Pares de Gêmeos - O Mistério da Fogueira escrita por Asa Santos, Caroline Dos Santos


Capítulo 4
Capítulo 03 - A Torre


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ♥



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O grupo estava em um lugar flamejante, com uma espécie de chama que não feria a pele ou gerava algum tipo de ressecamento ou bolhas. Era suave e agradável. Algumas criaturas pequenas e pegando fogo, na verdade, elas eram o fogo, se aproximaram das cinco crianças.

Eles estavam confusos e, até mesmo, assustados. Os pares de gêmeos, juntos, já haviam vivido incríveis aventuras, mas nunca nenhuma tinha sido tão… Bem, eles nunca haviam mudado de dimensão daquela maneira.

Caroline sufocou um grito ao apertar o braço da irmã. As criaturinhas eram bonitinhas em sua opinião, mas ela não conseguia entender o que estava acontecendo ali.

— Quem são vocês? – Alec foi o primeiro a criar coragem para perguntar, os quatro restantes pareciam mudos.

— Nós somos os filhos da chama… – um deles disse, acanhado. – E precisamos de ajuda…

Uma das criaturas, de um tom azulado, se aproximou de Gilberto e lhe contou sobre uma criatura acinzentada que estava extinguindo-os aos poucos e, se assim continuasse, o fogo poderia parar de existir na dimensão onde eles (as crianças) viviam.

— Ah, espera, espera, espera! – Carol pediu, ela se recompunha do susto aos poucos, ainda que em sua cabeça ela só conseguisse pensar em uma maneira de sair daquele lugar. – Olha, é uma pena que isso esteja acontecendo, e tal, mas o que a gente pode fazer? Assim, sem querer ser chata nem nada, mas nós somos crianças! Crianças não resolvem problemas como este, apesar da gente já ter resolvido vários, mas não como este, então, por favor, nos devolvam ao nosso mundo!

— Carol! – Caroline bronqueou, cruzando os braços. A situação deles não era das melhores, mas ela não sentia como se pudesse deixar as criaturinhas eram própria sorte. – Eles precisam de ajuda, nós iremos precisar de ajuda algum dia também! – resmungou, antes de se voltar para os garotos ali. – Meninos, o que vocês acham disso?

Alex olhou para as criaturinhas e seus olhos pidões, antes de suspirar e dizer:

— É difícil saber, mas… Olha essas carinhas! A gente tem que fazer alguma cois…

No entanto, o garoto mal havia terminado de falar quando um alto rugido foi ouvido por entre as árvores flamejantes, de maneira quase que ensurdecedora. Era quase como se o chão tremesse naquele momento. Caroline se apoiou na irmã gêmea para manter-se em pé, enquanto a criatura monstruosa se aproximava.

A criatura reapareceu e deu o fim vital de algumas das criaturas chamejantes que corriam por perto dele. As crianças desviram o olhar, evitando olhar aquela cena que, para eles, era terrível. E ali, elas decidiram de forma definitiva o que queriam, deveriam e iriam fazer.

— Isso é terrível! – Gilberto choramingou, assim que a criatura desapareceu.

— É horrível, como alguém pode fazer algo assim? – dessa vez, quem se pronunciou foi Alec, assustado. Ele não tinha nenhuma piada diante aquele momento assustador. – A gente definitivamente precisa fazer alguma coisa! E não apenas pelo fogo no nosso mundo.

— Eu concordo. – Caroline murmurou. – Temos de resolver isso agora!

Mas eles precisavam de um plano, um plano muito bom. Justamente por isso, foram atrás do líder daquele povo e lhe perguntariam sobre a criatura. Ele, com certeza, lhes dariam dicas do que poderiam vir a fazer.

Levados ao líder das criaturinhas por elas mesmas, o pequeno ser alaranjado começou a contar-lhes que a criatura havia aparecido ali há algum tempo, e não demonstrava um outro objetivo senão destruí-los.

Carol perguntou sobre algum lugar onde poderiam encurralar o monstro, e depois de algum tempo pensando, o líder se lembrou.

— Existe uma torre que podemos usar.

Todos foram para lá, e uma ideia surgiu na cabeça dos espertos do grupo, Alex e Carol. Os dois planejaram algo para pegar a criatura maligna.

Uma rede feita de um tecido grosso pelas criaturas em chama – que incrivelmente não queimava o material – foi colocada acima da porta da fortaleza. Carol pediu a um dos filhos da chama que atraísse o monstro até lá. Ela sabia muito bem que talvez, a criaturinha não sobreviveria, mas era um risco que precisam arcar.

A noite começava a cair lentamente, o céu tornando-se alaranjada e então, o negrume da noite tomou todo o lugar. Caroline sentou em uma das janelas de pedra carcomida, olhando para o horizonte em chamas, e então, um dos filhos das chamas se aproximou.

— Olá, criaturinha. – ela disse, sorrindo. – Eu tratei vocês muito mal mais cedo, não é?

— Não importa! – a criatura alaranjada lhe retribuiu o sorriso. – Você está nos ajudando agora, não é?

Caroline ainda diria mais alguma coisa, entretanto, os gritos de seus amigos a alertaram e, do alto da torre, ela observou como a criatura cinzenta se aproximava, perseguindo o pequeno filho da chama, que por pouco conseguiu entrar pela porta de madeira rústica. Alec, Alex e Gilberto então, jogam sobre ele a rede.

A armadilha funcionou, e o monstro começou a se debater enquanto as crianças comemoravam. Mas a criatura acinzentada num revirar e com um longo rugido, conseguiu se desenrolar da armadilha e escapar, para o desespero das crianças.

— Droga! – exclamou Gilberto num grito, e naquele breu da noite, apenas a voz dele e os suspiros decepcionados das crianças puderam ser OUVIDO.


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