Aprendendo a Recomeçar escrita por Lelly Everllark


Capítulo 18
Bônus: Pôr do sol regado a beijos.


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores!
Primeiramente eu gostaria de me desculpar pelo sumiço, eu me enrolei toda e minhas aulas voltaram então agora meu horário para escrever diminuiu bastante, são os trabalhos e aulas da faculdade, meu emprego e minha vida social (quase inexistente) e às vezes não consigo conciliar tudo. Por isso quero me desculpar por ter simplesmente sumido, me desculpem mesmo!
BOA LEITURA!! :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/768710/chapter/18

“Por covardia minha

Eu não me declarei ainda

Esperei tanto tempo por um beijo seu

Que bom que o seu coração correspondeu

 

Por covardia minha

Eu não me declarei ainda

E já passou hora pra ter te contado

Que, por você, eu sempre fui apaixonado”

Por Covardia Minha — Gusttavo Lima.

  Alice

  Tem mais de meia hora que eu estou olhando para o sorriso bobo de Cordélia enquanto trabalhamos no escritório e não sei se isso é fofo ou irritante. Ela e Theo já estão nesse amor a mais de uma semana, e como minha vida amorosa está indo de mal a pior desde aquele episódio do parque, eu gosto de vê-los aos beijos e trocando sorrisos, no fim é mais fofo que irritante por que merecem, e muito, tudo isso.

  A festa beneficente é no próximo fim de semana e sei que depois disso Lilly supostamente vai embora, mas sei também que ela não quer ir e ainda não teve coragem de falar com Theo sobre isso, eles estão apenas vivendo o agora sem nem conversar sobre o futuro e não sei se isso é corajoso ou só estúpido. Comigo ela já falou e sabe minha opinião, se ela o ama e está feliz aqui, tem mais é que ficar, Cordélia vai fazer exatamente o que na cidade depois de tudo o que aconteceu?

  Ela está terminando de checar uns últimos detalhes e eu estou separando as notas fiscais para termos um controle de como está indo nosso orçamento e o que mais vamos precisar. Sorrio pegando outra pilha para recomeçar o processo, eu nunca me imaginei gostando de lidar com planilhas e cálculos, organização de papeis e documentos, até ligações eu já fiz para Lilly, sou sua secretária e gosto disso, gosto da responsabilidade e de poder ajudar e sei que se ala for embora eu vou voltar a ser só a garota que não quer ir para a faculdade e que não tem emprego.

  - Ok – Cordélia finalmente deixa de lado os papeis que estava lendo e me olha. – Que cara é essa?

  - A única que tenho.

  - Haha muito engraçadinha ela – Lilly debocha e sorrio. – Eu estou falando desse olhar triste, já tem uns dias que você está calada de mais. O que aconteceu, Alice?

  - Nada, eu... Nada.

  - Alice.

  - É só que você não sabe se vai o se fica e vou ficar com saudades se resolver mesmo ir embora – digo parte da verdade e ela sorri.

  - Eu sei que me ama de mais, mas não é só isso, é? – Lilly pergunta e suspiro. – Eu indo ou ficando ainda serei sua amiga, mas essa sua cara feia não tem nada a ver com isso. Vamos, desembucha.

  - É só meio egoísta da minha parte.

  - Mas? – ela insiste e desisto dos papeis e respiro fundo antes de falar.

  - Mas eu vejo você e Theo se beijando pela fazenda, sorrindo e parecendo tão felizes que fico pensando se eu e Hugo temos um futuro como esse ou eu posso simplesmente desistir? Eu quero seguir em frente, ser feliz, só que toda vez que imagino alguma cena dessas na minha cabeça é com ele e isso é extremamente irritante por que se não posso tê-lo devia esquecê-lo, mas não consigo por que a única coisa que tivemos foi um beijo e eu queria mais, muito mais. Viu como é egoísta?

  - Não é egoísmo querer ser feliz – ela diz sorrindo. – E você merece, merece tudo, seja com Hugo ou quem for. Mas se é ele que você quer, vá atrás – faço menção em interrompê-la, mas Lilly não deixa. – Não quero ouvir desculpas, nem “Eu não consigo” ou “Eu não posso”, por que você consegue e pode. Se ele não tem coragem tenha você. Diga ele como se sente, coloque-o contra a parede e exija uma resposta. Você precisa disso para seguir em frente, nem que seja sozinha, por que se ele dispensá-la vai doer e muito eu digo por experiência própria. Então vá e resolva isso, por que um relacionamento não resolvido é tão ruim quanto um pé na bunda.

  - Você é uma péssima conselheira – digo sorrindo e dando a volta na mesa para abraçá-la. Depois dela retribuir o abraço fico de pé. – Eu acho que tenho mesmo que fazer isso, talvez...

  - Hoje – Cordélia me interrompe e fico sem entender.

  - O quê?

  - Você vai fazer isso hoje, agora – ela aponta a janela e me viro a tempo de ver os meninos descendo da caminhonete de Theo. – Tenha coragem, Alice. Vai valer à pena, você vai ver.

  - Mas e se ele vier com o papo de que sou só a irmãzinho do Theo outra vez?

  - Ai você dá um belo de um tapa na cara dele e se não fizer isso me chama que eu faço, por que aí saberemos que Hugo é um idiota e que não tem salvação.

  Seu comentário me faz gargalhar e volto a abraçá-la, mas no minuto seguinte Theo aparece e Cordélia me expulsa dali com a desculpa de namorar, e mesmo que eu saiba que eles vão mesmo fazer isso, eu sei também que esse não é único motivo dessa vez. Mas aceito seu incentivo, respiro fundo e sigo pelo corredor, dessa vez nós vamos conversar quer Hugo queira, quer não, por que me recuso a continuar assim, quero que ele seja meu e quero ser dele, não aceito nada menos que isso, não mais.

  - Tia, você viu o Hugo? – pergunto quando vejo tia Beth passando pelo corredor com algumas verduras nas mãos.

  - A última vez que o vi ele estava com Theo.

  - Eu acabei de deixar o Theo lá no escritório com a Cordélia e definitivamente o Hugo não estava lá – digo rindo e tia Beth sorri também.

  - Eu estou tão feliz por eles. Meus meninos juntos e felizes outra vez, era tudo o que eu queria, torcia muito pra eles se acertarem. Odeio ver um amor verdadeiro ser desperdiçado assim – ela diz olhando diretamente pra mim. – Para me deixar melhor, só você e Hugo se resolvendo, acho que ele está lá fora.

  - Tia! – digo com as bochechas coradas e ela cai na gargalhada.

  - O quê? Disse alguma coisa errada? Só quero ver minha sobrinha tão feliz quanto ela merece ser. Agora vai lá falar com ele!

  - Tia...

  - Nada de “Tia” pode ir lá fora que aposto que vocês só precisam que alguém tome uma iniciativa e se você está aqui, isso nós já resolvemos. Vai ser feliz Alice, você merece.

  - Obrigada – digo sorrindo e agora mais determinada que nunca a pelo menos conversar com ele.

  Vejo Hugo assim que saio pela porta, ele está perto dos degraus da varanda e sorri pra mim e é só isso o suficiente para fazer meu coração bobo se alvoroçar. Sorrio de volta e não sei como começar o assunto, mas aqui de frente pra ele eu não posso voltar atrás.

  - Hugo... – começo, mas sou interrompida.

  - Hugo, obrigada pela carona e o casaco! – uma voz nos alcança e a dona dela também. É uma loira que não conheço, de cabelos compridos e roupas simples, ela parece extremamente à vontade com Hugo, o toca de maneira despreocupada e sorri divertida. – Você salvou minha vida, sério. Ah, oi! – ela diz assim que me vê e ainda estou plantada no mesmo lugar vendo a mão da garota sobre o braço de Hugo.

  - Deixe-me apresentá-las. Alice essa é Mariana uma ex-colega da faculdade. Mari essa é Alice ela é... – ele se interrompe me observando e não quero que ele diga as palavras que sei que vai dizer. Justo hoje que resolvi encará-lo ele vai me apresentar como a irmãzinha do melhor amigo a uma loirona de peitos enormes e sorriso fácil. – Alice é a irmã mais nova do Theo.

  - Ah então você é a famosa Alice, saiba que esses meninos falam de você pra caramba – ela sorri e não sei se ela está sendo sincera ou tirando uma com a minha cara e nem quero descobrir.

  - Foi um prazer, mas eu é... Tenho que ir – digo ainda encarando a proximidade dos dois.

  - Você não queria falar comigo? – Hugo pergunta e nego com a cabeça. Cansei de ser a última opção, nem a segunda, nem a terceira, mas a última. Pra mim já deu, se ele quer desfilar por ai com uma por dia, não é problema meu.

  - Não era nada importante, pode terminar aí. Foi realmente um prazer Mariana, até qualquer diz. Tchau, Hugo.

  - Alice...

  - Tchau – o corto e passo direto por eles indo em direção à casa de tia Beth, mas quando me aproximo ao invés de entrar, passo direto pela porta e continuo a andar.

  Sinto os olhos marejarem, mas me recuso a chorar, por ele ou qualquer outro não vou fazer algo como isso. Só vou seguir em frente e deixar pra lá, por que quando eu finalmente tomo coragem e resolvo ir falar com ele, Hugo está de papo com uma loira sorridente, e ela pode ser só sua amiga ou ex-colega, esse nem é o problema, o problema mesmo é que eu sempre vou ser só a irmãzinha do Theo pra ele. Então de que adianta as outras serem suas “amigas” se eu só serei isso também?

  - Isso tudo é uma droga! – praguejo sozinha depois de me sentar debaixo de uma árvore mais adiante. – Idiota!

  - Se esse idiota ai for eu, vim me desculpar.

  - Não adianta... Hugo! – dou um pulo de susto quando percebo que não estou imaginando o moreno ali. Ele está parado a poucos metros de mim e sorri divertido. – Quer me matar do coração?

  - Não, quero conversar.

  - Conversar? – pergunto sem acreditar e ele faz que sim. – Comigo? – Hugo assente outra vez. – E a Mariana?

  - Já conseguiu o que queria e vai pegar carona com um dos trabalhadores pra voltar. Ela vai sair com a namorada mais tarde não queria se atrasar.

  - Namorada? – pergunto surpresa e no minuto seguinte estou rindo. - Ela é comprometida e eu aqui imaginando coisas.

  - Imaginando o que? – Hugo pergunta interessado e nego com a cabeça.

  - Nada de mais. O que ela queria?

  - Algumas receitas de remédios pra os animais da fazenda onde trabalha, Mariana também é veterinária e ela e Theo têm uma grande amizade, mas como todos sabem que a namorada do Theo é louca, ele não quis vir aqui sozinho com ela. Então os dois me trouxeram junto.

  - Você está brincando, certo? – pergunto divertida e ele nega com a cabeça.

  - Arrume amizades mais saudáveis, Alice, por favor – ele diz todo sério, o que só me faz rir ainda mais. - Adoro te ver assim.

  - Assim como?

  - Com esse sorriso no rosto, você é linda e fica ainda mais linda quando sorri.

  - Hugo... – me interrompo perdendo a coragem. – Melhor voltarmos.

  - O que você queria me dizer? – ele pergunta me segurando no lugar assim que passo ao seu lado. Nossos rostos ficam a centímetros um do outro.

  - Eu não... Não queria te dizer nada – tento falar, mas minha voz não passa de um sussurro. Meu coração bate tão rápido que é uma surpresa Hugo não ouvi-lo.

  - Alice você, assim com seu primo, nunca foi boa com mentiras. O que você queria me dizer quando caminhou tão determinada em minha direção?

  - Nada, acredite em mim, não era nada – respondo me afastando dele, Hugo parece surpreso com meu movimento, desvio os olhos dos seus e estou decidindo se ainda tenho coragem de ter essa conversa com ele quando Hugo me puxa de volta pra si. Nossos corpos se colam e ele sorri diante de minha surpresa.

  - Se você não vai falar nada, eu vou.

  - Vai? – consigo sorrir. – Sobre o quê?

  - Sobre eu, você, nosso beijo – ele vai enumerando e minha respiração fica presa diante do meu choque. – Eu não consegui parar de pensar no que aconteceu. Você... Você...

  - Eu o quê? – finalmente consigo perguntar. Foi Hugo quem começou esse assunto e eu pretendo terminá-lo, de um jeito ou de outro.

  - Eu disse ao Theo que cuidaria de você, não devia...

  - Quando eu finalmente acho que vamos chegar a algum lugar você começa com esse papo outra vez – o interrompo me desvencilhando de seu aperto outra vez e começando a andar a sua frente. – Esquece o Theo! Ele está bem, muito bem, tem uma namorada meio louca que o ama de mais. O problema aqui não é ele, somos nós! Na verdade o problema aqui é você, o que quer Hugo?

  - Alice...? – ele parece meio chocado com a minha súbita explosão, mas não me importo, eu cansei, simplesmente cansei, ou ele gosta de mim como eu gosto dele ou não temos chance e posso desistir, mas independente do que seja, hoje saímos desse chove e não molha.

  - Só me diz! – grito. – O. Que. Você. Quer!?

  - Você – ele responde para minha surpresa e paro de súbito. – Nunca quis tanto alguém como quero você, acho que me apaixonei por você assim que a vi. Só uma garota com um vestido florido e um cesto de roupas nas mãos. Mas no instante em que Theo a apresentou eu sabia que você era território proibido. Eu sendo nove anos mais velho e você a irmãzinha dele? Eu estava ferrado! Mas não consegui simplesmente parar de pensar em você, então embarquei com Theo em suas festas e noitadas, ele tentando não pensar na Cordélia e eu tentando não pensar em você. Mas no fim não adiantou de nada, eu continuo enfeitiçado pelo seu sorriso e agora que provei o gosto do seu beijo é tudo que quero, pelo resto da vida.

  - Eu não estou entendendo – digo devagar sem conseguir acreditar, com medo de dizer alguma coisa e suas palavras e esse momento se esvaírem como muitas vezes já aconteceu em meus sonhos. – Você está dizendo que gosta de mim? Que está apaixonado por mim? E se eu tiver entendido bem, me pedindo em casamento também? Eu realmente não estou...

  - É isso mesmo que ouviu, Alice Azevedo, eu estou apaixonado por você e aquele dia no parque foi o melhor e o pior momento que vivi na vida, seu beijou foi a melhor coisa que me aconteceu, mas ver a magoa em seus olhos e saber que foi eu que causei aquilo me doeu na alma. Então realmente me desculpe por aquilo, eu fui um idiota. E isso ainda não foi um pedido de casamento, mas ainda temos tempo. Só que e você, o que quer?

  - Não é obvio seu idiota? – digo sem conseguir parar de sorrir. – Eu quero você, sempre quis, desde que tinha quinze anos e continuo querendo até hoje. Mas e Theo? E sua consciência ou sei lá o que, que te impedia de poder gostar de mim, como fica?

  - Não fica – ele sorri me puxando para junto de si pela cintura. – Eu quero você e você me quer Alice, eu cansei de sofrer e mentir para mim mesmo, se você quiser podemos tentar e dane-se Theo e o resto todo!

  Não preciso de mais nada para puxá-lo pela gola da camisa até mim e beijá-lo. O gosto doce ainda é o mesmo que me embriaga e deixa com as pernas bambas, que faz meu coração acelerar e sorrir como uma boba durante o beijo. E nós nos beijamos e voltamos a nos beijar e é só quando tenho certeza de que isso tudo é real e não um sonho é que deixo Hugo se afastar minimamente de mim. Seu sorriso reflete o meu e não sei qual dos dois é maior.

  - Sinceramente não sei de qual dos dois gosto mais, seus sorrisos ou seus beijos – Hugo diz antes de me dar um selinho. – Ou talvez saiba – ele diz voltando a me beijar.

  Quando finalmente paramos para respirar e eu me separo de Hugo é que percebo o quanto demoramos, o sol já está se pondo atrás de nós e deixando tudo manchado nos tons de vermelho e laranjado, é quase tão lindo quanto o momento que vivemos aqui.

  - Isso é mesmo real? – pergunto o encarando, o sorriso divertido de Hugo o deixa ainda mais bonito. – Eu não vou acordar daqui a pouco e dar de cara no chão não, né?

  - Não Alice, não é um sonho, eu estou aqui, você está aqui e... – Hugo se interrompe e arregala os olhos como se tivesse acabado de se lembrar de alguma coisa. – E nós estamos atrasados para a fogueira. Eu vim atrás de você para conversarmos e no meio do caminho sua tia me pediu para chamá-la, disse que como estávamos todos aqui eles fariam uma fogueira. Agora pensando sobre isso, como ela sabia que eu vinha atrás de você?

  - Talvez eu tenha dito uma ou duas coisinhas à tia Beth sobre querer conversar com você.

  - E será que ela vai gostar de saber que “conversamos”? – ele faz aspas no ar divertido e confirmo com a cabeça quando começamos a fazer o caminho que leva à sede da fazenda.

  - Vai amar, e Lilly também, só para o Theo que pode ser um choque, mas a gente dá conta.

  - Com certeza – ele diz sorrindo e me puxando para outro beijo. Talvez esse nosso caminho demore mais que o esperado.

  Quando finalmente chegamos à casa da fazenda já escureceu por completo e as estrelas brilham fortes no céu, o cenário combina perfeitamente com as pessoas ao redor da fogueira que fizeram ali. Tio Jorge tem seu violão nas mãos sentado em uma cadeira e Lilly está no colo de Theo que se acomodou em um banco de madeira ali próximo. Alguns trabalhadores vieram também e a maioria tem espetos com milhos assados nas mãos, alguns, como Cordélia, já estão comendo, o cheiro está ótimo e a cena me faz sorrir, não tinha um jeito melhor de terminar o dia de hoje.

  Hugo me puxa para um banco e me sento ao seu lado, vejo Theo nos olhar com curiosidade e Lilly sorrir assim que percebe nossas mãos juntas, meu primo não é tão rápido nesse tipo de coisa, ainda temos alguns minutos até ele se dar conta do que está acontecendo. Felizmente tio Jorge tem outra ideia antes que Theo raciocine sobre meu recente relacionamento com seu melhor amigo.

  - Hoje quero relembrar os velhos tempos em nome da nossa Lilly que está aqui com a gente – ele sorri para Cordélia. – E vou tocar, mas como não sou nem de longe tão afinado quanto à mulher mais maravilhosa do mundo, quero chamá-la pra cantar comigo. Me daria essa honra mais uma vez, meu amor? – ele diz todo galante fazendo tia Beth corar.

  - Precisava disso tudo, homem? Era só ter chamado meu nome – sua resposta, quase uma bronca, faz nós todos rirmos.

  A música que escolhem me faz sorrir, a letra é linda e se parece muito com eles, e um dia se eu conseguir quero viver com Hugo, um amor tão lindo assim.

 

“Quando sobrou a gente estava bem

Mas quando faltou a gente se amou como ninguém

Quando sobrou a gente era feliz

Mas quando faltou a gente segurou como nunca vi

Nós dois lutamos pelo nosso amor

Nós dois lutamos pelo nosso amor

Quando nada sobrou, só restou amor”

Na Riqueza e na Pobreza — Maycon e Vinicius.

 

  Quando eles terminam todos batem palmas, meus tios trocam sorrisos e Cordélia e Theo um beijo.

  - Devíamos fazer o mesmo – Hugo diz em meu ouvido quando vê a cena a nossa frente.

  - Mas... Nós...

  - Vem aqui, meu amor.

  - Seu o quê? – pergunto surpresa, mas não recebo uma resposta, ao invés disso ganho um beijo, esse é mais rápido que todos os outros, mas não menos cheio de sentimentos.

  Quando nos separamos, estamos os dois sorrindo, pelo canto do olho vejo Theo tentar se levantar, mas Cordélia fez bem o trabalho de mantê-lo no lugar, ela diz alguma coisa em seu ouvido e ele para, parece chocado ao olhar pra ela, minha amiga assente com a cabeça e Theo finalmente desiste de vir até nós.

  - Parece que a Cordélia controlou bem a situação, acho que estou salvo, pelo menos por hora. Mas eu vou falar com ele, do jeito que devia ter feito há muito tempo – Hugo diz e troca um olhar cheio de significados com Theo. – Ele é meu melhor amigo, quase um irmão, devo isso a ele. Mas não pretendo deixar mais que esses sentimentos guiem minha vida.

  - Eu acho isso lindo e fico muito feliz com essa sua última decisão. Mas agora, já que parece que seu pescoço está salvo, que tal mais daqueles beijos?

  - Eu acho uma ótima ideia – ele sorri antes de me beijar outra vez.

  Eu realmente não sabia que poderia ser tão feliz, mas cá estou eu vivendo um sonho em plena vida real, a vida pode ser maravilhosa, e às vezes, para chegarmos a isso só precisamos de coragem e talvez algumas confusões, é preciso também estar sempre disposto a aprender a recomeçar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E é isso, espero que tenham gostado do capítulo. Comentem! Sério gente, os comentários de vocês são muito importantes pra mim, é como sei se estão gostando ou não, então, por favor, não me deixem na mão!
Beijocas e até, Lelly ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Aprendendo a Recomeçar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.