Dance Club - Life Is a Suprise escrita por JPoseidon


Capítulo 5
Season 1 / Chapter 5 - Revelations & Travel


Notas iniciais do capítulo

Como dito, vim mais cedo. Como vocês estão? Espero que bem.

Antes de tudo, cuidado com o gatilho de Ansiedade e provavelmente algumas outras coisas... Sim, essa primeira temporada está bem tensa, mas as próximas vão sendo mais "lights" digamos assim, elas não terão tanta agressividade e gatilhos como nessa.

Ah! Estamos já na metade da temporada, o próximo é a grande apresentação! *---*

Nossa, esse capítulo teve um misto de emoções e músicas que gente... Foi de Shakira, Katy Perry à Zara Larsson e alguns outros. Enfim, espero que gostem! ♥ ~até!

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Season 1 / Chapter 5 - Revelations & Travel.

 

Tatanka Young

A garota se encarava no espelho do teto, estática, tentando descrever, após a terceira tentativa depois de duas semanas após a festa, escutando a psicóloga falando com ela, mas ela não sabia o que dizer, não sabia como reagir, muito menos como sequer se expressar, seja como fosse.

—Você se sente aprisionada por esse sentimento? - A mulher perguntou e Tatanka sentou-se, encarando-a.

—Doutora, sinceramente, eu não tenho a menor ideia do que está acontecendo. Eu só me lembro de estar bêbada, num nível nunca antes, de pedir para ele parar e ele estava me despindo, depois disso uma gritaria e então eu apaguei. Eu não sei o que dizer para você além de que eu não sei dizer, não tenho o que falar, talvez eu só não queira. - A de cabelos brancos deitou-se novamente no divã e cruzou os braços, limpando a lágrima que insistia em sair de seu olho.

Após um minuto de silêncio, somente com o farfalhar de páginas, devido ao caderno de anotações da doutora, Tatanka parou de morder o interior da bochecha e deixou que soltasse o que precisava, os soluços em conjunto do choro, enquanto ela abraçava suas pernas, ao sentar.

— Eu me sinto horrível, apesar de não ser minha culpa e eu ter consciência disso, ainda sim eu fico me culpando, minha mente aponta flechas tentando me tornar a culpada de algo que poderia ter sido avançado. Eu sinto um pesar no coração e tem sido muito difícil voltar para a escola, ver ele lá e apesar do B.O., ainda questionarem e ele prosseguir a vida dele normalmente e parecer que eu topei e tudo bem. Ele tentou me estuprar, e falar isso em voz alta parece que eu sinto meus pulmões sendo esganados e o ar tenta voltar pro meu corpo, mas então eu perco ele mais, mas sei que é uma ilusão e que eu to respirando normalmente. Eu sinto ódio, vergonha, raiva, decepção e tristeza, e o pior é que para prosseguir com um processo e busca de justiça ou algo assim, como minha mãe está querendo fazer, precisa provar que aconteceu, e mesmo assim eles ficam negando, afinal não chegou a ser um estupro, mas ainda sim, FOI UMA TENTATIVA! - A garota jogou as palavras num grito alto, puxando o ar para respirar, as lágrimas caindo com tudo, sem conseguir parar de andar, afinal havia levantado por não conseguir ficar sentada sentindo-se mal. A garota sentiu uma leve tontura, então se apoiou no divã enquanto caia no chão, os olhos fechando-se, num desmaio.

A doutora, que já a segurava pelos braços, ao perceber que a garota havia ido de encontro ao divã, checou a pulsação da outra, sem encontrar, então respirou fundo e checou novamente, nada.

A doutora tampou o nariz de Tatanka e fez respiração boca-a-boca, pressionando o peito sobre o coração da paciente, vendo-a reagir, acordando assustada, tossindo.

— TAIMA! - A doutora gritou, chamando a mãe da paciente, vendo-a entrar no consultório rapidamente, parando um momento ao chocar-se com a imagem da filha tossindo no chão. A mulher prendeu os cabelos, correndo para a filha e a segurando, pegando a sua bombinha de asma e dando para a filha, vendo-a relaxar, uma lágrima escorrendo em gratidão pelo canto do olho direito da garota, que em seguida abraçou a mãe, chorando.

 

Lea Mikaelson

A garota se abraçou, ouvindo de Kurt e Curtis sobre como que estava Tatanka, que já não aparecia na escola tinha dois dias, olhando uma das placas em solidariedade à Tatanka que estavam nas milhares de paredes da escola.

— Ela está muito mal, não está? Por mais que ela finja que está tudo bem, tentando entrar de volta aos trilhos, você vê no olhar dela que isso a está corroendo por dentro. – Lea falou, olhando para Dianna e vendo-a assentir, limpando as lágrimas que insistiam em cair. Kurt e Curtis se entreolharam, assentindo.

— O pior é que insistem em tentar burlar, esquecer e apagar isso, o processo e a investigação não está indo pra frente. Eu conversei com ela e a mesma me disse que ela não sabe como irá se apresentar com a competição chegando, ela foi diagnosticada com Ansiedade e Transtorno de Estresse Pós-Traumático. Isso tudo ontem, ela está destruída. – Curtis afirmou, deixando o silêncio reinar entre eles. Não demorou muito para o silêncio ser interrompido pelo sinal, cujo anunciava que havia acabado o penúltimo período.

Lea acenou para todos, acompanhando Dianna para a aula de Artes, onde iriam ajudar Enzo com as placas sobre machismo.

As duas entraram na sala, olhando para as pessoas de outras aulas, ali juntas para o projeto do professor em prol de todos. Eram pelo menos um pouco mais de trinta e cinco pessoas juntas, escrevendo várias placas, outras desenhando e algumas fazendo tabelas de feminicídio e abusos.

China sorriu vendo Lea e Dianna encantadas pelo grande movimento, então se aproximou e as entregou um canetão preto, junto de cartolinas, piscou para elas e foi para o lado da irmã.

— Vamos começar. – Dianna falou, fazendo uma letra mais cursiva, escrevendo uma frase polêmica, mas essencial:

Seu machismo me afeta quando eu não posso usar alguma coisa sem pensar se vão mexer comigo...

Ao terminar de escrever, a loira foi para o corredor, prendendo de frete à sala do diretor, que era quase de frente da sala de Artes, vendo o professor Enzo entrando na sala, mandando um curti com a mão, junto de um sorriso.

O homem entrou na sala pedindo a atenção de todos.

— Crianças, é o seguinte: estou muito contente de ver que estamos tendo um avanço importante sobre o machismo no colégio, principalmente ver o Diretor mais aberto às Artes. Continuem nesse ritmo e até amanhã teremos tudo pronto para a palestra da semana que vem.

—Professor...? – China levantou as mãos.

—Sim, China?

—Sobre o que será a palestra? – Ela perguntou.

— Sobre Transtornos Psicológicos e o que o Machismo tem com isso. – Ele respondeu, sentando-se e pegando o próprio canetão, escrevendo.

Seu machismo me afeta quando eu não posso usar algo tido como ‘feminino’, sem ser atacado, apesar de roupa não ter gênero...

Lea viu Dianna pegar a câmera sobre a mesa do professor e começar tirar foto enquanto ela e outras pessoas escreviam mais e mais frases sobre como o machismo afetava cada um naquela sala.

Seu machismo me afeta quando vocês subestimam, por eu ser mulher, que não sei nada de futebol, jogos, bandas...

 

Spike, Justin.

— Vai, Potato, o que aconteceu? Já faz duas semanas que estamos nesse clima estranho e até agora você não falou nada sobre o que aconteceu na festa. – Spike falou, batendo na porta do quarto do outro, sim, ele sabia que o outro se identificava naquele dia como menino. – Por que faltou?

— Spike, hoje eu não quero conversar muito não, beleza? – Potato falou, por trás da porta, a voz levemente embargada.

— Tudo bem, mas ao menos eu posso entrar? – Spike perguntou, somente escutando a porta se abrir a tempo de ver o outro entrando debaixo das cobertas novamente.

Spike ficou quieto, respeitando que o outro não queria conversar, portanto sentou-se ao lado das pernas do menor, e fez um carinho típico de “eu estou aqui”.

O silêncio reinou por alguns segundos, até o outro começar a tossir, tosses agressivas, fortes e que mostrava claramente que o outro estava gripado, muito gripado.

—Ei, ei, calma, puxa o ar pelo nariz e elimina pela boca. – Spike se aproximou, vendo o outro imitar o que ele falou, parando aos poucos as tosses. – Já tomou remédio? – Spike olhou descrente para o menor, que negou. – Assim você só vai piorar, Potato...

Spike pegou o remédio dentro do criado-mudo ao lado da cama do amigo, então colocou a água da garrafinha sobre o criado-mudo e colocou no copo, servindo para o outro, vendo-o sentar, tomando o remédio. Spike apertou gentilmente a mão do amigo sobre a coberta e se levantou, virando-se para sair do quarto, quando sentiu a mão do outro o puxar pelo pulso.

—Fica. – Potato disse, vendo o outro sorrir e assentir.

Spike se sentou atrás de Potato, que deitou, e ficou ali, no silêncio, dentro das cobertas, acariciando os cabelos do menor.

 

Sam Scott

— Ainda bem que não foi... – Kurt falou, devido Sam não ter comparecido à festa.

— Eu nem sei o que aconteceu, só sei que eu estava morrendo de sono e não estava com muita paciência pra adolescente gritando. Eu parecia um idoso muito fofo. – Sam falou, vendo o sorriso de Kurt crescer, causando no outro lembranças. – Já falei que adoro seu sorriso?

— Ah... Obrigado. – Kurt agradeceu, as bochechas corando.

— Dizem que temos que falar aquilo que sentimos ser essencial, não tem de quê. – Sam revidou, vendo o outro morder os lábios enquanto o encarava.

— Enfim... – Kurt desviou de uma lata de lixo, assim como da óbvia tentativa de flerte do loiro. – Hoje, já que terminamos todos os cartazes para a palestra da semana que vem, agora estamos literalmente sem nada planejado para fazer, só temos a última reunião de amanhã para no dia depois do seguinte estarmos naqueles palcos de Pittsburgo... Na verdade, o que quero perguntar é: o que vai fazer hoje?

— Nada, hoje não tenho nada pra fazer. – Sam falou, sorrindo achando graça da situação de Kurt, totalmente encabulado.

— Quer ir para algum lugar? – Kurt perguntou, vendo o outro sorrir contente, assentindo.

Antes da festa...

Kurt esfregou as mãos, mordeu os lábios e respirou fundo, encarando a porta na sua frente. Então ele bateu, três batidas, o coração já na décima.

— Oi, quem gost... Kurt?! – O loiro perguntou, surpreso.

— Oi, Sam... Uhn, eu passei pra saber se vai pra festa da Dianna. – Kurt falou, quase engasgando ao se perder nos gomos da barriga do loiro, que sorriu e negou com a cabeça, pra decepção do menor.

— Não vou, mas e aí, como andam as coisas? – O loiro perguntou, saindo da porta e se dirigindo para a batente da varanda da casa, apoiando-se, flexionando os músculos, para a perdição do moreno.

— Andam bem, você sabe, mesmas coisas... Mas ultimamente eu venho pensando em várias coisas, como é uma pena que tenhamos poucas aulas, afinal é bom conversar com você. – Kurt falou, meio receoso e nervoso, tentando demonstrar o que sentia, com medo do outro não ter os mesmo sentimentos que ele aparentemente já vinha desenvolvendo havia tempos.

— Sim, é muito bom conversar com você também. Você é divertido, sabe fazer alguém se sentir confortável... – Sam elogiou, vendo o moreno corando ao mesmo tempo que se abraçava, sentindo um pouco de frio, pois havia saído correndo de casa porque tinha que se encontrar com Curtis antes da festa e nisso esquecera o casaco. – Está com frio?

— Um pouco. – Kurt deu um sorriso constrangido, vendo a aproximação do loiro seguida de um leve puxão na sua cintura, colando seus corpos.

— Vamos entrar em casa e eu pego um casaco para você. – Kurt engoliu em seco, assentindo.

Ao entrarem, a mão do loiro deslizou gentilmente, até que o moreno não sentisse mais, para então ele ver o loiro subindo as escadas, enquanto os únicos pensamentos de Kurt eram que ele queria beijar o loiro enquanto seus dedos retiravam aquela calça preta de moletom.

Sam olhou o moreno passeando por entre as prateleiras da livraria, fascinado pelos livros, tocando-os como se fossem ser destruídos em qualquer minuto. Sam o seguia sem pressa, sorrindo com as mais diversas facetas de Kurt, que de sorrisos ia para uma evidente raiva ou surpresa.

— Devido suas expressões, acredito que deva ter alguns livros em casa e essa seja uma das suas paixões. – O loiro falou, vendo o outro se virar para si, o olhando nos olhos, assentindo.

— É uma das coisas que me relaxam e me fazem viajar quando eu estou precisando, ou quando eu só quero. Eu não consigo descrever o que eu sinto lendo, só sei que são mil experiências em cada um. – O moreno voltou a olhar os livros, para então parar com o dedo em um e o puxar, correndo até Sam e o pegando pelo pulso, os levando até um puff de leitura mais próximo, sentando os dois ali, abrindo o livro e começando a contar a história do personagem, aparentemente um personagem semideus, vivenciando a mitologia grega na atualidade. Sam adorou, principalmente a voz do outro lendo para ele, a animação trazendo a história para a realidade, as entonações e os personagens se unindo, e sem perceber, os dois passaram o dia inteiro ali, absorvidos um no outro, e principalmente no livro.

 

Dianna Eleanor

— E então, agora vamos conversar sobre aquele beijo?! – Lea perguntou, provavelmente pela oitava vez no dia. Dianna a encarou e revirou os olhos, cruzando os braços.

— Agora sim, o que você gostaria de falar sobre? – Dianna destilou todo seu sarcasmo na frase, mostrando totalmente que não queria falar sobre o assunto, fazendo Lea rir, atraindo algumas, porém poucas, atenções na praça de alimentação do shopping.

— Eu gostaria de saber o que foi aquilo. – Lea falou, fazendo com que Dianna, inevitavelmente lembrasse daquela noite.

Na festa

—Beleza. - Lea falou, pegando a outra pelo pulso, gentilmente e calmamente as dirigindo para o banheiro.

— Pera, Mikaelson, como assim?! – Dianna questionou, vendo a outra rindo, fechando a porta do banheiro.

— Loira, calma. Não precisamos fazer isso de verdade, ao menos se você não quiser. Nayara falou que temos que ter os claros sinais de pegação, e assim, isso é muito básico e fácil de fazer, afinal, estamos num banheiro na casa de uma garota que é popular, você. Onde tem maquiagem? – Lea perguntou, vendo a outra apontar para a gaveta atrás dela.

A morena pegou a caixinha de maquiagem e colocou sobre a pia, pedindo para a loira tirar a blusa que usava.

—Por que? – Questionou a loira, causando assim a risada da outra.

— Espere e entenderás.

— Okay... – A loira retirou a blusa, revelando o sutiã preto que usava, fazendo Lea corar, mas voltar os olhos para a maquiagem, se aproximando da loira e levantando o queixo da mesma, passando o blush rosa em algumas partes determinadas do pescoço da mesma, em seguida pegando vermelho e retocando, para depois passar um roxo bem claro, para finalizar com o verde em redor.

— Pronto. – Lea afirmou, vendo a outra se olhar no espelho, espantada. – Sua pergunta vai ser: “Como?”, te respondo: “Faço curso de maquiagem pra fins de artes cênicas.”. Ah! Espera aí, só tenho que retocar com o amarelo.

A morena se aproximou do pescoço da loira, a maquiagem amarela retocando os pontos estratégicos, até que Lea cometeu o “erro” de olhar nos olhos verdes meio mel de Dianna.

O silêncio pareceu ficar constrangido, então Lea levou a mão que estava livre da maquiagem para a nuca da loira, as aproximando, vendo a loira levar as mãos para os cabelos presos da roqueira, puxando-a rapidamente contra seus lábios, num ímpeto de desejo e ânsia.

A loira desceu da pia, que nem percebia que tinha se sentado, e empurrou a outra contra a parede, beijando o pescoço da mesma, ao mesmo tempo e sentia seus seios serem estimulados lentamente, tão lentamente que ela se sentia torturada.

Dianna levantou a camiseta de Green Day de Lea, vendo o sutiã preto da mesma estar marcado pelos mamilos. A loira sorriu e riu em meio ao beijo, enquanto sentia os lábios da outra lhe tirar o chão tamanho era afrodisíaco tal beijo.

E de repente, pareceu que o desejo diminuiu, não uma pela outra, mas pareceu que elas não necessitavam do prazer carnal, pelo menos não no momento.

Os beijos ficaram mais lentos, uma aproveitando mais o tempo com a outra, aproveitando o beijo, as línguas indo devagar, querendo aproveitar cada segundo restante uma com a outra. Lea puxou a loira pela cintura, aproximando mais os corpos, deixando que o calor fosse compartilhado enquanto terminavam o beijo com selinhos, para o susto das duas, carinhosos.

A porta foi aberta de brusquidão, tirando-as da bolha do momento, fazendo-as se assustar e abrir os olhos, interrompendo o momento de testas coladas e respiração calma.

O pessoal de fora bateu palma, enquanto ambas vestiam rapidamente as blusas e saíam do banheiro coradas.

— Não foi nada. – Dianna falou, quase como se estivesse se defendendo.

— Sim, claro. E eu não senti nada com aquele beijo. – A ironia atacou Dianna de um modo que a fez imediatamente reconhecer que estava corada, desviando o olhar da outra, que usava a mesma camiseta do dia do beijo.

— Então você está me dizendo que sentiu algo com o beijo? – A cheerleader questionou, vendo a roqueira dar um riso nasal, quase como se não acreditasse.

— É claro que sim. – Dianna tirou seu olhar da linha de Lea, focando no chão, rosada.

— Como você pode ter sentido algo assim com um beijo? – Dianna questionou, negando para si mesma o que havia significado e pensando em todas as vezes que beijara seu namorado, sem nada sentir.

— Dianna – Lea chamou, puxando-a pelo queixo, fazendo-a se arrepiar, fechando os olhos por um segundo, instantaneamente. – É impossível negar que você não sentiu algo quando me puxou e iniciou o beijo, não é mesmo?

A loira riu, envergonhada, tentando focar em outra coisa, os olhos buscando alguma coisa que não a fizesse encarar a morena, que somente revirou os olhos, levantando-se rindo e a puxando, correu pelo shopping. Fazendo a loira questionar o que estava acontecendo, enquanto tentava manter sua bolsa no ombro.

— Mas o que está acontecendo? – A cheerleader perguntou, escutando um ‘você verá’ em resposta, virando assim um corredor, chegando em uma loja de CDs, onde a morena entrou, como se conhecesse o lugar houvesse tempo, ainda puxando a loira pela pulso, parando de frente para um jukebox e tirando umas moedas do bolso da calça jeans, enfiando na caixa de música e escutando uma música dos anos 80 começarem a tocar, fazendo a roqueira sorrir para a loira e começar a dançar, enquanto algumas pessoas da loja somente observavam e de longe, batiam o pé, ou dançavam sozinhos ou com seus amigos.

A loira que se viu perdida no meio de um local completamente desconhecido por ela e em uma parte do shopping que nunca sequer havia experimentado ir. As paredes da loja eram de um azul celeste misturado ao acinzentado. As prateleiras, cheias de CDs e com pouquíssimo DVDs, vermelhas davam um contraste para o local que o tornava quase daqueles filmes musicais e considerados clássicos que a loira tanto amava.

Lea jogou sua mochila aos pés de alguma prateleira, batendo palmas ao ritmo da música, que no momento nenhuma das duas sabia o nome.

— Não vai dançar? – Lea instigou, pegando a outra pelas mãos, girando-a, vendo um sorriso surgir entre os lábios vermelhos.

E sem perceber, ali ficaram elas pelas próximas horas dançando aos sons da jukebox.

 

China Malene Jones

A garota elevou a voz, vendo o coral a acompanhar, então ela deixou sua voz explodir, deixando a harmonia do coral a envolver. A Igreja batia palmas, algumas pessoas acompanhando a letra junto dela.

A garota desceu os três lances de escada, passando correndo pelas fileiras, a música expressando tudo de bom sobre Jesus e Deus, mas seus sentimentos conflitantes dentro do peito negando tudo aquilo. A música chegou ao fim bem no momento em que ela parou na entrada e se virou para todos, com a mão erguida, saindo da igreja, anunciando que havia chegado ao fim toda a celebração.

A garota olhou para os vitrais, indo para trás da igreja, passando por um cercadinho, podendo ver sua casa ali, grande, porém ainda sim, simples.

Sua pele escura brilhando sob a luz da lua, suas lágrimas brilhosas caindo enquanto a luz de fora de casa ainda não a atingia. A dor que ela sentia no peito era horrível, ela estava passando por um confronto dela com ela mesma. A crença da sua família não era mais a mesma dela, e isso havia um tempo. Parecia que sempre que cantava uma música relacionada à crença e poder da fé em Jesus e Deus ela estava traindo a si mesma, a sua família, a todos. E então ela se lembrava das brigas com os pais quando havia dito que achava que não tinha uma existência de um Ser Todo Poderoso que tinha controle das coisas, e cada vez mais, isso parecia irreversível para ela.

Ela se sentou no banco de ferro à alguns quilômetros da casa e respirou fundo, observando a lua brilhosa no céu, a única coisa que parecia real naquele momento, as coisas ultimamente pareciam estar saindo do eixo para ela e não ficava nada fácil observar os outros ignorando as coisas que vinham acontecendo, ela estava tão irritada, e era irritada com tudo, numa proporção maior do que podia entender, ela estava cansada de ver as coisas serem ignoradas e nada ser feito a respeito.

Ela queria fazer algo.

 

Autumn Jones

A garota entrou na sala de casa coçando os olhos de sono, afinal, suas aulas de balé haviam sido muito cansativas e ela não estava com muita paciência para ficar retirando parte por parte de roupa, então, assim que entrou no quarto e retirou sua roupa de treino, entrou rapidamente no “banho”, só para tirar o suor e não dormir completamente imunda.

A garota se ensaboou o mais rápido que pôde, então se secou rapidamente e vestiu a primeira coisa que viu e se deitou, os olhos se fechando instantaneamente, a levando para um sono profundo.

 

Anthony García

O homem abriu os olhos sentindo os braços do namorado ao seu redor, o fazendo sorrir instantaneamente.

— Já acordou, dorminhoco? – Enzo encaixou o queixo entre o ombro e o pescoço do ombro, beijando a bochecha do namorado. – Pergunto porque já fiz o café da manhã.

—Acordei sim. – Tony falou enquanto coçava a barba pro fazer e olhava para o namorado que estava de costas para a luz solar que vinha da janela, o fazendo parecer aqueles deuses representados no cinema, fazendo o latino morder o lábios inferior, corando com as ideias em sua cabeça.

— Eu conheço essa cara... – Enzo falou, o sorriso malicioso na cara. Ele subiu na cama e engatinhando chegou no outro, o dando um selinho. – O que se passa por essa cabeça?

— Vamos descobrir juntos. – Tony falou, rindo ao ter o outro contra si.

***

— Olha só quem terminou o banho... – Enzo brincou, vendo o outro revirar os olhos ao rir. – Vamos tomar um café antes de eu ir viajar?

— Com certeza. Só para recordar, são quantos dias? – Tony perguntou, já vendo que seriam longos dias.

— Quatro dias, dois de viagem, um para o campeonato e o anterior para conhecer. – Enzo falou e Tony assentiu, anotando no bloco da geladeira, para então se sentar de frente do outro, se servindo de café com pouquíssimo açúcar. – Quando menos percebermos eu vou estar de volta, deitado na cama com você, como todas as manhãs.

— Eu sei, lindo. – Tony confirmou, sorrindo para o outro, o admirando em silêncio.

 

Curtis Patterson

O garoto batia palmas rindo com seus colegas, apreciando a dança do professor, que ria se divertindo tanto quanto os outros.

— Está tudo bem? Se me permite perguntar... – Curtis sussurrou para Tatanka, vendo a garota assentir, aparentemente mais relaxada do que nas duas últimas semanas. – Bom. Está preparada para a competição? Nossa primeira...

— Seria mentira se eu falasse para você que não estou nervosa, pois eu estou. E muito. Porém, o que me acalma é que não estarei em ambiente desconhecido sem alguém que conheço, sem pessoas importantes para mim ali. – A de cabelos brancos respondeu, rindo ao terminar, vendo o professor fazer um dab.

— Pessoal! Atenção, o ônibus chegou, então vamos movimentar! – O professor notificou, pegando suas malas e vendo os adolescentes fazerem o mesmo, seguindo-o.

— Continência, sargentos! – Curtis brincou, vendo todos começarem a imitar soldados, batendo os pés seguindo o professor. – Eu vou descansar as pernas.

O pessoal riu, e então não demoraram para chegar ao ônibus, e após suas bagagens e pertences estarem todas bem guardadas, eles entraram para o veículo, e estrategicamente, junto das pessoas que queriam, o ônibus então se moveu.

E juntos, eles gritaram, para em seguida combinarem que música iriam começar a cantar, afinal, tinham cerca de três horas e meia de viagem, sem contar as paradas.

E rindo, uma das mais emocionantes aventuras deles começava.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo teremos mais sobre Tatanka e sobre a viagem. Obviamente haverá a apresentação deles... E justamente por isso, aviso para que não esperem que o próximo capítulo saia tão rápido.

Beijos, amorxs ♥



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