Liars and Killers escrita por A Lovely Lonely Girl


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal. Fico muito feliz que estejam gostando da fic e que estejam acompanhando seu desenvolvimento, muito obrigada. Gostaria de agradecer principalmente a miss_hale (Esse Hale é pelo Derek? Se for, significa que eu entendi a referência), Alexia Sigyn Rogers Stark (sem comentários sobre esse nickname diwo né?), Anabella Salvatore (Damon ou Stefan, eis a questão), Sleeping under stars (nickname fofinho pra caramba, poderia ser o nome de um livro que eu com certeza compraria e leria), Bia83 (Hello, é Bia de Bianca ou de Beatriz?), Victoria Guimarães (Tá aí um nome que eu amo de paixão, "Victoria"), Elisa Escarlate (Minha prima se chama Elisa, mas acho que é com "z", e Escarlate é pela Feiticeira ou pela Colina Escarlate? Mais provável que seja pela Wanda, não sei :v) e Biah Costa (Hey, meu outro nickname é só Biah, e (mesma dúvida sobre a Bia 83) o seu é Biah de Beatriz ou de Bianca?) , que comentaram na fic, muito obrigada mesmo por dedicarem um pouco de seu tempo para expressar suas opiniões e teorias, alguns comentários até me inspiraram a certas cenas para a fanfic. Um beijão!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/647604/chapter/9

Desliguei o celular e voltei para o quarto correndo, abri a gaveta de sapatos e comecei a vasculhar furiosamente procurando por tênis de corrida - que, eu me lembrava, Luke havia me dado de presente no último Natal, na esperança que eu finalmente frequentasse uma academia. Claro, sua esperança fora esmigalhada em milhões de pedacinhos quando eu ri na cara dele dizendo que jamais faria isso. E ironicamente, se não fosse pelo presente, jamais poderia passar um tempo extra fora da SHIELD com Pietro. "Parece que o jogo virou, não é mesmo?" — meu subconsciente sorriu sarcasticamente para mim, se referindo ao fato que ser treinada na SHIELD deve ser bem pior do que simplesmente frequentar uma academia.

Revirei os olhos para ele e continuei procurando pelos tênis, já estava impaciente, fazendo o restante dos sapatos voarem longe para que eu conseguisse encontrar os malditos tênis. Eu ia ao colégio com All Stars que pareciam ser grandes demais para mim e me faziam tropeçar pelo menos uma vez a cada vinte passos. Eu urgentemente precisava encontrar aqueles tênis de esportes. Voltei correndo para a mesa do café da manhã:

— Sage, onde estão os meus tênis de corrida? - Tanto Sigyn quanto Luke ficaram de boca aberta me encarando, em choque, eu acho. Estalei os dedos rapidamente na frente dos olhos da ruiva. - Vamos, foco, Sage. Os tênis, onde estão? - Ela piscou e balançou a cabeça.

— Em cima do guarda-roupa, ainda na caixa. - Ela lançou um olhar inquisidor para mim. - Você pratica esportes agora?

— Não seja ridícula. - Respondi com arrogância. Droga, havia acabado de dar a minha resposta automática para essa pergunta. Suspirei, controlando meu temperamento. - Bem... Sim... Eu acho... Não tenho certeza. - Ela ergueu uma sobrancelha e sorriu, seu tom de voz ficou um pouco mais baixo:

— Vai correr com alguém? - A encarei espantada, e minhas bochechas ruborizaram; ela sorriu amplamente e deu um pulo da cadeira. - Muito bem, então não temos muito tempo. Vou tentar transformar a sua juba em algo mais sexy. - Ela disse, me empurrando para o quarto. Essa sim era a Sage que eu conhecia. A ruiva me fez sentar na cadeira da penteadeira que tinha em seu quarto, pegou um elástico, algumas escovas de vários tamanhos, a chapinha, o babyliss, o secador e vários cremes para cabelo.

— Sage, eu só vou correr com ele, não vou a um encontro. - Olhei para ela pelo espelho, e havia uma advertência implícita em seu olhar, do tipo "Não estrague o meu barato, Kohls".:

— Pelo que notei, você gosta dele, estou errada? - Ela perguntou enquanto passava um dos cremes no meu cabelo. Quando não respondi, pois estava tentando disfarçar o rubor de minhas bochechas, ela ergueu uma sobrancelha para mim me olhando pelo reflexo do espelho. - Kate. — Bufei, irritada por um instante por Sage me conhecer melhor do que eu mesma me conhecia. Ela prendeu meu cabelo em um rabo de cavalo alto e elegante, depois passou um protetor térmico em spray.

— Okay, sim, eu gosto dele. - Confessei baixinho. - Um pouquinho. Ele é legal. Mas ainda não tenho certeza se eu gosto gosto dele. - Sage revirou os olhos e pegou o babyliss, começando a deixar minhas madeixas onduladas.

— Katherine Kohls e seus enigmas. - Mostrei a língua para ela pelo espelho, que riu levemente. - Mas isso é bom. Pense um pouco, quanto mais misteriosa e enigmática você é, mais você está protegida.

— Que poético. - Respondi zombeteiramente com uma expressão sarcástica.

— Ah, cale a boca. - Eu ri a observando, depois ela avaliou, concentrada, o trabalho que havia feito. - Certo, terminei. - Ela desligou o babyliss e deu alguns retoques "naturais", puxando uma mecha de cada lado do meu rosto. Depois, se aproximou de seu guarda-roupa e tirou de lá uma blusa de frio com touca de um tecido sintético que parecia couro, porém era mais flexível. Atrás havia um desenho de um pássaro em chamas, com as palavras "THE PHOENIX" praticamente saltando do tecido, selvagens, douradas e brilhantes.

A ruiva me ajudou a colocar a blusa com cuidado para não arruinar o cabelo, depois trouxe os meus tênis novos. Eram pretos com detalhes em roxo e os cadarços eram brancos, porém Sigyn os arrancou e os substituiu por cadarços dourados brilhantes que combinavam com a fênix da blusa. Ela pegou dois brincos dourados em formato de pequenas flores-de-lótus e colocou em minhas orelhas, em seguida sorriu, finalmente satisfeita.

— Agora sim. - Ela sorriu amplamente e me fez ficar parada em frente ao enorme espelho da enorme porta de seu guarda-roupa. Observei atentamente - os detalhes eram sutis e perceptíveis, claro, porém não estava nada artificial. Eu ainda parecia a Katherine de sempre. Sorri:

— Obrigada, Sage. - Ela me empurrou, praticamente me enxotando para fora do quarto:

— Ok, ok, agora ande logo. Não deixe seu crush esperando. - Revirei os olhos sabendo que nem valia a discussão, segui para a sala, peguei minha bolsa e chequei dentro; meu celular estava na mesa do café da manhã, então voltei lá e o peguei, o enfiando de qualquer jeito na bolsa. Só levantei o olhar quando percebi que o ruído dos talheres havia cessado.

Lucas e Loki estavam me encarando, o loiro estava pasmo, com a boca aberta em surpresa e o cenho franzido, como se não conseguisse processar direito o que estava vendo; já o deus me encarava fixamente, os lábios entreabertos com um fantasma de um sorriso cruzando seu rosto, seus olhos pareciam duas esmeraldas, brilhando, fixados em mim. Ruborizei quando notei que havia encontrado a prova de que ele era realmente o deus da trapaça - a malícia não estava simplesmente à mostra na mera cor de seus olhos, porém, quando brilhavam, era mais do que evidente que ela se encontrava ali; estava no interior de seu ser, e só era perceptível quando seus olhos brilhavam. E, Deus, como ficavam intensos quando brilhavam.

Com uma força de vontade até então desconhecida, desviei o olhar do seu, peguei minha bolsa, uma maçã verde do cesto de frutas que estava na mesa, dei um beijo na bochecha de Luke, o que o fez voltar à realidade, e disse:

— Tchau, Luke. Não se atrase, temos muito o que fazer. - Mordi a maçã indo até a porta. - Tchau, Tom. - Disse acenando brevemente para Loki. Abri a porta e saí.

— Até mais, Katherine. - O moreno respondeu, em seguida fechei a porta e segui até os elevadores. Pressionei o botão, as portas se abriram no mesmo instante, quando fui entrar trombei com um cara alto que estava saindo, ele instintivamente me segurou pelos ombros.

— Aw! - berrei desajeitada mais pela surpresa do que pela dor de ter dado literalmente de cara com o homem.

— Sinto muito... - O cara começou a dizer com um sotaque estrangeiro, porém ele parou quando olhou para baixo, no mesmo instante em que olhei para cima, e vi dois olhos azuis me encarando com uma mecha de cabelo branco quase cobrindo-os. - Katherine. - Pietro riu levemente. - Não me viu chegando? - Eu ri olhando para ele:

— Obviamente não, eu não te vi chegando. E posso dizer o mesmo de você. - Ele sorriu para mim.

— Pronta? - Ele perguntou. Assenti e indiquei o elevador:

— Descemos por aí ou já começamos pelas escadas? - Ele esticou o braço para as portas do elevador não fecharem enquanto seus olhos não desviaram dos meus:

— Vamos com calma por hoje. - Assenti sorrindo e entrei no elevador, Pietro entrou depois de mim. As portas se fecharam; imediatamente senti como se houvesse uma energia estranha pulsante pairando no pequeno espaço, em seguida senti os olhos de Pietro queimando sobre mim, fitei seus olhos, que se escureceram gradativamente enquanto permanecíamos ali, com se a estranha energia hipnótica nos prendesse um ao outro.

Minhas pupilas dilataram, minhas bochechas ruborizaram, minhas batidas aceleraram e minha respiração se tornou entrecortada. O que raios estava acontecendo? Vi seu pomo-de-adão subir e descer enquanto ele engoliu em seco, seus olhos fixos nos meus pareciam escurecer ainda mais. Ele se inclinou para mais perto de mim, porém, quando sua mão tocou a minha, o que me causou um agradável arrepio na espinha, as portas do elevador se abriram e o encanto foi quebrado.

Pietro balançou a cabeça para se recuperar e fez um gesto para que eu fosse na frente. Saí do elevador do modo mais gracioso que consegui considerando a urgência que senti para sair de lá. O que, por Freya, havia acontecido? O Vingador me seguiu sem mencionar o que havia acabado de ocorrer, provavelmente para não arruinar a corrida. Resolvi fazer o mesmo, embora minha mente inquieta ficasse vasculhando cantos obscuros do meu cérebro para descobrir o que quer que tenha sido aquilo. Dei mais uma mordida na maçã enquanto caminhava para a rua com Pietro ao meu lado, e lambi distraidamente o sumo que escorreu pelo meu lábio inferior.

Mesmo sem olhar conseguia sentir o olhar de Pietro queimando em minha pele. Droga, se eu soubesse que seria tão intenso, teria feito uma preparação psicológica melhor em casa. Talvez uma meditação com direito à um CD de canto gregoriano para deixar de fundo, também seria bom para uma pré-remissão de pecados futuros. Observei a rua movimentada, em seguida comecei a andar tranquilamente pela calçada em que estava, depois ouvi a risada de Pietro às minhas costas e logo senti seus dedos segurarem meus ombros e me guiarem para a faixa de pedestres, atravessando a rua desse modo, e não consegui evitar de rir pelas pessoas que ficavam nos encarando na rua.

Logo depois entendi o porquê de atravessarmos - havia uma pista de caminhada lá. Mordi mais uma vez a maçã e continuei andando, mesmo quando ele me soltou. Ele colocou as mãos em seus bolsos e continuou pacientemente andando ao meu lado enquanto eu devorava a maçã. Quando terminei, ele a jogou no lixo, depois voltou e sorriu para mim:

— Certo, vamos começar. - Ele olhou para mim e pegou minha bolsa. - Er... Deixe isso comigo. Você parece ser uma daquelas pessoas muito propensas a acidentes. Sem ofensas. - Cruzei os braços:

— Poxa, eu só sou um pouco atrapalhada. - falei baixo, tentando debilmente defender a minha honra.

— Não me leve a mal, acho isso adorável, de verdade... - Pietro disse rapidamente, provavelmente não se dando conta do que estava dizendo. Minha garotinha interior estava surtando, gritando "Ai meu Odin, ele me acha adorável" enquanto pulava batendo palminhas.- ... Mas, se você se machucar no primeiro dia antes do seu treinamento, não vamos mais poder correr juntos. - Bem, a imagem de Nick Fury soltando fogo pelas ventas me fez sorrir, mas Pietro tinha razão.

— Certo. - Respondi e olhei para ele. - Mas não vai te atrapalhar?

— Se eu estivesse correndo, sim, atrapalharia. Mas para mim, é como se estivéssemos simplesmente andando, então não tem problema. - Ele explicou calmamente e seu sorriso retornou aos seus lábios. - Então, pronta? - Apenas assenti, me virei para a pista de caminhada e comecei a correr. Senti como se fosse algo automático, embora não me atrevesse à testar minha sorte tantas vezes. Exceto que, por alguma razão, era completamente fascinada por altura, o que era irônico, já que minha mãe era a pessoa mais medrosa que eu conhecia nesse quesito. Uma pessoa como eu, como Pietro disse, muito propensa a acidentes, gostar de altura era o equivalente de masoquismo. Ou possivelmente, mais provavelmente, suicídio.

Logo vi uma silhueta à minha esquerda pela visão periférica e sorri de leve, meus pensamentos se dissiparam em um nanossegundo. De repente me tornei mais ciente de que consegui me manter mais estável do que eu esperava. Isso era bom, me deu esperança de que eu não seria tão desajeitada quanto temia que fosse, talvez fosse um sinal de que eu não era completamente uma causa perdida.

Não falamos muito durante a corrida, não ficamos arfantes, embora tivéssemos corrido uma quantia considerável de quadras. Isso poderia ser considerado uma coisa boa, o silêncio sempre me ajudou a me manter focada, mas eu queria realmente conversar com ele. Se todos os dias fossem assim, nunca iríamos chegar a lugar algum, mesmo quando eu não tinha certeza se queria "chegar a algum lugar" com Pietro. De qualquer maneira, o que aconteceu no elevador não saía da minha cabeça, parecia uma coisa completamente surreal, digna mais de filmes de ficção científica do que de romances melosos do qual a mocinha e o mocinho precisam um do outro bem mais do que precisam de oxigênio.

Algum tempo depois chegamos às instalações da SHIELD da qual eu havia corrido... Ontem. Nossa, tanta coisa tinha acontecido de um dia para o outro que era difícil de acreditar. Eu tinha acobertado um deus fugitivo no meu apartamento. Um deus que tentou me matar. Em um lapso de fúria pensei em dedurá-lo aos Vingadores, eles com certeza conseguiriam lidar com ele, e eu teria a minha vingança também. Olhei para Pietro, pensando no que ele seria capaz de fazer contra o Loki. Bem, eu pagaria para ver a Wanda lutando contra ele, dois telepatas feiticeiros fodões lutando até a morte. Um pequeno sorriso com uma certa vingança implícita surgiu em meus lábios, e só quando Pietro ergueu uma sobrancelha para mim me toquei que ainda estava encarando-o.

Sorri discretamente, afastando meus pensamentos destrutivos só por aquele momento; e o distraí:

— Hey, seu cabelo sempre foi branco? - Repentinamente seu semblante ficou sério, embora permanecesse suave.

— Não, nem sempre. - Ele franziu os lábios me encarando por um instante, provavelmente decidindo se me diria mais ou não. - Ele se tornou branco na mesma época em que ganhei as minhas habilidades, a mesma época em que minha irmã ganhou seus... As habilidades dela. - Sem dúvida ele estava evitando a palavra "poderes", possivelmente para que eu não entendesse que Wanda era uma bruxa, apesar dela obviamente ser uma.

— Então vocês não nasceram com os seus dons? - Pisquei curiosa, e ele sorriu:

— Não, Katherine. Vamos entrar? Não sei o quanto posso contar sobre isso, não quero arranjar nenhuma encrenca com Fury para você. - Sorri erguendo minha sobrancelha:

— A minha teoria é que você tem medo dele. - Disse passando pelo pórtico depois de um agente conferir minha identidade.

— Medo, eu? - Ele ergueu as sobrancelhas e simulou ofensa. - Nossa, assim você me magoa, Kate. - Revirei os olhos:

— Claro, claro. - Parei de andar na porta de entrada do prédio, respirando fundo. Céus, como havia ficado tão nervosa tão subitamente? Um calafrio percorreu minha espinha, e infelizmente ele era familiar; a última vez que o havia sentido eu estava no carro com Luke, antes de toda essa loucura acontecer. Claro que eu o sentiria, as coisas estavam prestes a mudar para mim. Respirei fundo, inquieta, observando a porta à minha frente. Não percebi sua aproximação, só a notei quando sua mão segurou firmemente a minha. Virei meu rosto em sua direção, e havia um sorriso tranquilizador em seu rosto assim como havia um olhar morno e sereno em seus olhos claros.

— Hey. - Ele aproximou o rosto do meu e sussurrou. - Eu te seguro se você desmaiar. - Eu ri de leve e seu sorriso se alargou, depois respirei fundo e dei mais um passo à frente; as portas se abriram e finalmente entramos. Pietro não havia soltado a minha mão.

Andamos pelo saguão até a Sala de Reuniões, e não pude deixar de perceber os olhares que alguns agentes dirigiam a nós. Entrei na frente e encontrei Clint e Tony amassando bolinhas de papel e disputando quem acertava mais cestas no cesto de lixo que eles haviam colocado em cima da mesa. Bruce estava sentado do lado oposto da mesa, dormindo de óculos com a mão ainda segurando a caneta sobre o papel babado. Clint havia acabado de fazer duas cestas seguidas enquanto Tony havia jogado uma bolinha que quase foi parar na cabeça do Banner.

— Ok, vamos fazer uma melhor de cinco. Valendo só agora. - Disse Stark com seu jeito de sempre, e Barton riu:

— Você não desiste mesmo, não é, Stark?

— Bom dia, cavalheiros. - Eu disse com uma voz bem clara, o que fez o doutor saltar na cadeira e começar a limpar a baba da boca.

— Bom dia. - Ele se apressou em dizer, o que me fez rir levemente.

— Qual é mesmo o segredo da sua discrição, Bruce? - zombou Tony.

— Tsc, tsc, tsc, que feio, doutor, dormindo em serviço. - Brincou Clint, e Banner virou os olhos para eles:

— Nem vem, estou no meu horário de almoço. - Bruce olhou o relógio na parede. - Meu horário do café, na verdade.

— E então, cadê o Lucas? Desistiu? - Perguntou Stark.

— Pff, teria sido mais fácil convencê-lo a vender seu PlayStation 2 de estimação. Ele já vem, está tomando café da manhã.

— E por que você apareceu? - Perguntou Barton, provavelmente já começando os testes. Dei de ombros:

— Era para eu aparecer, não era? Principalmente depois que saí correndo daqui ontem. E também, não podia deixar o Luke sozinho. - O Gavião ergueu uma sobrancelha:

— Por quê não? - Fiz uma breve pausa antes de explicar:

— Bom, nós meio que já somos uma equipe. Como Natasha disse, Luke e eu possuímos algumas habilidades que podem ser aproveitadas aqui; no meu caso, gostaria de descobrir quais são.

— Então, só está aqui por curiosidade? - Ergui uma sobrancelha e sorri amplamente:

— E não é a curiosidade o combustível da ciência? - Banner e Stark me encararam, o moreno com cavanhaque sorriu me indicando ao doutor:

— Adorei essa garota. - Banner me encarou e eu mantive o meu sorriso, ele desviou o olhar rapidamente e se encolheu, provavelmente envergonhado. Pietro entrou na sala acompanhado de Natasha, que olhou para mim e disse:

— Pronta? - Assenti prontamente, ela olhou para Barton e o vi endireitar sua postura pela minha visão periférica. - Vamos. - Barton e eu a seguimos, quando passamos pela porta Pietro piscou para mim e sussurrou um "Boa sorte". O Gavião se virou para a ruiva enquanto caminhávamos:

— E quanto ao garoto, Nat?

— Já está na sala. - Ela nos guiou até uma sala no subsolo, uma das grandes portas de metal em um dos intermináveis corredores com um aspecto clínico totalmente desprovidos de vida humana. Ou pelo menos era o que parecia antes dela abrir a porta.

Luke estava concentrado, usando abafadores de ouvido e óculos de proteção, segurando uma arma com a mão direita e mirando em um alvo que estava a dez metros dele. Observei o alvo - parecia que ele só conseguia acertar cinco centímetros acima do local indicado. Observei-o disparar atentamente, procurando entender o que ele estava fazendo de errado.

— O braço dele está ricocheteando. - Sussurrei pensativa enquanto continuava observando o loiro.

— O que disse? - Perguntou Barton, e só então percebi que havia dito em voz alta. Indiquei Luke:

— O braço dele está ricocheteando... - Indiquei o alvo. - Por isso ele não consegue acertar. Para o tiro ser preciso, o braço deve estar firme, quase como se estivesse travado, e tem que aguentar o tranco da arma. - Disse olhando nervosamente para os dois agentes, em seguida dei de ombros. - Eu só li um pouco a respeito na internet. Sei, por exemplo, que iniciantes devem usar as duas mãos, mas principalmente a dominante porque a outra é como um suporte para que isso... - Apontei brevemente mais uma das tentativas falhas de Luke de acertar o alvo no ponto indicado. - Não aconteça.

— Parece que você sabe muito, Katherine. Em teoria. - Natasha disse e eu assenti:

— Eu leio um pouco de tudo. Desde a suposta existência do Pé-grande até as técnicas de homicídio do Holocausto. Que eu me lembre, só fui pesquisar sobre como usar uma arma depois de assistir Resident Evil.

— É, todo mundo se prepara para um apocalipse zumbi. - Ouvi Barton murmurar e cruzar os braços observando Luke. Romanoff se aproximou da pequena mesa ao lado da de Lucas, carregou a arma, desativou a trava de segurança, caminhou de volta até mim e me entregou a arma com um olhar instigador e desafiador ao mesmo tempo:

— Muito bem, vamos ver do que você é feita.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, o que acharam do capítulo? O que estão achando da fic? Comentem! Obrigada a quem adicionou aos favoritos e a quem está acompanhando. E, se alguém estiver amando a fic de coração e alma, pode recomendar também, por favor. Muito obrigada por lerem Liars and Killers!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Liars and Killers" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.