A Casa Caiu escrita por Andye


Capítulo 15
Eu Me Rendo


Notas iniciais do capítulo

Boa noite lindezas que me acompanham aqui em A Casa Caiu.

Quero, antes de tudo, dizer o quanto estou feliz aqui. Cheguei e sorri!
Além dos comentários maravilhosos que recebi, ainda me deparei com uma linda recomendação da Paola Lira. Fiquei tão feliz, mas tão feliz que resolvi postar logo o capítulo 15, e espero que eu consiga com ele trazer o amor de vocês de volta pra mim kkkk

Ainda não respondi os comentários, eu sei. Estou muito atrasada, mas li todos. Obrigada!!!
Coloco em dia até domingo, quando pretendo postar o 16.

Beijocas e boa leitura. E não esqueçam os comentários.



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Rony havia escolhido uma camisa social cor de petróleo combinada com uma calça jeans e um sapato social. Hermione havia aprovado. Disse que ele parecia um completo trouxa em um traje esporte fino, mas a verdade é que ela gostou de como a cor do tecido evidenciou os olhos do rapaz. Foi ela quem o ajudou a dobrar as mangas até à altura dos cotovelos e alinhou a gola da camisa.

Ela também não estava mal aos olhos de Rony. Usava um vestido branco com bolinhas pretas com um decote alto, preso no pescoço. Havia um cinto marcando a cintura e os sapatos eram um pouco altos, fechados.

No pulso esquerdo, a pulseira que ele havia lhe dado e que a percebeu usar sempre desde o dia de seu aniversário. Os cabelos estavam presos em um coque desarrumado, com alguns fios caindo sobre seu pescoço. Linda.

— Mione, onde está o presente da senhora Brandt? — ele perguntou da sala, enquanto ela colocava fatias de torta em uma travessa.

— Na estante, Rony. Em baixo da TV.

— Tem certeza? — ele ainda observava o local, procurando.

— Sim. É uma sacolinha de papel... — ela detalhou enquanto tampava a travessa.

— Encontrei — ele informou enquanto ela se aproximava.

— Ótimo! Então vamos. Não quero me atrasar.

Os dois caminharam lado a lado, ambos com as mãos propositalmente ocupadas, até a casa do senhor Brandt.

Ouviram, assim que cruzaram o portão da cerca ao redor do jardim, o barulho que parecia ser uma música dos anos 70 e algumas gargalhadas distraídas.

— Tem certeza que quer ficar aqui? — Hermione perguntou ao ruivo antes de tocarem a campainha. Ela já não tinha tanta certeza se deveria estar ali.

— Certeza eu não tenho, mas não vou te deixar passar por isso sozinha — ele respondeu solicito, sorrindo para ela e tocou a campainha.

— Ah!!! Que bom que vieram — o senhor Brandt foi quem os recebeu, lhes dando abraços amigáveis — Suzana, venha conhecer os Weasley.

Hermione abriu a boca, pensando em explicar mais uma vez ao senhor Brandt que não eram um casal, mas ao olhar para Rony, que lhe lançava um olhar complacente, desistiu no momento em que foram abraçados pela senhora Brandt, uma mulher um pouco acima do peso, com cabelos loiros, na altura dos ombros, mas com um ar bem gentil.

Aparentava estar na casa dos quarenta e era tão jovial como uma adolescente.

— Senhora Weasley — ela cumprimentou primeiro Hermione, abraçando Rony em seguida — Senhor Weasley... Sejam bem-vindos à minha casa! Timmy fala muito de vocês!

— Não duvido — Rony respondeu um pouco cismado e entrou seguindo Hermione que já dava parabéns à senhora e lhe entregava a travessa.

— Feliz aniversário, senhora Brandt...

— Oh, não, não, querida! Me chame de Suzana. E o que é isto? — continuou falando com Hermione, dirigindo-se ao prato.

— É torta de palmito — a moça respondeu um pouco sem graça.

— E isso é pra senhora — foi a vez de Rony, que tomou a iniciativa após o olhar que recebeu de Hermione — Espero que goste.

— Mas não me chamem de senhora, por favor... Não sou tão mais velha que vocês — comentou sorrindo com alegria — E não precisavam se incomodar — continuou com sinceridade, enquanto abria o pacote.

— Espero que goste — Hermione repetiu, observando a senhora desembrulhar o presente — Não sabíamos ao certo com o que presenteá-la e escolhi algo bem ao meu gosto.

— Mas você tem um gosto incrível — a mulher falou ao ver o cardigã — É belíssimo... E adoro verde. Vai ficar lindo com um vestido listrado que tenho...

— Tem o recibo de troca, caso precise...

— Não vou precisar... Mas compraram em Londres? — a mulher perguntou curiosa ao ver o recibo da loja — Como tiveram tempo de ir em Londres e ainda fazer a torta de palmito?

— Err... — Hermione olhou para o ruivo em pedido de socorro.

— Eu quem fiz a torta — o ruivo falou de uma vez.

Não poderiam explicar que aparataram para Londres e por isso economizaram tanto tempo.

— E você cozinha? — a mulher perguntou entusiasmada.

— É... Sim. A Hermione tem feito um bom trabalho ao me ensinar. Se ela deixar a receita, até que tenho facilidade. Espero que tenha ficado boa.

— Certamente que sim — a senhora falou sorrindo enquanto os levava até a sala da casa, onde os demais convidados estavam — Tenho certeza que a Hermione sabe valorizar muito bem essas suas qualidades... Conheço homens que não sabem, se quer, fritar um ovo.

Ela sorriu e os apresentou aos outros convidados. Hermione se sentia bem melhor do que imaginou que seria. Rony também estava interagindo com outros convidados e enquanto a morena debatia receitas de tortas doces e salgadas e falavam de seus respectivos maridos, Rony ouvia os homens falando de futebol e de como a economia estava agressiva.

A verdade é que ele queria falar sobre Quadribol, queria falar sobre a última investigação contra um grupo de bruxos desordeiros. Queria falar do quanto Hermione estava bonita naquela noite.

— Você quem fez a torta? — Hermione ralhou assim que se encontraram distantes dos demais.

— De nada, Hermione...

— Não estou brigando — ela falou com o tom ameno.

— Você já tinha dito que escolheu o cardigã. Foi a única coisa que pensei — falou dando de ombros.

— Tudo bem... — ela falou seguindo para a mesa de salgados, o acompanhando — Foi uma ótima desculpa mesmo.

— Valeu.

— Obrigada!

Os dois permaneceram algum tempo pela sala da casa. Havia seis casais contando com eles e os anfitriões da noite, fora algumas pessoas solteiras.

A comida, Rony achou que estava muito boa, e Hermione provou algumas taças com coquetel de frutas.

Vez ou outra um casal se aproximava deles, tentando aprofundar a amizade, se dirigindo sempre aos dois como senhor e senhora Weasley.

Queriam saber há quanto tempo eram casados, onde trabalhavam, se tinham filhos ou quando pretendiam ter.

Eles haviam parado de tentar explicar que não eram um casal e sorriam entre si achando graça da situação enquanto inventavam desculpas deslavadas para as perguntas impertinentes que recebiam.

Mais tarde, cerca de três horas depois, decidiram voltar para casa.

Esperaram os parabéns e o corte do bolo. Suzana ainda tentou convencer os dois a ficarem um pouco mais, mas Rony estava sem graça depois de uma solteirona que havia bebido demais ter dado em cima dele descaradamente.

Hermione não quis assumir, mas também não havia gostado do que viu e deu apoio ao ruivo quando ele resolveu que era hora de irem embora.

Caminharam de volta para casa em silêncio, um ao lado do outro. Foi o ruivo quem abriu a porta e deu passagem para que Hermione entrasse primeiro.

— Obrigada por ter me acompanhado, Rony — ela falou com um largo sorriso de gratidão.

— Não agradeça — ele estava sem graça — Foi divertido, até...

— Foi sim — ela sorriu também.

— E parece que toda a rua pensa que somos casados, percebeu? — ele comentou distraído, indo tomar água.

— É verdade — ela o acompanhou — Só não a tiazona que tentou te agarrar.

— Nem me lembra... — ela sorriu o acompanhando.

— Eu acho que vou ler um pouco — ela começou — Obrigada novamente.

— Vai lá... Boa noite.

Hermione subiu as escadas em direção ao seu quarto com a sensação de algo inacabado.

Quando havia subido todo o lance de degraus, viu que Rony agora fazia o mesmo. Sorriu e tranquilamente seguiu pelo corredor até a sua porta. Rony a observada agora e se aproximou antes que ela entrasse no quarto.

— Hermione... — chamou para que ela não entrasse.

— Oi...

— Nada. Boa noite — eles estavam tão perto que Rony sentiu o estômago gelar.

— Boa noite.

Os dois se olharam por breves instantes. Os olhos estavam fixos e a respiração começava a ficar mais rápida.

De repente, estavam em um beijo intenso, apaixonado e cheio de sentimentos.

Não sabiam em que momento haviam parado de se olhar e começaram a se beijar, mas Rony abraçava Hermione com tanta força que parecia temer que ela escapasse de suas mãos.

Hermione não se importou com a pressão que o ruivo fez contra seu corpo. Suas mãos se posicionaram certeiras ao redor do pescoço dele, como se fossem previamente treinadas para aquele movimento.

Suas mãos acariciavam o pescoço do ruivo enquanto seus lábios se perdiam naquele sentimento prazeroso.

Dessa vez foi o ruivo que interrompeu o beijo, mas não de repente ou por interrupções externas.

O beijo se acalmou, os lábios se separaram carinhosamente e com a testa encostada na da moça, ele começou seu pedido de desculpas.

— Eu não sei o que deu em mim — continuou, ainda com a testa encostada na dela, a mão acariciava o braço dela — Me desculpe, Hermione. Não deveria ter feito isso.

Ele se afastou e a moça ficou com os lábios entreabertos, observando em silêncio o ruivo caminhar pelo corredor. Quando ela percebeu que ele descia as escadas foi que se viu capaz de falar.

— Rony... — ele voltou quando ouviu a sua voz — Pra onde vai?

— Pra algum lugar longe de você, Hermione — ele parecia ansioso agora.

— Por quê? — ela perguntou sem entender, sem saber o que pensar.

— Porque se eu continuar aqui, perto de você, não me responsabilizo pelo que sou capaz de fazer.

Novamente ele se virou e recomeçou a descer as escadas. Ela apressou os passos até a escadaria e depois de respirar fundo, falou:

— Você não precisa se afastar de mim...

Rony olhou para ela levemente confuso. Subiu os degraus em passos lentos e parou na frente da moça. Os olhos estavam fixos e a respiração era forte.

— Você sabe o risco que corremos se eu ficar perto de você? — ele perguntou olhando atentamente. Ela abriu a boca levemente.

— Nunca tive medo de correr riscos...

Hermione respondeu enquanto sentia o coração pulando dentro de seu peito. Ela perdeu novamente a sensação das pernas ao ser tomada nos braços do ruivo uma segunda vez.

O beijo ainda era intenso, como uma continuação do anterior. As mãos acariciavam os corpos um do outro e o desejo entre eles aumentava a cada segundo.

Não demorou muito para que a porta do quarto da moça estivesse aberta e as peças das roupas que eles usavam fossem espalhadas pelo chão do cômodo.

Naquela noite eles não se importaram com as normas impostas para não entrarem no quarto um do outro. Naquela noite, o quarto de Hermione se tornou dos dois.


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Notas finais do capítulo

Olha eu aqui nas notas finais, e como vocês já sabem que eu sou péssima para descrever roupas, o vestido da Mione foi inspirado nesse aqui: https://senhoravitoriosa.files.wordpress.com/2010/10/vestido-de-bolinhas.jpg

Comentem, e até o próximo!!!



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