Foto de bubblegumbitch
bubblegumbitch
ID: 569307
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  • 14/02/2015


  • RAWR

    Já que não tenho coragem de assumir minha loucura, queria que ao menos algum canto do mundo me acolhesse. E me abraçasse e dissesse que tudo bem, tudo bem de vez em quando eu perder assim a razão ou o equilíbrio. Eu queria que existisse um canto do mundo que me deixasse ser assim e apenas me deixasse ficar quietinha e quente quando o mundo resolvesse me magoar porque eu sou briguenta, mas sou mais sensível que maria-mole na frigideira.

     Your skin is not paper, don't cut it. Your face is not a mask, don't hide it. Your size is not a book, don't judge it. Your life is not a film, don't end it.

    E eu continuo indo, seguindo meu caminho. Mudando, errando, mas principalmente, aprendendo com o que eu erro. Não me preocupo se a minha evolução é lenta, contanto que ela seja pra melhor.

    Não sei mais o que fazer das minhas noites durante a semana. Em relação aos finais de semana já desisti faz tempo: noites povoadas por pessoas com metade da minha idade e do meu bom senso. Nada contra adolescentes, muitos deles até são mais interessantes e vividos do que eu, mas to falando dos “fabricação em série”. Tô fora de dançar os hits das rádios e ter meu braço ou cabelo puxado por um garoto que fala tipo assim, gata, iradíssimo, tia.
    Tinha me decidido a banir a palavra “balada” da minha vida e só sair de casa para jantar, ir ao cinema ou talvez um ou outro barzinho cult desses que tem aberto aos montes em bequinhos charmosos. Mas a verdade é que por mais que eu ame minhas amigas, a boa música e um bom filme, meus hormônios começaram a sentir falta de uma boa barba pra se esfregar.
    Já tentei paquerar em cafés e livrarias, não deu muito certo, as pessoas olham sempre pra mim com aquela cara de “tô no meu mundo, fique no seu”. Tentei aquelas festinhas que amigos fazem e que sempre te animam a pensar “se são meus amigos, logo, devem ter amigos interessantes”. Infelizmente essas festinhas são cheias de casais e um ou outro esquisito desesperado pra achar alguém só porque os amigos estão todos acompanhados. To fora de gente desesperada, ainda que eu seja quase uma.
    Baladas playbas com garotas prontas para um casamento e rapazes que exibem a chave do Audi to mais do que fora, baladas playbas com garotas praianas hippye-chique que falam com voz entre o fresco e o nasalado (elas misturam o desejo de serem meigas com o desejo de serem manos com o desejo de serem patos) e rapazes garoto propaganda Adidas com cabelinho playmobil também to fora.
    O que sobra então? Barzinhos de MPB? Nem pensar. Até gosto da música, mas rapazes que fogem do trânsito para bares abarrotados, bebem discutindo a melhor bunda da firma e depois choram “tristeza não tem fim, felicidade sim” no ombro do amigo, têm grandes chances de ser aquele tipo que se acha super descolado só porque tirou a gravata e que fala tudo metade em inglês ao estilo “quero te levar pra casa, how does it sounds?” Foi então que descobri os muquifos eletrônicos alternativos, para dançar são uma maravilha, mas ainda que eu não seja preconceituosa com esse tipo, não estou a fim de beijar bissexuais sebosos, drogados e com brinco pelo corpo todo. To procurando o pai dos meus filhos, não uma transa bizarra.
    Minha mais recente descoberta foram as baladinhas também alternativas de rock. Gente mais velha, mais bacana, roupas bacanas, jeito de falar bacana, estilo bacana, papo bacana… gente tão bacana que se basta e não acha ninguém bacana. Na praia quem é interessante além de se isolar acorda cedo, aí fica aquela sensação (verdadeira) de que só os idiotas vão à praia e às baladinhas praianas. Orkut, MSN, chats… me pergunto onde foi parar a única coisa que realmente importa e é de verdade nessa vida: a tal da química. Mas então onde Meu Deus? Onde vou encontrar gente interessante? O tempo está passando, meus ex já estão quase todos casados, minhas amigas já estão quase todas pensando no nome do bebê,… e eu? Até quando vou continuar
    achando todo mundo idiota demais pra mim e me sentindo a mais idiota de todos?
    Foi então que eu descobri. Ele está exatamente no mesmo lugar que eu agora, pensando as mesmas coisas, com preguiça de ir nos mesmos lugares furados e ver gente boba, com a mesma dúvida entre arriscar mais uma vez e voltar pra casa vazio ou continuar embaixo do edredom lendo mais algumas páginas do seu mundo perfeito.
    A verdade é que as pessoas de verdade estão em casa. Não é triste pensar que quanto mais interessante uma pessoa é, menor a chance de você vê-la andando por aí?

    (...) Minha vontade é que ele me pergunte se quero um pouco de chá gelado e se eu gostaria de ver um dos seus filmes estirada nas grandes almofadas.
    (...) Eu mais uma vez me pergunto como é mesmo que se faz a coisa mais profunda do mundo com total superficialidade. Como é que se ama sem amor? Como é que se entrega de dentro de uma prisão? Nunca soube.
    (...) Ainda é cedo e eu preciso de amor. Só um pouquinho de amor. (...) Quero que ele veja o quanto mudei por causa dele, na esperança de que seu riso congelado saia do automático e eu ganhe um único sorriso verdadeiro.
    (...) Talvez meu amor tenha aprendido a ser menos amor só para nunca deixar de ser amor.

     

    Não sofrer significa não amar. Quando entregamos o nosso coração pra alguém, estamos atestando que não somos mais os únicos responsáveis por ele, nossa felicidade passa a estar também nas mãos de outra pessoa.

    Independente de outras pessoas, eu acho que estou feliz. Não é uma felicidade daquelas que parece que vamos flutuar como um balão de gás. Mas uma alegria sólida, como se eu olhasse para a estrada e percebesse que o pior já ficou para trás. E o mais importante, é que essa felicidade dessa vez não tem um “nome”, estou feliz por mim, pela liberdade que estou sentindo pela primeira vez na vida, por saber que posso fazer o que eu quero, sem ter que dar satisfações para ninguém. Estou me sentindo até mais solta, menos tímida, como se não tivesse ninguém me olhando e eu pudesse ser eu mesma, pra variar…

     

    A memória é um território complicado. Quando julgamos estar seguros, com antigos, traumas superados, sem chances de novas recaídas, um cheiro, um clima, uma cidade nos arrasta para essa terra dos fantasmas adormecidos. Hoje eu me lembrei de você. Com tanta força que foi como se, em vez de mais um ano, tivessem se passado apenas dias. Eu me lembrei de todos aqueles lugares por onde passeamos de mãos dadas… Eles continuam exatamente os mesmos, mas nossas mãos só se entrelaçarão de novo em meu pensamento. Me lembrei do tom com que você sempre se atrasava, mas que nunca faltou… como falta agora. Como esta cidade está incompleta sem você! Os dias continuam cinza, mas você não os colore mais. As noites continuam longas, e eu não sei se você ainda as preenche com música. Eu continuo sem senso de direção, mas não tenho mais você para errar o caminho comigo. O tempo continua sem esperar, mas eu não tenho mais tanta certeza de que algum dia poderei voltar aqui sem que seja contaminada por sua presença, tão marcante, ainda que invisível.

    Às vezes me pergunto se existe algo de errado comigo. Talvez eu gaste tempo demais na companhia de meus heróis românticos literários, e conseqüentemente meus ideais e expectativas são extremamente altos.

    O mundo entrou nos eixos de novo, o sorriso é por isso. Eu te amava e aqui vão as suas coisas, para longe da minha vida onde você deve ficar, o sorriso é por isso. Eu não te amo mais, claro que não, mas ainda tem alguma coisa que eu posso te mostrar. Você nunca viu de verdade os filmes da minha cabeça e foi por isso, Ed, que a gente acabou.

    Eu queria ficar te olhando para sempre, ou dormir do seu lado para sempre, ou dormir para sempre e você ia acordar e ficar me olhando, qualquer coisa assim pra sempre.

    A menina conhece o menino Ed, e aí tudo muda, pelo menos é isso que ela diz. O céu parece triste, ela diz, mas ela não está triste. O telefone toca - é mais um dia, ou o mesmo dia, quem pode dizer? A garota pensa com seu café, quando o mundo inteiro mudou? Ela toma mais um café, os carros passam, refletidos na janela. O mundo, ela pensa, mudou.

    Foi por isso que a gente acabou Ed, por uma coisinha pequena que sumiu ou quem sabe nunca tenha estado de verdade nas minhas mãos.

    Eu tinha te perdido por tanto tempo que quando te achei de novo o meu cérebro falou: 'Por que você está olhando para esse cara? Quem é ele? Por que esse cara e não os outros, qualquer outro?

    Eu te amava e aqui vão as suas coisas, para longe da minha vida aonde você deve ficar , o sorriso é por isso.

    Estou contando por que a gente acabou, Ed. Estou escrevendo, nesta carta, toda a verdade sobre o que aconteceu. E a verdade é que, porra, eu te amei demais.

    When a door closes, a window opens... or, something like that.

    That is a tasty plasma. Maybe I could sneak in and watch "Final Fantasy: Spirits Within.

    It's not a drawing... look, 'Rachel in the dark room... Rachel in the dark room...'

    Put this on and let your inner punk-rock girl come out! You can afford to take chances!

    Vai. E, se der medo, vai com medo mesmo.

    Só pra lembrar:

    no final desse filme

    a gente morre.

    Eu ri, bebi, cresci, evolui, me iludi, me fudi, mas não morri. Eu beijei, sonhei, errei, me decepcionei, apaixonei, mudei. Enfim eu vivi.

    Então fica até o Sol chegar, que eu ligo pro Sol pra avisar que hoje ele pode demorar.

    Só pra você saber

    eu esqueci você.

    E se o meu olhar cruzar

    com o seu é só porque

    você tá no caminho.

    E se um dia

    eu te ligar de

    madrugada

    em desespero,

    é engano.

    Eu queria tanto

    que você não

    fugisse de mim,

    mas se fosse eu,

    eu fugia.

    Você não está entendendo... A graça do cobertor é você debaixo dele!

    Mais do que tudo, ontem á noite, eu sofri por te amar demais!

    Eu não sei o que você está sentindo... Mas deve estar doendo muito...

    Porque a menos que alguém como você se importe muito, nada vai melhorar, não vai não...

    Ás vezes eu gostaria de ter ido, eu gostaria de ser por um dia uma dessas garotas populares, que se dão bem com todo mundo, e que adoram comer uma montoeira de doces e cantar karaokês e liderar torcidas e usar rabo de cavalo... Mas acho que não tá no meu DNA.

     

    Barbie morra de inveja.

    Não é arte o que eu crio... o que eu crio é caos.

    *Não é arte o que eu crio... o que eu crio é caos.

    *Quando eu te ver novamente



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