Guerra Santa escrita por Lucas Vieira


Capítulo 4
Estudos sobre Meio Demônios e Anjos Caídos




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Estava cansado de dias depressivos e chatos, mas ainda tinha que esperar ainda mais uns dois dias para realmente algo diferente acontecer, me acortei as 6:00 da manhã, é o meu normal até, dessa vez decidi que iria passar o dia inteiro ouvindo música eletrônica, sabe, cada dia um estilo diferente, como eu já estava cansado de meu dia não ter graça até certo momento do dia, as músicas iriam me fazer bem.

Tomei meu banho diário, escovei meus dentes e usei cerca de 15 a 20 minutos para criar uma playlist de eletrônica relativamente curta, mas que não enjoa e que com o looping infinito iria durar o dia inteiro, meu gosto para eletrônica é bem variado até, irônicamente não curto TANTO assim Dubstep por exemplo, que é um estilo até que bem conhecido hoje em dia, obviamente há subgêneros de Dubstep que eu gosto e subgêneros que não, mas em geral é a parte da eletrônica que eu menos ouço, acredito eu. 

Começar o dia ouvindo Freaks realmente é muito bom, vou começar a recomendar amigos meus a fazerem isso.

Bem, o dia até o meio dia é como todos os outros, estudo, faço algumas piadas durante a aula, debato com professores, brigo com outros, brigo com algumas pessoas, não sou das melhores companhias se for analisar, mas mesmo assim consigo ser bem popular na escola, acho que as pessoas são meio sadomasoquistas sabe? Devem pensar ''aquele garoto vai fazer piadas de humor negro comigo, vai ser arrogante comigo e sempre vai me xingar se eu me vitimizar, vou ser amigo dele!!!'', obviamente eu não sou o verdadeiro louco dessa cidade. 

Maior problema de estar ouvindo uma playlist eletrônica, é que quando chega no estilo Trap, tocando TropKillaz, a professora vai falar contigo e você diz ''C'mon Baby'' sem querer, eu realmente tenho começar a prestar mais atenção com quem eu estou falando, tenho sorte que essa mesma professora é mãe de uma amiga minha, então já não se importava tanto com o que eu fazia. 

Depois de terminar as aulas eu iria em direção a biblioteca direto, mas alguns amigos meus me chamaram para almoçar com eles no Aquários, eu realmente gosto do café de lá, então aceitei, em meio a conversas, piadas, brincadeiras, etc, eu vejo que sei lá, eu acho que ainda posso decidir se quero ter uma vida normal ou ir em direção a essa ''nova vida'' abandonando a normal, terei que decidir isso hoje pelo visto, queria saber a opnião do meu pai em relação a isso, mas né, o cara morreu um dia antes de seu único filho fazer 8 anos... Até hoje guardo mágoas por ele não estar lá para ver o grande corte que eu tenho atrás da cabeça, ele iria achar legal demais e iria fazer aquele momento parecer algo legal... Bem, sem mágoas, a vida segue, o passado não muda e o futuro ainda vai acontecer, resta esperar para ver o que ele nos guarda.

Depois de começar a pensar sobre isso eu tive que dar tchau para meus amigos, eu tinha que ir a um lugar e não era a biblioteca, vou deixar Krad me esperando um tempo a mais. 

Fui em direção a Catedral São Francisco de Paula, perto de uma escola que eu cheguei a estudar até o quinto ano, bem, eu não sou religioso, não acredito que as religiões estejam certas, mas ir nessa igreja sempre me fez bem, ela me faz lembrar do meu pai, a sua ''espiritualidade'', ele também não era religioso, tinha as próprias crenças, mas era uma pessoa calma, silenciosa, educada, bem humorada, uma boa companhia, como minha mãe era católica, pedia para ele me levar quando ele podia, eu não gostava de vir aqui, achava chato, aquela coisa de criança ''É calmo demais pai!!!!'', ele conseguiu fazer eu ficar quieto e achar isso aqui legal depois da terceira vez. 

Depois de sua morte e durante minha adolescência eu comecei a vir mais aqui... Além desse lugar me lembrar dele sempre foi como um lugar para eu usar como desculpa para sair de casa pela tarde, eu me sinto preso lá em casa, desde os 14 anos eu quero sair de lá, agora eu tenho a oportunidade, mas eu não queria fugir da minha vida normal. 

É uma escolha difícil, por isso queria saber o que o meu pai iria falar, eu gosto da minha mãe e dos meus irmãos, mas acredito que a única pessoa da minha família que eu tive um sentimento real de ''família'' foi com meu pai, não culpo minha mãe ou meus irmãos por nada, simplesmente nossas personalidades, conceitos sobre a vida, etc, nunca bateram bem. Minha mãe e meus irmãos são bem ''inferiores'' a mim em certos sentidos, o humor deles é diferente, seus gostos são totalmente diferentes dos meus, seus pensamentos, tudo. 

Eu não odeio eles, só não consigo me sentir bem em casa, e não é de agora, é desde a morte do meu pai... 

 Bem, sai da igreja ainda sem ter escolhido o que eu quero, cara, Krad vai ter que falar algo que faça eu sair de cima do muro. 

Bem, segui caminho até a biblioteca, a playlist eletrônica acabou por ser ignorada depois que eu comecei a entrar nesses pensamentos, ela não combina com o ''clima''. 

Cheguei na biblioteca e Krad já me esperava com o seu café em mãos, dessa vez ele estava com tudo na mesa para preparar um para mim também. 

''Então eu irei provar do seu próprio café dessa vez?'' 

''Claro Nero, você chegou um pouco atrasado hoje, tudo bem que não temos um horário fixo, mas você estava vindo mais cedo, teve algum motivo para o ''atraso'' de hoje?'' 

''É... Teve algumas coisas que aconteceram, nada demais, só que já fazem 10 anos e até hoje elas tem efeito sobre minha pessoa, depois eu explico, vamos ao que interessa, que é o seu café e os nossos estudos.'' 

''Bem, você quer começar pelos Meio Demônios ou pelos Anjos Caídos?'' 

Krad diz isso enquanto prepara o seu café lentamente. 

''Vamos começar pelos Anjos Caídos, pelo visto os Meio Demônios são os mais novos em toda essa história.'' 

''Ok.'' 

Ele termina de fazer o café e me dá a xícara. 

''Os Anjos Caídos são a raça criada a partir de Lúcifer, são considerados uma raça pois eles tem poderes diferentes e características diferentes dos Anjos, mesmo todos eles já tendo sido Anjos no passado.'' 

''Como assim?"' 

''Lúcifer quando saiu das montanhas com Samael, conseguiu criar uma forma de mudar a sua energia, mudou sua cor, mudou suas características especiais, mudou ela desde a base, mudou sua aparência e criou um próprio símbolo, isso fez ele não ser mais considerado um Anjo.'' 

''E Samael?"' 

''Lúcifer também criou uma forma de fazer o mesmo com as outras raças, mas não deu o seu símbolo por algum outro motivo.'' 

''Bem, vamos continuar, agora indo para outros tópicos, não é Krad?'' 

''Sim sim, bem, os Anjos Caídos moram em sua maioria no Reino de Lúcifer, que é um reino que não sabemos onde fica, Lúcifer consegue levar pessoas até lá e tirar pessoas de lá, mas ninguém até hoje sabe onde realmente fica esse reino, mas todos que já foram lá dizem que é muito, MUITO extenso.'' 

''Fora desse reino, os Anjos Caídos moram em algum outro lugar?'' 

''Alguns moram na superfície da terra mesmo, aproveitando os seus poderes para tirarem vantagem dos humanos, outros apenas tentam viver uma vida normal e por ai vai indo.'' 

''Qual seria o objetivo geral dos Anjos Caídos, até agora o dos Anjos e o dos Demônios era a dominação de forma indireta da própria raça humana.'' 

''Os Anjos Caídos próximos de Lúcifer e o próprio Lúcifer tem como objetivo participar da Guerra Santa e tentar acabar de uma vez por todas com esse ''reinado'' dos Anjos e dos Demônios, Lúcifer não é uma boa pessoa de verdade, mas também não é uma má pessoa, ele na verdade só quer a paz pessoal e como ele é um ser muito envolvido com tudo isso, para ele ter a paz pessoal é preciso acabar com tudo, consequentemente dando a paz para a humanidade também.'' 

''Hmm, entendo.'' 

''Já os Anjos Caídos mais distantes a maioria em sí não tem muitos objetivos relacionados aos humanos, só querem viver por ai mesmo.'' 

''Entendo.'' 

''Alguma dúvida?'' 

''É só isso?'' 

''Sim, por ser uma raça muito espalhada e com um reino que não sabemos onde fica, não temos muitas informações, além de que a história dos Anjos Caídos e todas as coisas que fizeram eles serem ''criados'' é contado na história dos Anjos, então não tenho muito para lhe falar.'' 

''Uma última dúvida, qual a grande diferença entre eles e os Anjos?" 

''Os Anjos tem asas brancas, sua energia é azul, o tom depende muito do Anjo, mas sempre é azul e os Anjos em sua maioria usam Armaduras Angelicais e geralmente cada um deles tem uma Arma Angelical especial, já os Anjos Caídos em sua maioria não usam armaduras ou armas, sua energia é roxa, novamente o tom depende do Anjo Caído e suas asas são pretas.'' 

''Ok, agora vamos para os Meio Demônios.'' 

''Os Meio Demônios são a raça mais nova, nós temos cerca de 200 anos de criação, mas apenas 30 anos de liberdade.'' 

''Como assim?'' 

''Beelzebub, um Demônio Cientista, considerado o mais sádico de todos os Demônios, faz experiências para aumentar o seu próprio poder, tortura os mesmos experimentos até alcançarem o seu poder máximo, os Meio Demônios foram criação dele, a 200 anos atrás, só que diferente dos outros experimentos ele quis continuar reproduzindo a gente, pela peculiaridade de que cada Meio Demônio tem uma habilidade única além das habilidades normais que todos nós temos, Beelzebub queria estudar isso e aumentar bastante o seu poder com isso'' 

''O processo durou 170 anos então, e, como fomos libertados?"

''Se sabe que um humano nos libertou, não sabemos quem, ele sumiu depois disso, o meu pai o conhecia, mas nunca me falou sobre ele, parece que o humano não quis ser considerado ''herói'' por algum motivo, ele não quis nada, apenas quis sumir.'' 

''Entendo...'' 

''Esse humano nos libertou, eu não sei como, eu não sei de que forma, mas eu sei que ele nos libertou, bem, graças a isso os poucos Meio Demônios vivos que conseguiram escapar do Inferno sairam de lá e buscaram um lugar para morar, como nenhum Meio Demônio conhecia o mundo aqui de fora, a gente teve que pedir para o Humano nos levar para algum lugar, ele nos levou para a sua cidade, saímos da atual Cuba e viemos morar aqui nessa cidade, os Meio Demônios se reuniram e criaram a Organização dos Meio Demônios, ou OMD.'' 

''E a Guilda é só uma parte da OMD, não?"' 

''É a sede principal, a gente usa ''Guilda'' só para esconder mesmo, o nome correto seria Casa Vermelha, mas ainda não achamos um local legal para construir essa sede vermelha.'' 

''Interessante, hoje em dia quantos Meio Demônios existem?'' 

''Quando saímos do Inferno, era apenas 20, mas usando O Ritual e reproduzindo entre nós mesmos, já somos mais de 4000 Meio Demônios espalhados por esse estado.'' 

''Em quantas cidades estamos?"' 

''Cerca de 5, e iremos ir para mais 6 se tudo ocorrer bem esse ano, devo agradecer a Ciris, é graças a ela que a nossa expansão tem ocorrido.'' 

''E o humano?'' 

''Nunca mais foi visto, dizem que ele continuou morando aqui depois de todo o ocorrido, mas nunca foi visto por nós, não sei se morreu ou se ainda está vivo, mas os Meio Demônios salvos por ele tinham uma enorme gratidão por ele, mas respeitaram o seu pedido de segredo sobre tudo isso, eu só sei isso graças ao meu pai mesmo.'' 

''Entendo, algo mais?"

''Sim, bem, todo Meio Demônio tem as habilidades naturais dos Demônios, mas não temos a ''consequência'' de nosso corpo físico ser igual a maioria dos Demônios, o corpo de uma besta humanoide de corpo preto, garras ao invéz de dedos e chifres, além de que temos a vantagem de que todos nós temos uma habilidade única, você vai ter uma habilidade única, eu tenho uma habilidade única, Ciris tem uma habilidade única e por ai vai indo.'' 

''Interessante.''

''Isso nos dá uma vantagem sobre os Demônios em sua maioria, além de que somos a única raça que conseguimos fazer os humanos virarem da nossa raça, já que somos Meio Humanos e Meio Demônios, não precisamos fazer experimentos que mudem o corpo da pessoa para ela ter poderes, a gente só ''adiciona'' algo a mais nos humanos normais e transformamos ele em Meio Demônios, isso nos dá uma vantagem em expansão e tudo mais.'' 

''Muito interessante isso, mas, uma pergunta, nós não somos caçados?'' 

''Obviamente somos, os Anjos nos procuram e os Demônios também, por isso a OMD existe, por isso a gente se encontra de forma discreta, por isso usamos tantas desculpas e é por isso que vivemos treinando, para que caso algo ocorra, nós vamos estar preparados.'' 

''Entendo, bem, Krad.'' 

Eu me levanto.

''O que foi?'' 

''Me ajude, você é o cara que eu mais conversei esses dias e, bem, eu estou em um dilema.'' 

''Diga o dilema Nero.'' 

''Eu devo ou não aceitar isso?'' 

''Como assim?" 

''Seguinte, eu me sinto preso em casa, depois da morte de meu pai eu nunca mais me senti bem em casa, sempre tive vontade de sair e tudo mais, ok, mas sabe, tudo isso que está acontecendo, eu não iria ''perder'' apenas a minha família, eu iria perder minha vida social já criada, amigos, tudo que eu conheço, eu estaria me sentido igual aos Meio Demônios que sairam do Inferno, estaria saindo da ''zona conhecida''...'' 

''Nero...'' 

''Hoje eu estava pensando sobre isso sabe...'' 

Eu começo a olhar pela janela que ficava em nosso lado. 

''Eu acho que vale a pena ser um Meio Demônio e entrar de cabeça em tudo isso, mas ao mesmo tempo eu não sei se vale de verdade Krad, me ajude...'' 

''Nero, eu também perdi meu pai cedo, mas não foi só ele, perdi minha mãe também, perdi minha família, perdi minha melhor amiga e tive que entrar com tudo na OMD para assumir o cargo de meu pai, que era o de Líder... Não sei se vale a pena, olhe para mim, sou um garoto com problemas sociais, mas posso te garantir, você vai conhecer sim pessoas legais aqui dentro...'' 

''Acho que o maior problema não é esse... Krad, algum Meio Demônio teria a chance de ter o poder equivalente a Beelzebub, Lúcifer ou Miguel?" 

''Sim, e provávelmente iria ser o Meio Demônio mais conhecido da nossa história, por que a pergunta?"

''Já decidi.'' 

''Como assim?'' 

''Irei lhe prometer uma coisa Krad.'' 

Eu viro de costas para ele e saio caminhando até a porta da biblioteca, ele se levanta e vem atrás de mim caminhando também. 

''Prometer o quê?'' 

''Irei lhe prometer que serei esse Meio Demônio, a partir de hoje o Nero que você ''conheceu'' está relativamente morto, vai aparecer uma hora ou outra, mas vai ser bem raro.'' 

''Como assim?" 

''Eu achei o objetivo que faltava para eu realmente querer entrar nisso, sabe, eu sempre fui de criar metas e bater elas a todo custo, sempre fui de querer aumentar todos os meus atributos, digamos que eu sempre tive uma certa fome por poderes gerais, não é para me mostrar para os outros, não é para humilhar ninguém ou ficar superior a alguém, mas sim para me dar um motivo para mostrar minha personalidade sabe?'' 

''Entendo... Eu acho.'' 

''Arrogante por natureza, egocêntrico por opção, Metro Sexual por opnião alheia, meu humor é um tanto sádico, eu sou um tanto sadomasoquista, nunca fui de me vitimizar, sempre falei as coisas de forma meio direta, sou uma das piores companhias que se pode ter, você me disse que eu posso achar pessoas legais aqui, se eu achar pessoas tão loucas quanto eu, por mim está de bom tamanho, você também disse que você tem problemas, logo, é um pouco louco, logo, é uma boa companhia para mim.'' 

''Eu ainda não estou lhe entendendo.'' 

''Não existe entender, existe sentir.'' 

''Então eu não estou sentindo.'' 

''E não vai sentir tão cedo, bom, só posso afirmar que o meu objetivo é me equiparar a esses grandes nomes, irei te levar junto comigo, vamos acabar com todos na Guerra Santa, eu lhe garanto.'' 

''Tudo bem... Eu acho, não conhecia essa sua personalidade.'' 

Saímos da biblioteca enquanto conversamos. 

Eu toco no ombro de Krad olhando para baixo por um momento, levanto a cabeça e olho para ele. 

''A personalidade real é um conjunto de várias personalidades pequenas que se completam, você conhecia o Nero que estava em dúvida e agora conhece o Nero que está decidido, o Nero em dúvida não mostra muito do seu humor e do seu ego, o Nero decidido já mostra esse lado, e meu amigo, você ainda não viu o Nero sadomasoquista, um tanto psicopata e que tem uma visão de 360 graus nas horas de perigo.'' 

''Err... Ok.'' 

''Você deve estar achando estranha essa minha mudança de personalidade, todos acham, ao menos você ainda não disse que acha que eu sou gay. Bem, única coisa que posso te garantir, eu voltarei aqui quando estiver com meus poderes, provávelmente amanhã ou depois de amanhã, irei vir treinar, provávelmente apanhar até aprender a usar meus poderes, é sempre assim quando se está em uma área nova, mas lhe garanto Krad, eu nunca faço algo por boa vontade sem ser para melhorar e me destacar, pode parecer competitivo demais, mas eu não aceito que as pessoas dediquem seu tempo a coisas inúteis, só aceito quando fazem isso para jogos, mas é outro caso.'' 

''Entendo.'' 

''Agora isso dos Meio Demônios e toda essa história, cara, isso é como você dizer para mim ''Aceite minha oferta e vá ser caçado e morto a qualquer hora na rua.'', ninguém aceitaria essa oferta de braços abertos, eu estou aceitando, tanto faz se eu morrer ou não, já aceito a possibilidade de sentar ao lado da morte a 17 anos, isso não muda nada para mim, o objetivo para eu acertar essa oferta é porque eu quero fazer a diferença em algo, posso não ter um grande nome, mas ajudar alguém a ter, posso não ter um grande nome, mas ter um grande feito, as possibilidades são enormes, eu quero fazer a diferença, uma diferença parecida com a do Humano para vocês por exemplo, ter importância, mesmo não tendo nome.''

''Por esse lado, o seu pensamento está correto.'' 

''É claro que está, sempre esteve, não iria estar errado agora, mas enfim, lhe vejo daqui a 24 horas.'' 

''Até, Nero, aliás, eu achava que você era gay sim.'' 

''Você já é o número 288, já estou bem acostumado com isso, até.'' 

Aperto as mãos de Krad e vou em direção a minha casa, depois da confirmação dele que mesmo sendo de uma raça híbrida, eu tenho chances de me equiparar aos grandes nomes dessa história toda, eu realmente fiquei mais interessado nisso, desculpa mãe, desculpa família, desculpa amigos, mas eu sempre fui meio extravagante, sempre quis melhorar para mostrar minha personalidade e meus talentos, essa é a chance de me destacar, a vida humana é chata, sem graça, sem emoção, felizmente meu pai já me falava isso antes, ele mesmo dizia que o ano que ele fez 20 anos, até o ano que ele fez 21, foi a melhor época da vida dele.

Cheguei em casa relativamente rápido, nem notei o tempo passar, deitei em minha cama e vi que já era 23:59... Irônicamente amanhã é o meu aniversário, quinta feira, dia 18 de fevereiro, cara, eu vou aproveitar o meu aniversário apanhando... 

Bem, eu dormi já decidido em como iria seguir a minha vida.

 


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