Vontade de apagar tudo que eu já escrevi.

Todo assunto escolar,

Todas as redações,

Todos os trabalhos escolares,

Todas publicações no Twitter e Facebook,

Todas as historias que já escrevi,

todas as publicadas,

não publicadas e que ainda irão,

As mais pequenas frases, e os maiores textos,

A primeira vez que escrevi o alfabeto,

Começar tudo de novo.

Fazer do inicio,

Reiniciar uma nova historia gráfica,

Reiniciar toda a minha historia com um lápis na mão.

Mas ai penso:

E o que será de todos os Assuntos escolares que eu já escrevi?

E as redações,

Trabalhos escolares,

Publicações no Twitter e no Facebook,

Todas as historias que já escrevi,

Todas as publicadas,

Não publicadas,

E que ainda serão,

As mais pequenas frases,

E os maiores textos.

E a primeira vez que escrevi o alfabeto?

Não tenho como pegar tudo isso e cremar.

Não tenho como destruir todas essa lembranças,

E muito menos construir elas novamente.

Então decidir continuar de onde parei,

Guardando na mente tudo que já escrevi na escola,

Nas redes sociais,

Em uma folha de caderno qualquer.

E talvez, por alguns momentos, fingir que nada aconteceu:

Seguir o plano inicial de apagar tudo isso,

Criar uma nova historia em algum ponto da minha mente.

Talvez ainda crie coragem para escreve-la.

Ou não.

Nunca saberei o que poderia ter acontecido realmente

Se eu apagasse tudo e começa-se do zero.

Tenho em mente também que:

Sou assim por algum motivo

Deus me quis assim.

Eu posso mudar se quiser,

Posso, tentar, mudar tudo que já fiz:

Apagar, começar de novo,

Esquecer todas as pequenas e grandes lembranças que tenho,

E me moldar novamente,

A ser aquilo que as pessoas esperam de mim.

Bem,

Eu tenho uma noticia para elas:

Eu sou assim,

Pensei em mudar?

Pensei sim.

Mas eu quero?

Não.

Sinto muito se não te agrado,

Como diz aquela frase bem clichê,

"Eu não nasci para agradar todo mundo."

E realmente não nasci.

Não acho que preciso pedir desculpas por isso,

Mas posso falar, talvez, um:

'Foi mal ai se não pareço com você.'

~Bárbara Melo