Liars and Killers escrita por A Lovely Lonely Girl


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoinhas. Muito obrigada à todos que favoritaram e estão acompanhando a fic, e especialmente a quem comentou. (Notei que temos leitoras novas, obrigada pelos comentários suas lindas).
Espero que gostem do capítulo, é meio extenso, mas é meu presente de Natal pra vocês. Feliz Natal.



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— O nome dele é Loki. - Sigyn havia dito. Loki. Não pude deixar de fazer uma careta de desprezo. Aquele não podia ser o Loki. Eu já havia desenhado o deus das travessuras, e ele era loiro, baixinho e com olhos negros repletos de malícia. Ele definitivamente não era aquele cara, alto, de cabelos negros e olhos verdes hipnóticos. Não, ele jamais poderia ser o Loki. Mas se ele fosse o Loki e Sage era Sigyn, então...

— Você trouxe seu namoradinho assassino para morar com a gente? - Ela arregalou tanto seus olhos claros que achei que eles iam saltar das órbitas:

O que você disse?!— Ela perguntou com um gritinho estridente, depois limpou a garganta e tentou se recompor. - Quero dizer, não importa. Os registros das histórias dos Nove Reinos foram deturpados pelo ponto de vista dos humanos. Colocaram que eu era a esposa de Loki e Sif era a esposa de Thor, e não é bem assim que a banda toca. - Revirei os olhos:

Okay, entendi. Mas mesmo assim, não entendi o que ele está fazendo aqui. Ele não devia estar em Asgard? Vocês dois, na verdade?

— É complicado. - A ruiva disse, em seguida suspirou. - Eu sumi do radar de Odin há alguns séculos para que conseguisse viver sem que a fama de Sigyn me procedesse. Já o Loki...

Ela deixou a sentença morrer, olhou para as suas mãos delicadas e desviou o olhar para a lua, quando insisti:

— "Já o Loki"...?

— Odin está morto. Thor deixou Asgard. Coube a ele assumir o trono que tanto desejava. - Seus olhos claros me fitaram, analisando minhas feições. - Digamos que o povo não foi tão compreensivo com seu novo rei. - Respirei fundo, refletindo. Odin morto? E se coube a Loki assumir o trono...

— Frigga também se foi? - Perguntei em um sussurro. Para mim, Frigga sempre representou esperança. Sempre. Se ela havia morrido, quem me inspiraria a seguir em frente? De certa forma, para mim, Frigga era a minha música.

— Sinto muito, Katherine. - Balancei a cabeça, me controlando. Certamente não conseguiria fazer mais perguntas sobre Frigga, então Sigyn continuou. - O fato é que agora ele está sendo procurado pelos Nove Reinos, e ele tem que sumir do radar, assim como eu fiz.

— Por quê está ajudando-o?

— Ele é meu melhor amigo, e você sabe, sou totalmente leal aos meus amigos e às pessoas que amo. - Ela disse com um pequeno sorriso, que logo desapareceu de sua face. - Eu o conheço desde antes da raiva e do rancor corromperem seu coração, Kate. Não posso abandoná-lo quando ele mais precisa de mim. - Bufei. Aquela situação parecia cada vez mais com uma novela mexicana. - O que você faria no meu lugar? E se fosse o Luke?

— Opa, opa, opa, pode parar por aí. - Eu disse e me levantei do sofá, exaltada. - O Loki definitivamente não é o Luke. Eles não têm nada em comum. Então não venha com esse papo de roteirista de "Los Fugitivos del Amor", porque com certeza não vai colar. - Cruzei os braços a encarando, aquilo era muito absurdo até mesmo para a minha coleção de absurdos. - Eles não se parecem nem mesmo fisicamente, quem dirá psicologicamente! O Luke nunca, nunca seria igual a esse cara.

— Como tem tanta certeza? Você conhece Luke há alguns anos, enquanto eu conheço Loki há milênios. Eu já fui tão próxima dele um dia quanto você é próxima de Lucas hoje. Acredite, sei do que estou falando. - Fechei meus punhos com força, meus olhos faiscavam de raiva, ergui o braço e apontei para seu rosto furiosamente, meu indicador a trinta centímetros de seu rosto:

— Escuta aqui, Sage, Sigyn ou quem quer que você seja, não ouse falar do Luke, você nem sequer o conhece direito para isso. Nunca se deu ao trabalho de conhecê-lo, então não venha me dizendo essas besteiras achando que vou abaixar a cabeça porque talvez, e só talvez, em alguns milhares de anos, meu melhor amigo possa se assemelhar a um psicopata assassino. - Curiosamente, a ruiva esboçou um sorriso de satisfação me observando, em seguida balançou a cabeça, fazendo com que seus cabelos parecessem chamas alaranjadas selvagens à luz do luar. O que me deixou mais confusa foi o que ela fez em seguida: se aproximou de mim e me abraçou forte, sussurrando:

— Eu tenho muito orgulho de você, Katherine. - Quando me soltou e percebeu minha expressão confusa, ela riu levemente, um som tão doce que parecia mais uma fada ou uma princesa das histórias de criança rindo. - Você defende seus amigos com unhas e dentes, é completamente fiel a eles, não importa o que aconteça. Você se transforma completamente por eles, Kate. Eu não poderia estar mais orgulhosa! - Por um instante havia esquecido que estava falando com a deusa da fidelidade. Para mim, era a Sage de sempre, no seu melhor do estilo "la femme fatale", que combinava muito bem com ela.

Devia ter percebido antes que ela não era uma pessoa comum, com seu jeito doce, protetor e confiante, sua aparência sempre impecável e personalidade cativante; no começo me senti intimidada por ela, porém logo descobri o quão incrível ela era, e Sage acabou se tornando a melhor amiga que nunca havia tido antes, uma para quem eu pudesse falar bobagens de garotas, pedir para arrumar minhas tentativas de maquiagem desastrosas, pedir conselhos sobre garotos, esse tipo de coisa, que o Luke jamais entenderia.

— Você deve estar exausta, Sigyn. - Eu disse, seguindo até a cozinha. - Pode descansar se quiser. - A ouvi suspirar enquanto abria a geladeira.

— Infelizmente, estou mesmo. Você vai ficar bem, Katherine? - Peguei uma maçã verde dentro da geladeira e me debrucei no balcão da cozinha, que ficava de frente para a sala.

— Vou sim. - Disse e mordi a maçã. - Boa noite, Pequena Sereia.

— Boa noite, Branca de Neve. - Ela respondeu com um aceno de leve enquanto entrava no corredor que dava para os quartos. Fui até a sacada e me debrucei no parapeito devorando a maçã, ao mesmo tempo em que sentia uma esplêndida New York pulsando em vida.

[...]

O despertador tocou às 7:00, o horário que eu costumava ir ao colégio. Esfreguei os olhos enquanto bocejava ainda sonolenta, e só então me dei conta das minhas mãos sujas. Olhei para baixo, vi meu caderno de desenho aberto e olhos confusos me encarando - Infelizmente eu sabia muito bem a quem aqueles olhos pertenciam.

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— Merda. - Sussurrei e fechei o caderno em seguida. O cara invadiu a minha casa, tentou me matar e eu desenhei a porra do olhar hipnótico dele. Sinceramente, qual era o meu problema?

Respirei fundo para me acalmar um segundo depois de ter jogado o caderno contra o guarda-roupa com toda a força. Não tinha tempo para me preocupar com isso, não com o meu treinamento na SHIELD se aproximando. Olhei para o meu despertador mais uma vez - 7:02. Eu poderia faltar do primeiro dia. Será que eles largariam do meu pé se eu faltasse e nunca mais aparecesse? Pouco provável, considerando que eles possuíam todas as informações sobre mim. Ouvi uma batida na porta, forte demais para serem das mãos delicadas de Sigyn. Meu olhar rapidamente foi direcionado ao caderno de desenho jogado no chão, que permanecia fechado, como se nada houvesse acontecido.

Me levantei e segui até a porta, não antes de chutar o caderno para baixo da cama. Ajeitei minha juba do jeito que consegui usando as mãos e abri a porta:

— Pois não? - O moreno estava de braços cruzados me encarando fixamente, seus cabelos escuros indomáveis molhados com uma mecha cruzando-lhe o rosto, vestia um moletom cinza-claro que parecia um pouco largo no tronco, porém apertado em seus braços longos.

Seus olhos me avaliaram seriamente da cabeça aos pés, o longo cabelo despenteado; meu pescoço; meus ombros; o meu pijama, que era uma camiseta  com o Mjölnir no centro que deixava um pouco da minha barriga à mostra, e um short curto preto que ia até o começo das minhas coxas; minhas pernas e minhas pantufas super fofas de unicórnio. Só então ele voltou a olhar nos meus olhos, e ordenou:

— Devolva. - Franzi o cenho e cruzei os braços:

— O quê? - Perguntei firmemente. Ele se aproximou de mim de forma ameaçadora, o cheiro de banho recém-tomado misturado ao de sua pele invadiram minhas narinas. Um brilho lunático iluminava seus olhos.

— Você sabe muito bem o quê. Me devolva. - Balancei a cabeça negando.

— Não sei do que está falando. - Disse fixando o olhar nos olhos dele, que em outra ocasião poderiam ter feito com que eu ruborizasse. Mas não na manhã seguinte à uma tentativa de homicídio.

— Sim, você sabe. Sei que está com você. - Ergui uma sobrancelha e dei o meu melhor sorriso irônico:

— Bom, se sabe que está comigo, também sabe onde escondi. - Tornei minha expressão impassível enquanto abri a porta do meu quarto. - Fique à vontade para procurar o que quer que seja, eu vou tomar um banho. - Eu disse enquanto entrava novamente no quarto, os olhos de Loki examinavam meu quarto tão meticulosamente quanto examinaram a mim.

Me aproximei da cômoda e comecei a separar minha troca de roupa ao mesmo tempo que Loki entrou no quarto, começou a abrir as portas do guarda-roupa, suas mãos ágeis procurando o que quer que fosse com uma habilidade impressionante. Peguei uma calça legging preta e uma camiseta roxa lisa que ficava colada ao corpo, me permitindo uma melhor flexibilidade; depois comecei a andar às pressas para fora do quarto, antes dele parar de braços cruzados à minha frente.

— Dá licença, Homem-Muralha. - Falei sem olhar nos olhos dele.

— Para quê a pressa? - Sua voz estava controlada, quase suave. Quase. Encarei seus olhos segurando o riso:

— Sinceramente, acho que você não vai querer saber. - Suas feições se tornaram ameaçadoras:

— Se eu conseguisse ler a sua mente, eu já saberia. Mas por algum motivo, não consigo, então me diga. Sem mentir. - Ergui uma sobrancelha, uma das habilidades de Loki era sempre saber quando mentem para ele, disso eu sabia. A verdade era constrangedora. Minhas bochechas ficaram vermelhas, quase roxas, quando murmurei desviando o olhar do seu:

— Eu só... Não quero estar no quarto quando você for vasculhar... Minha gaveta de calcinhas. - Ele arregalou os olhos:

— Ah. - Meio perdido, ele me deu passagem. - Certo.

— Obrigada. Com licença. - Me apressei em sair do quarto e entrar no banheiro, deixei as roupas em cima da pia, abri o chuveiro e tomei um banho demorado, refletindo sobre o futuro.

Essa era minha sina afinal? Sempre quis mudar o mundo, fazer dele um lugar melhor, porém na medida do possível. E me tornar uma boa agente da SHIELD me parecia mais do que impossível. Pensei na minha mãe, no que ela diria se descobrisse, o que jamais poderia acontecer. Ela iria surtar, disso eu tinha certeza. Imaginei o que ela diria, coisas do tipo "eu já perdi o seu pai, não quero te perder também". Suspirei, lembrando do quão Elise Adams sabia ser convincente. John veio à minha cabeça logo em seguida. Oficialmente meu padrasto desde os meus sete anos, porém meu pai desde os quatro anos e meio. Ele adorava contar essa história, a de como uma linda bailarina e sua filhinha desajeitada invadiram sua vida e enfeitiçaram o coração de um jovem pianista de Oklahoma.

Sentia saudade deles, já não me lembrava quando fora a última vez que havia ligado para os dois. Suspirei ao me lembrar de Luke, eu o havia deixado à mercê dos agentes da SHIELD, e Nick Fury poderia já ter botado as garras nele, corrompido sua visão de mundo e o tornado nada mais que um assassino frio. Ou, o que era mais provável, Lucas havia passado uma tarde inteira enchendo o saco dos Vingadores, e logo foi levado para casa porque ninguém aguentava mais suas perguntas. Para o azar deles, o "Agente Singer" era mais curioso do que eu.

Fechei o chuveiro, saí do box e me sequei, vesti a roupa que havia levado para o banheiro e limpei o espelho embaçado, dando de cara com uma garota pálida de grandes olhos verdes e cabelos negros molhados. Sequei o cabelo com a toalha, o desembaracei com um pente para só então usar o secador; fiquei aproximadamente vinte minutos fazendo isso, depois saí do banheiro e voltei para o meu quarto. Loki ainda estava lá, só que estava checando os títulos dos livros da estante, completamente absorto. Cruzei os braços entrando no quarto:

— Achou o que estava procurando? - Ele se virou para mim, a princípio parecia aturdido, porém depois manteve uma expressão impassível ao olhar para mim:

— Não, não encontrei a minha adaga. - Ergui uma sobrancelha e desviei o olhar para os livros que ele tinha em mãos.

— Se não achou, se importa de colocar  meus livros no lugar? - Ele ergueu uma sobrancelha em protesto, mas fez o que pedi. Depois, deixou o quarto deixando para trás o rastro de seu cheiro ao sair. Me abaixei e peguei o caderno de desenho embaixo da cama, checando meu desenho mais recente de novo. Ao mesmo tempo em que esses olhos pertenciam ao Loki, não havia uma malícia implícita neles, então era como se fossem de outra pessoa. Parei por um momento. Sempre que desenhava imagens de pessoas aleatórias que surgiam em minha mente, as transformava em meus "personagens", sendo assim, sempre dei um nome a eles.

Olhei novamente o desenho. Sem pensar muito sobre aquilo, rabisquei um Collins um pouco abaixo do desenho, depois fechei o caderno e o coloquei em cima da cômoda. Vesti minhas botas de couro pretas, peguei minha bolsa e segui até a sala. Sigyn havia acabado de colocar uma jarra com suco de laranja na mesa, e observei uma mesa de café da manhã impecável posta para três lugares. Loki já estava sentado no dele, entretido comendo sua omelete e panquecas. Fui até a parede e arranquei a adaga de Loki que permanecera cravada nela durante a noite, ajuntei meu celular do chão, me sentei no meu lugar, coloquei a adaga ao lado do prato do moreno enquanto checava minhas mensagens.

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Puta merda. Arregalei os olhos e olhei para Loki, que franziu o cenho silenciosamente me perguntando o que tinha acontecido. Me virei para Sigyn, desesperada:

— Sage, o Luke está vindo para cá! - Ela arregalou os olhos:

— Agora? - A campainha tocou. A ruiva me olhou com uma expressão de "Estamos muito fodidos", entretanto balancei a cabeça, desconsiderando sua reação. Ambas olhamos para Loki, que parecia estar alheio à nossas preocupações. A campainha insistia a tocar. Como se uma lampadazinha se acendesse dentro do meu cérebro, me aproximei de Loki e puxei a touca do moletom, encobrindo-o um pouco; e antes que ele pudesse pestanejar eu já estava de pé na porta da entrada, sorrindo para um Luke levemente irritado.

— Você não atendeu às minhas ligações ontem. - Ele entrou e eu fechei a porta em seguida.

— Sinto muito. O livro estava interessante demais. - Dei-lhe o meu melhor sorriso esperando que o convencesse. Funcionou, pois o loiro revirou os olhos e adentrou um pouco mais o apartamento. Voltei tranquilamente à mesa e sentei-me no meu lugar, enquanto Sigyn encarava Lucas como se ela estivesse com uma bomba-relógio escondida na gaveta da cozinha. Tive que ocultar um sorriso e me controlar para não rir de sua expressão - a rainha do baile pela primeira vez parecia perdida. Agi normalmente, colocando geleia na torrada ao mesmo tempo em que Lucas avaliava seriamente o homem com quase dois metros de altura com a face levemente oculta pela touca do moletom.

— Quem é esse cara? - Ele perguntou, encarando Loki. Me fiz de distraída.

— Hm? - Olhei de relance para Loki - Ah, ele? - Voltei a olhar para a minha torrada, mordendo-a - O nome dele é Thomas. Vai morar com a gente por um tempo, está fazendo tipo um intercâmbio. - Dei mais uma mordida na torrada, Sigyn já estava recuperada de seu choque inicial e devorando alegremente um pedaço de torta de maçã.

— De onde você é? - Luke perguntou a Loki.

— Inglaterra. - Eu disse sorrindo, em seguida me virei para o moreno. - E como é Londres nessa época do ano, Tom? - perguntei antes de beber um gole de chocolate quente.

— Consideravelmente mais fresco que aqui, Katherine. - Ele respondeu, fingindo cortesia, seu olhar cravado no meu. Sim, ambos éramos mentirosos, e, por mais terrível que isso soasse, consegui sentir um sorriso  se formando em minha face, que logo ocultei para não arruinar toda a farsa.

Luke sentou na cadeira em frente à minha, pegou um brownie e o devorou, não desviando o olhar de Loki.

— Se virou bem ontem, depois que eu fui embora? - Perguntei terminando a torrada. Seu olhar se iluminou quando ele se virou para mim, sorrindo de orelha a orelha:

— Lembra quando eu conheci a Daenerys na Comic Con? - Arregalei os olhos:

— VOCÊ TENTOU ENFIAR A LÍNGUA NA BOCA DA CARTER? - Gargalhei tão alto que tive um ataque de tosse depois.

— O quê? Não, não. Então foi quando eu conheci o Ned Stark, acho. - Ele disse, coçando o queixo. O encarei:

— Quando foi a última vez que você fez a barba?

— Há uma semana, mais ou menos. Talvez eu deixe crescer. Ficar uma barba igual a do Thor. - No momento em que ouvimos o nome "Thor", Loki, Sigyn e eu seguramos a respiração ao mesmo tempo, porém tentei continuar a encenação, mordendo outra torrada e me virando para o Luke:

— Vai ficar ridículo. Porque, você sabe, ele é um deus, e você é um imbecil. - Essa era eu figurativamente espancando o orgulho do meu melhor amigo. Meu celular tocou, a melodia que eu conhecia bem.

"Tell me pretty lies
Look me in the face
Tell me that you love me
Even if it's fake
Cause I don't fucking care
At all"

Atendi, observando um número que não conhecia. A SHIELD, provavelmente.

— Alô?

Katherine?— Ouvi alguém com um sotaque notável perguntar. - Oi, é o Pietro.— Sorri automaticamente.

— Oi, Pietro. Tudo bem?

Na verdade, estou mais preocupado se você está bem. Você foi embora correndo ontem.

— Como se você nunca tivesse feito isso. - Brinquei, e ouvi sua risada pelo celular. Me levantei quando percebi que Luke me olhava com olhos de gavião e Loki arqueou uma sobrancelha me observando. Caminhei até a sacada e continuei conversando com ele. - Sim, está tudo bem. Minha amiga está bem.

Que bom.— Ele respondeu. - Então, pronta para o treinamento?

— Sinceramente? Nem um pouco. Assustada e intimidada pra caramba, isso sim.

Imaginei. Mas, hey, pelo menos você acertou no que vestir. A maior parte, pelo menos. Aconselho a não usar essas botas.— Olhei em volta, me aproximei um pouco mais do parapeito e consegui enxergar um cara de cabelos brancos lá embaixo. Ele ergueu a mão. - Alguém pediu um instrutor pessoal de corrida?— Sorri e ergui uma sobrancelha:

— "Pessoal"?

Yep. Quer uma carona até a SHIELD? Aquecimento para o primeiro dia.

— Uma corrida? Apostada com você? Nós dois sabemos que é impossível que eu ganhe.

Não vamos apostar logo de cara, Katherine. Como eu disse, é só aquecimento. O que me diz?— Sorri amplamente.

— Okay, já estou descendo.


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Notas finais do capítulo

É isso aí, pessoal. Muito obrigada por acompanharem Liars and Killers. Um beijo e boas festas. ;-)



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