À Meia-Noite escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá! Gente, gostaria de agradecer mais uma vez a todos que comentaram no capítulo anterior, e me ajudaram a ter Ânimo de vir até aqui e postar mais um!
Este capítulo ficou bem mais longo do que o planejado, mas eu realmente senti a necessidade de mostrar um pouco mais de como eu acho que ficaria a cabeça se a Katniss estivesse grávida em meio a toda esta situação, e no quanto isso mudaria a relação dela com a mãe, mas acabei "cortando" personagens que eu tenho muita simpatia, como é o caso do Haymitch, só para dar mais ênfase nos sentimentos dela, mas isso ultrapassou o meu limite de palavras, como o prometido, mas eu afirmo com toda a certeza de que o próximo será mais contido!
Espero que gostem da leitura, escrevi em dois dias isso, porque precisei ajudar minha irmã na escola, e aí acabei me esquecendo de escrever, mas juro que dei o meu melhor! Um forte abraço a todos!



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Estou acelerando, e essa é a
Batida oscilante vermelha, laranja e amarela
Que acende o meu coração

Estamos no início, as cores desaparecem
Eu nunca olho para as estrelas
Pois há tanta coisa aqui embaixo
Então, eu tento acompanhar a
Batida oscilante vermelha, laranja e amarela
Que acende o meu coração

Eu tenho sonhos o ano todo
Mas eles não são bons sonhos
E os arrepios descem pelos meus ombros
Feito lâminas aceleradas

— Yellow Flicker Beat, Lorde

 

 

 

 

— Vai comigo? — Johanna perguntou, depois que Peeta terminou de ajudar Beetee a enrolar o fio dezenas de vezes na grande árvore e eu, Finnick e ela ficamos de vigia, intercalando para ajudá-los.

— Pensei que eu e Peeta fôssemos levar o fio — falei, começando a me sentir um pouco nervosa, com suor na nuca, mas por graça Divina era coberto por meu cabelo que está solto.

— Essa cara por quê, Katniss? Até parece que vai fugir — Finnick disse, brincando, em uma hora dessas, com tudo escuro no meio da floresta. Senti meu sangue gelar, e a vida em meu ventre deixar claro que está aqui.

— Por nada — respondi, dando de ombros.

— Então você vai comigo, e os três guardarão aqui — Johanna disse, séria, mas pensativa, olhando para a copa das outras árvores ao nosso redor.

— Ok — respondi, sem dizer mais nada. Somente fui até Peeta, que estava com uma expressão um pouco devastada, como se pudesse nunca mais me ver. — À meia-noite.

Sussurrei, antes de beijá-lo, em um selar de lábios somente, mas fechei meus olhos, e sei que ele fez o mesmo, para selar nossa promessa de que nos encontraríamos à meia-noite.

— Vamos logo — Johanna chamou, e eu podia jurar que vi ela, Finnick e Beetee trocarem um olhar com muito significado, do qual eu não entendi absolutamente nada.

— Vou te esperar — ele moveu os lábios, e eu assenti, quase esboçando um sorriso, então não podíamos mais ver um ao outro.

Caminhamos por uns cinco minutos, dentro da mata, que parecia indo ficando mais espessa e escura, mas as estrelas estão mais brilhantes especialmente esta noite, assim como a Lua, oferecendo uma iluminação suficiente.

— Segure um pouco, porque minhas mãos estão doendo — assenti, pegando o rolo de sua mão, que estava avermelhada por estar segurando há bastante tempo, bem mais do que o tempo que estamos caminhando.

— Acho que agarrou em alguma coisa... — contei, mordendo os lábios, dando uma outra puxada, mas o que aconteceu depois me tirou o rumo total.

Johanna me nocauteou com a parte não cortante de seu machado em minha nuca, derrubando-me, mas antes que eu pudesse reagir, a dor de cabeça era forte demais, e eu quase desmaiei, ainda mais por ter caído sobre pedregulhos em meio a terra seca.

Daí, quando eu penso que não pode ficar pior, ela se sentou sobre mim, com as pernas ao redor da minha cintura, puxando meu braço direito com força, e rasgou sem nenhuma piedade, fazendo sangue jorrar como uma cachoeira.

Não gritei de dor, eu berrei, em meio às lágrimas, sem a menor vergonha, por não estar raciocinando, e com os hormônios, a dor nauseante na nuca e a respiração escassa, por ela ter se debruçado sobre mim, cobrindo minha boca com uma das mãos cheias do meu próprio sangue, olhou dentro dos meus olhos com os seus olhos grandes e castanhos.

— Cale a sua boca, estou salvando sua vida, agora vou ver o Peeta, mas fique aqui, calada! — sussurrou, mas bem ameaçadora, porém, eu não conseguia controlar o choro, e nem os soluços, mas pelo menos estes eram contidos pois o sangue estava em meus lábios e bochechas, assim como pescoço.

Feito uma gata, ela saiu de cima de mim e do meu derredor, sem fazer muito barulho, enquanto eu estava silenciosamente chorando, com cada lágrima pesando como uma rocha, rasgando-me tanto quanto Johanna fez comigo com seu machado. Meu corpo só quer continuar aqui, estirado, manchado com o próprio sangue, respiração sôfrega e como se um elefante estivesse sobre meu braço rasgado, mas ao ouvir o canhão, só um nome veio em minha cabeça: Peeta.

— Peeta — murmurei, acredito eu. — Peeta!

Levantei-me o mais rápido que podia, apoiando-me sobre o braço que não estava cortado. Senti uma cólica que mais parecia uma facada de dentro de mim, o que me fez ficar de joelhos, com uma mão sobre o ventre, a mão do braço machucado.

Erga-se, ordenei a mim mesma, e foi o que fiz, mesmo dadas circunstâncias, correndo, na direção que passamos o fio, e logo eu estava na grande árvore, assumindo uma expressão de pavor.

Finnick, Johanna e Peeta não estavam mais ali, somente o corpo de Beetee, trêmulo, como em uma convulsão, e saia fumaça de um ponto do fio, que soltou pelo menos três metros, no chão. Mas é a arena.

PEETA! — gritei, segurando meu braço rasgado, olhando desesperada para os lados.

— Katniss! — Ouvi-o, de longe. — Katniss, você está bem?!

— Onde você está?!

Mas não ouvi resposta alguma, só um som de canhão, que me fez quase cair e vomitar.

— PEETA! — gritei, mais uma vez, indo em passos apressados na direção das árvores, mas a voz de Finnick no outro lado me fez imediatamente virar e deixar meu arco preparado, apontando para sua cabeça. Tudo está como um carrossel ao meu redor, mas eu me mantinha de pé, e bem rígida quanto a posição de manter o bebê em meu ventre com vida e Peeta.

— Katniss! Katniss! — o louro disse, erguendo as mãos em rendição, com os olhos muito assustados, parecendo frágil, mas sincero. Seja qual for a intenção, não me fez abaixar o arco. — Katniss, só se lembre de quem é o verdadeiro inimigo.

Todo meu corpo estremeceu; esta foi a frase que Haymitch me disse antes da entrevista, para Peeta também. Finnick deve estar ficando louco, eu sei que Snow é meu verdadeiro inimigo, e ele também, por ter feito algo contra Peeta e Johanna ter rasgado meu braço e...

Antes de completar meu próprio pensamento, raios leves começaram a cortar o céu escuro, formando nuvens sobre a árvore, e eu senti desejo de desmaiar. Finnick e Johanna não são meus verdadeiros inimigos. E eu me esqueci disto. Recobrei a consciência, ou uma pequena parte dela e disparei para perto de Beetee, onde tinha um fio solto envolto de um pedaço de madeira, com a ponta falhamente mais afiada. Não fez tanto sentido, mas logo eu passava o fio na ponta da minha flecha, até apontar para o céu. Quase meia-noite, pensei.

KATNISS! — Finnick berrou, e eu ouvi seus passos correndo na minha direção. — SAIA DE PERTO DESTA ÁRVORE!

Disparei a flecha, quando o primeiro grande raio caiu, no mesmo tempo. Depois do clarão, não vi mais nada, apenas senti meu corpo ser projetado com toda a força possível para o chão.

*

Abro meus olhos com certa dificuldade, e logo os esfrego, irritada, mesmo com a pouca iluminação, mas meu corpo relaxou um pouco mais ao sentir dedos cuidadosos e cheios de carinho emaranhado aos meus cabelos, com um cheiro de pinheiro e terra inconfundíveis, Gale.

— Olá, Catnip — sussurrou, abrindo um sorriso torto, olhando em meus olhos. Pela pouca iluminação, e por estar bem ao meu lado, parecia que seus olhos são azuis. — Estava preocupado com você.

— Onde eu estou? — perguntei, cobrindo a boca com as mãos, tossindo, sentando-me com a ajuda dele sobre a cama de hospital.

— No Distrito Treze — respondeu.

— O quê? Mas e o Doze? — perguntei, confusa.

Daí, ele me contou tudo, sobre o bombardeio, Peeta e Johanna sequestrados, o meu quase aborto, Prim e minha mãe com vida, revolução e no quanto a Capital mente e mentiu sobre a inexistência de vida no Treze. É informação demais, coisas demais, e eu fiquei com meus olhos cheios de lágrimas, principalmente quando ele disse:

— Katniss, o Distrito Doze não existe mais.

Fragilizada, fraca e debilitada, mais uma vez a escuridão me tomou, mas pelo menos Gale estava lá para me segurar.

*

Semanas se passaram, e eu ia me encaixando de forma errada ao padrão e exigências do Treze, que todos os dias tatuava em nossos braços horários bem rígidos a serem seguidos, desde às 06:30 da manhã até às 17:45, só que eu não seguia horário nenhum além do café da manhã e almoço, ficando escondida em armários e salas minúsculas e esquecidas por aí.

Prim e minha mãe fizeram um show de lágrimas quando enfim fui liberada depois de três dias do hospital, mesmo que o tempo inteiro elas tenham ido lá para me ver, e eu quase chorei também, mas chorar não é muito um dos meus fortes. Somente as abracei de forma muito sincera, sentindo-me em casa no abraço delas.

Guardei suas coisas — Prim sussurrou, na primeira noite que dormi no mesmo compartimento que elas, já que somos uma família, temos um compartimento para nós três, com uma cama de casal e uma de solteiro, onde eu durmo sozinha na menor e as duas, por serem mais unidas e se sentirem a vontade por isso, na maior.

Tive um pesadelo onde eu estava sendo enterrada viva, por todos os mortos, e eu também via Peeta e Johanna, que foram pegos, e o meu bebê, mais crescido, com os olhos de Peeta e os meus cabelos. Acordei chutando todos os lençóis, ofegante, com lágrimas nos olhos, ela abriu um sorriso pequeno, enquanto eu me sentava, ela tirou algo de uma pequena caixinha ao lado de sua cama.

— Acharam isso perto de você também — acrescentou, no mesmo sussurro, passando para mim o medalhão de Peeta. Na palma de minha mão cabia o broche, a pérola e minha aliança de ouro, fina.

— Obrigada, Prim — agradeci, emocionada, sem tentar disfarçar minha gratidão. Minha irmã, com os mesmos olhos do Garoto do Pão, abriu um sorriso encantador, fazendo carinho em meus cabelos.

Eu apenas a abracei, e logo ela dormiu, mas eu não consegui, sentindo o frio da pérola na palma de minha mão, juntamente com o frio da aliança no meu anelar, enquanto o broche repousava seguro na mesa ao lado da minha cama, encarando-me, e me dando, de algum modo, segurança. Senti o bebê se mexer em meu ventre, como se brincasse na minha barriga, pelos movimentos intensos, só que dessa vez, com minha mãe e Prim tendo conhecimento, sei que é muito normal, e até saudável, apenas sorri, mas desejando que Prim não sinta também para não acordar, já que logo pela manhã ela tem o dobro de coisas para fazer.

Enquanto ando em direção até um compartimento que eles guardam as coisas para as crianças, pequeno, onde eu caibo sem problemas, no chão, encolhida o máximo que posso, Gale segura meu braço e me puxa para outra sala, vazia, sem me dar tempo de pensar sobre nada.

— O que está acontecendo com você?! — perguntou, com o rosto vermelho, e os olhos um pouco inchados, por causa de... choro. — Katniss! Você não é muda, e tampouco uma doente mental! O que está acontecendo?!

Sacudiu-me um pouco, sem me machucar, mas sua atitude me assustou, pois eu não estou acostumada com esse tipo de coisa, ainda mais me puxando dessa forma.

— Passe por duas arenas e tenha o sua esposa tirada do nada de você, veja pessoas mortas na sua frente, então me diga como você se sente — falei, ameaçadora, com a cara fechado, olhando em seus olhos. Pela primeira vez na vida, vi seus olhos marejarem.

— Escute-me bem! Não é só você quem enfrenta perdas! Eu amo você, e eu te perco todos os dias, e em dobro, por estar grávida daquele idiota! Mas mesmo com tudo, eu sou o seu melhor amigo, não sou?! — exclamou, e uma lágrima escorreu por sua bochecha, mas logo ele tratou de limpar, fazendo os meus olhos marejarem também. Os hormônios parecem ter dado uma apertada no segundo trimestre, justo quando marco cinco meses e uma semana.

— Eu preciso ficar sozinha — falei, frágil, abraçando meus ombros, segurando todas minhas lágrimas. — Gale, eu não sinto o mesmo por você nesse sentido, eu sinto mu...

Antes que eu completasse, ele segurou meu rosto com uma mão, e a outra na minha cintura, apertando-me com cuidado, como se para saber algo mais sobre mim que nem eu mesma sei, e teria sido ótimo, se fosse uma pessoa específica, Peeta.

Separei-me logo que consegui, me sentindo mais abalada do que nunca, e sem olhar para seus olhos, sem prestar em seu protesto, com uma mão sobre a barriga e outra na boca, eu sai correndo da sala, esgueirando-me entre as muitas pessoas que agora passam, para o almoço no refeitório e quase passei por cima de pessoas mais baixas que eu, empurrando as mais altas, corri para meu compartimento, trancando a porta, e depois entrei dentro do pequeno banheiro, onde também tranquei a porta, sentando-me no chão, começando a chorar compulsivamente.

Solucei, chutei a porta, gritei, soltei meus cabelos presos em uma trança elaborada da minha mãe, até não aguentar mais.

Abri com as mãos trêmulas o macacão, encarando minha barriga de cinco meses, onde um pequeno relevo ia e vinha próximo as minhas costelas esquerdas, me fazendo chorar mais, tremendo, acariciei a área, mesmo desconhecendo como fazer carinho ou demonstrar isso.

Desculpa, desculpa — murmurei para minha barriga, na expectativa de que o bebê possa entender. — Perdão. Eu fiz uma grande crueldade com você por estar te gerando. Perdão, bebê. Perdão.

Pedi, diversas vezes, com minhas lágrimas caindo em meu colo, escorregando até o ventre, pesadas.

— O seu pai é melhor do que eu – contei, sorrindo, em meio às lágrimas de dor. — Ele saberia o que te dizer. Ele sempre sabe o que dizer. Não sei vou um dia voltar a vê-lo, e nem se você conhecerá o rosto dele um dia, mas eu sinceramente espero que sim.

E sem querer, comecei a falar tudo o que estava engasgado na minha garganta, comecei a contar para o bebê sobre Peeta, de seu sorriso, seu jeito, a forma da qual fica quando está cansado, quando está feliz e zangado, assim como o quão bem ele cozinha. Não deixei de falar sobre o talento de Peeta com a comida, mas eu não poderia falar nada; sou péssima. Mas por sorte eu tenho Prim e a minha mãe para ajudar, a fazer comida depois dos seis meses de vida, pelo o que Prim me disse pela milésima vez. Pedi perdão por não estar tão engajada na minha gravidez, e não estar preparando nada para ele, mas começarei a tentar agir para poder oferecer um futuro melhor para ele.

Não sei por quanto tempo continuei falando, somente sei que quando terminei, e abri a porta, Prim e minha mãe estavam ao lado de Gale, que tinha uma chave de fenda nas mãos.

— Estava louca?! — Minha mãe perguntou, fazendo eu dar passos pra trás, assustada. Nunca a vi tão revolta. — Estávamos preocupadas com o bebê e você! E se desmaiasse? Aliás, o que te aconteceu, hein?!

— Precisei ficar sozinha — falei, dando de ombros, abraçando meu próprio corpo, sentindo raiva de mim mesma por não ter deixado pelo menos a porta do quarto destrancada.

Deixei elas entrarem, e me sentei em minha cama, como se não fosse comigo, mas nem é tão difícil depois de tanto tempo. Por sorte, fechei novamente meu macacão antes de sair do banheiro, onde até aproveitei e tomei banho.

— Katniss... — Gale tentou conversar, mas eu apenas olhei para o outro lado, pegando o broche, deixando meu dedo indicador escorregar pelos detalhes, ignorando-o, permanecendo da mesma forma mesmo depois que ele suspirou, deixando um aviso claro para minha mãe e Prim também de que eu não quero a menor conversa.

Só sei que logo ele saiu, me deixando com minha família, que logo me encheram de perguntas, das quais respondi sem o menor ânimo, somente dizendo que tudo está muito bem comigo e com o bebê. Me deitei abraçada a Prim, que para mudar o clima, comentou se eu queria companhia para saber sobre o sexo do bebê.

— Não quero saber até nascer — admiti. — Quando nascer, eu penso em um nome, e tudo mais. Não quero fazer expectativas — contei, fazendo carinho em seus cabelos loiros, enquanto minha mãe aquecia algo em um aparelho adequado para isso, que só descobrimos como usar aqui.

— O quê? Katniss! — Minha mãe disse, me passando um pote de alumínio, onde recebemos nossas refeições no refeitório principal. — É importante para vermos as roupas! Eles tem um respeito especial para quem trabalha na área da saúde aqui, e é difícil demais encontrar uma grávida, principalmente bebês, pois é difícil até mesmo levarem até o final, e todos querem te presentear! Como vou fazer crochê?

Ri, assim como Prim, apegando-me ao momento de vida que estamos passando, e isso é muito difícil.

— Faça roupas brancas! — exclamei, como se fosse óbvio. — E amarelas, bege, cores que não deduzam o sexo, eu não ligo muito para isso, e depois que nascer, mais roupinhas azuis se for garoto, ou rosas se for garotinha, tudo bem.

Ela sorriu, sentando-se na beira da cama, fazendo carinho em meu pé.

— Mexe muito? — perguntou, e eu me sentei na cama, para acomodar nós três de forma mais confortável.

Contei sobre algumas dores que sinto à noite, no quanto mexe, o tempo todo, principalmente quando eu tenho algum pesadelo, ou penso em Peeta, como se soubesse quem é o pai. Minha mãe e Prim me aconselharam sobre "n" coisas, como o que fazer se as cólicas apertassem, se mexesse demais e me machucasse, posições melhores para dormir, e terapia de pensamentos positivos para que o bebê não se assustasse.

Em meio ao carinho, que eu estava sentindo a maior falta do mundo, por causa da ausência de Peeta, pela primeira vez elas puderam ver e sentir um pouco mais sobre como eu me sinto, acompanhando os pequenos movimentos de vida, mesmo que Prim tenha reclamado que não tenha dado para sentir muito mais que simples toqueszinhos, disse que mal dava para saber se tinha mesmo algum movimento, mas eu sei que há, e muito.

Deixei-me ser envolvida pelo amor e emoção do verão, e mesmo que estivesse calor, nós três dormimos juntas na cama de casal, como não fazíamos há anos, muitos anos.

*

Depois de uma semana, meu macacão indicava que em menos de duas semanas eu teria que usar blusas, e não mais esta.

Aliás, eu antes conseguia disfarçar, com roupas íntimas que ajudavam a diminuir o tamanho da minha barriga, porém é impossível fazer isso agora, tenho muito medo de machucar o bebê, e se algo o acontecer, eu acho que eu nunca mais mesmo vou me perdoar.

— Sua presença é solicitada na sala da Coin — Boggs, um homem alto, de pele clara e olhos cinzas, lembrando-me muito o meu pai por esses traços, ainda mais com os cabelos lisos e castanhos escuros, cortados de forma militar. — Sei que está no seu horário de almoço, mas é importante.

A comida não passa de uma soma com raspas de legumes, que mal sustenta um recém-nascido, mas é tudo o que eu como até às seis da noite, porém, levantei e fui ao seu lado, sem perguntar nada, recebendo os olhos curiosos de todos ao meu redor, pois como sozinha, já que Gale nunca almoça no mesmo horário, assim como os médicos, fazendo-me sentar sempre ao lado de Finnick, que parece pior a cada dia, mesmo com sua beleza e elegância ainda na dor, estava arrasado, e com os dedos cortados, de tanto fazer nós em um pedaço de rede, compulsivamente, sendo a pessoa da qual eu mais converso, seja sobre dores do coração, dos meus sentimentos, até sobre o bebê, e ele vem feito o mesmo, contando-me toda sua relação com Annie Cresta, que foi sequestrada pela Capita.

— Não a olhe nos olhos, ela te odeia, nunca foi com a sua cara, e queria salvar Peeta na arena não você — sussurrou o homem, sem olhar para mim, somente para a frente, em passos rápidos. — Everdeen, você teve muita sorte.

— O quê? — indaguei, franzindo o cenho. — Desculpa, não estou entendo.

— Mas vai, seu amigo Gale deve te explicar, não se preocupe. Agora, só se lembre do que eu disse, calada, só fale o que lhe for respondido.

Assenti, em concordância, mas sem sentir medo de Coin. Nós duas já tivemos alguns encontros e reuniões, mas nada amigáveis. Da última vez, Beete, eu e ela quem estávamos na sala, sozinhos, e quase que ele levanta de sua cadeira de rodas para acalmar os ânimos, tudo porque eu disse que não seria o Tordo dessa revolução que está acontecendo em alguns Distritos.

Entramos na sala, que hoje está bem mais cheia, com mais pelo menos vinte pessoas, mas isso foi como se todas elas tivesse sumido, quando vi o rosto de Peeta na televisão, sendo entrevistado por Caesar. Meu coração retumbou tão forte, que o bebê em meu frente chutou com força, mas a dor mais dolorosa é ver Peeta claramente tão desconfortável, sem seu habitual sorriso e brilho nos olhos, e até parecia ter perdido alguns quilos, disfarçados por quilos e quilos de maquiagem. Talvez muitos não tenham notado, mas eu o conheço com roupas e sem elas, é o meu marido, e eu estou grávida de um filho nosso.

— Peeta — sussurrei, abalada, tocando na televisão, e todos se calaram, olhando para meus olhos cheios de lágrimas.

— Patético — Ouvi Coin dizer, mas pelo tom, não estou certa se ela necessariamente queria que eu escutasse.

— Estão machucando ele — eu disse, puxando ar com força para não engasgar no choro intenso que queria tomar conta de mim. Todas essas situações estão me deixando altamente instável, mas eu ainda consigo engolir o choro e vestir uma expressão de pura indiferença, exceto se Peeta estiver envolvido. — Estão torturando ele.

— Como pode chegar a esta conclusão? — Coin perguntou, quando acabou a transmissão, segurei-me para não cair no chão, com as mãos na boca, ainda olhando para a TV.

— Peeta nunca mandaria ninguém abaixar as armas, pararmos de lutar — respondi, em um tom bem sério, pensando que não posso parecer fraca. Eu não sou fraca, eu já passei por duas arenas, matei dezenas de pessoas, posso aguentar falar para todos os de alta patente nesta sala, pelo meu bebê, para Peeta.

— Katniss — Gale mexeu os lábios para mim, balançando a cabeça em negativa, fazendo sinal para eu ficar em silêncio. De raiva, continuei.

— Peeta não sabe de nada disso, mas só que ainda mais que ele sabe da criança, quer o máximo possível que as coisas melhorem. Está sendo ameaçado, com certeza Johanna também está.

A conversa se desenrolou, sobre como Peeta é ou não um traidor, ganhei uma cadeira na mesa grande, e todos apresentaram tudo o que tinham para mim, dizendo sobre quantas pessoas precisam de ajuda, principalmente no Distrito Oito.

— Precisamos de você — Plutach disse, ao lado de Haymitch (um Haymitch totalmente sóbrio), e os dois, juntamente com Gale, pareciam estar absolutamente me protegendo, mesmo sem dizer nada, eu os via me olhando.

— Precisamos de um rosto para a Revolução, alguém que a Capital deseje, e que os Distritos possam se inspirar — Beetee disse, com um pequeno sorriso. Finnick - que eu exigi que participasse, quando vi o quão séria ia ser a conversa e por ele ser o meu maior verdadeiro amigo ali, no sentido de entender minhas dores, assim como meu mentor -. — Só você pode fazer isto, Katniss.

— Aceita? — Coin perguntou, aproximando-se da mesa, sentada na cadeira principal, ao meu lado. Senti um frio na espinha, por tudo nela, mas duas pessoas podem jogar.

— Nas minhas condições — respondi, séria. Ela riu com escárnio, em um silêncio massacrador na sala, Finnick segurou minha mão por cima da mesa, assentindo em concordância com minha atitude. Ele não disse nada, mas eu sabia que eu o tinha ali para me apoiar, por mais louca que eu esteja.

— E quais seriam? Lembre-se que você não tem tanta opção de escolha assim, soldado Everdeen — rebateu.

— Então encontre outra pessoa para ser seu Tordo — podia-se ouvir, quase, a batida do coração das pessoas ao nosso redor. — Quero ir até a minha casa no Doze, a anistia, caso Peeta Mellark, Annie Cresta e Johanna Mason sejam realmente resgatados por vocês, assim como você me disse que seriam, quero um alojamento com o dobro do tamanho e com suporte para receber quatro pessoas, quero também uma janela bem grande e eu poder decidir o que devo ou não fazer em qualquer momento da operação, sem contar que, independente do que acontecer comigo, quero que assine algum documento que a minha mãe quem cuidará do meu filho com a minha irmã e nada faltará para nenhum deles até que todos morram.

Falei, sem nem pensar, são coisas indispensáveis para mim.

— Finnick Odair também será tratado como uma pessoa normal, não somente como um paciente retardado, como têm feito, e eu quero poder sair daqui e ir para a floresta que tem aqui em cima, ao ar livre, sem a inspeção de ninguém.

Todos estavam em silêncio.

— Mas alguma exigência? — ela perguntou, contendo-se. Assenti, cruzando as mãos sobre a mesa, e olhei bem dentro de seus olhos afiados, que deixavam explícito seus problemas para comigo, dos quais eu sequer sei quais são.

— Eu mato Snow.

*

Desde a reunião, tudo mudou para mim, e para as pessoas ao meu redor. Finnick foi dispensado da maior parte do tempo que antes ficava no hospital, pela minha ordem, e assim, com maior interação, eu podia ver a cor voltar ao seu rosto, mesmo que os sorrisos sejam bem escassos, assim como em mim, não estamos bom o bastante para voltarmos a rir, sorrir, isso não ameniza a dor, desespero, falta de informações sobre nossas pessoas queridas confinadas no pior lugar do mundo, mas oferecemos mútuo suporte ao outro, em meio à todos nossos defeitos, eu sabia que ele seria um amigo para toda uma vida.

No mesmo dia da reunião, também fui com Gale ao Distrito, mas ele me deixou sozinha para entrar na Vila dos Vitoriosos, enquanto o mesmo aguardava-me pacientemente do lado de fora. Ver tantos ossos carbornizados fez meu estômago girar de agonia, mas segurei a comida com êxito, mas não as lágrimas e o choro, abraçando a mim mesma com muita força, pisando cautelosamente para não ferir as cinzas de pessoas que foram tão vítimas quanto qualquer um desse governo maldito.

Busquei alguns remédios da minha mãe, uma foto do meu pai, recuperei meu arco e flecha, assim como também pus na minha bolsa de caça o maldito gato de Prim, Buttercup, que sobreviveu ao bombardeio. Incluí alguns livros que estavam na estante do quarto da minha irmã, que sei que ela gostaria de ler, e quando abri a porta da biblioteca, quase gritei, puxando ar com força, ao ver uma única rosa no meio de todas as rosas murchas, pela falta d'água, uma brilhava, branca, linda, aberta, com um aroma indiscutivelmente adorável, mas que eu não consigo sentir nada mais além de puro nojo.

Peguei, um pouco afastada, com a ponta do polegar e indicador, como em uma análise, ergui até a altura dos meus olhos, daí larguei, como se fosse me passar alguma doença. Ainda estou de olho em você, quase pude ouvir a voz do Presidente Snow em minha cabeça.

Saí correndo, pegando somente algumas roupas que eu sei que ainda caberiam em mim, e que eu poderia usar depois de dar à luz, saindo desesperadamente. Entrei no aeroesterilizador, onde Gale me esperava de braços abertos. Mesmo não sendo os braços de quem eu queria, foi quem eu abracei, escondendo-me em seu peito, que me acolheu carinhosamente.

Não me perguntou nada, eu não disse nada. Meu choro entregava tudo, e ele não me olhou com olhos acusadores.

Fui ao Oito, mas para isso tive que usar algo para esconder um pouco minha barriga de quase seis meses, redonda, mesmo que meus seios tenham ficado latejando, Vênia, Flavius e Effie (que descobri estarem sendo mantidos em cárcere privado), auxiliaram-me em tudo, deixando meu rosto o mais reconhecível possível. Uma tropa forte me acompanhou, principalmente de gravação, pois é uma área de risco, estou grávida, e o Tordo de toda uma Revolução que eu sinceramente nunca quis fazer parte.

Só que fiz uma escolha, morrer lutando, e eu pedi somente para terem certeza de que estão me gravando.

Minha inimizade com Coin parece ter diminuído depois das minhas gravações espontâneas para os Prontopops de Plutarch aparentemente foram o estopim que precisavam, ainda mais que não era possível esconder minha barriga, que ia transformando todo o meu corpo junto, e quando digo corpo, isso incluí alma e espírito também.

Derrubei, junto com Gale, dois aviões de caça, juntos, e isso me fez lembrar de quando éramos só nós dois na floresta, mas isso não fez eu pensar em "trair", supostamente, Peeta, na verdade, isso me fez quer apenas a amizade estreita com Gale de novo, só que mais semanas se passaram, junto com a correria, gravações, visitas a muitos Distritos, pares de tentativas de homicídio contra mim, e minha barriga tomando mais volume a cada dia, parecia impossível.

— Daqui você não sai mais! — Minha mãe exclamou, com uma ruga de preocupação comigo, que estou suando frio há duas horas na cama de um compartimento maior, assim como pedi para Coin, que vem cumprindo com suas promessas, mesmo dois meses depois. Hoje estou fazendo exatamente sete meses e três semanas. O bebê parece se contorcer dentro de mim, arrancando gemidos de pura dor e angústia da minha parte. Visitei o Distrito Dois, e levei um tiro certeiro na costela, me dando um hematoma roxo e preto horrível, com a dor triplicada por ser próximo da mama, e meus seios dobraram de tamanho, quase, por causa do leite.

— Mas eu tenho que ajudar — falei, baixinho, sem ousar fale muito alto. — Não foi nada demais, mãe.

Nossa relação melhorou bastante, mas não tenho tanta vontade de respeitá-la na maior parte do tempo.

— Este último tiro, menos um casaco que você usa, que quebraria sua costela! — ela exclamou, enquanto Prim arrumava a minha cama, depois de trocar os lençóis por causa do suor. É princípio do outono, mas aqui no Treze as estações são um pouco mais diferentes, e ainda está quente. Ultimamente, só tenho dormido apenas com blusa grande. O Treze não está muito habituado com grávidas e nem obesos, sendo um grande problema, principalmente por minha roupa de Tordo estar sempre em constante mudança.

O bebê deu um chute tão forte, que eu fiquei a um palmo de gritar, pondo as duas mãos perto do umbigo, onde senti o chute forte.

— Calma! — exclamei, com os olhos cheios d'água. — Ok, eu não saio mais daqui.

Minha mãe pareceu relaxar um pouco, e Prim também, mesmo que diga que ache que o que eu estou fazendo seja certo, tentar salvar o mundo e as outras crianças de mais uma colheita.

Não consigo mais me deitar, de tão incomodada que eu já me sinto, e pensar que ainda tem mais pelo menos seis semanas, eu fico desesperada, mas ao olhar para os olhos tranquilos da minha irmã, sentindo seus dedos ágeis massagearem meus pés e a minha mãe fazer uma trança confortável em meus cabelos, consigo pensar no quão bom será depois que eu finalmente puder pegar o meu próprio filho nos braços.

*

Mesmo com a exigência da minha mãe, saí algumas vezes, vagando sozinha pelos corredores, e Coin não chamou minha atenção, ninguém mexeu comigo, pois sabem do meu atual estado de saúde, mas me saudavam, dizendo que agora estamos avançando, só falta o Distrito Um se render, mas tudo isso me deixa muito nervosa, todos me olham como se eu fosse alguém para ser posta em um pedestal, mesmo que nada esteja verdadeiramente ganho.

Quando bati os oito meses e cinco dias, senti todo meu corpo contra a gravidade e a mim mesma. Eu podia ver os pézinhos contra minha pele, chutando sem o menor dó ou piedade minhas costelas, e todos os órgãos, nem respirar direito eu conseguia, ainda mais de noite, quando o oxigênio era reduzido pela metade, por precaução de bombas da Capital.

Agora, só tenho duas blusas, e nenhuma delas cobre mesmo toda minha barriga, que ficou redonda, perfeita, mas ainda sim, me apavora. Paro do nada, me sento, aproveitando minha mãe e Prim no trabalho para poder conversar com o bebê, levanto toda a blusa até a altura dos meus seios - que ultimamente até desconhecem um sutiã, por terem ficado maiores mesmo por causa do leite, uso só quando estou acompanhada de alguém para não marcar muito.

Eu sinto a cada dia todas as minhas energias serem sugadas pela criança em meu ventre, não sei mais como são meus pés, mal alcanço a base da minha barriga, mas eu sinto um sentimento tão grande pelos meus poros, que somente algo Divino pode explicar o que sinto quando fico sozinha com minha grande barriga e um sorriso, deslizando a ponta dos meus dedos, conversando por horas a fio, mesmo sem ter resposta, e em algum momento de intimidade com meu ventre, peguei a pérola que Peeta me deu, e também usei como método para acalmar nosso bebê.

— Por enquanto, é a única coisa que ele me deu mesmo — sussurrei, olhando bem para onde o bebê se mexia mais, e tocava ali, sentindo pequenos choques elétricos. — E eu quero que saiba que um dia eu vou dar para você. Só precisa ficar calmo, logo, logo você vai estar aqui mesmo ao meu lado, meu bem.

Na última semana do oitavo mês, enquanto eu caminhava lentamente pelo quarto, acariciando a barriga, pensando em como eu lidaria quando o bebê nascesse, foi como se estourasse uma bomba, e o só se ouviu o som do copo que eu segurava cair no chão: eu tenho certeza de que não fiz xixi nas calças.

Entrei em trabalho de parto, imediatamente ligando para onde minha mãe trabalha, e ela foi liberada as pressas com Prim, mas eu não fui de forma alguma para a área hospitalar, eu não queria ninguém perto de mim além delas, eu só queria elas e Peeta, mas este ainda não deu quaisquer sinal de vida além de entrevistas que fazem parecer que ele está cada vez pior.

O parto durou toda a manhã, tarde, e quando a noite começava a dar sua graça, quando eu já não tinha mais forças algumas, sentindo todo meu corpo mais uma vez reagir totalmente contra minha vontade, e eu jurar que ia morrer, como se me rasgassem toda, aquele grito novo, em meio ao choro preencheu o quarto, unindo-se ao meu choro e gritos desesperados, dolorosos. Onze horas de puro sofrimento, mas nada, absolutamente nada se comparou ao momento em que eu peguei aquele ser pequenino, manchado de sangue em uma toalha limpa e nova, somente para receber esta nova vida, uma vida que eu gerei, fruto do meu amor e de Peeta, fruto de todas as coisas boas que duas pessoas tão cheias de defeitos, medos e falhas conseguimos criar.

— É uma menina — Prim disse, muito emocionada, com um sorriso gigantesco, olhando para eu e o bebê. Minha irmã é minha melhor amiga. — Escolha um nome!

E nesse momento, a bebê abriu os olhinhos, mesmo no choro, e olhou bem para mim, parando de se mexer tanto, mas só me fez tremer um pouco, arrepiada. Mesmo com o tufo de cabelos castanhos escuros, seus olhos são tão azuis quanto aos de Peeta, quanto aos de Prim, tão limpos e azuis quanto o Céu. Olhei para a janela, já está à noite, a noite mais estrelada do ano.

 Sky — sussurrei, tirando alguns fios de cabelo do rostinho da minha filha.

E eu podia jurar que a alma de Peeta estava junta a minha, e não poderia haver um nome que fosse melhor do que esse justo para ela. Ela tem o céu nos olhos, e a pele nas nuvens, levando-nos para lá, mesmo com o menor dos toques, e eu sabia que eu não podia desistir de lutar. Por Prim, desde o começo, e agora, por ela.


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Notas finais do capítulo

Então, galera, foi isso! Foi mal por ter voado logo na parte do parto, e tudo mais, mas eu juro que queria colocar muito mais coisas, é só porque preciso mesmo aprender a resumir de uma vez por todas! O próximo será a chegada de Peeta, mais as adaptações à nossa Sky na área e também como ficou a revolução depois disso!
O que acharam? Eu preciso muito mesmo da sinceridade de vocês em todos os capítulos, por favor, para não cometer novamente os mesmos erros! Obrigada a todos que leram e leem, isso é muito importante para mim! ❤️ Nos vemos no dia 24/12 se Deus quiser! Um bilhão de beijos para todos!
Obs.: o que acharam da capa nova? Kkkkkkkkkkk desculpem, fiz meio coisada mesmo porque eu só precisava de uma capa nova com o nome da fic.



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