.

- Como assim?! – desesperei incrédula.

- Quem mais faria uma coisa dessas sem que ele percebesse? Você, é claro.

- Mas...

- Sem mais, ele só está esperando você ser sincera e ir contar pra ele.

- Ok... Mas vou precisar de um tempo pra isso.

- O tempo que quiser. – respondeu então, se levantando – Agora vamos, que finalmente a Austrália nos espera!



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