The Man O' War escrita por O Deus Da Festa


Capítulo 15
São teus defeitos que me atraem




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Os fragmentos e as Crystal Gems preparavam-se para a viagem ao Homeworld. Tinham uma nave, Peridot, que tinha conhecimentos sobre o Homeworld moderno, e dispunham do seu arsenal de armas improvisadas, criadas à pressa no celerio, por Peridot, Tom e Pérola, que incluía um aparelho EMP, para desativar maquinaria pesada inimiga. Apesar de Steven, na sua inocência habitual, ver isso como mais uma oportunidade de diversão, os outros tinham perfeita consciência do que iria acontecer. Libertar o Man O' War no Homeworld seria libertar o Apocalipse sobre o planeta Natal das Gems. Mas, no fundo, era eliminar 2 problemas: O Man O' War e Yellow Diamond.

A partida seria apenas amanhã, por isso, as Gems preparavam-se para o que aí vinha. Era demasiado arriscado entrar no homeworld, por isso, as Crystal Gems iriam ficar em órbita na nave, enquanto Man O' War destruía tudo. Missão arriscada, louca, até. Mas não tinham escolha.

Tom e Peridot estavam na casa dos fragmentos, na Amazónia. Tom havia pedido a sua ajuda para a construção de mais algumas armas para a missão. Os 2 estavam a remexer na tralha que havia no barracão.

"Pronto !" Disse ele, enquanto afinava a pistola destabilizadora. "Com isto, o Steven pode ser minimamente útil, caso a nave seja interceptada antes de chegarmos ao Homeworld. Dispara primeiro, aponta depois. Agora, para relaxar."

Tom saiu do barracão, acompanhado por Peridot.

"Quê ?!" Exclamou ela. "Não podemos parar agora."

"Podemos sim. Estou sob muito stress agora. Com isto tudo do Man O' War. Afinal de contas, derrotou seres divinos. Suponho que vamos todos ser destruídos por um paradoxo existencial ou algo assim.

Tom invocou a sua arma, o seu machado de duas mãos prateado, e apontou contra um alvo desenhado numa árvore a 500 metros.

"Que raio estás a fazer ?" Perguntou Peridot.

"A fazer pontaria..."

"Com...um machado ?"

"Nem tudo o que luz é ouro, parceira. "

Um brilho intenso apareceu no meio do lâmina do machado, e só nesse momento Peridot reparou que havia 2 fios esticados, presos a 2 orifícios minúsculos na lâmina. Os 2 fios eram conduzidos ao longo dela e juntavam-se na extremidade oposta da lâmina. Daquela clarão, apareceu uma flecha vermelho vivo, que, pela posição relativa aos fios, dava a entender ser uma espécie de besta.

Os fios soltaram-se e dispararam a flecha uma velocidade provavelmente supersónica, acertando em cheio no centro do alvo.

"O teu machado....dispara flechas ?" Perguntou Peridot, confusa.

"É um híbrido machado-besta. Gosto de inovar. Nisso somos parecidos, não é ?"

Peridot tentava não se distrair, mas, na sua cabeça, continuava a pensar nas palavras que Man O' War havia dito, dias atrás.

"Pergunto-me o que ele vê em ti." Pensou ela. "O que ele...vê em mim ?" Pergunta mais importante, o que Peridot via nele ? Os sentimentos eram mesmo estranhos. Mesmo sabendo que Tom não corria propriamente perigo, já que ele era supostamente, um exército inteiro, ela sentia-se preocupada. Se o Man O' War tomasse o controlo para sempre, quem se importa ? Vão-se embora e deixam-no a apodrecer nas ruínas do Homeworld. Mas ela não queria isso. De facto, ela não sabia o que queria. Só sabia que não queria que eles fossem embora. Que ele fosse embora.

"Tom...?" Disse ela, nervosamente.

"Meu nome. Tenta não o gastar." Respondeu ele, fazendo-a rir baixo.

"Hmmm...o que sabes sobre sentimentos humanos "

"Como assim ? Os sentimentos não são humanos. São universais."

"Eu sei, mas...na Terra parecem diferentes."

"Hahahahaha! Oh, deuses ! Estás apaixonada por um humano qualquer ?"

"O quê !? NÃO !"

"Não, na boa. É bom estares a namorar."

"Grrrrr. És tão irritante ! Nem sei porque é que não quero que desapareças !!!"

Peridot, percebendo o que tinha dito, arrapendeu-se, enquanto silêncio constangedor enchia o ar, até os grilos haviam parado.

"Não....queres que vá embora ? Honestamente, pensei que me odiasses. Por isso é que te ofereci a lâmina."

"É muito confuso, está bem !? Eu realmente te odeio, mas ao mesmo tempo, sinto que não. És a pessoa mais irritante que já conheci, mas, em parte, também me fazes rir. Por um lado, tenho ciumes de ti e do teu conhecimento, por outro, admiro a modo tão simples como vês as coisas. A Terra...só percebi a sua beleza quando me falaste nela."

"E...esta honestidade toda vem de onde ?"

"Eu...eu nem sei...mais vale esquecer tudo o que eu disse."

"Eu não posso simplesmente esquecer isso. Raios, eu sou assim TÃO irritante."

"És. Nunca conheci, aliás, duvido que haja em toda esta existência alguém mais irritante. Mas no fundo, é isso que me faz..."

Mais silêncio altamente constrangedor.

"Que...te faz...?"

"Que me faz...gostar de ti."

Poucas palavras, na verdade, mas ainda assim, suficientes. Quando os 2 deram por isso, os seus rostos estavam a aproximar-se rapidamente...


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