No Olho do Furacão escrita por Oh Giu


Capítulo 2
De volta a Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Apareci mais rápido do que vocês imaginavam, não é?

Estou querendo dar um gás neste começo de fic para vocês ficarem cada vez mais curiosos sobre a história!

Bom, vou fechar minha boca grande e deixar vocês lerem o capítulo!

Jajá eu volto!

;*



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Liz já estava cansada de escutar as regras. Os novos monitores de todas as casas sempre recebiam uma pré-orientação antes de iniciarem suas funções, mas eles já haviam repetido as mesmas coisas diversas vezes. Entediada, ela começou a reparar nas pessoas ao seu redor. Como monitores da Grifinória, encontrou Rony e Hermione – ela que prestava atenção em tudo, enquanto o ruivo apenas olhava para o teto, distraído. Lizzie segurou a risada. Conhecia Ronald o suficiente para saber que ele devia estar achando tudo aquilo uma grande besteira.

Depois, Liz olhou para o lado e suspirou. Draco olhava para o aluno que palestrava com um ar superior, mantendo uma postura forçada que, por mais esquisito que fosse, ela sabia que era o natural do menino.  Mesmo não querendo, a garota se perdia no tempo quando reparava em Malfoy. Ele era tão lindo, mas não era só beleza, existia algo mais. Algo que deixava a garota intrigada. Lizzie não sabia desde quando começara a reparar em Draco daquela maneira, mas já não saberia dizer se, talvez, sempre tivesse sido assim.

Draco sentiu que estava sendo observado pouco tempo depois. Ele se virou na direção dela e esboçou um sorriso ao encontrá-la perdida em pensamentos. Lizzie demorou para sair do transe e, quando finalmente o fez, ficou vermelha e voltou a olhar para o bruxo instrutor, numa tentativa de disfarçar a realidade.

— Perdendo a concentração, Kingstler? – ele provocou.

Liz apenas girou os olhos em resposta, demonstrando uma falsa indignação.

— Você devia prestar mais atenção no que os monitores-chefe estão falando. É importante já que nós somos os novos monitores, temos que dar o nosso melhor.

— Ok. – falou Draco, contrariado — Mas isso também serve para você. Não se perca na minha beleza.

— Acho que você está confundindo de pessoa, Malfoy. Não sou a Parkison que acha até sua flatulência bonita.  –Lizie riu baixo, tentando disfarçar seu constrangimento.

Tudo o que a garota queria naquele momento era que a reunião acabasse e que conseguisse ficar o mais longe possível de Draco. Ela ainda estava irritada por ele estar com Pansy. Liz queria sua amiga Emma, queria poder se distrair com ela.

E, de repente, como se os seus desejos tivessem sido escutados, Emy adentrou a sala no segundo seguinte, ao mesmo tempo que o instrutor encerrou o seu discurso. Pontual, como sempre, mas a Klinglster não teve tempo de agradecê-la ou dizer qualquer outra coisa, já que o monitor-chefe baixinho, arrogante e esquisito da Corvinal foi mais rápido em cumprimentá-la.

— O que está fazendo aqui, Harper? Esta sala é dos monitores.

— Não só deles, cabeça de trasgo. – a menina girou os olhos, impaciente - Por Merlin! Hogwarts deveria ser mais seletiva com os estudantes que aceita.

O garoto e mais alguns monitores continuaram a observá-la, confusos, tentando entender os objetivos da menina.

— A sala também é dos capitães dos times de Quadribol, não que isso seja do interesse de vocês. – completou, lembrando-os do óbvio e esperando que isso fizesse  com que parassem de encará-la.

Pareceu funcionar. Então, Emma finalmente viu o sorriso esperançoso de sua amiga ao vê-la ali.

— Por mais que eu odeie dizer isso, não vim aqui atrás de você, Lizzie. Infelizmente meu assunto é com o Malfoy. – a sonserina virou sua atenção para o garoto, devolvendo o olhar de desprezo que ele lhe dava.

— Okay, certo... – Liz estranhou, mas depois se lembrou de que teria que se acostumar com a convivência dos dois agora que Emma havia ganhado o posto de capitã do time. Só não sabia se eles mesmos acostumariam. Ela quis rir com o pensamento.

— Reunião com o Snape. Amanhã às 6! E é bom que você compareça no horário, caso não queira entrar para o time reserva. – Emma jogou as palavras em cima de Draco, deu as costas a todos e deixou o local sem se preocupar com uma resposta.

— Qual é a da sua amiguinha de ser sempre tão rabugenta? – Malfoy riu em deboche para Liz, assim que sua capitã fechou porta.

— Ela só é assim com quem merece, Malfoy. – respondeu ela, irritada.

Em outra ocasião, Liz ficaria um pouco brava com Emma por ser tão grossa com o menino, mas ela não estava com paciência. Desta vez ignoraria os fatos. Talvez ele merecesse mesmo! E que fosse reclamar com a Pansy Fucking Parkinson, da próxima vez.

Irritada, Liz copiou a amiga e também saiu da sala sem dizer mais nada, deixando um Draco confuso para trás. Desde quando ela era tão fria com ele?

 

[...]

 

Harry bufou impaciente, sentando-se em alguma das poltronas perto da lareira. Já sentia falta do seu padrinho, mas seria muito arriscado entrar em contato com Sirius. As corujas estavam sendo revistadas e outros meios de comunicação vigiados. Não demorou muito para que seus melhores amigos chegassem, podendo enfim discutir sobre o discurso de Dolores.

Em meio a algazarra que acontecia na sala comunal, ninguém percebia o assunto sério entre os três, apenas Mell demonstrava uma certa atenção, virando-se de vez enquanto para observá-los.  Percebendo que a menina estava interessada, Hermione chamou a loira para se juntar ao grupo.

— Você também percebeu o que o discurso da Umbridge significa, Mell? –perguntou Rony buscando não ser o único a não notar as segundas intenções.

— Claro que sim! Pelo jeito, daqui para frente, vamos viver sob os olhos atentos do ministério.

— Eles não acreditam em mim! – disse Harry irritado, uma característica nova que havia adiquirido nos últimos meses – Na verdade, ninguém parece acreditar!

— Nós acreditamos, Harry! Seus amigos acreditam que... – a garota respirou entre a fala, tomando coragem para continuar – nós acreditamos que Você-Sabe-Quem voltou.

— Voldemort. – Harry falou simplesmente.

A menção fazia Kinglster se arrepiar. Ela não viverá os tempos difíceis, mas sabia o peso e agouros que aquele nome trazia.

Seus amigos continuaram conversando sobre as mudanças que aconteceram em Hogwarts, mas Mell não estava mais prestando atenção. Um grande pesar havia caído sobre ela e seu instinto a levara a sair dali, deixando seus amigos para trás, a garota não pensou duas vezes e foi para o dormitório, fugindo da realidade.

Há algum tempo a menina utilizava de artifícios para escapar de assuntos que lhe incomodavam, mas tudo estava se tornando mais difícil e complicado. A loira deitou-se na cama, fechando os olhos enquanto puxava em sua memória os bons momentos das férias que teve com os pais. Aquela lembrança leve fez Kinglster entregar-se ao seu mundo de sonhos.

O que pareceram minutos na verdade foram horas. Acordou com os raios de sol que transpassavam pelos pequenos furos da cortina vermelha. Espreguiçou-se e reparou que ainda vestia a roupa da noite anterior. Ainda de olhos fechados, a loira respirou fundo e sentou-se a cama, notando pela primeira vez que encontrava-se sozinha no andar.

“Como sempre atrasada”, pensou. No fundo ela gostava de estar sozinha pela manhã. Sem conversas, sem risos. Vestiu roupas novas, trocando o sapato por seu velho All Star – seu toque pessoal de rebeldia.

Desceu às pressas, já acostumada com o atraso matinal. Uma corrida até o salão principal, um suco de abóbora e um pedaço de torta, uma corrida até a passagem das masmorras e aula de Snape. Tudo estava planejado na sua mente, mas seus planos foram mudados quando entrou no segundo corredor do quinto andar.

Sem ao menos esperar, sentiu uma mão lhe puxando para uma passagem secreta, logo sendo prensada contra a parede fria. No susto, Mell soltou um pequeno grito, mas este não fora escutado por ninguém, apenas por ele. Olhou para o garoto que a encostava na pedra fria, logo encontrando o olhar maroto de Fred.

— Quer me matar de susto, Fred? – Mell perguntou irritada enquanto afastava a mão do ruivo.

— Tudo o que eu menos quero, Mell! Você sabe disso! – o Weasley respondeu sorrindo.

— Por que você não podia agir como um cara normal e me parar no corredor me desejando um bom dia?

— Porque seria chato! Fora que eu estou aqui para te fazer uma cobrança!

— Cobrança? Mas que raios de cobrança, Weasley?

— Você pegou as vomitilhas no trem e não pagou. São três galeões! – Disse o garoto estendendo a mão e fazendo a garota rir.

— Mas você vai cobrar de mim, Fred? – Perguntou fazendo charme – Logo de mim?

— Nem para o Ronald eu fiz desconto. Ele teve que pagar! São três galeões! - Mell bufou irritada. Começou a procurar nos seus bolsos dinheiro para pagar o mercenário, mas não encontrou nada.

— Weasley, eu não tenho nada aqui. Te pago quando chegar no dormitório, mas agora eu tenho que ir. Ainda quero comer e ir para a aula. – Mell disse brava, já se desvencilhando de Fred.

— Você não entendeu, Mell! Eu quero o pagamento… agora! – comentou Fred, puxando-a de novo para a parede.

— Você que não entendeu, cabeça de trasgo atrofiada! Eu estou sem grana!.

Fred abriu um sorriso misterioso enquanto subia suas mãos até chegar à nuca da menina.

— Não tem problema! Você pode me pagar de outra forma.

— A é? – perguntou debochando com o olhar- Qual?

Sem respostas, Mell apenas sentiu os lábios de Fred sendo pressionados contra os seus, quentes e macios. Sem pensar duas vezes a menina enroscou seus dedos nos cabelos ruivos e rebeldes, entregando-se de vez ao momento.

O gosto de Fred era único, viciante. De maneira instintiva, puxou o mais velho para perto, arranhando a nuca do ruivo e fazendo-o arrepiar. Aquele beijo era um misto de saudades, desejo e dominação. Nenhum dos dois queriam perder aquela briga.

Se beijaram por um tempo que nenhum dos dois saberia dizer ao certo. Fred desceu sua boca para o pescoço da mais nova, fazendo-a arfar com o toque suave e quente de seus lábios. Quando Mell enfim tomou consciência do que estava acontecendo, tentou afastá-lo de maneira sutil.

— Fred, eu tenho aula!

— Você pode muito bem matar a primeira aula – propôs o ruivo com a respiração cortada – Você já fez isso tantas vezes, mais uma não te mataria, não é? – terminou a frase, apertando mais forte a cintura da garota e iniciando mais uma trilha de beijos em seu pescoço.

Naquele momento Mell havia cedido aos caprichos do Weasley. Fechou os olhos e respirou fundo, agarrando-se novamente aqueles fios acobreados que tanto conhecia. Qualquer coisa que Snape explicasse nunca seria tão prazeroso quanto aquele momento roubado.

 


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Notas finais do capítulo

*Espiando as reações*

e ai, pessoinhas da Terra! O que acharam do segundo capítulo? Já comecei jogando tudo no ventilador, mas prometo que tem muito mais coisas por ai! Estão prontos para continuar acompanhando?

Quero muuuito saber o que acharam deste capítulo! Por faaaavooor, comentem, deixem sugestões e recadinhos! Eu super amo lê-los e respondê-los!

Beeeijos intergaláticos e até breve!



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