Urbanismo Diário: Amor de Metrô escrita por art3mis


Capítulo 2
II - Para Sempre


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Como o prometido: aqui está o capítulo novo. Comecei a escrevê-lo no sábado a noite (após ficar 5 horas em pé para assistir Guerra Civil - não eu não consegui -) e terminei ele a alguns minutos atrás.

Na verdade eu estava pensando em publicá-lo amanhã, mas esse dia está sendo fantástico: O BTS LANÇOU O NOVO M/V E AINDA POR CIMA É FERIADO. E eu também queria aproveitar e explicar algumas coisas importantes e não tão importantes.

> Eu provavelmente vou focar a história mais no James do que na Lily, tipo é um romance e eles são os protagonistas, mas é porque o James ele vai meio que sair da caverna, sabe? E tipo não tem como eu escrever sobre a Lily saindo também da caverna porque ela nunca esteve na caverna ele sempre foi livre.
* Com livre eu não digo que ela seja Over Power.

> O primeiro capítulo, no caso esse, tá pequeno porque é tipo uma introdução: ele tá apresentando a situação inicial e eu prometo que o próximo capítulo será mais focado na Lily.

> Eu também estudo, o que é bem triste, e ao contrário de escolas comuns que tem semanas de prova, eu tenho prova toda quinta-feira, o que dificulta muito escrever durante a semana. Então eu acho que vou publicar os capítulos todas as quartas ou segundas (porque eu consigo escrever no fds).

BORA LÁ.



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U R B A N I S M O   D I Á R I O: Amor de Metrô.
escrito por: art3mis
capítulo II - Para Sempre

 

Faltavam cinco horas para o metrô parar na estação.

     

O dia começou como sempre começava: com o céu nublado e uma fina chuva. As árvores do bairro universitário balançavam com o vento e no meio da rua James Potter, acompanhado de seus dois melhores amigos: Sirius Black e Remus Lupin caminhavam em direção ao prédio com bebidas quentes na mão.

— O que eu estou dizendo é: você não pode provar que uma coisa não existe, só que ela existe mesmo. - James Potter disse, continuando o assunto que haviam iniciado desde a saída da cafeteria: Não há como provar que algo não existe.

— Isso não faz sentido, Jim. - Remus afirmou, um pouco confuso sobre aquilo, enquanto Sirius, que estava um tanto absorto na conversa, tentava entender o ponto do melhor amigo.

— Pense comigo, Rem: Só porque ninguém achou um monstro rosa cheio de tentáculos chamado Herbert não significa que não exista um monstro rosa cheio de tentáculos chamado Herbert. Porém, se há uma chance dele existir, há pelo menos uma chance tão boa quanto essa dele não existir.

— Eu realmente entendo o que você está falando. - Sirius se pronunciou, pela primeira vez, enquanto passava o cartão pela máquina e passando pela catraca em seguida. - Você está dizendo que não dá para provar uma proposição negativa.

— Não exatamente, porque é possível provar uma negativa, pelo menos tanto quanto se pode provar qualquer coisa. O que eu quero dizer é: não dá para provar que Herbert não está em algum lugar esperando por uma carta, assim como não dá para provar que ele está lá esperando por uma carta.

— Ah, acho que entendi - Remus disse coçando levemente a cabeça - Você está dizendo que você tem tantas chances de provar que Herbert existe quanto as chances que eu tenho para provar que ele não existe.

— Correto.
— E como você chegou a esse pensamento? - Sirius perguntou, de fato curioso.

— De acordo com a teoria quântica, existe a probabilidade de que todos os acontecimentos possíveis aconteçam, não importa o quão estranho. Então eu comecei a pensar sobre isso: eu não posso provar que tem um número infinito de anjos dançando na cabeça de um alfinete, mas ninguém pode provar que não há anjos dançando na cabeça de um alfinete.

— Eu acho que a gente deveria sair mais, estou começando a ficar preocupado.

Faltam quatro horas para o metrô.

— E então, P, você entendeu? - perguntou, bagunçando o cabelo freneticamente enquanto olhava para Peter Pettigrew, o garoto com notas baixas da sua turma e coincidentemente do seu grupo de trabalho. - A apresentação é amanhã, se tiver alguma dúvida é só me perguntar. - ele falou, um pouco mais alto já que o colega de classe havia saído correndo pelos corredores.

— Eu não sei porque você ainda é gentil com essa cara, ele estragou 4 de 5 apresentações nossas, e só não estragou a última porque ele passou mal. - foi a vez de Remus Lupin dizer, enquanto massageava os próprios ombros.

— Olha lá os pombinhos. - disse, interrompendo o amigo e apontando para Sirius Black e a única integrante feminina do grupo: Marlene McKinnon, a estudante de química que tinha algo além de amizade com Black. - Sério, quando vocês vão se oficializar? - perguntou, um pouco mais alto e atraindo a atenção dos dois.

— Você viu o que o povo da Green fez na frente do CENEX? - Marlene perguntou, ignorando totalmente a pergunta do amigo.

Green era a universidade voltada para artes na frente de Millenium - nesse caso, a universidade voltada para apenas ciências exatas -, não se sabia ao certo o porque, mas havia desde o início uma rixa entre as duas universidade. Algo não como “eu não vou com a cara dele” e sim como ódio. Por causa disso havia várias brincadeiras e provocações das duas universidades.

— O que? - Remus perguntou, realmente interessado no assunto e no seu almoço.
— Eles picharam o prédio inteiro, tem uma cabeça lá e alguns olhos. Está muito estranho. Já estão combinando o que eles vão fazer de vingança, depois das provas finais: vão invadir e jogar mel nas salas.

— Isso é crueldade. - Sirius disse depois de um tempo. - Eu não gosto deles, mas Malfoy e Bellatriz apelam demais. Igual aquele antigo aluno, o Tom, ele estava criando um plano para jogar fogo na escola, por isso que ele foi expulso.

— E é por isso que Green agora tem uma segurança melhor que a nossa. - Remus contou, dando em seguida um gole em sua bebida. - Jim, você vai comer isso? - perguntou, olhando em direção ao prato com bife e purê de batata.

— Fique a vontade Moony, estou sem fome hoje.
— Você é simplesmente incrível.

Faltavam três horas para o metrô.

— Ei, amor. - Emmeline disse, dando um demorado beijo em seu namorado, que aproveitava o tempo livre deitado embaixo de uma árvore. Apenas Sirius o fazia companhia, uma vez que Remus estava na biblioteca e Marlene na aula.

— Eu vou procurar o Moony. - Sirius disse, assim que a loira de olhos azuis pronunciou a frase. Não é que ele tivesse algo contra ela, só achava aquele relacionamento peculiar, Emmeline era ciumenta ao extremo e James era sociável ao extremo.

Na verdade, ele nem sabia como eles ainda estavam juntos.
— Fico grata que ele percebeu a deixa, tenho assuntos a tratar com você. Urgente.
— Eu sou todo a ouvidos.
— Você está me traindo? - perguntou e a vontade de James em revirar os olhos foi grandiosa, mas não o fez. Porque mesmo Emmeline sendo a pessoa mais possessiva que ele conhecia, James a amava.

— Você está me traindo?
— O que você acha?
— Você está me traindo?

Ele bufou, olhou para baixo e recuperou as forças:
— Claro que não
Ela empinou o nariz:
— Bom mesmo - e o abraçou.
— Eu nunca te trairia, Emme. Eu te amo.

Faltavam duas horas para o metrô. Faltavam duas horas para o metrô.

— Oi, mãe - James disse, assim que atendeu a ligação no seu celular, interrompendo o lanche com os amigos. Se levantou em direção ao pátio, com a intenção de achar um lugar mais quieto para continuar a sua conversa.

— James Potter! Você não atende as minhas ligações a duas semanas! E se algo de importante tivesse acontecido? Você sabe que eu tenho um coração fraco, eu poderia estar enterrada a duas semanas que você não iria saber!.

— Mãe, não é que eu não quis atender, é porque você me ligava sempre nos piores horários. E você sabe, as provas finais do semestre estão chegando, e eu preciso estudar.

— Até parece! Você puxou o seu pai, inteligentíssimo. Por falar no seu pai ele quer conversar com você, acho que ele vai te oferecer um estágio na empresa, e se ele te oferecer lembre-se de aceitar, será bom para você.

— Já conversamos sobre isso, se eu quisesse assumir a empresa eu estaria fazendo administração não engenharia de software. Eu quero planejar e implementar sistemas mãe, não fazer negócios.

— Converse com ele, por favor. - disse
— Não vai dar, eu-eu tenho aula agora. Desculpa. - mentiu, desligando em seguida e voltando para a mesa da cantina, onde os amigos riam de alguma bobagem que Sirius tinha falado.

Faltam meia hora para o metrô.

Foi ali que ele a viu pela primeira vez.
Estava sozinho, já que as aulas de Sirius e Marlene iam até as 16 horas e Remus ia trabalhar todos os dias em uma empresa - como o “cara que entrega a correspondência” -. Fez o seu trajeto habitual: atravessou o campus, comprara algo para comer na loja de conveniência e então desceu para o subsolo, esperando pelo transporte.

Sua atenção foi toda roubada por ela, assim que ele se sentou confortavelmente na cadeira e a viu: correndo com uma mochila caindo no chão, blusa suja de tinta, cabelo preso e ao mesmo tempo uma áurea limpa.

Assim que as portas se fecharam, ele desviou o seu olhar, com medo dela olhar para trás e o pegar de surpresa. Mas ela não fez isso, pelo menos não até a estação nove - a qual ela parecia descer -, já que, em alguns segundos antes das portas abrirem ela virou pra trás e sorriu, como um típico amor de metrô.

No entanto, aquela cena foi forte o suficiente para ficar na cabeça de James o resto da tarde. E para Lily Evans, aquele pequeno olhar fora suficiente para criar um esboço do garoto, e guarda-lo, para sempre.

 


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Notas finais do capítulo

Hello darkness my old friend.
Por favor não me abandonem ainda. Eu descobri algo muito maneiro: todas as primeiras coisas que uma pessoa faz serão um fiasco. Então, tecnicamente Urbanismo Diário é o meu fiasco, no entanto eu vou até o fim com esse fiasco. Porque se a gente não aprender a lidar com o fiasco nos nunca sairemos do fiasco.

Segunda coisa: O GOSTO MUSICAL DE VOCÊS É MUITO BOM! Tudo bem, ninguém mencionou Kpop ou Artic Monkeys, mas sério, eu gostei muito do gosto de vocês. E eu vou tentar deixar uma pergunta aqui sempre (para conhecer vocês melhor e para infomalizar (?) os comentários, logo, deixar a gente mais unidos).

Pergunta de hoje: QUAL FOI O ÚLTIMO FILME/SÉRIE QUE VOCÊ ASSISTIU?

Deixei foto do Yoongi no final pq ele é lindo.
A "discussão" no início do capítulo não é minha, eu roubei dum coleguinha que tinha roubado de um livro sensacional chamado Os Portões. Não é um roubo porque os diálogos são diferentes, mas os exemplos são os mesmos.

Na verdade, guarde o nome Herbert pro resto da sua vida porque eu vou fazer com que ele vire meu mascote.

Obrigada a todos que comentaram e continuam acompanhando, cês são 10.