about love and stuff. escrita por unalternagi


Capítulo 17
Não quero te desafiar, apenas quero me definir


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente.

Que xs leitorxs novxs sejam bem-vindxs, estou muito feliz que a fanfic está sendo bem acessada.

Obrigada a quem sempre comenta♥

Capítulo hoje também apenas de transição, ponto de vista de Jazz, espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/777810/chapter/17

Capítulo 17 – Não quero te desafiar, apenas quero me definir

PDV JASPER

Guardei o lençol do quarto de Emm em sua cômoda e tampei as coisas que deveria com o lençol branco que tio Charlie deixou por ali. Achei muito estranho aquele quarto vazio daquela forma, mas não fiquei muito tempo vendo aquilo.

Entrei no banheiro para checar que não tinha nada de errado ali, fechei as janelas do quarto e banheiro, então fechei a porta branca do quarto dele para que ninguém mais tivesse que lidar com aquilo.

—Tem certeza que quer dirigir por seis horas? Posso mesmo contratar um carro e... – tio Charlie começou quando nos encontramos no corredor.

—Ah, ficarei algum tempo sem ver o senhor e, acha mesmo que desperdiçarei três horas?

Ele sorriu e bateu nas minhas costas, agradecido. Descemos para a cozinha onde Rosalie terminava de limpar a geladeira com a ajuda de Alice.

—Ficarei com o seu sorvete para o senhor, tio – Alice disse rindo e ele sorriu.

—Muito obrigada, Ali, não sei o que faria sem você – ele brincou beijando a cabeça dela.

—É isso então. Hoje teremos lasanha de quatro queijos e macarrão a bolonhesa – Rose avisou colocando os potes congelados em cima da pia.

—Então acabamos mesmo com tudo? – tio Charlie perguntou surpreso e ela riu.

—Não foi uma tarefa fácil, mas sim. São as últimas refeições deixadas por tia Renée – ela disse orgulhosa.

Sentamos com ele e jantamos os quatro juntos. Depois de desligar as coisas todas da casa dos Swan, tio Charlie suspirou alto.

—Não gosto de lembrar-me da última vez em que essa casa ficou sozinha assim – ele murmurou ao trancar a porta da frente.

Tia Renée, fugindo com Bella e Emmett.

Não deixei que o mal-estar ficasse muito tempo no ar.

—Ei, não vou pegar todas as malas só porque é o sargento – eu ridicularizei e ele riu revirando os olhos.

Colocamos as duas malas no porta-malas do jipe - que tínhamos deixado estacionado no meio fio da minha casa - e a mochila que ele levaria como bagagem de mão ficou no banco traseiro de seu carro.

—Muito bem, vamos cochilar antes, certo? – ele perguntou incerto e eu concordei.

Ele dormiria na casa dos Cullen e eu na minha então, às quatro da manhã, seguiríamos viagem para Seattle.

Aproveitei que minha prova de amanhã seria só à tarde e me disponibilizei para ir leva-lo ao aeroporto sabendo que, para Edward, seria difícil de mais fazer isso. Porque, querendo ou não, tio Charlie era uma coisa que fazia Bella pertencer a este local.

Tio Charlie e Alice foram comigo e Rose para nossa casa. Tio Charlie se despediu dos meus pais, depois de Rosalie que ficou com os olhos cheios de lágrimas ao se separar do sargento.

—Se cuide bem e não é só porque não estou no continente que não pode contar comigo, sabe disso, certo? – ele disse para ter certeza e Rose ampliou o sorriso, concordando.

—Certo, tio.

—Muito bom – ele sorriu e a abraçou novamente – Você é brilhante, garota. A gente volta a se ver logo, sim?

Ela assentiu e então ele saiu combinando de me encontrar as dez para as quatro no jipe. Concordei de pronto, dei um selinho em Alice e os deixei seguir para a casa dos Cullen.

Dormi sem muitos empecilhos e, às três e meia, meu celular despertou alto. Coloquei a roupa que tinha separado e peguei a chave do jipe que estava comigo. Segui com o jipe até a frente da casa dos Cullen e vi tio Charlie saindo de lá nas pontas do pé quase, com um embrulho na mão.

Ele calçou o sapato do lado de fora da casa e eu ri porque, do jeito que a casa era imensa, não sei como ele achava que poderia acordar alguém.

—Bom dia, garoto – ele disse ao entrar no carro.

—Bom dia, tio. Preparado para a nossa road trip? – perguntei e ele riu.

Dei partida no carro e comecei nossa viagem.

—Sim. Obrigado por fazer isso – falou, novamente, colocando o cinto e então puxou a mochila para seu colo, guardando o embrulho lá dentro.

—O que é isso? – perguntei curioso e ele bufou.

—É uma ótima pergunta, mas seu amigo não quis me contar. Só sei que devo entregar a Bella apenas na noite do dia vinte e dois de dezembro, sob nenhuma circunstância devo entregar antes e ele disse que não adianta entregar depois. É alguma coisa sobre a surpresa de natal dela – ele bufou e eu ri.

—Um genro muito romântico o senhor tem – comentei.

—Ou muito sem vergonha – ele murmurou – O que eu atrapalharia na surpresa se ele me contasse? Nada. Eu não contaria nem sob tortura para ela, sou um policial treinado – ele disse e eu ri.

—Não quando é Isabella Swan e “seu par de esmeraldas” – falei debochado.

Era como tio Charlie se referia aos olhos claros que seus filhos puxaram de tia Renée. Ele deu um meio sorriso, mas não falou nada. Ele sabia que eu estava certo sobre aquilo.

—Até Emmett sabe o que é. Quem confia no boca aberta do meu filho e não confia em mim? – ele murmurou realmente chateado.

—Nessa eu vou concordar com o senhor. Ninguém deveria confiar em nenhum de vocês dois quando o assunto é Bebella – brinquei e ele riu do meu comentário.

Ligamos o rádio e ficamos escutando algumas notícias como eu sabia que ele gostava e eu não me opunha, não me importava. Ele comentou sobre uma notícia ou outra e sempre era muito fácil ficar em silêncio com o tio Charlie.

—Ah, achei muito útil sua técnica de querer colocar o sapato do lado de fora da cabana dos Cullen – falei debochado e ele gargalhou.

—Não me julgue por não querer atrapalhar, garoto. Juro que teria dormido em minha casa se Esme não tivesse quase chorado quando eu falei isso e ela disse que eu não gostava da casa dela – ele disse desgostoso.

Comecei a rir, eu conhecia muito bem essa técnica, Alice fazia o mesmo quando queria que as pessoas fizessem o que ela pedia.

—As mulheres Cullen são dramáticas. Não acredito que ela o fez trocar sua cama confortável por um sofá.

—Ah, como se Esme conseguisse deixar que eu ficasse menos envergonhado – ele reclamou – Ela fez Edward me ceder a cama dele e arrumou o escritório dela para ele dormir – bufou – Bem, não é como se ele fosse dormir no quarto dele, mas eu não fiquei muito confortável em roubar dele o lugar.

—Como assim ele não ia dormir no quarto dele? – perguntei curioso.

Desviei o olhar da estrada por um segundo encarando tio Charlie quando ele começou a rir bem alto.

—Ele acha que sou idiota, na verdade, ele e minha filha. Sou um policial treinado e escuto até uma respiração diferente, então ele pular a janela da minha casa era audível em qualquer idade – ele riu.

Que menino burro da bodega. Eu sabia que, quando éramos menores, ele costumava pular a janela do quarto de Bella, mas não sabia que ainda era hábito recorrente.

—O senhor não se importa? – perguntei.

—Ele sempre o fez, não é coisa de namoro e sim de amizade então nunca me opus a nada. Claro que quando anunciaram que estavam juntos eu fiquei menos contente com as invasões, mas não achei justo impedi-los de ficar juntos no curto tempo que tinham e, bom, eu conto com o bom senso deles de respeitarem minha casa.

Contou errado, mas tudo bem, eu que não delataria meus amigos.

—Ele tem dormido no quarto de Bella, então? – perguntei curioso.

—Desde que ela foi para a Itália – contou – Pensei que ia passar, mas quando vi que na segunda semana ele ainda pulava a janela, resolvi preservar Esme e Carlisle e o entreguei uma cópia da chave de casa para que ele pudesse entrar e sair quando bem entendesse.

Assenti.

Mudamos de assunto de forma natural. Começamos a comentar sobre um roubo e tio Charlie falava sobre o trabalho dele, ele adorava o que fazia e aquilo era claro para qualquer um.

Eu tinha orgulho do meu tio e do trabalho honesto que ele fazia. Ele quem tinha conseguido o emprego para mim na delegacia com seu antigo parceiro de trabalho, Mark.

—O garoto dele está se adaptando bem à Forks? – perguntou genuinamente preocupado.

—Está sim, somos amigos. Ele é bem gente boa, meio tímido, mas muito inteligente também. Está roubando alguns corações das meninas da escola – falei bem humorado.

Era verdade. Lauren estava dando muito em cima dele de forma vergonhosa e, até Jessica - que tinha terminado com Mike - começou a ser mais física com ele, cumprimentando-o com beijos no rosto e tudo o mais. Alistair era tímido, mas eu sei que não gostava nada dessa atenção toda.

—O pai dele é péssimo com mulheres, isso é tudo o que te falo – ele disse e eu ri.

Depois de eu insistir um pouco para saber o porquê, tio Charlie contou-me algumas histórias sobre a época em que ele se separou de tia Renée e ia para os bares com Mark trabalhar como wingman dele, nada muito bem sucedido.

—E sua ideia sobre o exército? – perguntou.

Sorri animado.

—Estou muito pensativo sobre. Vou me alistar logo depois das festas de fim de ano, eu quero mesmo fazer isso – contei e ele sorriu.

—É um bom desejo, Jazz. O tempo que servi foi curto, mas criou um caráter bom. Alice já sabe?

O sorriso sumiu da minha face.

—Ela é complexa.

—Tem que contar o quanto antes, sabe disso.

—Eu sei mesmo.

Ficamos quietos um tempo e então voltei a falar, perguntando sobre o que ele achava, se tinha dicas, se tinha lembranças e histórias. Chegamos rápido demais no aeroporto. Ele me pagou um café depois de fazer o check-in e despachar a bagagem.

—Sei que vai ser estranho não estarmos por perto, mas espero que todos tenham a consciência que é algo temporário e nós vamos mesmo voltar. Não percam o contato conosco, sim? – ele disse e eu assenti.

Caminhei com ele até o portão de embarque e lhe dei um forte abraço.

—Se tiver qualquer dúvida ou precisar de dicas...

—Será a primeira pessoa que eu vou procurar – garanti e ele assentiu.

—Fico feliz – ele sorriu e então pegou o passaporte e o bilhete de embarque – Nos vemos dentro de poucos meses, sim? Cuide-se.

—Pode deixar - prometi.

Ele sumiu do meu campo de visão depois de um aceno. Agora era aquilo. O último fio que prendia os Swan a solo americano tinha embarcado para longe. Os próximos meses seriam complexos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vish, o que acham que essa partida do sargento trará para todos?
Preparados para os próximos capítulos?

Aguardo a opinião de vocês, dependendo eu posto o próximo amanhã pelo ponto de vista de Bella.

Até logo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "about love and stuff." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.