Livros e Cigarros escrita por Martíou Literário


Capítulo 9
Capítulo 8 - Fazendo as pazes




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Ítalo e Jânio acordaram depois do meio dia e passaram a tarde assistindo filmes de super heróis. Havia uma cena do Superman quando ele voava em direção ao olho da nave, que era a favorita de Ítalo, assim como nos Guardiões da Galáxia quando é aberto a orbe. Dois filmes com cenas que ele sentia como se quisesse aquilo para suas histórias. Jânio concordou com ele, eram as melhores partes dele também. Aquela foi a tarde de mostraram que podiam ficar juntos no mesmo lugar, se darem bem, compartilhar ideias como dois parentes de longe que queriam resgatar o tempo perdido.

Nem que para isso tivessem que passar pelas confusões da noite passada. Quando acordou no dia seguinte que Ítalo sentiu melhor o impacto do arrependimento. O que tava pensando? Podia ser expulso dali, pensava ele. No entanto levaram só uma advertência do síndico no dia seguinte. De alguma forma, ficaram sabendo do desafio dos universitários. Que seus pais nunca soubessem disso. Lembrou do que fez para livrar a cabeça de Jânio. Não tava acreditando no que tinha feito e não sabia se a coragem para aquilo foi algo dele ou do bong. Pensava que bong deixasse as pessoas como zumbis lentos, não daquela forma. Mas naquele calor do momento tinha que pensar em algo

Noite passada Jânio estava um caco por Melissa, não que tivesse falta dela, mas algo em seu coração se sentia ruim, esmagado, solitário, e como mágica, ítalo lhe fez uma ótima companhia. Estavam agora assistindo filme, juntos. Passaram assim aquela tarde toda de domingo, mas depois que acabou, Jânio pensou um instante naquilo, mesmo que melhor, mas estava pensando se era certo deixar Melissa deslizar desse jeito de sua vida..

Ítalo relanceou ele, voltando para a televisão em seguida.

— De novo! – disse.

Jânio virou a cabeça rapidamente para ele como se estivesse muito concentrado em algo.

— De novo o quê?

— De novo com a cara de que tem algo de errado. Reparei isso ontem à noite antes da gente... sabe.

Os olhos de Jânio moviam-se pela parede. Em algum momento, interrompendo seus pensamentos, notou como Ítalo tinha medo que as paredes ouvissem que ele tinha experimentado um bong.

Ítalo suspirou.

— Agora ta se reprimindo. Olha, eu sei que você estava todo inseguro em relação a mim, mas quer saber, se entrega cara, não to falando só pela Melissa mas em ser quem você é na minha frente. Eu já mostrei que quero sua companhia, como será que tenho que mostrar que eu estou aqui caso você queira desabafar?

Jânio ainda movia seus olhos, brilhosos e calmos como de um pássaro, pela parede. Ele tomou um suspiro sereno e despencou a cabeça para o lado, descansada no encosto do sofá.

— Olha, jovem, amor é uma coisa que sempre foi difícil de dizer, algo complicado e assombroso. Mas se tem uma coisa que eu sei é que se apaixonar é por um tempo, mas amar é para sempre. – disse Ítalo, depois desviando os olhos em dúvida. – Acho.

Amor, pensou Jânio, quem aqui falou de amor? Mesmo que algo nele não quisesse se livrar de Melissa, algum medo, não significava que era amor.

— Não tenha medo de se entregar. – finalizou o Letrado.

Se entregar. É, pensou Jânio, olhando por esse lado, parecia mais fácil lidar com isso.

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— Eu e minha boca!

— O que foi? Não queria me ver animado?

— Sim. Mas achei que não a amasse, e só queria que parasse com aquilo.

Agasalhados por causa de um frio descomunal, eles eram as únicas almas vivas transitando na rua da casa de Melissa.  O céu que deveria estar atirando feixes de luzes para seus rostos naquele momento encontrava-se nublado.  Jânio parou em frente à porta dela, e ficou ali uns segundos, até subir um degrau e bater na porta.

Enquanto esperava, olhou um instante para os lados, virando o pescoço pelo chão. Aquele pátio havia sido onde ele havia trazido ela depois de um encontro e ela lhe roubado um beijo, depois entraram, e na manhã seguinte, ele se despediu com outro. Foi onde aconteceram muitos outros e muitas carícias reconfortantes, sempre embromando antes dela entrar.

Agora, era como se ela tivesse receio de abrir a porta e encontra-lo ali e se entregar como de costume. Até porque, pensou ele, seria isso mesmo, como uma tradição da própria louca da Melissa. Na última vez que se viram, ela lhe xingou e mostrou um gesto obsceno. Melissa era obsecada em fazer pazes, pois sempre seria a parte mais ardente do relacionamento. Mas agora, ela queria evitar. Caramba, ela tava tentando mesmo acabar com tudo? Pensou ele.

No entanto, a porta tinha uns painéis de vidro grossos e turvos, e por mais que fosse quase difícil de distinguir alguma forma, percebeu um movimento. Ele notou então que ela estava ali todo esse momento.

Ele abriu a boca surpresa, em seguida, recompôs-se e bateu na porta, com mais força.

— Melissa. – chamou, com a voz alta. – Abre a porta, quero conversar.

Ítalo se sentou no varão da escada, olhando aquela cena. Jânio estava quase implorando. Mas parou para respirar e disse, virando-se de costas e encostando as omoplatas na porta:

— Se lembra do nosso primeiro encontro, quando eu estava pra te beijar e você me roubou um beijo. – disse, não se segurando e rindo no final. – pois é, esse e outros momentos é o que me veio na cabeça agora. Além disso, sempre fazíamos as pazes. Se lembra disso? Se lembra como era bom fazer as pazes? Você sempre tomava a atitude. Agora quem veio fui eu. Mas se você não abrir, acho que não vai valer mais a pena tentar.

Ítalo soltou um riso pelo nariz. Jânio ativando suas armas infalíveis.

Então, com uma vontade desesperada, as trancas do outro lado da porta estavam sendo desacionadas, Mas Jânio continuava escorado. A porta foi aberta com força, revelando uma Melissa furiosa. Mas quando Jânio virou-se para encara-la, ela pareceu prender a respiração. Ergueu um olhar como se avisasse à Jânio e pra si própria algo e virou-se, entrando, como um convite para eles.

Jânio levou um pé para dentro e virou o rosto para Ítalo, com um sorrisinho vitorioso. Ítalo balançou a cabeça, incrédulo do que viu, e pulou dali, seguindo o colega de quarto.

Melissa estava de pernas cruzadas, vestido curto preto, sentada atrás de uma mesa onde havia um copo gelado de suco de laranja. As pernas eram brilhosas e bonitas. Entendia por que Jânio corria atrás.

Ítalo deu uma breve olhada pelo local. A casa não era grande como para uma família, mas era bonita e sofisticada, como para uma mulher rica, mesmo que um pouco sombria.

Melissa cerrava as unhas atrás daquela mesa de vidro. Jânio permanecia parado à sua frente, observando.

Ela parou de cerra-las e empurrou o copo pela mesa de vidro, não se importando, aparentemente preocupante para Ítalo, pelo ranger.

Porque só um corpo. Será que ta envenenado?

Jânio ignorou.

— Como você está? – perguntou. – Não tenho falado com você desde aquele último telefonema.

— Como você acha que estou, Jânio? – retrucou, com a atenção ainda nas unhas.

— Como eu saberia com você desligando na minha cara?

— O fato de eu desligar na sua cara talvez respondesse.

— Ou talvez não, na verdade, se me permitissem, você, Melissa, poderia desligar na cara dele mas responder para outros telefonemas, então isso não responderia exatamente a pergunta dele.

Foi apenas nesse momento que ela ergueu a cabeça para encara-lo, assim como Jânio. Ítalo arqueou as sobrancelhas, erguendo as mãos em redenção.

— Foi mão, continuem.

— Você sabe que não tem motivo para brigarmos. Você sempre faz isso. – continuou Jânio.

— Se sempre faço isso, porque ainda se da o trabalho?

Ele abriu a boca e fechou.

— E porque você não diz qual é o seu problema?

Ela bateu com a lixa na mesa, se levantando, e apontou um dedo de forma áspera para ele.

— Qual é o seu problema, Jânio? – bradou Melissa.

Ítalo estava de olhos arregalados, achando que talvez Jânio não estivesse exagerando no louca.

Jânio ia falar algo, mas fechou a boca, depois de uns segundos, abriu de novo.

— Eu quero um relacionamento, Melissa, não entende? Quero uma garota, cuidar dela, ficar perto dela, abraça-la, que possa me entender se eu estiver triste e não puder me dar atenção. Poxa, eu só tava preocupado com as despesas do nada e você já veio me atacando como se fosse pra tanto em vez de ficar ali do meu lado.

— Você sabe que não precisa ficar pagando isso. – respondeu com desprezo.

Por algum motivo, Jânio retesou.

— Essa não é a questão. A questão é que devemos acabar com o joguinho, Melissa.

Ela o encarou por alguns segundos.

— Que joguinho?

— Você sabe. – respondeu ele de imediato.

Depois de tanto falar com raiva, ergueu as mãos, quase descontrolado, como se quisesse espremer algo. Ítalo arregalou os olhos em alerta caso Jânio fizesse besteira, nunca o viu assim, mas Jânio simplesmente bebeu tudo daquele suco de laranja que tava na mesa.

— Não. – Exclamou Ítalo com as mãos erguidas para o copo.

Melissa o encarou mortalmente, fazendo ele quase dar um passo para trás. Jânio o olhava assustado.

— Que foi? – perguntou, simplista.

Ítalo o encarou, analisando-o para saber se ele teria alguma reação com o suco, mirou os olhos no assoalho e deu nos ombros.

Jânio virou-se lentamente para ela, estranhado com aquele comportamento e continuou.

— Você não me deixa cuidar de você. Deixa eu fazer isso, vamos ser um casal normal. Vamos cuidar um do outro e dar apoio um ao outro e não simplesmente jogar farpa na primeira menção de um problema.

Ela abriu a boca para falar, como se fosse automática, mas as palavras dele a fizeram pensar. Quando ele não pareceu blefar, virando-se, ela se levantou com agilidade e desviou a mesa com destreza, segurou em seu braço, chegando perto.

— Senti sua falta, plantinha.

Plantinha?

Ele não se permitiu sorrir muito facilmente. Ela distribuía beijos pelo sua boca fechada e irredutível. Ela fez um muxoxo e colocou os braços dele em volta de seu corpo. Jânio a encarava sério.

— To falando séri...

Plantinha?

Ela beijou-o carinhosamente, calando sua boca ao mesmo tempo. E pressionou sua língua. Ao poucos ele cedia, os dedos afundando na cintura dela. E os dois beijavam-se calorosamente ali na frente de Ítalo, numa pegação tão desenfreada que o letrado corou.

— Plantinha? – perguntou-se em voz alta. Ambos o ignoraram, Melissa arrastava Jânio facilmente para o quarto.

E a porta fechou com uma certa força que houve um ranger e ficou entreaberta.

Ítalo ergueu as mãos em desentendimento, circulando os ombros, de boca aberta.

— Ma... Ma... Como assim? Mas que escravocetisse da por....

Ele bufou, resignado e resolveu dar uma olhada no lugar. De fato, era muito bonito e elegante a casa. A escada de uma madeira que parecia ouro de tão brilhosa, o soalho encerado. Havia molduras por muitas partes. Ítalo costumava se lembrar de novelas e filmes do século 19, e achava estranho deparar-se com algo assim.

Seus olhos deram aquela típico olhada em volta até pararem no teto, presos em um lustre bem acima de sua cabeça. Era simples em ferro e madeira, chamado de lustre aranha, com quatro ramificações que davam nas lâmpadas. Parecia meio hipnotizado olhando dali, quase afim deitar e encarar aquele teto tão bonito.

Em cima de uma mesa vitoriana coberta por um pano grosso semelhante à um xale havia retratos de Melissa com a família. Ítalo aproximou-se e tocou em sua moldura. Ela parecia ser uma garotinha fofa e bonitinha, mas levemente levada. Usava maria chiquinhas e abraçava a mãe pela cintura, com o rosto meio tímido contra o quadril dela. Sua mãe tinha cabelos inteiramente presos em um rabo de cavalo, parecendo séria e de má vontade para tirar a foto. Havia outra foto onde a mãe dela até dava um sorriso. Em outras, não. Em nenhuma das fotos tinha o pai de Melissa. Sempre apenas ela e a mãe. Parecia que viviam só as duas juntas.

Ítalo ergueu os olhos para a porta aberta, pensando em Melissa, sabendo que ela tinha algum problema. Geralmente mulheres assim possuiam um tipo de ciúme patológico, os comportamentos dela eram estranhos assim, mas o contexto era bem diferente. Ou talvez os dois estejam presentes, considerando que Ítalo não a conhecia muito bem.

Jânio não percebe essas coisas?

Com os olhos ainda na porta, bateu-lhe uma certa curiosidade.

Chegou perto e só assim pôde ouvir os gemidos abafados e sucções. Dali dava pra ver um fulgor na pele de ambos, como se estivessem pra virar fogo. Ela usava um sutiã preto com uma alça tão fina que parecia que ia arrebentar, segurando seios do tamanho de um punho em cima de outro, perfeitamente avantajados. Melissa é deveras uma mulher muito formosa. O rosto dela estava de lado, de olhos fechados, e lábios cheios e partidos. Jânio estava com a boca aberta contra o maxilar dela, de olhos cerrados, os cabelos bagunçados e com os dedos afundando em sua pele dourada, transitando por todo o corpo esbelto até apalpar por cima do sutiã, fazendo seus dedos parecem maiores e bem desenhados. O lençol que cobria suas cinturas começava a cair naquele momento. Ítalo recolheu-se dali, se sentou em uma poltrona vitoriana e esperou.

Vinte minutos depois, os dois saíram dali, brigando. Melissa, com uma destreza impressionante, colocava o salto e vestido ao mesmo tempo enquanto seguia um Jânio que trovejava os passos, enfurecido, em direção ao vestíbulo, agarrando o braço de Ítalo no caminho.

Eles saíram dali.

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— Mano, vocês...tipo... brigaram pra nada. Quer dizer. Ela fazia caso pra nada e tipo, era assustador.

Jânio balançava a cabeça, com um vestígio de ruga entre suas sobrancelhas. Para Ítalo, o beck mostrando-se chateado era invejavelmente vistoso. E continuou.

— Deus me livre aceitar algo do inimigo. – Ítalo deu nos ombros antes de acrescentar. – Não que eu acredite em Deus. Mas podia ter algum veneno naquele suco.

— Um feitiço talvez. – respondeu finalmente Jânio, colocando um cigarro entre os dentes, e tateando os bolsos em seguida. – Merda. – disse entre dentes.

— Uma maldição você quis dizer. Cuidado com os sinônimos, parça. Tipo, vocês transam e depois brigam. Esse seria o único sentido.

Jânio soltou um riso sarcástico.

— Porque esse é definitivamente, sem sombra de dúvidas, com a maior galasequice do mundo, o sentido dela.

— Ela é uma quase ninfomaníaca com transtornos mentais.

Jânio ficou em silêncio, tateando, dessa vez, os bolsos do casaco.

— Tú tem isqueiro ou caixa de fósforo?

— Não, quem é que... não, não tenho.

Jânio guardou, então, seu cigarro com mais cuidado do que tinha com a própria vida.

O céu retumbou, e já estava escurecendo.

Então um crepitar surgiu violentamente naquele momento, fazendo ambos correram como formigas, assim como as poucas pessoas que chegavam da escola e do trabalho.

Na aflição da intempérie com a chuva torrencial ítalo e Jânio tentavam chegar até o condomínio, desviando de poças e calçadas escorregadias.

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Ítalo estava sentado com as pernas descansadas no chaise, um edredom florido destampado cobrindo a cabeça, o computador sobre pernas e uma xícara de café em uma mão. Do outro lado seu colega estava pelado, com uma xícara de chá na mão, os pés sobre a mesa, assistindo truque de mestre.

Foi quando Julieta passou por ali.

Depois Ítalo olhou para a televisão, depois para a luz da noite entrando pelos vidros da porta da varanda. E lembrou. Ele foi se tocando melhor das lembranças da noite passada durante o dia. E só então se tocou em uma especial. O mais estranho foi ele se tocar como lembrança, não como sonho.

— Ontem eu vi uma mulher. – disse, numa voz calma.

— Mulher, que mulher?

— Ali. – apontou bem na frente de seu colega. – ela estava parada me olhando.

Jânio piscou os olhos e mirou onde seu colega apontava.

— Tem certeza?

— Sim. Eu vi. Foi estranho, porque eu vi ela me encarando a noite toda. Tinha uma pele escura e cabelos lisos. Os olhos dela eram amarelos e pareciam brilhar. Mano.

— Que porra? Tu não tava tendo uma paralisia do sono e tendo alucinações?

Ítalo franziu a sobrancelha, sentindo o corpo quente naquele momento. Talvez por causa da chuva ele estava começando a ficar doente.

— Eu não sei. – respondeu numa voz baixa e enfraquecida.

Janio percebeu Ítalo desconfortável, reatando a conversa sobre ítalo ter algo. Jânio, porem, acreditava que devia ser algo especial. Ítalo não queria ser ingênuo, poderia ser um problema.

Ítalo sentiu uma sensação ao olhar Julieta e levou a mão ao amuleto, não sentindo. Tateou mais antes de olhar para o próprio peito.

— Cadê meu amuleto? – perguntou, saindo do sofá de imediato e puxando o edredom, depois passando os olhos pela mesa. – Mano, cadê meu amuleto?

Jânio o encarou, curioso, depois olhou pelos materiais em volta.

— Eu tinha deixado em cima da mesa. Tú não pegou?

— Mano, não sei. Não sei, cara. – Ele estava com a mão na testa, respirando rapidamente.

— Cara, calma, deve ta em algum lugar por aqui.

Os olhos de Ítalo lacrimejavam. Não. Não queria chorar. Mas sentia o corpo num principio de febril, o que fazia eles lacrimejarem facilmente.

Sentia o peito ir e vir, os sons ensurdecerem, uma sensação vertiginosa, os olhos turvos.

Despencou no sofá, desmaiado.


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