Heroína Rejeitada escrita por Camily


Capítulo 2
A garota descalça e uma confusão na lanchonete?


Notas iniciais do capítulo

Olá! Eu estou de volta *--*
A história já está começando a andar.
Espero que gostem ♥



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Eu tinha pernas agora. Até que não estava sendo tão difícil me acostumar.

Um dos meus maiores problemas era: Eu tinha que fingir ser um deles, até encontrar esse humano que eu nem sei o nome. E eu tinha que aprender a conviver aqui até achá-lo!

Isso sim seria difícil. Por sorte, consegui convencer Yan a me ajudar nisso.

Ainda estávamos na praia decidindo o que fazer, já tinha amanhecido. Estava tão nublado e frio que nenhum humano estava vindo na praia. Porém eu nem fiquei preocupada com frio, estando pensativa demais.

— Yan, eu não conheço nada daqui. Você deve conhecer, não é? - Perguntei enquanto arrumava meu cabelo, que agora estava seco.

Ele franziu a testa.

— Eu não visito os humanos. Apenas venho para a praia á noite por causa de voc... por causa do céu. - Ele parecia querer falar outra coisa, mas corrigiu logo em seguida. E ótimo, Yan também não conhece nada desse mundo.

Suspirei.

— Então o que vamos fazer? Onde vamos ficar? Como vamos achar esse humano e... - Comecei a fazer mil perguntas, dá pra perceber que eu estava completamente perdida.

— Ei, ei! Calma aí. Eu vou ficar na minha casa, já você... não sei, você pode ficar por aqui, na areia. - Ele abriu um sorriso irônico. - O resto você quem sabe.

— Muito engraçado. - Revirei os olhos. - Não vai se importar se eu ficar na sua casa, não é Yan? - Abri um sorriso.

— Deixa eu pensar... - Disse ele, com uma expressão engraçada. - O que eu ganho com isso?

Cruzei os braços, sorrindo.

— Vou levar isso como um "sim". Irá ganhar meu sorriso, talvez? - Falei, enquanto olhava o mar. Vou acabar isso logo.

Yan ficou em silêncio, enquanto me encarava. Acho que isso foi um sim.

Comecei a falar:

— Como não conhecemos nada, talvez a gente deva andar... por aí?

Yan concordou e começamos a olhar em volta.

Na praia, havia escadas feitas de pedra. Quando eu subi, vi que não tinha mais areia, o caminho era feito de pedra. Que coisa estranha...

Yan estava me acompanhando, mas quase me perdi. O lugar estava muito cheio, havia pessoas por toda parte!

Notei algo, todas elas possuíam um sapato igual o Yan. E eu estava descalça, andando na rua toda sem jeito. Não me importei.

Havia vários sinais e coisas estranhas com rodas andando pelo meio. Esse lugar é mesmo diferente.

Apesar de não entendermos nenhum detalhe desse lugar, encontramos algo que nos chamou a atenção.

— O que é uma lanchonete? - Perguntou Yan, olhando para aquela construção com uma placa escrita "Lanchonete".

— Não sei, vamos entrar. - Dei de ombros. Eu já estava ficando entediada.

Eu e Yan entramos, estava cheio! Havia uma multidão de pessoas perto de um lugar cercado. Vi uma garota bebendo alguma coisa, e aproveitei para perguntar sobre aquilo. Ela me olhou estranho e disse que era um balcão de atendimento.

— E o que se faz em uma lanchonete? - Perguntei, ainda confusa.

— Você pede lanches para comer. Nunca visitou uma lanchonete? - Disse a pessoa, franzindo a testa.

— Eu sou nova aqui. - Falei, impaciente, enquanto dava mais uma ajeitada no meu cabelo.

Yan ás vezes trazia algumas comidas na praia. Quando eu era uma sereia, não precisava comer, então nunca liguei. Mas é sempre bom experimentar coisas novas, então vou comer também!

Yan estava na fila do "balcão de atendimento", após a pessoa nos informar. As pessoas ás vezes olhavam de um jeito estranho para ele, que ainda estava vestido inteiro de preto. Ele parecia não ligar. Decidi ir ao balcão também, mas esbarrei em uma garota de cabelos pretos e olhos castanhos.

— Olha por onde anda, garota sem calçado! - Ela parecia estar brava e me empurrou, quase perdi o equilíbrio.

Olhei para ela, com ódio.

— Miranda, seja mais delicada. - Disse um rapaz do lado dela, que tinha cabelos castanhos e olhos verdes.

— Delicada? Esse povo que vem esbarrando em mim. Parecem cegos. - Ela disse, me fazendo perder completamente a paciência.

— Desculpa pelo incômodo. - Falei, fingida. Fiz uma cara de dó e fingi continuar esperando.

Quando essa tal de Miranda ia andar, coloquei um dos meus pés na frente. Miranda tropeçou e caiu perto de algumas pessoas. Um dos caras em que ela esbarrou acabou derrubando sua bebida no vestido azul que Miranda usava. Ela abriu a boca em um tamanho absurdo.

E não é que essas pernas servem para algo?

— Oh, meu Deus! - Coloquei uma das mãos na boca, segurando o riso. - Foi sem querer. - Óbvio que eu estava fingindo, essa garota já me tirou do sério. E olha que acabei de conhecê-la!

— Sua... Miguel, me ajuda aqui. - Miranda parecia estar totalmente constrangida, e chamou aquele rapaz que estava ao lado dela.

Comecei a rir. Yan saiu da fila com dois lanches, me chamando para uma das mesas que estavam no local.

— Estou com uma sensação estranha. - Resmunguei, colocando uma das mãos na minha barriga.

— Você provavelmente está com fome. Cuidado para não engordar. - Disse Yan, rindo.

— Fome? - Franzi a testa e peguei um dos lanches.

Dei uma mordida. Era muito bom!

Comi o lanche inteiro em cinco minutos. Eu estava com muita "fome". Yan parecia estar se divertindo com tudo isso, até um homem aparecer na nossa mesa.

— E o dinheiro para pagar os lanches? - Ele perguntou, impaciente. Eu e Yan franzimos a testa.

— Dinheiro? - Yan disse, confuso. - Tem que pagar?

— Pagar? - Olhei para o Yan, confusa.

O homem nos olhou, já irritado.

— Parem de se fazer de idiotas. Se não pagarem pelo lanche, eu vou chamar a polícia! - Ele disse, e foi chamar um outro homem.

Fiquei sem entender, Yan rapidamente pegou a minha mão e saímos correndo para fora da lanchonete. Eu tenho a impressão de que nós agimos muito errado.

De repente, esbarrei em alguém.


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Notas finais do capítulo

O que acharaaaam?
Esse capítulo foi mais curto mesmo, mas tentarei deixar os próximos mais longos!
Até ♥



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