30 motivos para odiar Benjamin Lacerda escrita por Huntress


Capítulo 11
25 de junho (sexta-feira) – 11º Defeito


Notas iniciais do capítulo

AnnaP, karolayne, Giulianaamoedo, Miss Fortune e Tatá Ribeiro, obrigada pelos reviews maravilhosos ♥
Bom, como tinha falado, ia tentar trazer mais de um capítulo por semana agora que estou de férias. Pelo jeito, está dando certo.
Perdoem qualquer errinho, estava com muita pressa para postar.
Boa leitura a todos!



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25 de junho (sexta-feira) – 11º Defeito

Diário, se faltou emoção ontem, hoje compensou.

Mas vamos por partes.

Caso não esteja lembrando, Vinícius combinou de sair comigo hoje.

Eu não planejava, mas estava muito nervosa. Acho que o problema com meu vizinho ocupou tanto minha cabeça nos últimos dias que não me permitiu sentir essa ansiedade de forma gradual, o que pareceu bom no começo, mas que se mostrou consumir meus pensamentos o dia inteiro agora que o encontro chegou. Acabei passando a aula pensando em que roupa usaria e se Vinícius ainda queria ir, porque ele podia ter desistido. Claro que não perguntei nada a Vinícius, já que poderia supor que eu estava levando isso muito a sério ou que estava desesperada.

Quando cheguei em casa, preparei um rápido almoço apenas para mim. Apesar de desnecessário, já que sabia que meu vizinho nunca mais viria ali naquele horário, Benjamin mandou mensagem falando que almoçaria com sua Barbie de estimação. Depois de comer, subi para escolher uma roupa, já que o nervosismo não me permitiria esperar mais tempo para começar a me arrumar. Tirei do armário minhas peças favoritas e coloquei na cama, mas, como se quisessem brincar comigo, naquele momento nenhuma parecia boa.

Diário, não sei se você sabe, mas ser homem é mais fácil e barato do que ser mulher. Precisava escolher uma roupa entre as milhares, mas parece que quanto mais importante o encontro é, mais difícil fica de se escolher uma roupa, e depois ainda iria para o salão fazer minhas unhas e passaria na depilação.

Mas fazer isso não passaria a ideia de que eu estava nervosa, certo? Era com o que eu contava.

Depois de provar várias roupas e o espelho em meu quarto mostrar que não ficavam bonitas como eu queria, além de espernear de raiva e quase desistir, acabei escolhendo um vestido branco rendado sem mangas e que batia pouco acima dos meus joelhos. Coloquei minha sapatilha bege e conferi o resultado. Para uma garota desesperada há poucos segundos, estava mais do que bom. Segui então para o salão, onde pintaram minhas unhas de branco e fizeram uma maquiagem discreta, e logo em seguida fui para a depilação (ou sessão de tortura – como preferir chamar, Diário).

Quando saí, o Sol já estava se aproximando do horizonte. Peguei um ônibus e fui para o shopping. No caminho, tirei meu celular da bolsa para jogar algum joguinho enquanto não chegava e pude perceber que tinha uma mensagem de minha mãe desejando boa sorte e outras duas de Benjamin, além de quatro ligações dele. Bufei e ignorei.

Desculpa, Diário, mas não contei para ele que iria sair hoje. Você viu que eu quase comentei, mas não quis principalmente porque, como já disse, não é um assunto agradável para contar a Benjamin, levando em conta os sentimentos que tenho por ele. Eu explicaria quando estivesse em casa ou inventaria algo sobre ter saído com a minha mãe.

Quando cheguei, desci no ponto mais próximo e segui até o shopping, indo direto para a entrada do cinema, passando pelos corredores lotados de casais e crianças lambuzadas de sorvete. Assim que me aproximei, parei perto da bilheteria, apertando a alça da minha bolsa enquanto fingia estar ocupada mexendo no celular. Isso fazia os olhares que me mandavam não incomodarem tanto. Ao erguer os olhos, porém, vi que Vinícius caminhava em minha direção. E como ele estava bonito.

Diário, não sei se você é Team Benjamin ou algo do gênero, torcendo para que fiquemos juntos e não querendo que eu comente sobre outros meninos – isso é, se você tivesse vida –, mas Vinícius estava muito bonito e meus sentimentos por meu vizinho não me deixaram cega, apenas menos perceptível a garotos. Vinícius usava um jeans escuro e uma blusa azul-marinho de mangas longas que estavam dobradas até o cotovelo, além de um colar de couro com uma âncora. O cabelo naquele tom castanho estava meio bagunçado, mas não num nível Benjamin.

Lívia, sem comparações. Por favor, foco no Vinícius.

Espantei Benjamin para o fundo da minha mente e tentei corresponder ao sorriso do garoto na mesma intensidade. Ele se aproximou e me envolveu em um abraço que fez um frio agradável brotar na minha barriga assim que inalei seu perfume. Garotos podiam cheirar tão bem? Eu sei que Benjamin tinha um perfume tão bom quanto e... Martirizei-me mentalmente por lembrar do meu vizinho. De novo.  

— Bom, eu planejei uma noite completa, então primeiro nós vamos na pista de patinação, depois jantamos, damos uma volta pelo shopping e vamos ao cinema.

Ergui as sobrancelhas após a fala de Vinícius, demonstrando surpresa. Era sério que ele iria gastar tudo isso comigo? Realmente não esperava por essa. Achei que nós apenas íamos no cinema, mas não posso dizer que não foi uma surpresa agradável.

— Vamos então? – ele perguntou, passando a mão no cabelo para jogá-lo para trás. Ri e assenti, andando ao seu lado.

Caminhamos então primeiro até o térreo, onde tinha o ringue de patinação. Quando entramos lá, tive que me apoiar no garoto ao meu lado, que me ajudou a entrar na área com gelo, já que eu realmente não nasci para patinar. Ele segurou minhas mãos e foi me guiando pelo ringue enquanto algumas pessoas sorriam e falavam coisas sobre o casal que estava patinando de mãos dadas – eu e o Vinícius. Na verdade, ele patinava e eu tentava acompanhar, enquanto Vinícius não largava da minha mão porque sabia que eu podia cair a qualquer momento.

O que obviamente aconteceu diversas vezes e, enquanto ele ria, eu apenas o encarava, tentando não rir também, mas não dava certo. Eu deveria ter colocado um short por baixo, porque minhas pernas estavam congelando de tantas vezes que encostaram no gelo, mas parei de me importar depois de um tempo. Enquanto isso, conversávamos sobre as coisas de sempre, mas eu sentia que Vinícius me olhava de uma forma diferente, e eu não poderia deixar de ressaltar o quanto gostei.

Depois, Vinícius me levou a um restaurante italiano bonito e aparentemente nada barato, o que me chocou ainda mais, principalmente porque não esperava que ninguém fizesse isso por mim. Já tinha ido ao cinema com Bruno Carvalho, do segundo ano, e até à sorveteria central com Rafael Dante, que era da minha sala ano passado, mas ninguém tinha feito tudo que ele fez. Se fosse você, Diário, viraria Team Vinícius, porque parece mais promissor.

Vinícius é encantador. Ele é quieto, mas pode-se ver que ele se esforça muito para conseguir manter uma conversa, vencendo várias barreiras internas. É um cavalheiro, sendo que puxou a cadeira para que eu me sentasse e fazia de tudo para não me deixar constrangida, evitando assuntos que eu não gostasse e fazia muitas brincadeiras sobre vergonhas que passei, aos quais rebati falando sobre os micos dele. Resumindo, era fácil conviver com ele.

Quando se levantou para pagar a conta, aproveitei para checar meu celular e conferir se havia alguma mensagem. Bem no momento em que peguei o celular, o nome Cabeça de Estrume apareceu no visor. Benjamin já estava lotando meu telefone com mensagens e ligações, então decidi atender.

Finalmente, Lívia! — ele quase gritou e tive que afastar um pouco o telefone do meu ouvido. – Se estiver me ignorando como nos outros dias, eu juro que te estrangulo — Benjamin, rude? Claro que não. – Porque não atendia?

— Eu não posso falar agora Benjamin – falei, quase em um sussurro. – Estou ocupada.

Não me venha com essa. O que está acontecendo?— perguntou, insistente. Respirei fundo e olhei para onde Vinícius estava, apenas para conferir se ainda estava pagando a conta e garantir que não presenciaria essa conversa com meu vizinho.

— Eu saí, Benjamin. Só isso.

Lívia Campos Nogueira, eu sei que você está escondendo algo. Fala logo.

— Eu estou no shopping, passeando, não tem nada de mais – expliquei da forma mais curta e evasiva possível, xingando Benjamin mentalmente dos piores nomes que podia pensar por não perceber que aquele não era o melhor momento. Ao olhar para onde Vinícius estava anteriormente, pude ver que ele estava voltando. – Eu preciso ir.

Se está passeando e não é nada de mais, por que tem que ir? — Benjamin indagou. Ele realmente não desiste. Vinícius já estava chegando na mesa e eu soube que não poderia enrolar meu insistente vizinho. Desisti, já irritada.

— Benjamin, eu estou em um encontro e você está interrompendo. Não ligue mais – falei e desliguei na cara dele pouco segundo antes de Vinícius me chamar.

— Quem era? – perguntou casualmente.

— Ah, era só minha mãe – menti. – Queria saber como estava indo, sabe como ela é.

Ele assentiu e riu, estendendo a mão para mim logo em seguida, na qual eu segurei. Conferi meu celular e pude ver que Benjamin parou de me ligar, ao que agradeci mentalmente. Continuamos de mãos dadas por toda a volta que demos no shopping, apesar de eu sentir uma enorme inquietação em ficar assim, parando para olhar alguns livros e roupas, além de comprar sorvete. Simplesmente assim, tive a certeza de que seria o melhor encontro em que já teria ido.

Paramos então na frente do cinema, onde Vinícius pediu para que esperasse enquanto ele compraria os ingressos. Iríamos ver algum filme de aventura, principalmente porque romance ia deixar muito óbvia as intenções e Vinícius sabe que não me assusto com filmes de terror – exceto um ou outro. Ele seguiu em direção à bilheteria e eu recostei próxima a uma pilastra, olhando o ambiente ao meu redor.

Foi então que, no meio da multidão, eu o vi.

Se minha vida fosse uma novela, esse seria aquele momento em que a cena congelava e o capítulo acabava. Os sentimentos que surgiram no meu peito mesclavam a surpresa, aquele comichão que aparecia em minha barriga sempre que o via, e incredulidade. Assim que seu olhar encontrou com o meu, minha cara de pânico estava a mostra e meu rosto estava branco.

Benjamin se aproximava.

Eu estava boquiaberta, chocada demais para me mexer. As milhares de perguntas em meu cérebro se embaralharam e as palavras que tentavam se formar ficaram desconexas. Benjamin caminhava, o verde de seus olhos fixos em mim estava naquele tom que parecia surgir só para fazer meu coração voltar a pular que nem um maluco, como se quisesse mostrar que era por  meu vizinho que ele acelerava. Não conseguia desviar a atenção dele, que parecia ainda mais agitado do que nos outros dias, além conter certa raiva em sua expressão.

Mas, acima de tudo, eu juro que vi, Diário.

Ciúmes.

Benjamin não sabe esconder emoções e, naquele momento, dizer que ele estava sentindo isso parecia um eufemismo, porque ele liberava labaredas e me analisava com aquele olhar acusador. Mas, da mesma forma que parte de mim se sentiu estranhamente feliz como só pessoas apaixonadas sentem por ver que ele se importava tanto comigo a ponto de sentir isso, a outra parte, que falou bem mais alto, sentiu raiva.

— O que você está fazendo aqui? – indaguei, furiosa, e o puxei para um canto. A fila da bilheteria estava grande e eu torci para que conseguisse mandar aquele filho de chocadeira, leia-se Benjamin, de volta para os braços da Barbie. Seria a primeira vez que Mariana me seria útil.

Meu vizinho trincou o maxilar e cruzou os braços, como se recusasse admitir que se envolveu em algo assim. Ele abriu a boca dezenas de vezes, mas não proferiu resposta alguma. Benjamin olhava para qualquer direção exceto para meu rosto e dava para ouvir as engrenagens do cérebro dele trabalhando.

— E-eu... Eu estava aqui perto e decidi passar para verificar essa história de encontro – ele falou, olhando ao redor, como se procurasse alguém. – Você não está inventando não, né?

Juro que tentei não ficar brava, principalmente porque sei que Benjamin não falou aquilo para me ofender de propósito, e porque não é culpa dele eu nutrir sentimentos por ele, mas quem Benjamin Lacerda acha que é para dizer isso para mim? Meu vizinho deve achar que, por ser meu melhor amigo, suas palavras não machucam. Encarei-o e fechei as mãos em punho.

— Como é que é, Benjamin? – perguntei, com a voz elevada e, pela expressão no rosto do meu vizinho, ele percebeu a burrada que tinha acabado de falar. Tentou dizer algo, mas eu o impedi de pronunciar qualquer coisa. – Então, por não ser uma estrela como a sua namorada, você acha impossível algum garoto ter interesse em mim?

— Não foi isso que quis dizer... Eu... Eu só queria... Ver esse sujeito – gaguejou e eu arqueei as sobrancelhas. – Eu o conheço? – perguntou, estreitando os olhos para mim.

— Se você está insinuando que eu estou em um encontro com Daniel, está muito enganado – falei e sorri cinicamente. – Agora pode ir embora. Tchau Benjamin – completei e me virei, mas ele me segurou.

— Qual é o problema em me apresentar o garoto? Não vou matá-lo, se é o que quer saber – afirmou em um tom divertido apenas para si mesmo, porque não sentia vontade de rir de nada que ele falava.

— A questão é que isso não é da sua conta, Benjamin. Esse encontro só diz respeito a mim e ao Vinícius – arregalei os olhos ao perceber o que tinha dito e tampei a boca, tentando conter as palavras que já tinham saído.

— Vinícius? Quem é Vinícius? E onde está esse cara? –questionou, cruzando os braços. Bufei de raiva.

— Benjamin, você é lerdo demais para perceber que essa não é a melhor hora? – ele pareceu seriamente ofendido.

— Mas, Lívia...

— Benjamin! – gritei. – Vai. Embora.

Ele ergueu o rosto, orgulhoso, e balançou a cabeça negativamente, como se estivesse chocado com o que eu disse. Ora, a culpa não é minha se Benjamin veio com um defeito de fabricação e não tem semancol. Ele se virou e caminhou em direção a escada rolante. Mesmo que tivesse olhado para trás, eu não fiquei ali para ver. Minha prioridade era um garoto que se aproximava com os ingressos.

— Podemos entrar já? – perguntou, inocente, e eu assenti, retribuindo seu sorriso com outro. Engoli todo o turbilhão de sentimentos que brotava em mim e expulsei Benjamin dos meus pensamentos. O que deu naquele garoto? Tratando de esquecer que meu vizinho sequer me viu hoje, passei meu braço ao redor do de Vinícius enquanto entrávamos na fila para comprar pipoca e refrigerante e seguíamos depois para a sala do cinema.

Os assentos eram um pouco mais ao fundo, mas nem tanto. Devido ao filme, tivemos de ficar quietos, mas às vezes ele se aproximava para fazer um comentário ou outro. Eu estava um pouco nervosa, devo admitir, mas nem sei explicar o porquê, só sei que aumentou ainda mais quando fui pegar o refrigerante para dar um gole e Vinícius segurou na minha mão.

Vinícius segurou na minha mão.

Caramba, o que era isso que fazia a área que ele tocava ficar quente? Não sentia aquele formigamento há muito tempo. Acho que a última vez foi quando Benjamin segurou minha mão para me fazer andar mais rápido e...

Mas que droga! Eu realmente tenho que afastar meu vizinho da cabeça.

Diário, acho que foi mais ou menos naquele momento, quando Benjamin surgiu de novo em meus pensamentos, que decidi definitivamente que daria uma chance a mim mesma para superar qualquer que fosse o que sentia por ele. Meu vizinho tem uma namorada que me quer longe dele e eu preciso seguir em frente e parar de pensar tanto em uma pessoa com quem nunca terei chance e que só lembra de mim quando é para arruinar algo que está dando certo. E, um pouco depois de perceber isso, eu vi que a minha oportunidade estava bem ali. Aproximei-me mais de Vinícius e virei meu rosto, apenas para ver que ele já me olhava de forma tão intensa que fez meu coração dar um pulo.

E depois ele quase parou quando Vinícius me beijou.

No começo eu fiquei estática, surpresa com o ato, mas logo depois me permiti relaxar e pousar a mão em seu ombro enquanto Vinicius mantinha sua mão em meu rosto. Pouco depois, o beijo foi aprofundado, mas de forma calma e segura, como sempre foram as coisas com Vinícius. Permanecemos assim por mais um tempo até ele se afastar sorrindo e me envolver em seus braços, voltando a assistir o filme, mas eu estava tão dispersa com o que tinha acontecido que nem sei dizer o que aconteceu no final.

Quando minha mãe ligou dizendo que estava chegando, Vinícius caminhou comigo até a saída e me beijou levemente pouco antes de ver o carro de minha mãe virando a esquina. Assim que parou o carro, ela desceu rapidamente para cumprimentá-lo e, infelizmente, perguntar se havíamos nos beijado. Pelos rostos corados com a pergunta, minha mãe nem precisou ouvir nada para sorrir.

Entramos no carro e Carla começou a me bombardear de perguntas embaraçosas, mas que ao mesmo tempo eram engraçadas. Eu simplesmente não conseguia tirar o sorriso do meu rosto.

— Mãe, é sério. Ele me levou para patinar, jantar e assistir filme. Ainda não acredito que o Vinícius não me deixou pagar nada! — comentei enquanto estávamos paradas no semáforo.

— Ainda bem! Vinícius já ganhou pontos comigo então – ri e ela me acompanhou, dando-me um abraço que foi interrompido pelos carros de trás buzinando.

— Vai com ele na festa do prefeito? – minha mãe perguntou.

— Ainda não sei... Mas acho que seria bom – comentei baixo.

— Então se decida! Vai que ele arruma um par! – falou, preocupada, e logo começou a ressaltar o quanto apoiava nossa relação, mas deixei de prestar atenção pouco tempo depois, pois ainda estava com certo beijo na cabeça.

Lívia.

11º Defeito: Benjamin não sabe esconder emoções.

 

 


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Notas finais do capítulo

Parece que o jogo está virando, não é mesmo, Benjamin?
Alguém está perdendo a Lívia...
O que acham que vai virar?
Obrigada por lerem!