Pares de Gêmeos - O Mistério da Fogueira escrita por Asa Santos, Caroline Dos Santos


Capítulo 3
Capítulo 02 – Luz na Fogueira


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulozinho!!! Espero que estejam de divertindo ♥



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COM calça jeans e camisetas quadriculadas, estavam os rapazes. Alex vestia uma camisa xadrez de tom azul, parecido com o da sua calça, seu irmão se encontrava com um vermelho chamativo. Carol radiava com seu vestido amarelo bordado com bandeirinhas e sua irmã apenas prendeu o cabelo num rabo de cavalo, com sua blusa xadrez amarada com sua barriga a mostra e Gilberto com seu cabelo alvoraçado e usado sua camisa xadrez alaranjada com sua bermuda jeans.

— Crianças, vocês já estão prontos? – perguntou a voz da mãe de Gilberto, tia dos meninos gêmeos.

— Sim, mamãe! – respondeu Gilberto ajeitando sua gravata borboleta vermelha.

As crianças, acompanhadas pela mãe de Gilberto, foram ruma a grande festa, e pelo caminho o que não faltavam eram pessoas em bares ou festejando em casa aquele dia 25 de julho, em comemoração à São Cristóvão, o padroeiro do bairro.

A praça Matriz de São Cristóvão estava enfeitado de bandeirinhas coloridas penduradas de um alado para o outro e se cruzavam desenhando uma imensa estrela com a linha que prendiam as bandeiras. A praça estava cheia de barraquinhas de comidas típicas como bolo de milho e pamonha, outras com brincadeiras de pescaria, argolas.

Na extremidade da praça havia uma fogueira imensa que iria acender as 21 horas, então ainda havia tempo para aproveitarem da festa antes da queima da fogueira.

Caroline estava agoniada para ir ao banheiro, e logo chamou a irmã para irem juntas.

— Onde vocês vão? – perguntou Alex e ficou sem uma respostas.

— Meninas, sempre apressadas… – comentou Gilberto. O rapaz virou-se para os primos e continuou – Então, pra onde vocês querem ir primeiro?

— Comer alguma coisa! – respondeu Alec cheio de fome e passando a mão sobre a barriga. – Não comi nada desde umas quatro da tarde para comer por aqui, e se não comermos nada vou derreter até morte.

— Exageraaaado – disse Alex revirando os olhos e prolongando o segundo ‘a’ da palavra. – Podemos ir àquela barraca de tapioca, pode ser?

Antes que Alex se desse conta, seu irmão já estava era na fila para compra da tapioca.

— Ele realmente está com fome – disse Gilberto rindo e caminhando para a barraca.

Enquanto isso, as meninas acabavam de sair do banheiro. Caroline não estava de bom humor.

— Me recorde da próxima vez de não virmos para esse banheiro horrível! Quase morri sufocada!

— Não estava tanto assim…

Caroline virou para a irmã, pegou em seus ombros e olhou profundamente nos olhos castanhos da irmã dela.

— Eu quase morri lá dentro, vi coisas que você nem espera ver em um banheiro feminino!

As meninas avistaram os três amigos sentados em um banco, comendo alguma coisa. Foram correndo até eles.

— Até que enfim voltaram! – exclamou Alex com a boca cheia de tapioca.

— Nossa! O cheiro está fabuloso! – disse Caroline sentindo o aroma do alimento.

Carol rio da situação ao ver a cara de pidona de sua irmã, com a boca cheia d’água e os olhos vívidos de fome.

— Pode experimentar – ofereceu Alex com a sua tapioca ainda quase completa.

— Carol! Isso aqui está fantástico! Experimenta! – disse oferecendo a irmã após ter tirado um grande pedaço.

E lá foi a boca de Carol.

— Geremias Astofus Guloseimas! Isso aqui está maravilhoso!

E após terminarem a tapioca, foram saborear outras maravilhas da culinária julina de São Cristóvão. Desde as maçãs do amor, canjicas, bolos de milho, pinhões, quentões, arroz doce, pasteis, espetos de frango e carne, cachorros quentes, espigas de milho assado entre outras coisas que vendiam nas barracas.

Todos os cinco estavam bebendo quentão, com a noite estrelada e um frio que se aproximava com o passar das horas, a bebida ajudava a aquecer seus corpos.

— Onde será que estão nossos tios? – perguntou Alex.

— Nem se preocupe – respondeu Gilberto. – Eles devem estar em algum bar aqui perto da praça com os amigos deles.

“E começou a disputa de pau-de-sebo”, uma voz sair de uma caixa de som.

— Ah, eu não quero perder isso! Vamos lá ver! – exclamou Alex animado.

E foi então o grupo rir das pessoas tentando subir o pau-de-sebo. Havia como prêmio, mil reais àquele que conseguisse chegar ao topo.

Um jovem de quase dois metros de altura se aproximou e gritou “Agora é aminha vez e eu vou ganhar esse prêmio!”.

— Então, uma boa sorte! – respondeu o animador com o microfone próximo aos lábios.

O rapaz se afastou um pouco, pegou distância e assim que o cronômetro começou ele saltou em direção ao pau-de-sebo e começou sua escalada de sobe e desce.

— Será que ele conseguirá ganhar? – perguntou o animador.

— Raul! Raul! Raul! – gritava um grupo de jovens da mesma idade do rapaz.

Gilberto, em algum momento se perdeu, olhou para o lado e avistou a fogueira que situava a poucos metros do pau-de-sebo. Um brilho de chamou a atenção, e dessa forma ele foi se afastando do grupo, aos poucos.

— Raul! Raul! Raul!

— Nossa! Ele tá muito perto do topo! – exclamou Alec.

— Eu acho que ele não vai conseguir – comentou Alex ajeitando seus óculos.

— Por que acha isso? – perguntou Caroline virando-se para ele.

— É só observar os braços, ele não está mais aguentando – respondeu Carol sensatamente.

— Mas ele pode ganhar, olha sua determinação para vencer – insistiu Alec. – Você concorda comigo, Gil?

Sem respostas.

— Gilberto?! – Caroline e Alec exclamaram em uníssono.

— Para onde ele foi? – perguntou Alex.

— Achei ele – disse Carol apontando para a fogueira. – O que ele está fazendo lá?

Num momento Gilberto estava próximo a fogueira, no outro ele sumiu.

— O quê?! – se interrogou Alex ao ver a cena. – Como é que ele fez isso?!

— Acho melhor checarmos isso de perto! – respondeu Carol tomando as rédeas do momento.

Ao se aproximarem da fogueira, olhando no fundo dela, bem lá no fundo havia um pequenino ponto de luz reluzente.

— O que é isso aqui? – perguntou Caroline.

O ponto de luz se estendeu, ampliou-se e transformou-se em chamas e engoliu cada integrante do grupo, e estes começaram a gritar aos prantos.

— Parem de gritar! – pediu Alex. – O fogo não está nos queimando.

— Isso é um portal… – comentou Carol presa em seus pensamentos. – Mas como?

A magia do fogo só pode ser vista por aqueles consumidos por ela, logo o pessoal entretido com a festa nem se tocou do que havia ocorrido com as crianças. A fogueira ali estava, parada e reagindo normalmente como deveria reagir, esteticamente parada e cheia de madeira à espera de CHAMAS.


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