No Olho do Furacão escrita por Oh Giu


Capítulo 1
A partida da Estação 9 ¾


Notas iniciais do capítulo

Oiee Oieee Oieee pessoas!

Depois de muuuuito tempo voltei! Desta vez com uma long fic de um dos meus universos favoritos: Harry Potter!

Já me aventurei muito em universos de anime e algumas originais, mas será que vocês vão gostar das minhas ideias mágicas?

Bom! Vou parar de falar e deixar vocês tirarem suas próprias conclusões!

Boooa leitura! *-*



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Trinta minutos. Esse era o tempo que Thomas estava parado entre as plataformas nove e dez da estação King’s Cross.  Ele não entendia como podiam se atrasar tanto. Em tempos difíceis como aquele todo cuidado era pouco. Novamente olhou para o relógio, vendo o ponteiro se mover lentamente ao número onze, e bufou impaciente. Não era a primeira vez que suas garotas se atrasavam e ele sempre se preocupava. De novo olhou para a entrada da estação e então soltou um suspiro aliviado, ao longe ele avistou as três pessoas mais importantes da sua vida.  

À frente uma senhora com vestido escuro, saltos altos e cabelos pretos bem presos, andava a passos firmes, demonstrando toda confiança que possuía. Evelyn pertencia a uma das famílias mais antigas do mundo bruxo. Como Thomas, ambos eram “sangues puros”, não que ele ligasse para o detalhe. Por muito tempo Tom desprezou o fato que estava destinado a levar para a vida toda. Se o homem levasse todos os seus ideais juvenis em conta nunca teria se casado com a mais bela sonserina que já havia visto. Logo ele, um dos grandes alunos que já pertenceu à casa da Grifinória.

Thomas desviou a atenção de sua mulher para a pequena Liz, que sorria, mas sempre tinha um olhar misterioso. A garota era muito parecida com Evelyn, tirando os cabelos, que balançavam em um tom de ruivo claro, quase loiro.  O seu sorriso simples trazia escondido alguns sentimentos que nem o Tom conseguia identificar, Liz se igualava tanto a sua mãe que até o modo de andar demonstrava o grau de parentesco entre as duas. A percepção do fato sempre fazia Thomas soltar uma pequena risada.

Logo atrás das duas sonserinas uma moça alta, de cabelos loiros rebeldes com pontas vermelhas andava despreocupada, observando detalhadamente o projeto arquitetônico trouxa da estação King Cross. Mell possuía uma beleza peculiar, quase selvagem. A garota de olhos verdes vivos exalava rebeldia e paixão, características que, com certeza, havia puxado de Tom.

O trio chamava a atenção enquanto desviavam dos apressados trouxas na estação. Não era para menos, na opinião de Thomas ali estavam as três bruxas mais belas do mundo.

O homem forçou uma cara de poucos amigos quando as três se aproximaram o bastante para lhe ver.

— Qual vai ser a desculpa para o atraso de hoje?

— Tommy, você sabe como as meninas demoram para se arrumar... – Evelyn foi quem respondeu, já se aproximando do marido e depositando um modesto beijo em seus lábios.

— Só elas, Eve? – Tom arqueou uma sobrancelha em forma de desconfiança, fazendo a bruxa apenas rir baixo, entrelaçando uma de suas mãos na dele.

Acompanhado de sua família, Thomas direcionou-se a parede entre as plataformas nove e dez e, um atrás do outro, sumiram no meio dos tijolos aparentemente sólidos.

Ao abrir os olhos ali estava a velha locomotiva de Hogwarts. A estação 9 ¾ continuava a mesma de sempre, lhe trazendo um espírito de nostalgia. Thomas olhou para suas filhas, cada uma seguindo seu caminho e sentiu que estava ficando velho como suas antigas lembranças. As gêmeas já não eram mais suas pequenas e estavam traçando suas próprias histórias. Apertou levemente a mão de Evelyn, que dividia o mesmo pensamento de seu marido. Ambos se olharam com cumplicidade e abraçaram suas filhas, transmitindo pelo toque tudo aquilo que palavras não conseguiam dizer.

Algumas recomendações foram dadas, mesmo sabendo que ambas as garotas não os escutariam, elas ainda eram muito novas para entender o perigo que se aproximava. A família se separou depois de mais alguns abraços e avisos de Evelyn que mais pareciam ameaças.

Thomas lutou contra a vontade de ficar ao lado de suas filhas, mas sabia que precisava conversar com uma pessoa importante. Saiu à procura de Arthur, um de seus grandes amigos e companheiro dos velhos tempos. Eve fez o mesmo, logo encontrando-se com Narcissa em um local reservado. Ele havia voltado e tudo o que ela mais amava encontrava-se ameaçado.

[...]

Sozinhas as gêmeas se abraçaram e, como transmissão de pensamento, desejaram boa sorte apenas com o olhar. Era hora de cada uma assumir suas obrigações escolares. Liz caminhou decidida em direção ao vagão que sempre era ocupado pelos melhores alunos da Sonserina, ansiosa para reencontrar Emma Harper, sua melhor amiga, suas colegas de quarto e... ele, Draco Malfoy.

Respirou fundo e subiu os degraus com calma, um de cada vez, como uma verdadeira dama. Olhou novamente para estação, procurando sua irmã e encontrando-a a poucos metros de distância. Puxou o ar com força e com um aceno de cabeça demonstrou que estava tudo bem. Subiu os últimos degraus que faltavam e finalmente entrou no vagão sendo surpreendida com um abraço cheio de saudades de sua amiga. Liz sorriu aliviada. Ela estava em casa!

Emma logo puxou a ruiva para uma cabine desocupada, onde pudessem colocar os assuntos em dia. As duas conversaram por algum tempo, até que foram surpreendidas por um casal que entrara no local por acidente. Liz esqueceu como respirar no mesmo instante em que seus olhos se cruzaram, enfim, com aqueles que tanto ansiava encontrar. Malfoy estava perigosamente lindo, vestindo uma calça jeans, sapatos sociais pretos e uma camisa branca, com os dois primeiros botões abertos. Trazia consigo aquele ar superior que todos conheciam, mas, junto dele, um olhar curioso de surpresa. O menino analisou Lizzie de cima a baixo e deixou escapar um pequeno sorriso pelos cantos da boca.

— Olá, Kingstler! Não nos vemos há algum tempo, não é? Este ano você e sua irmã não foram passar uns dias lá em casa. – Malfoy comentou, não deixando transparecer seu ressentimento.

— Sim, faz algum tempo, Draco. – disse Liz.

Ela conseguiu, de alguma maneira, soar ainda mais fria que o menino.

— Estou vendo que você arranjou outra diversão nesse período... – continuou ela, desta vez encarando a acompanhante do menino, Pansy Parkinson, que sorriu convencida.

Malfoy ficou sem reação e então Emma entendeu aquilo como uma ótima oportunidade para interferir na conversa.

— Tchau, Draco! – ela disse, forçando uma simpatia recheada de ironia e acenando com uma das mãos para o garoto.

Geralmente Emma tolerava a presença do menino apenas em respeito a Liz, mas era óbvio ela não se importaria desta vez. A Harper estava, aliás, provavelmente lhe fazendo um favor em tirar aqueles dois de sua frente.

Draco apenas sorriu arrogante, murmurou um pedido de desculpas por ter as interrompido e então deixou o local, levando Parkinson consigo. Lizzie deixou sua cabeça cair para trás, irritada com o que tinha acabado de ver. Não podia acreditar que o Malfoy estava ficando com a Pansy Fucking Parkison. Entre tantas opções, logo ela! O garoto sabia da “rixa” que existia entre as duas desde o primeiro ano e Liz estava decepcionada com o amigo. A garota respirou fundo e olhou pela janela do vagão. Sua irmã ainda estava lá fora, sentada em cima de uma mala. Pelo jeito, Mell cantarolava alguma música, já que batia os pés em algum ritmo.

Ainda fora do trem, de olhos fechados, Kingstler seguia a batida de uma música conhecida, nem percebendo a aproximação de seus amigos. Com um cutucão, Rony conseguiu tirar a loira do pequeno transe que se encontrava.

— Mell, para de viajar no seu mundo paralelo e vem me dá um abraço! – Ron comentou, já com os dois braços abertos.

A menina não pensou duas vezes. Se levantou com um pulo e abraçou fortemente o amigo.

— Senti sua falta, Ronald!

— Também senti a sua! – Rony tentou falar, já que estava sendo esmagado pela garota.

Depois dos cumprimentos, onde quase nenhum deles conseguiram falar direito, o quarteto resolveu que era hora de entrar no trem. Quando o apito anunciou a partida, os quatro foram à janela para assistir a plataforma que ficava para trás, reparando em um grande cachorro preto que latia alegremente, seguindo o trem que lentamente deixava a estação. Intrigada, quase questinou os amigos sobre aquele enorme cão, mas reparou na expressão alegre de Harry, entendendo que quando fosse possível o amigo lhe contaria algo.

Diferente dos outros anos, o início da viagem não trazia conversas descontraídas e momentos de saudades. Harry, Rony e Hermione não demoraram para atualizar Mell, lhe contando sobre as férias conturbadas. Kingstler abandonou por um tempo seu ar de brincalhona, tomando consciência dos problemas que estavam por vir.

A conversa pesada logo deu espaço ao silêncio e Harry não demorou a cair no sono, transparecendo em seu semblante rugas de preocupação. Era óbvio que o menino não conseguira dormir durante as férias, a prova estava nas visíveis olheiras que se encontravam abaixo dos seus olhos.

Mell continuou quieta por mais um tempo, pensando no quanto seus pais escondiam a verdadeira situação do mundo bruxo. A garota não sabia o que sentir naquele momento. O clima de tensão era nítido e ela só conseguirá saber a real dimensão do problema naquele momento. Se sentia uma boba perto dos amigos, quase uma criança. Como ela podia aproveitar as férias viajando pelo mundo enquanto um de seus amigos quase tinha morrido?

Enquanto isso, Rony e Hermione tentavam a todo custo aliviar o clima da cabine, começando a conversar sobre seus afazeres de monitores. Os dois tinham novos cargos e com eles novas responsabilidades. Mell tentou prestar atenção por um tempo na conversa, mas o assunto era desinteressante. Resolveu dar uma volta pelo trem, fazia tempo que ela não encontrava todos os seus amigos e quem sabe algo lhe ajudasse a espairecer a mente de seus novos pensamentos?

—Ron, Mione! Vou dar uma volta... Até mais! - piscou para os amigos.

— Okay, doida! Vai lá! – Rony respondeu sorrindo.

— Talvez você encontre alguém pelos corredores, Mell. – Hermione comentou com um sorriso cúmplice, fazendo a menina entender a mensagem subliminar. Granger tinha conseguido deixar a garota corada, fazendo-a sair logo do vagão.

Kingstler caminhou entre as baías procurando rostos conhecidos, quando enfim encontrou uma cabine onde dois garotos altos e ruivos mexiam em algumas caixas. Sem permissão, a garota entrou no local e sentou-se ao lado de George, pegando da mão do garoto uma caixinha cheia de balas coloridas.

— Hey, Mell! Quanto tempo! – Fred cumprimentou-a.

— Me devolve sua ladrazinha! – George disse instantaneamente e retirou um dos produtos Weasley da mão da garota. Só depois levantou o olhar para ela e então decidiu completar: – Mell Kingstler, como você está linda!

— Eu sou linda, George! – piscou marota.

— Humilde também! – os gêmeos falaram juntos.

A garota apenas deu uma risada e estendeu suas pernas nas coxas de George, enquanto Fred observou a cena, não poupando olhares aos membros desnudos da mais nova. Porém, quando reparou onde estava uma das mãos de seu irmão seu humor mudou. Mell percebeu e resolveu não provocá-lo. Apenas levantou-se, escutando um murmúrio de reprovação de George, e foi em direção ao mais velho. Depositou um beijo estalado no rosto de Fred antes de sorrir e abrir a porta da cabine.

— HÁ! Esqueci uma coisa...

Voltou rapidamente e pegou um pacote de vomitilhas, deixando mais uma piscada para trás e dois pares de olhos paralisados nas suas costas. Apenas quando sumiu do campo de visão dos gêmeos, os dois pareceram retornar à realidade.

— Ei, Fred! A Mell não pagou as Vomitilhas! - George quebrou o silêncio inconformado.

— Relaxa, George! Ela vai pagar! – respondeu Fred, com um sorriso nos lábios.


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Notas finais do capítulo

Eaiii pessoainhas da Terra!

Deu pra sentir algo neste primeiro capítulo? A fic está bem calminha, não é? Será que ela vai continuar assim?

Hohohoho.. to sendo ruim! Me desculpem!

Deixem seus comentários sobre o que estão achando! Podem falar que ta ruim, eu realmente quero saber se estou indo no caminho certo!

Beijos intergaláticos e até breve!

;*



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