Fiat Ignis escrita por SophieRyder


Capítulo 12
Capítulo 11 ou “Bons nobres sabem bajular seus suseranos”




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A febre de Christophe durou quase uma semana, tempo no qual ele precisou permanecer em sua cama. Seis dias depois do ataque, a sensação de perigo que rodeava todos em torno deles finalmente cessou, quando o médico pareceu concluir que o principal risco havia passado, e sua perna estava cicatrizando. Entretanto, foram necessários mais cinco dias para que Chris pudesse efetivamente se levantar de sua cama. E assim, na manhã em que ele saiu mancando de seu quarto com Abigail, a primavera já havia avançado nos territórios do marquês de Artois.

A primavera era a época em que o castelo se tornava mais movimentado e vivo, em contraste com o ambiente soturno do inverno. Os mercadores tornavam a viajar e visitar a região, os aldeões começavam a trabalhar na terra, os nobres se reuniam para planejar o novo período de colheita e cobrança de impostos, e para festejar a primavera em festivais com jogos, batalhas, e muita comida.

Christophe sentiu com prazer o calor do sol tocando-o quando deixou seu quarto junto de Abigail, e caminhou com ela até o pátio de treinamento. Ele andava devagar, se apoiando em Arken, mas parecia bastante feliz. O pequeno Emolga resgatado estava agarrado em seu ombro, e tentava se esconder atrás de seu cabelo.

Após o choque inicial do ataque dos Poochyenas, Abby havia censurado Chris por tentar salvar o esquilo elétrico. Ainda no quarto, alguns dias antes, eles haviam trocado tais palavras:

— Você sabe que ele nunca mais vai voar direito, não é? – Disse Abby, em tom de censura. Ela se referia ao longo corte na membrana da asa do Emolga, que jamais iria cicatrizar corretamente.

— Eu sei. – Respondeu Chris. – Mas não muda o fato de que ele ainda estava vivo.

— Se você não tivesse interferido, certamente ele iria morrer. Não há espaço na natureza para um animal ferido. É assim que as coisas funcionam. – Abby estava bastante irritada – Você arriscou sua vida para salvar um animal condenado.

— Bem, mas se ele ficar aqui dentro do castelo, não estará mais correndo perigo e poderá viver uma vida longa e saudável!

A franqueza do garoto diante do indiscutível fato de que ele se arriscara, de forma inconsequente, para tentar interromper o curso inevitável de um evento natural deixou Abby perplexa. Ele parecia não se importar com as consequências contra seu próprio corpo, desde que houvesse atingido seu objetivo.

— Você é teimoso e desajuizado. – Reclamou a menina.

O plano inicial era introduzir o pequeno Emolga junto aos outros habitantes do jardim. Entretanto, o esquilo havia se apegado demasiadamente a Chris, e se recusava a sair de perto dele, provavelmente pelo trauma consequente do ataque sofrido no bosque. Por conta disso, Chris caminhava agora com ele grudado em seu ombro.

Abby tentava apressá-lo, ansiosa, enquanto eles se deslocavam pelo pátio.

— Eu descobri que ela na verdade é uma fêmea. – Dizia Chris, acariciando a orelha da Emolga com um dedo. – Decidi chamá-la de Emilie.

— Ok, ok, - Abigail estava impaciente. - Vamos Chris. Um mercador chegou hoje de manhã com espécies raras para vender, nós precisamos vê-las. Papai disse que ele tem um Vivillon com padrões raros.

— Claro, claro. – Respondia Chris pela quinta vez, achando graça na empolgação da menina. Abigail era uma garota introvertida e quieta, mas quando algo atraia sua atenção, ela se tornava bastante ansiosa e incisiva.

Naquela época do ano, muitos mercadores vinham até o castelo para vender animais raros, do mesmo modo como negociavam tecidos, joias, alimentos, temperos exóticos e outros tantos objetos. De tempos em tempos, o Marquês de Artois acrescentava uma nova espécie ao seu jardim, e as vezes selecionava algumas para seu exército. Raras eram as vezes em que um casal da mesma espécie estava disponível. Os mercadores eram inteligentes o suficiente para não permitir que vendas futuras se perdessem por causa disso – pelo menos, não sem uma ótima compensação em moedas de ouro.

Quando Abby e Chris finalmente chegaram no local onde o mercador havia se instalado, viram os rostos familiares do marquês junto com Aldric, e mais uma companhia que Abby julgou destoante dos perfis sóbrios que vira cercando o marquês até então.

De aspecto alto, rosto fino e nariz aquilino, que mais tarde Abby soube ser Gilles, o Visconde de Toulosse, era no mínimo peculiar. Com vestimentas de um verde berrante, repletas de detalhes de folhas douradas e bordados de Snivies e Serperiors por todo seu comprimento. E, para completar o visual extravagante, um bigode fino e untado para que se mantivesse rijo.

— Ah, meu precioso Chris! - Ele se aproximou do menino de modo afetuoso do menino, para lhe dar um beijo na bochecha.

A Emolga nos ombros de Chris assustou-se com a aproximação abrupta de um estranho, e soltou pequenos raios de eletricidade estática nos dois. Gilles se afastou do choque, com uma exclamação de surpresa.

— Ai! Uau, ela é ciumenta.

— Desculpe, tio Gil! – Disse o menino, constrangido. – Ela não está acostumada com estranhos. Emilie, não faça mais isso.

— Não se preocupe, Marreps costumam nos dar choques mais fortes com bastante frequência, quando nós as tosamos.

— Espero não ter estragado seu manto, ele é muito bonito.

— Bem, você sabe, eu me esforço para contratar os melhores costureiros do reino. - Disse ele com um largo sorriso, e voltou-se para Aldric, que também se aproximava das crianças. - Quando o marquês vai deixar-me roubá-lo por uns meses? Ele sempre se divertiu muito na minha propriedade, todos bem sabemos. Ah, como faz tempo que não nos visitam, meus Snivies já viraram Servines, e todos sentimos sua falta!

O visconde então notou Abigail ao lado de Chris, e olhou-a com curiosidade. A expressão do visconde não tinha malícia, apenas interesse. Abby ficou desconfortável. Ela estava acostumada a ver nobres olhando-a com desprezo e desinteresse – o que era conveniente, já que ela preferia passar despercebida -, mas nunca com curiosidade.

— Vejo que finalmente te arrumaram um amigo da sua idade. – Comentou ele. Ele se começou a se aproximar excessivamente de Abigail para observá-la, e a menina instintivamente se retraiu, recuando o corpo para longe do olhar atento do homem, temendo que ele percebesse que ela era uma garota. - Um tanto quanto mirrado, mas suponho que nem todos podem ser robustos como nosso jovem Morgan. Tão jovem, mas forte como um Tauros!

Ele gesticulou, apontando para o filho mais novo do marquês. Abby imediatamente torceu seu nariz em uma expressão frustrada quando notou Morgan. Ao fundo, ele rodeava as jaulas dos animais com um olhar obstinado. O mês em que ela havia passado no castelo fora suficiente para aprender que Morgan era sinônimo de problemas. Sempre que o garoto não estava ocupado com seus tutores, ele perambulava pelo castelo importunando as crianças dos criados, provocando os animais do exército de seu pai, procurando alguém para batalhar contra seu Houndour agressivo, e, principalmente, atormentando Chris de todas as formas possíveis – puxando seu cabelo, mandando o Houndour morder seus calcanhares, atirando coisas nele, rasgando seus cadernos de desenho, entre outras maldades. As criadas o chamavam de “pequeno tirano”.

O mercador trocava algumas palavras carregadas de um sotaque forte com o marquês, mostrando suas “mercadorias”. Aparentemente, o visconde havia convidado aquele famoso mercador estrangeiro para o castelo, pois conhecia os hábitos do marquês de colecionar espécies raras.  Aldric se aproximou das duas crianças e, abaixando-se para ficar mais próximo da altura delas, sussurrou algumas palavras para Chris, com seu sorriso torto no rosto:

— Nosso querido visconde, tal como as plantas dele, gosta de uma boa terra. No caso dele, a terra das botas do Senhor seu pai. – Disse ele em voz baixa.

— Tio Al, você nunca chama meu pai de “senhor”.

— Às vezes eu chamo.

— Não, não chama.

Ele ignorou a parte das botas?”, comentou Abby para Charles, incrédula.

A cabeça dessa criança opera de modos misteriosos.

— ...Chris, lembre-me de um dia te explicar o que é sarcasmo.

— Ok, tio Al.

Aldric sorriu, levantou-se, e falou em voz alta:

— Edgar, Christophe está aqui.

Ao ouvir Aldric, o marquês interrompeu a conversa com o mercador.

— Ótimo. Christophe, Morgan, venham aqui. – Os dois meninos se aproximaram de prontidão ao ouvir o comando do pai. – Vou deixar cada um de vocês escolher uma das criaturas à venda.

Os olhos das duas crianças brilharam: os de Chris, com empolgação, e os de Morgan, com cobiça. O mercador também pareceu bastante empolgado, e começou a falar com ainda mais animação para o marquês quais espécies ele achava mais adequadas para dois jovenzinhos nobres. As crianças o ignoraram, e começaram a olhar para as jaulas de ferro e para o pequeno cercado que havia sido montado no pátio para abrigar os animais menos agressivos. Abigail acompanhou Chris, cheia de curiosidade. Nesse momento ela invejou a sorte dos dois pequenos nobres de poder escolher entre uma variedade de espécies tão raras.

— Meu senhor, devo dizer que este Rufflet é particularmente popular entre meus clientes que procuram animais de estimação para seus filhos mais jovens. Eles são facilmente domáveis quando ainda são filhotes, e depois que crescem, tornam-se formidáveis aves de rapina caçadoras. Eles são fortes, e conseguem carregar um homem adulto em suas costas quando evoluem. – Falava o mercador, quase sem fazer pausas para respirar. – Também possuo este raro Vivillon com padrões de uma região exótica, certamente irá causar grande impressão entre os nobres de seu reino...

Morgan passou por todas as jaulas lentamente, com os olhos afiados. Observou um grupo de três Vulpix filhotes, uma gaiola com alguns Rufflet, dois Sandiles empilhados, um pequeno Sneasel que estava encolhido sozinho ao fundo de uma das gaiolas, e parou para observar com ganância um Excadrill que parecia particularmente bravo, olhando com agressividade para todos que passavam, batendo nas grades de ferro, e tentando, de tempos em tempos, arranhar com suas garras o fundo da jaula. Enquanto isso, Christophe fazia comentários para Abigail:

— Eu nunca tinha visto um Vivillon com esses padrões.

— Eu já vi muitos registros de padrões, mas também não reconheço esse. Você consegue desenhá-lo?

Abigail observava o Vivillon com muito interesse, fazendo notas mentais sobre o que observava.

— Acho que sim.

— Não esqueça de tomar notas sobre a disposição das cores. – Disse Abby, séria. Depois, considerou pertinente acrescentar: - Notas objetivas.

— Você ainda está aborrecida com as minhas anotações?

— Sim. Vou te ensinar a fazer direito.

Chris riu.

— Hm... E se eu desenhar e você escrever os comentários? – Disse ele. – Assim você vai ficar satisfeita.

Abby ficou pensativa por alguns instantes. Então, pareceu concluir que a tarefa faria bom uso das habilidades dos dois.

— Parece boa ideia.

Os dois caminharam em torno do cercado, e se aproximaram de uma Chikorita bastante amigável.

— Olá – Disse Chris, colocando uma mão por cima da cerca de madeira. – Essa é uma Chikorita. Elas costumam ser pacíficas.

— Não são particularmente fortes, mas tem capacidades de cura. – Falou Abby, repetindo o que havia lido em algum dos livros de seu pai. - Ela gostou de você.

A Chikorita cheirava interessada a mão de Chris. Após alguns instantes, ela começou a emitir um cheiro adocicado da folha no topo de sua cabeça.

— Ela está usando Aromatherapy! – Exclamou Abby. – Normalmente ela não deveria saber esse golpe com pouco treinamento. Deve ter aprendido com a mãe.

— Eu acho que ela percebeu o machucado na minha perna. – Comentou Chris. – Está doendo menos. Acho que vou ficar com ela.

— Tem certeza que você não quer a Vivillon? – Comentou Abby. – Ela é muito rara. Muito. Rara.

— Mas ela é tão bonitinha.

— Seus critérios estão claramente distorcidos.

Ao lado, o mercador continuava seu longo e prolixo monólogo, enquanto Gilles observava de perto as reações do marquês.

— Agora, creio ser de seu interesse acrescentar essa pequena criatura a seu exército. Ela pode parecer frágil em comparação com outras, mas para sobreviver no perigoso e longínquo norte, ela tem velocidade e ferocidade incomparáveis. É ótima para ataques furtivos nas linhas de defesa dos inimigos, sua agilidade permite que ela penetre despercebida, sobretudo para ofensivas durante a noite. E sua letalidade é indiscutível. Deixe-me demonstrar.

Com um gesto das mãos, ele indicou para um de seus empregados que pegasse um Poochyena de outra jaula e colocasse-o dentro da gaiola da Sneasel, que estava de olhos fechados. Morgan, que entreouviu a conversa, desviou sua atenção do Excadrill para observar o que iria acontecer. Ao ser jogado dentro da jaula, o Poochyena, que tem hábitos territorialistas, começou imediatamente a rosnar. A Sneasel abriu seus olhos, espiando com frieza e inteligência o invasor de seu espaço. Lentamente ela se levantou e mostrou as longas garras na ponta de suas mãos, que antes estavam escondidas, em um claro gesto de ameaça. Os olhos de Morgan brilharam. Chris e Abby também pararam para observar.

O Poochyena demonstrou alguma apreensão ao ver a adversária assumir uma posição ofensiva, mas, após alguns instantes, pareceu calcular que a diferença de tamanho entre eles era suficiente para dar-lhe alguma vantagem, e investiu em um ataque. A reação da Sneasel foi tão rápida que quem observava teve dificuldade de distinguir seu movimento – entretanto, em um breve instante, o Poochyena foi arremessado do outro lado da jaula, com um enorme corte em seu focinho. O brilho no olhar de Morgan se intensificou enquanto ele percebia como o pequeno animal de aparência felina havia se aproveitado do impulso da investida do adversário para atirá-lo para longe.

Antes que o cão pudesse reagir, a Sneasel já estava sobre seu corpo. Sem hesitar, ela enfiou uma de suas garras com violência entre as costelas do animal, na altura de seus pulmões. Christophe soltou uma exclamação de pavor enquanto o Poochyena deixou escapar uma última expiração agoniada, e parou de se debater.

Foram necessários dois homens para retirar a carcaça do animal, pois um deles teve que afastar a Sneasel de cima de sua presa com uma lança. Com os olhos inteligentes, ela recuou até o fundo da gaiola para evitar o objeto pontiagudo, mas assim que os homens terminaram de arrastar o corpo para fora e viraram de costas, ela avançou em uma explosão e enfiou as garras por entre as grades, cortando de raspão a perna de um deles.

— Filha da puta...! – Gritou o homem, batendo na jaula com o cabo da lança. A Sneasel sibilou e recuou novamente para o fundo de sua gaiola.

Os olhos de Morgan não se despregavam da Sneasel, devorando-a com uma intensidade selvagem.

— Bem, como vocês podem ver, ela é letal. – Afirmou o mercador, quebrando o silêncio desconfortável que havia tomado conta dos outros observadores. – Talvez dê algum trabalho para ser treinada, mas posso garantir que não irá decepcioná-lo.

Você viu aquilo? — Murmurou Abigail para Chris. O menino tremia, e parecia assustado. Ele assentiu brevemente com a cabeça.

— Meu senhor, dada sua longa experiência e venerável história de conquistas, creio que tenha plenas condições de domar uma fera como esta. – Disse Gilles, tentando elogiar seu suserano.

Eu quero ela.

A voz de Morgan interrompeu as conversas, deixando os adultos, exceto o marquês, perplexos. Um silêncio breve perpassou o pátio, causando desconforto no mercador e no visconde, que olhavam incrédulos para o garoto de apenas onze anos, com aparência obstinada. Por fim, o marquês respondeu, com sua voz grave e autoritária:

— Muito bem. Ela é sua. – E virou-se para o mercador. – Por favor acerte o valor com meu arcário.

— S-senhor... Eu não sei se isso é uma boa ideia... – Respondeu o mercador, gaguejando na tentativa de encontrar as palavras certas no idioma estrangeiro. – É uma b-besta agressiva, t-talvez haja outras opções mais adequadas para um garoto nessa idade...

— Eu disse que eles podiam escolher o que quisessem.

— S-sim, de fato, m-mas ainda assim...

Gilles interviu na conversa.

Milorde, sua generosidade com seus filhos é indiscutivelmente admirável, mas talvez fosse prudente escolher um animal menos perigoso para uma criança...

— Você não disse que eu conseguiria treiná-lo? – O marquês parecia irritado com o prolongamento do assunto, e sua voz foi tomada de rispidez. – Nesse caso, Morgan também consegue. E se não conseguir, ele deverá arcar com as consequências de sua escolha. Será um bom aprendizado.

O mercador engoliu em seco, e acenou concordando. O rosto do visconde se torceu em algo que parecia indicar uma severa dor de estômago. Aldric aparentava estar se divertindo com a situação; entretanto, o marquês já havia se cansado.

— Christophe, já escolheu? – Disse ele, levantando a voz.

Chris acenou para o pai, e apontou, ainda um pouco trêmulo, para a Chikorita. O marquês concordou.

— Ótimo. Aquela também.

Enquanto o marquês terminava bruscamente as negociações, um criado se aproximou e anunciou algo a ele.

— Senhor, o Conde de Martel chegou.

O marquês assentiu, satisfeito, e voltou-se ao mercador.

— Agora vou me retirar para cuidar de outros negócios, por favor entregue os outros animais selecionados para meus criados.

— Mas... – O mercador sussurrou na orelha do visconde. – Aquela é uma espécie que só mulheres costumam comprar...

— Shhhh – Gilles interrompeu-o, ansioso, tentando avaliar se o marquês havia escutado o comentário. Para seu desgosto, ele viu o homem lançar um último olhar severo aos dois.

— Aldric, Gilles, me acompanhem, precisamos tratar de negócios. – Disse ele rispidamente, antes de se virar e caminhar para dentro do castelo sem olhar para trás. Aldric acompanhou-o, sem antes lançar a Gilles um sorriso sarcástico. O terceiro homem suspirou e seguiu-os.

Enquanto eles partiam, Abby observou arrepiada os assistentes do mercador transportarem a gaiola do Sneasel para dentro.

Fazendo uso do palavreado refinado do estultíssimo plebeu que conhecemos: isso vai dar merda.

Obrigada, Charles, foi muito esclarecedor.

Estou à disposição.


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Notas finais do capítulo

Nota: Arcário era um tesoureiro medieval (quem cuidava das finanças)

Obrigada a todos que leram até aqui! O próximo capítulo terá uma batalha =)



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