Tudo e todas as coisas escrita por Bell Fraser, EverMellark, Cupcake de Brigadeiro, Gabriella Oliveira, RêEvansDarcy, Leticiaeverllark, Paty Everllark, DiandrabyDi, Sorvete Ed Sheerano, IsabelaThorntonDarcyMellark, Naty MellarkLi, Kiara, katyyxliss


Capítulo 9
Dear...


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa.
Aqui é a Letieverllark!

É um prazer participar de algo tão incrível, espero que gostem da one.

Minha saúde está meio ruim,mas tentei fazer o meu máximo.

Mellarkisses



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POV KATNISS

 

Não.

Nada de querido, Katniss. Você vai esculachar ele e ainda coloca palavras fofas?

Bufo amassando o papel. Jogo no bolo junto com os outros dez que tentei passar da primeira linha.

"Peeta, seu grande babaca..."

Ah, por Deus!

O quão é difícil escrever uma carta? Tudo bem que estamos no século XXI, mas eu gosto de coisas fofas como essa.

Misturo o suco de morango com leite e bebo um grande gole. Tamborilo minhas grandes unhas, pintadas de roxo, no tampo da mesa. A toalha xadrez está estupidamente manchada de ketchup e chocolate.

"Olá, Peeta..."

É, até que serve. Um começo neutro, nem amável e muito menos grosso. Apesar que ele merece todos os xingamentos possíveis.

"Olá, Peeta.

Sei que espera uma mensagem, mas sabe como sou. Minhas manias antiquadas não passariam em seis meses."

Merda, já faz seis longos meses e ainda não consigo tirar essa coisa estranha de mim.

Não me refiro ao amor, ódio ou raiva. Diria mais uma indignação, daquelas difíceis de engolir, como um bolo de areia seca.

"Olá, Peeta.

Sei que espera uma mensagem, mas sabe como sou. Minhas manias antiquadas não passariam em seis meses.

Aposto que está passando frio. O inverno aí, é tão gostoso, quanto o daqui? Espero que não.

Lembra que hoje faz um ano, que você me apresentou seu irresistível, chocolate quente?

Sim, você levou um bocado, numa garrafa térmica e me deu escondido, no quarto do hospital.

E hoje faz, um ano e cinco meses que, você me deu um coração novo. Como pode destruí-lo?"

Lá vamos nós de novo, pra esse lado.

Por que não posso simplesmente, aceitar que ele seguiu sua vida?

Caminhos se cruzam e separam num piscar de olhos. É essencial eu digerir essa mudança.

Mordo a ponta do canudo listrado, a cauda voltou a fazer meu estômago revirar.

É um vício que, apesar de enjoar, não consigo tirar.

Doce.

Como comer a bala da irmã, o bolo de chocolate do meu pai ou o biscoito favorito da mamãe.

Penso em amassar a carta, mas desisto. Posso fazê-lo engolir essa frase.

"Olá, Peeta.

Sei que espera uma mensagem, mas sabe como sou. Minhas manias antiquadas não passariam em seis meses.

Aposto que está passando frio. O inverno aí, é tão gostoso, quanto o daqui? Espero que não.

Lembra que hoje faz um ano, que você me apresentou seu irresistível, chocolate quente?

Sim, você levou um bocado, numa garrafa térmica e me deu escondido, no quarto do hospital.

E hoje faz, um ano e cinco meses que, você me deu um coração novo. Como pode destruí-lo?"

Sei que você, não podia ocultar esse grande potencial, sob algumas camadas de paixonite, mas o que custava me avisar?

Taylor Swift, bem disse em sua música "Talvez você e sua necessidade doentia de dar amor, e tirar depois".

Esse é você? Eu espero que não.

Qual o problema de você ir embora, depois de eu ter "dado" meu coração novo, pra você? Bem, achei que era uma nova chance de ele não ser quebrado, como o antigo foi.

Mas... deixemos isso pra depois. Estou na lanchonete da 7°Avenida. Aquela dos bolinhos de pistache, que minha mãe sempre levava pra você lanchar e, não quero chorar na frente do garçom gatinho.

Sim, aquele que você morria de ciúme. Mas ele nunca olharia pra mim. Não como você.

Então me diga, anda tomando aqueles super copos de café pela manhã? 400ml de café podem fazer seu supercérebro derreter, sabia? E aí você diria que, o tanto de açúcar que como, fariam minhas células ficarem obesas.

Sim. Eu lembro das nossas piadinhas enquanto eu tomava várias bolsas de soro que você receitava.

Acho que é fácil você recordar, de quando um enfermeiro ia pegar minha veia e, você secava minhas lágrimas e depois sempre trazia uma bolinha colorida, daquelas máquinas do refeitório, pra aumentar minha coleção. 
Quantas moedas de um dólar, você gastou?

É melhor você trazer muitas dessas bolinhas daí no Natal, porque eu vou ficar muito brava, se chegar e não aumentar minha coleção como sempre fazia!

Você sabia que, minha mãe pergunta sobre você? Ela diz que eu pirei, quando você se foi. Era previsível, mas doloroso.

É claro que, ainda não tenho maturidade pra entender que sua vida, é maior que a minha. Você está em busca de coisas grandes e eu só quero me formar.

Pode parecer egoísta, mas sinto ciúme de imaginar outra garota te secando quando você entra no quarto de jaleco. Já te disse que, sua bunda fica linda, naquela sua calça favorita? Sim, eu falei todos os dias possíveis, mas você não está aqui pra escutar, então digo novamente.

E como está se virando, sem minhas panquecas de madrugada? Lembra quando chegava de um plantão, pulava minha janela e encontrava um prato cheio delas na minha mesa de cabeceira?

Sim. Eu gostaria de fazer uma montanha delas, só pra ter seu beijo, com gosto de caramelo.

Desculpe. Não é justo lembrar disso agora. Não quero que mude de ideia. Mentira, eu quero, mas é sua vida...

O que estou falando mesmo?

Ah, lembrei! Você já parou com a mania de morder a tampa da caneta? Rio só de imaginar, você tentando encontrar uma dessas no bolso do seu jaleco e percebendo que peguei. Elas ainda estão na minha escrivaninha. Assim como, seu colar de âncora. Está procurando por ele até hoje, só pra lembrar que eu existo, aposto.

Ainda tem aquele meu anel de estrela do mar? Ainda o guarda dentro do bolso do seu jaleco, pra lembrar que consegui resistir a sua cirurgia mais difícil? 

Ah, Peeta...

Sabe qual é a melhor parte das minhas veias estourarem? Você estava lá, com uma pomada e algodão, escondido na madrugada pra cuidar de mim e limpar meu choro dolorido. Ou quando queria sentir a chuva caindo e você me levava até a janela, no seu colo e eu podia molhar as pontas dos meus dedos.

E as corridas de cadeira de rodas?

Você conseguiu me fazer resistir, a um transplante da melhor forma possível. Me entregou um coração, junto com amor, alegria, diversão e esperança.

É normal, meu coração novo, dar umas pontadas? Por que não disse isso, naquela última consulta, antes de pegar suas coisas e levar pra Seattle?

Você sabe que são 4.6 Km de Nova York até aí? Sabe o quão difícil é, respirar quando meu corpo está aqui e meu coração aí?"

Peço outro suco, as palavras precisam de algo forte, com bastante açúcar para serem libertadas.

Nem todo mundo pode contar uma história como eu. Uma história de amor improvável, entre um médico e sua paciente.

Peeta fez meu transplante. Me salvou.

— Sua dieta, permite tanto açúcar assim? – Sae pergunta, a fofa dona da lanchonete mais legal que já conheci.

— Meu médico, não está aqui pra me dar limites, então sim – digo no intuito de fazer piada, mas o tom sai mais rabugento que o normal.

— Vocês não se falam?

— Não. Ele prometeu, mas... Não é como se eu pudesse reclamar, certo? – Pego o copo e jogo outro canudo dentro. O bolo de chocolate no meu prato está quase acabando.

Na verdade, não poderia estar comendo isso tudo, mas é impossível melhorar um coração partido com legumes.

— Ele te deixou? Coma uma cenoura! Seu namorado brigou com você? Uma beterraba cozida, resolve que é uma beleza!

— Não quero ficar mais magra do que já sou. – Então, jogo mais bolo pra dentro.

Volto a me concentrar na carta. Mas não sei o que escrever, devo demonstrar a falta que ele me faz?

Não posso pedir que ele volte. Sua carreira de cirurgião, irá decolar em Seattle.

Escorrego no banco, deixando minha nuca bater no estofado. Minha mãe deve estar se perguntando onde estou, mas ela provavelmente ligou os pontos. Quando estou com problema ou deprimida, venho aqui.

Lembro claramente do dia que o trouxe aqui. Quando Peeta ficou me admirando, enquanto a garçonete insistia em chamar a atenção dele.

Parece coisa de história, mas certas encaradas existem e são inesquecíveis. Igual a alguns amores.

O que ele tinha na cabeça, quando começou tudo isso? Por que me iludir, achando que tínhamos algo concreto o bastante, para suportar uma mudança? Por que me dar um novo coração e destruí-lo?

Volto a pegar a caneta na cor verde, ele vai rir quando reparar nisso. É minha cor favorita.

Não sei o que escrever. Misteriosamente fico com a mente parada em branco.

— Moça, pode me passar o cardápio?

Uma criança chega acanhada, sorrio lhe dando o que foi pedido. Seu sorriso banguela é fofo demais. Seus olhos batem no papel, a curiosidade é maior que sua educação.

— O que você está fazendo?

— Escrevendo uma carta.

— Carta? Você não tem celular?

— Tenho. – Rio arrancando um papel do bloco, escrevo um pequeno bilhete antes de lhe entregar.

"Você é um menino muito especial. Continue com esse sorriso incrível e escreva várias cartas, as palavras são bem mais sinceras.
Beijinho da Kat".

O sorriso banguela aparece ainda maior.

— Viu só? Você daria esse sorriso, lendo na tela do celular? – ele nega, pisco vendo-o me olhar nos olhos. O azul é bonito e infantil.

— Obrigado, moça.

Merda. Como uma palavra pode ficar tão marcada como essa cicatriz no meu peito?

Dobro a carta, termino meu suco e raspo a calda de chocolate do prato. Deixo tudo no balcão, junto a uma nota de US$ 10 dólares, beijo na bochecha de Sae.

— Volto amanhã.

— Comprarei morangos frescos.

Sorrio empurrando a porta de vidro. Só de pesar na minha irmã, meu celular começa a tocar.

Vasculho minha bolsa, vendo o sinal fechar, atravesso procurando o bendito, que berra a música da Taylor Swift.

Assim que o encontro, ao lado de minha carteira e gloss labial, não consigo nem tirar o celular da bolsa e uma buzina me avisa o que irá acontecer.

Um som de borracha cantando no asfalto, vem junto com uma porrada. Sou lançada pra frente, como numa montanha russa, mas sem proteção, apago no choque.

 

→←→← →←

 

Não é pior que um transplante, apesar de doer o peito, não se compara a morfina que tive que tomar.

Eles abrem sua pele, alargam suas costelas, bloqueiam a passagem de sangue e trocam seu coração por outro.

Peeta fez isso em mim.

E apesar da dor pós-operatória ser intensa, não se comparou a da sua partida.

— Essa garota viva, porque Deus não quer, ela enchendo o saco Dele ainda.

Só Annie pra falar isso e eu não socar a cara dela. Minha irmã toca minha mão, tento abrir os olhos e focar alguém, mas estou tão cansada que volto a adormecer.

— Espera minha mãe chegar, ela sim, vai terminar de matar essa doida.

A pancada deve ter sido boa, o bastante, pra me fazer apagar por dias.

Ao conseguir abrir os olhos e finalmente voltar ao mundo real, me deparo com o mesmo local branco.

— Ela acordou! – Annie grita, dando um salto da poltrona. O pote vazio de gelatina, que devia ser pra mim, vai parar no chão.

— Olá, maninha.

— Ridícula! Você viva!

— Acho que sim, né? – Os olhos grandes dela, reviram ao passo que ergo a mão e pego a sua. — Desculpa, estou dando trabalho de novo.

— Escuta aqui, se você der outro susto na gente, eu mesma te mato de vez! – Meu sorriso aparece.

— Cadê a mamãe?

— Lá fora, conversando com o médico.

— Certo. Agora eu morro.

— Relaxa. – A ruiva volta a sentar, joga as pernas na cama folgada. — O que tu arrumou pra ser atropelada?

— Eu estava andando, o sinal deve ter aberto, enquanto eu procurava o celular.

— Falando nele...

Recebo minha bolsa, vasculho procurando meu falecido celular. A tela rachada, vidro esfarelando e um risco de luz piscando.

— Ótimo. Maravilha mesmo. Pode jogar no lixo!

— Salva o cartão de memória. As fotos estão nele.

As fotos. Sei bem das quais ela fala.

— Não.

— Katniss...

— Pra que, Annie? Sinceramente, é ser meio trouxa guardar isso.

— São boas memórias, tem fotos da recuperação do seu transplante também.

— E quem está nele?

— Seu médico. Apenas isso, melhorou?

— Na verdade não.

Por pura causa do remédio, começo a chorar. Mas é difícil admitir a saudade, quando a situação te obriga a ser mais durona.

Ele se foi. Está operando outras pessoas. Dando o coração para elas, e talvez, o seu próprio pra uma garota de sorte.

— Por que você não marca um cinema, com o Finnick e o Cato?

— Ah não, Katniss. Ele é babaca e mukto tarado.

— Ótimo.

— Para de graça! Tá na seca? Vai pra uma balada.

— Annie... – peço num tom fofo demais, mas seu coração malvado me ignora.

Começo a rir, mas engato numa gargalhada que tira meu ar. Tento respirar, mas é impossível, algo está errado comigo.

— Ann... – Agora mudo completamente, não é um apelo, mas um pedido de socorro.

— Não adianta, eu não vou...

Começo a tentar puxar um ar com a boca, mas é difícil e doloroso. Aí que começa aquela famosa dor no peito.

— Porra, garota!

Num segundo, ela bate a palma da mão no botão de emergência, a porta é praticamente arrombada por vários enfermeiros.

— Ela está com falta de ar.

Quando meus olhos estão na metade, ouço um chamado de esperança.

Como um grito numa cachoeira, uma gota de mel no limão, um sorvete no dia mais quente do verão, um beijo do seu amor.

Oxigênio é bom, muito bom mesmo.

Sorrio sentindo as dores não aparecerem, no lugar delas está um incomum calor na minha mão.

Pisco encontrando a escuridão, apenas o abajur iluminando uma parte pequena do quarto.

"Olá, Katniss.

Sim, eu também gosto de cartas. Mas sou péssimo em escrever uma, isso também não mudou em seis meses.

Um ano e cinco meses. O quanto nossa vida mudou? Vamos lembrar de algumas coisas...

Você ganhou seu tão sonhado coração. Voltou a sorrir e correr como antes. Pode comer muito chocolate outra vez. Ficou com uma cicatriz linda no meio do peito. Você finalmente saiu do hospital depois de meses e foi direto comer um donuts comigo.

Percebeu que só disse sobre você, certo? Por que?

Simples. Minha vida se resumiu em você.

Em cuidar, salvar e amar você.

É errado um médico, se envolver com a paciente? Sim. Mas você é mais que isso.

Você não é só a garota que, me proporcionou um momento lindo, na minha carreira. Você é aquela garota que, eu demorei anos pra encontrar.

Aquela que me fez tremer ao pegar o bisturi. A única paciente que, me fez ficar de joelhos e rezar muitas horas antes da cirurgia. A pessoa que, eu não podia errar um passo sequer.

Como eu poderia prever que, ao receber seu caso pra estudar, meu coração também seria dado a você?

A moça do sorriso bobo e grande. Quem me fazia comer um sanduíche em dez minutos e passar toda minha hora do almoço jogando UNO e perdendo pra você.

Lembra das nossas competições de corrida, de cadeira de roda no corredor? As madrugadas dos meus plantões nunca mais seriam as mesmas.

Ou lembra de quando, eu furtava gelatina de uva pra você, ao decorrer do dia e ganhava um beijo na bochecha em troca?

Lembra quando sua mãe descobriu sobre nós? Você dormiu e eu fui te dar um beijo na testa, ela entrou bem na hora e começou a comemorar quando juntou os pontos.

Ah, moça... pra que receber dois corações de uma vez? Você é ousada até nisso!

Acha que não percebia suas olhadas pra minha bunda, enquanto eu fazia seus exames?

Eu sempre odiei essa parte. Te machucar é insuportável, mas fiz isso. Sei que errei, mas eu não poderia chegar e dizer que estava indo embora. Essas palavras em voz alta, eram dolorosas demais.

Tem noção que, eu sofria só de pensar que, não veria seu olhar pela manhã?

Sim, eu iria pra um hospital que não tinha você. Cadê a vontade de trabalhar? Eu não tinha nenhuma.

Os pacientes pareciam comuns, as mulheres sorriam, mas eu não reparava.

Apenas pegava seu anel de estrela do mar e lembrava que, 4.6 km de distância, estava você.

Acha mesmo que fiquei sem notícias suas? Moça, você nunca saiu do meu radar.

Annie sabe bem das ligações que eu fazia, dos exames que ela me mandava e eu analisava pra saber se você estava realmente bem.

Eu não fui pra Seattle pra deslanchar minha carreira. Eu fui fazer um estágio e receber o dinheiro que, pagaria as últimas parcelas do empréstimo que fiz pra concluir a faculdade.

É um motivo bem merda, mas dizer que iria embora por meses, parecia cruel demais.

Você estava tão na minha, não era justo jogar tudo ao vento. E mesmo pensando racionalmente demais, fiz besteira.

O que eu posso fazer pra compensar esse erro? Me fale agora..."

Respiro fundo, buscando o ar que escapou de mim, assim que ouvi sua voz.

" Vou matar a Annie, a viada entregou minha carta incompleta".

— Olá, doutor.

Seu sorriso deslumbrante embaralha tudo, desde a raiva, até o amor.

O jaleco lhe cai perfeitamente bem, quanto me lembro. Os cabelos estão grandes e o azul bem mais forte.

Ele dobra sua carta e deixa na mesa, sobre o que deve ser, a minha. Fecho os olhos querendo saltar pro seu colo.

É uma droga, se acostumar com algo e ele ser tirado de você tão de repente.

Ele tira o estetoscópio do pescoço e começa a analisar meus batimentos e respiração.

—Olá moça. – Peeta senta na cadeira, que Annie estava, analisa os curativos da minha testa e os ralados dos braços. — Agora entendo porque não atendeu o celular.

— Era você.

— Sim. Eu tinha acabado de descer do avião.

— Você escreveu uma carta pra mim.

— Eu não podia responder com uma simples mensagem. – Seus dedos tocam minha pele intacta e descem até estar entre os meus dedos.

Aceito de bom grado. O amor é uma droga. Você fica bobo e feliz, sem nenhuma grande razão.

Ele faz isso comigo, provoca explosões no meu coração. Como bolhas no champanhe.

— Você devia escrever mais cartas.

— Escrevo o dia todo num papel.

— É, faz sentido.

— E, eu só quero escrever cartas pra uma pessoa.

— Acho que existe formas mais próximas de demonstrar carinho.

— Oh, sim.

— Pensou em algo? – Ele lança seu sorriso mais sedutor e lindo.

— Vamos, moça. Vou consertar de vez esse coração.


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