As cartas de nossa história escrita por O Par Perfeito


Capítulo 5
Carta 5: “E se?”


Notas iniciais do capítulo

Para: Pedra.
Baltimore, Maryland.
Estados Unidos.



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“E se hoje pudesse escolher qualquer coisa, escolheria você. E se tivesse que fazer essa mesma escolha para o resto da vida, você sempre seria a minha.” - A. Ribeiro.

2012

Pedra, 

O ano letivo começou e estou extremamente cansada. Juro que não consigo compreender como você consegue estudar tanto, é tão chato, exaustivo e bem, existe tantas outras coisas que preferia estar fazendo, porém, aqui estou, pronta para começar mais uma atividade que a professora Ana passou, dessa vez devo imaginar “e se” algo fosse possível de mudar. Ainda não sei se compreendi a atividade. 

Enquanto penso sobre isso, quero contar que te vi hoje. Estava conversando com o Caio, seu melhor amigo. Lembro-me que por uns segundos você olhou em minha direção, e então levantou o braço e acenou. Naquele momento minhas pernas fraquejaram e precisei segurar na minha amiga, porque era surreal aquele momento, até que percebi que o aceno não era meu e sim de Felipe, seu outro amigo e que estava atrás de mim. 

E se eu pudesse mudar algo desse dia, teria sido isso. Aquele breve aceno teria sido meu. Você teria sorrido em seguida, porque eu amo seu sorriso, e então seria zombado por seus amigos, mas só iria balançar a cabeça da mesma maneira que já vi você fazer várias vezes e então caminharia em minha direção, iria pegar minha mão e me puxaria para a quadra, para passarmos o resto do intervalo conversando e beijando. 

Estou pensando na primeira vez que vi você fora da escola. Tinha ido com minha família ao Jardim Botânico da cidade, e entre risadas com minha irmã avistei você debaixo de uma grande árvore. Estava sentado enquanto lia algum livro e sozinho. 

E se eu pudesse mudar algo desse dia, teria sido isso. Ao invés de te observar de longe desejando que aquela expressão de felicidade fosse minha, teria criado coragem e caminhado até você, perguntaria se lembrava que estudamos no mesmo colégio e então seria eu mesma, torcendo para que gostasse de mim, para que déssemos certo. 

De um jeito estranho, consegui finalizar a atividade da professora, mas ela jamais vai ler isso, assim como ninguém. Essas palavras provavelmente ficarão esquecidas em algum diário, um lembrete constante de como sou medrosa demais para correr atrás do garoto que gosto. 

E se eu pudesse mudar algo, seria o medo de ser rejeitada por você. 

Com amor, Rio. 

Ps: Encontrei essa carta enquanto olhava os diários que escrevi ao longo dos três anos que fui apaixonada por você. E se eu pudesse mudar algo hoje, tentaria achar uma forma de ter vivido tudo que vivemos e continuar com meu coração intacto após o fim. 

 


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Notas finais do capítulo

Com amor, Rio.



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