A Casa Caiu escrita por Andye


Capítulo 9
Uma Mudança Inesperada


Notas iniciais do capítulo

EHHHH O NYAH VOLTOU!!!
Pois é. Desde quarta-feira que tento postar o capítulo novo para vocês e responder os comentários do anterior.
FINALMENTE DEU CERTO.
E aqui está o nosso capítulo nove. Espero que gostem. Como sempre, fiz de coração. Ele é o penúltimo do primeiro arco que eu vou encerrar com o 10º que já está prontinho.
A partir do 11º algumas reviravoltas para que nossa fic querida avance um pouco.
Dúvidas? Adoro responder. Críticas? Gosto para melhorar. Elogios? São sempre bem-vindos! Comentários? Essenciais para eu saber tudo isso ai :D

Nas notas finais coloquei o link de inspiração do vestido da Hermione porque sou péssima em descrever roupas :P

Beijocas e boa semana.



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Ela estava com dor de cabeça.

Deitada no sofá-cama, Hermione ouvia os sons discretos da madrugada ainda pensando em tudo o que havia acontecido naquela noite. Mesmo que tenha se surpreendido com o fato de Rony ter levado a agora conhecida senhorita Rost, ela não estava mais com tanta raiva quanto ficara antes.

Tinha que admitir que ela era uma ótima pessoa. Tranquila, educada e uma boa companhia e, embora negasse sentir ciúmes a todo o mundo, a si mesma sabia que não poderia enganar. Suspirou enquanto jogava snake no celular e se convencia que a moça era uma boa pessoa para Rony.

— Muito prazer — Hermione cumprimentou a moça e se sentiu um pouco estranha.

— É uma alegria tremenda te conhecer, Hermione — Margo continuou apertando a mão de Hermione com muito entusiasmo, até que a abraçou — Todo o mundo bruxo é grato a vocês, comigo não é diferente.

— Não tem o que agradecer — a morena respondeu ainda sem graça — Todos lutamos pelo bem comum. Todos somos participantes da vitória.

— Sim, sim... Vocês são exemplos a serem seguidos. Não sabe como sou feliz em fazer parte, mesmo que só um pouquinho, do trio de ouro.

— Você não faz parte do trio de ouro — Hermione falou áspera.

— Claro, que bobagem a minha — a outra sorriu olhando para Rony que se aproximava — Mas agradeço por tudo mesmo assim.

— De nada.

Houve um momento de silêncio onde tudo o que Hermione queria era voltar no tempo. Sentiu uma falta insuportável da época em que ela e o ruivo eram namorados e como gostava que ele a abraçasse como fazia agora com a senhorita Rost.

Sentiu também uma coisa estranha no peito, mas não deixou que a saudosidade fosse aparente. Continuou conversando com a moça que logo sentou no sofá e começou a comentar sobre os dvds que ela tinha separado para assistir naquela noite.

Foi ai que percebeu o quanto a loira tinha bom gosto. A maioria das coisas que gostava eram compartilhadas por ela. Se não fosse a situação de Rony entre as duas, talvez fossem boas amigas um dia.

— Mas não lembro de você em Hogwarts — Hermione falou tentando manter uma conversa saudável.

— Eu estudei e Beauxbatons. Minha família inteira é de Canens, embora tenha desejado ir para Hogwarts mais do que você possa imaginar.

— É... Hogwarts é muito bom — Hermione comentou novamente com aquele ar saudoso. Talvez estivesse sensível demais ou fosse aquela sensação em seu estômago ao ver Rony abraçado e fazendo carinho na outra moça que a deixava sem graça — Er... Bem. Não quero atrapalhar vocês. Vou sair um pouco. Fique à vontade, Margo. Foi um prazer conhecer você.

Depois de tomar banho e trocar de roupa, Hermione resolveu caminhar um pouco pelo bairro. Aquela situação entre Rony e ela a incomodava e ela preferiu não ter que presenciar demonstrações de afeto naquele momento.

Na praça que servia de passagem para o Ministério, ela sentou em um dos balanços e ficou observando as crianças que brincavam despreocupadas por ali.

Pensou que aquele talvez não fosse o seu lugar. Reconheceu que o mais sensato a ser feito, naquele momento, seria abrir mão de tomar a casa e voltar para a casa dos pais.

Ao mesmo tempo, odiava aquele pensamento. Abrir mão daquela casa era voltar atrás em seu sonho. Lutou por ele e se esforçou para consegui-lo por anos. Não era do feitio de Hermione Granger desistir tão fácil de algo e, depois de muito pensar, ela resolveu continuar tentando.

Por volta das dez da noite ela resolveu voltar para casa. Margo não estava mais lá. Nem Rony. Ela suspirou, colocou o pijama de ursinhos novamente, abriu o sofá-cama e se deitou. Não estava com ânimo para nada além de deitar e dormir.

Rony estava meio sem rumo. Não queria ter levado aquela situação tão longe, mas não tinha como voltar atrás. Não poderia dizer para Hermione que havia inventado a história com Margo Rost, muito menos dizer que havia feito tudo por ciúme.

Pensar que Hermione esteve na Bulgária o irritava. Por mais que a razão dissesse que ela não tinha nenhum tipo de relacionamento com o Krum, a sua emoção não deixava que ele pensasse com tranquilidade. Era difícil imaginar Hermione nos braços de outro que não ele.

Pensou que, talvez, ela também tivesse ficado infeliz ao vê-lo abraçado com Margo. Pensou e repensou em como remediar aquilo e se via a cada momento sem mais alternativas a não ser contar a verdade e aceitar toda represália da morena. Talvez conseguisse inventar um artifício, dizer que terminaram. Mas a verdade é que ele não se sentia bem em mentir para ela.

Quando resolveu, finalmente, voltar para casa, encontrou Hermione deitada sobre o sofá, aparentemente dormindo. Sentiu um peso enorme em sua consciência e foi a passos pesados até o seu quarto. Dormiu como uma pedra.

Hermione decidiu que não acabaria com o acordo de trégua. Mesmo irritada pelo que passou, resolveu ser melhor do que aquele problema e ficar por cima, afinal, não tinha motivos lógicos para discutir com o ruivo.

Preparou ovos mexidos com bacon. Comprou pão e fez suco de beterraba. Como sempre, fez uma quantia a mais. Se preparou para sair em seguida.

— Vai sair?

Rony perguntou assim que desceu as escadas, tentando soar indiferente, mas estava realmente curioso.

Com um olhar rápido, deu uma checada em como ela estava: Vestido azul de alças com uns detalhes brancos. A sandália era baixinha e a trança lateral lhe dava um ar jovial. Ela estava linda e ele sentiu uma vontade muito forte de abraçá-la.

— Vou sim.

Hermione respondeu igualmente indiferente, e se calou em seguida. Continuou arrumando suas coisas como se nada acontecesse. Sentia que Rony a observava e tentou parecer não se incomodar com isso.

Sentou sobre o sofá e passou um pouco de blush nas bochechas. Viu o ruivo a observando do umbral da cozinha através do espelhinho da maquiagem. Colocou o brilho nos lábios, pegou a bolsinha lateral e se preparou para sair.

— Até mais. Bom dia.

E saiu. Rony ficou sem ação. "Como ela pode ser tão linda? Como eu posso ser tão estúpido?"

Quando Hermione chegou, Rony tinha acabado de comer uma lasanha congelada. Sem a moça por lá ele realmente não tinha muito do que se alimentar. Viu quando ela entrou e passou em disparada para o andar de cima, depois de lhe dar um seco boa tarde. Ele subiu em seu encalço.

Quando parou no corredor, viu Hermione entrando no quarto interditado. Ele aproveitou que ela havia deixado a porta aberta e entrou em seguida. A moça tentava colocar uma lâmpada no bocal do teto, mas, mesmo sobre uma cadeira velha, ela não estava se saindo muito bem.

— Deixa que eu te ajudo — ele se prontificou assim que viu a cena.

— Não preciso da sua ajuda — ela respondeu com rispidez sem olhar para ele, ainda tentando.

— E onde está a nossa trégua? — ele falou com um gracejo.

— No mesmo lugar onde sempre esteve — ela respondeu irritadiça — Pode deixar que posso fazer isso sozinha.

— Você que sabe...

Ele respondeu antes de ela se desequilibrar e se segurar no encosto da cadeira com a mão livre, um pouco afobada. Ele se adiantou para protegê-la de uma possível queda, mas não foi preciso nem mesmo tocá-la. Ela havia se equilibrado e o olhado em desafio para que não se aproximasse. Ele voltou alguns passos.

— Vou aceitar sua ajuda com a lâmpada — falou por fim, descendo da cadeira — E já aproveito para informar que, a partir de hoje, esse será o meu quarto.

— Por que isso agora? — ele perguntou confuso, enquanto subia na cadeira e colocava a lâmpada.

— Porque essa casa é minha e é meu direito ter um quarto. E eu também não estou com nenhuma vontade de ficar presenciando seus encontros românticos enquanto tento relaxar um pouco.

— Tudo bem... — ele respondeu um pouco sem graça — Você tem razão. Se precisar de ajuda, é só me chamar — ele falou descendo da cadeira.

— Não vou precisar — ela respondeu e ele ascendeu a luz, testando a lâmpada. Os dois se olharam brevemente e ele saiu.


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Notas finais do capítulo

Eis o vestidinho da Mione... Essa danada tem um estilo tão parecido com o meu. Nem sei o porquê, olha só kkkk
Copia o link e joga no google!! :*****

http://goo.gl/mD5oma



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