Coleção de Drabbles escrita por Teffyhart


Capítulo 5
Bebedeira




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Sieghart não fazia ideia de como aquilo tudo começou. Ele simplesmente acordara no meio da tarde, descera as escadas, e acabou achando as oito pessoas - além dele próprio - que não estavam em missão se esbaldando de tanto beber. O mais estranho de tudo era a líder, que ao invés de impedi-los, soluçava satisfeita por sua quantidade de álcool.

Mas esse era só o começo, pensou amargurado, porque já via a rodinha composta por Jin, Ryan, Lire e Ronan, jogando qualquer coisa que entretivesse suas mentes bêbadas. Em contrapartida, a paladina estava jogada em um dos sofás, dormindo contente, abraçada a uma das garrafas, e Dio e Lupus pareciam competir quem beberia mais até o final da noite.

Naquele momento a ruiva que soluçava e só brincava de fazer pequenas trancinhas no cabelo da Holy parecia, de fato, a mais sóbria dali. Decidiu que talvez fosse sábio de sua parte garantir que ela não colocasse fogo no QG, ou ninguém apostasse que ela fizesse isso. E foi isso que o fez chegar naquela conversa, ao menos ele achava que fora.

–Eu queria ter peitos maiores. - Ela falou, olhando pra dentro do seu decote. Sieghart desviou o olhar, instintivamente, para o outro lado do quintal. Não queria que a ruiva extraísse seus olhos com colheres.

–Pra que peitos maiores? - Ele, no entanto não conseguiu conter a pergunta. Ela soltou suas roupas e apoiou a cabeça no ombro do imortal. Eles de fato estavam sentados muito próximos no banco que tinha na parte exterior do QG. - Qualquer coisa além de uma mão cheia é desperdício.

A ruiva ergueu a cabeça e olhou para o imortal. Ele ainda não olhara de volta para ela desde aquele momento. - Mentiroso! Todos vocês ficam olhando para os peitos da Lire ou da Rey que eu sei. - Ela cutucou o rosto dele, fazendo-o olhar para si. - E ali tem muito mais do que uma mão cheia. - Soluçou logo depois do fim da frase.

O moreno abriu um sorriso pequeno, rindo da situação dela. Puxou o dedo que afundava sua bochecha, trançando ao seu próprio indicador, e abaixou a mão, tirando-o do seu rosto. No entanto, não sentiu a necessidade de soltar o dedo da ruiva depois. - É, de fato, ali tem muito mais do que uma mão cheia. - Concordou. - Isso não quer dizer que eu ficou olhando ou que gosto deles.

–Você é gay? - Ela juntou as sobrancelhas, curiosa.

–O que? Não!

Ela riu do tom ofendido do imortal. - Então deve ter alguma garota que você gosta de olhar para os peitos ou qualquer coisa assim.

Qualquer coisa assim.– Falou, concordando. Realmente adorava observar o quadril da líder. As pernas da líder. A cintura da líder. Qualquer coisa da líder.

Ela ficou pensativa um tempo, olhando adiante para as árvores. Sieghart tomou seu tempo observando cada um dos pontos da fisionomia dela. Subitamente, então, ela puxou o dedo que estava entre os do moreno, puxando a mão dele junto, e abriu bem a palma dele, como se medisse alguma coisa.

–Mais do que uma mão cheia é desperdício, você disse. - A maneira embriagada de pensar da líder era um território novo para ele. Concordou silencioso. - Mas sua mão é bem grande, evidentemente. Logo essa medida é bem imprecisa. - Ela continuou mexendo na mão dele, Sieghart percebeu que ela praticamente falava sozinha. No entanto, teve pouco tempo de impedir a ação; Lá estava a ruiva medindo seu seio esquerdo na palma de sua mão.

O Imortal não sabia se puxava a mão e tinha a chance de fazer a ruiva ficar ainda mais curiosa sobre aquilo e acabar em alguma coisa mais trágica ou se não puxava, garantindo que depois seria castrado, porém por um bom motivo.

No final das contas, auxiliou a ruiva em sua 'árdua' tarefa, sentindo aquela parte tão íntima da garota com a ponta dos dedos. O peso de seu seio em sua palma era o suficiente para dar-lhe água na boca e ele não resistiu um aperto pequeno, sentindo a maciez deste. Ela, no entanto, pareceu chegar a conclusão do que queria. - Hm, é um pouco menos do que sua mão cheia. - Ele não realmente se importava. - Mas ainda acho que não são tão atraentes quanto os das outras.

Pensou em mil coisas para falar naquele momento, no entanto seu cérebro parecia muito focado em ser uma gelatina. - Para mim eles parecem ótimos. - No final das contas foi sincero. Já tinha assinado sua carta de morte muito antes quando resolvera tocá-los. - Do tamanho perfeito para serem atraentes.

Ela pareceu se agradar com a resposta. Ele meio relutante soltou o seio dela. Elesis voltou a se apoiar no ombro dele, desta vez abraçando seu braço no processo. Pareceu contente com aquela posição e bocejou de leve. - Se estão perfeitos para você, é suficiente pra mim. Afinal é só você que importa mesmo. - Comentou, antes de adormecer de vez.

Grunhiu alguma coisa e depois olhou para o topo da cabeça ruiva. - Você não poderia falar isso quando estivesse sóbria?– Resmungou, como se brigasse com ela. - Daí eu teria um motivo para te jogar na cama e te fazer gritar meu nome. - Continuou reclamando pra si mesmo.

Sieghart não podia negar que Elesis era realmente maldosa as vezes.


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