P.V.P. Aice

*Do lado de fora.*

Eu: Ei! Tá machucando...

Castiel: – Calado. –

Eu: Castiel! Está me ouvindo?

Castiel: – Ainda calado e apertando com mais força. –

Eu: – Puxei de volta meu braço. – Que droga! Dá pra falar alguma coisa? – Disse alto, mas não a ponto de gritar. –

Castiel: Você é quem tem que se explicar! – Falou no mesmo tom. –

Eu: Eh? Que caralhos você tá falando?

P.V.P. Autora

Deixando a briga dos ruivos de lado, vamos voltar na sala de cinema.

Rosa: – Se vira para Alexy que estava sentado ao seu lado e sussurro. – Alex-kun, você não acha que a Aice-chan está demorando muito?

Alex: – Também sussurrando. – Também acho! Mesmo ela estando com o Cast-san eu estou preocupado. Você deveria ir atrás.

Ambre: – Se metendo onde não é chamada e sussurrando. – Se você for eu vou junto!

Rosa: Ninguém te chamou garota!

Ambre: O MEU Castiel está com aquela garota! EU vou atrás dele!

Rosa: Dane-se, só não me atrapalhe!

Então a loira e a albina saíram da sala de cinema e foram atrás de Aice e Castiel. Castiel tinha levado a ruiva para um lugar mais distante do cinema, depois de um tempo elas encontram ambos brigando perto de um café.

P.V.P. Aice

Eu: Tomate pare de ser infantil! – Falava no mesmo tom de antes. –

Castiel: Eu não sou infantil. Você que fica se esfregando em outros caras como uma... – Cortei-o com uma tapa. –

Eu: – Me virei para voltar para a sala de cinema, mas ele me segura pelo pulso. –

Castiel: Espera. Eu não...

Eu: Cala a boca. Eu não vou ficar aqui esperando você parar de me insultar! Não, eu não sou idiota. E também não sou as vadias que você leva para a sua cama. Me deixa! – Me soltei e saí. Ele não me impediu. –

P.V.P. Rosalya

Tudo que vi foram eles discutindo, Aice dando uma tapa no Castiel e Aice indo de volta à sala de cinema. Não entendi absolutamente nada!

Ambre: Sabia que o meu Cast-kun iria dar um fora nela! Vou chamar o Nath-nii, minha noite já tá ganha. – Olhei para ela e voltei para olhar o que restara da cena: Um Castiel pasmo. Mas não o encontrei. –

Eu: Arrgh... – Rosnei e fui procurar o ruivo para tirar satisfação. Até que o encontrei. – CASTIEL!

Castiel: Eh? O que você quer?

Eu: “O que você quer?” O cacete! O que você fez para a Aice-chan?

Castiel: Isso não é da sua conta!

Eu: – Lancei lhe um olhar mortal. – COMO “NÃO” SEU FDP? AICE-CHAN É MINHA AMIGA! O que não entendo é que ela está sempre com você. Me surpreende que ela não conheça seu lado monstro!

Castiel: Espera. Não é bem...

Eu: Me poupe. – Suspirei. – Você realmente não sente nada por ela!

Castiel: Não é verdade!

Eu: – Me virei para ir embora. – Tá certo! – Disse sarcasticamente e voltei para a sala de cinema. Aice, Armin, Ambre e Nath tinham ido embora. –

Lys: Rosa-chan! Onde esteve?

Rosa: No banheiro! Onde estão Aice-chan e Armin-kun?

Iris: Ela disse que não se sentia bem então o Armin-kun levou ela para o Diable Douce.

Kentin: Aconteceu alguma coisa?

Eu: Não, tudo bem! – Olhei para Alex como se dissesse “Venha comigo, agora!” e ele assentiu com a cabeça. – Eu tenho que ir também! – Menti. –

Alexy: E eu vou atrás do Armin-nii! Tchau galera!

Todos menos eu e Alex: Tchau!

E lá fomos nós para o prédio de nossa amiga. Quando chegamos vimos um ruivo encostado em uma parede da recepção. Nos aproximamos e ele começou a falar.

Castiel: Rosa, Alexy. Eu... – Fizemos sinal para que ele calasse a boca. –

Alexy: Sinceramente. Eu pensava que você era mais humano!

Eu: Você não tem coração!

Castiel: Ela também não! Nada daquilo teria acontecido se ela...

Voz: Cala a boca! – Cortou o ruivo. – Você não tem nem ideia do que fez!

Alexy: Onii-chan?

Armin: Oi! É sério, ela tá muito mau!

Castiel: EU levei a tapa na cara!

Armin: E ela levou uma facada do coração! Você quase acaba com ela! Ela mudou tanto desde que chegou... Vocês estão sempre juntos. Como pôde falar com ela do jeito que falou?!

Eu: Diz logo moreno! Como ela tá? – Disse muito nervosa. –

Armin: Ela tá lá calada dentro do quarto de musica! Vão falar com ela... Eu espero aqui!

Eu e Alex: Hai!

Corremos para o elevador e fomos para o 35° andar, deixando Armin e Castiel na recepção. Quando chegamos e a porta estava aberta, entramos fechamos a porta e pudemos ouvir uma melodia vinda de um teclado.

Entreolhamo-nos e subimos para a sala (quarto) de musica. Vimos Aice tocando a bela melodia, assim que ela parou de tocar corremos e a abraçamos. Ela acabou por se assustar.

Aice: O que fazem aqui?

Alex: Somos seus amigos! Viemos te ajudar! Sabe... Sobre que aconteceu...

Eu: Pois é... Eu fiquei preocupada!

Aice: Gomen! Só não estava me sentindo bem. E resolvi vir para casa.

Eu: Não minta. Eu vi a tapa que você deu no Castiel!

Aice: Você viu?

Eu: Sim... Sabe, você pode desabafar com a gente!

Alexy: Pois é... Somos seus amigos!

Aice: Eu... Fui idiota demais. Pensei que ele pudesse ser diferente e me entender. Mas eu pensei errado, confiei e me apeguei. – E então desabou, abraçou Alexy pelo pescoço e começou a chorar. –

Eu: Aice-chan, você gosta dele?

Aice: Hai... – Disse baixo e entre as lágrimas e soluços. –

Ficamos ali apenas conversando. Ela até deu uns sorrisos fracos. Aice é forte, é muito estranho vê-la assim tão... Machucada por dentro.

Ela disse que queria tomar um banho frio e descansar. Nos despedimos da ruiva e ela foi tomar banho, saímos do apartamento e encontramos o Castiel encostado na parede.

Eu: O que faz aqui?

Castiel: Eu quero falar com ela! Não é óbvio?

Alexy: Acho melhor não! E também, ela está no banho!

Castiel: Não faz mal. Eu espero!

Eu: Castiel, fala logo...

Castiel: Falar o que?

Alexy: O que você sente de verdade pela Aice-chan?

Castiel: ... Eu não sei! – Abaixou a cabeça. –

Eu: Hm... Então faça o favor de descobrir logo! Ou o estrago na Aice-chan será muito maior do que imagina! – Disse e saí acompanhada de Alexy. –

P.V.P. Castiel

Não entendi... “Ou o estrago na Aice-chan será muito maior.” O que tá acontecendo comigo, quanto mais me nego a aceitar, mais isso me machuca, machuca ela e me faz fazer merda. Me encostei novamente na parede, tentando me acalmar para entrar no APÊ.

Finalmente reuni forças e entrei. Fui logo ao quarto dela, a luz do banheiro ainda estava acesa, desci e me sentei no sofá para espera-la descer! Depois de um tempo, ela apareceu. Estava com um short de pano preto curto e uma blusa larga azul. Seu cabelo estava meio molhado e solto. Ela me encarou, deu para perceber que estava surpresa e assustada.

Aice: O que faz aqui?

Eu: – Me levantei. – Eu vim falar com você!

Aice: Nós não temos nada para falar.

Eu: “Nós” não, mas EU sim!

Aice: Vai embora!

Eu: Não até você me ouvir!

Aice: Então fala logo. E depois vá embora!

Eu: Me... De-desculpe por ter falado com você daquele jeito. Não queria ter dito aquilo! Estava com raiva, não gostei de te ver daquele jeito com o idiota do representante.

Aice: Até onde sei isso se cha... Castiel, estava com ciúmes do Nath?

Eu: Pare de chama-lo assim! Isso me irrita. Você deve me odiar agora, você deve achar que sou um monstro...

Aice: Você ainda não me respondeu! Estava com ciúmes?

Eu: Não sei... Só sei que não gostei. Não te quero perto dele, e muito menos ele perto de você!

Aice: Eu tenho o direito de ficar perto de quem eu quiser!

Eu: Quem você quiser... Menos ele!

Aice: Você não deixa de ser um idiota! Até mesmo quando está se desculpando... – Suspirou. – Você não muda!

Eu: Eu mudei muito desde que te conheci! Mas me nego a aceitar essa mudança. E agora eu virei o monstro da historia inteira! – Abaixei a cabeça. –

Aice: Não fale besteiras! – Senti braços finos envolverem meu corpo. –

Eu: Eh? Você... Não me odeia?

Aice: Se eu fosse te odiar por cada merda que você fizesse eu nem falaria com você! Eu não consigo odiar alguém que convive comigo. – Ainda abraçada em mim. –

Eu: Então... Estamos bem? – Afastei-a para olha-la nos olhos e sorri. -

Aice: Hai!

Eu: Haha’ – Peguei-a pela cintura e girei-a no ar. Ela sorria. –

Aice: Me coloca no chão! – Fiz o que pediu e olhei em seu rosto, seus olhos estavam um pouco vermelhos. –

Eu: – Coloquei minha mão em seu rosto o que a fez corar um pouco. – Por que estava chorando?

Aice: Não... Não foi nada!

Eu: Foi por minha culpa... Não foi? – Senti meu coração se apertar. -

Aice: Sim, mas eu estava triste. Estou bem agora!

Eu: – Tirei minha mão e continuei a encara-la. – Gomen!

Aice: Tudo bem! Está com fome?

Eu: Sim, muita!

Aice: O que quer comer?

Eu: Sei lá. Faz alguma coisa ai!

Aice: Folgado!

Eu: Marrenta!

Aice: Idiota!

Eu: Baixinha!

Aice: Tá, tá! Já chega! Vou fazer macarrão!

Eu: Beleza! Vou colocar um filme na Netflix.

Aice: Que filme?

Eu: Se Beber, Não Case! Já assistiu?

Aice: Não!

Tudo estava pronto. Eu já me resolvi com ela e agora vamos jantar e assistir um filme juntos! Rimos bastante até que o filme acabou!

Eu: O que achou?

Aice: Haha’ Adorei! Hahaha’

Eu:– Calado. –

Aice: – Calada. –

Eu: Ei! – Quebrei o silencio. –

Aice: Hm? –Me olhou. –

Eu: Você tem um mini Studio e eu já te ouvi cantar...

Aice: Aonde quer chegar?

Eu: Eu nunca te vi tocar algum dos instrumentos... Canta e toca para mim?! – Pedi e mandei ao mesmo tempo. –

Aice: É um pedido ou uma ordem?

Eu: Os dois!

Aice: Hm... Está bem! Vamos lá para cima!

Eu: Beleza!

Então subimos e fomos para o mini Studio. Ela foi para trás do teclado e se sentou em um banco acolchoado.

Eu: O que vai tocar?

Aice: Uma que eu compus!

Eu: Você também compõe? – Perguntei surpreso. –

Aice: De nada adianta criar a melodia sem ter uma letra!

Eu: Tem razão! – Ela sorriu e começou a tocar. –

Em uma noite qualquer

Sinto que algo em mim mudou!

Eu encontrei a fé

Que há muitos anos a escuridão me tomou

A noite já não está mais tão escura

Já não estou mais tão sozinha

Lalala... Lalalalala...

Mas mesmo assim...

Ainda me pergunto,

Se tudo vai ficar bem,

Estou com tanto medo de perder mais alguém

Não vou aguentar

Não vou suportar

Tento não pensar...

Que tudo pode desabar!

Não vou... (Não vou aguentar)

Lalalalalala... Lalalalalalalala...

Fique aqui, nem que seja apenas por um segundo a mais.

Não quero te ver partir!

Por favor... (Por favor, fique aqui)

Não permita que eu te veja ir

Lalalalalalala... Oohh

Não pude acreditar no que ouvia. Era como um anjo! A melodia é fantástica. A letra perfeita...

Eu: Incrível!

Aice: Arigatou! Mas ainda não está completa!

Eu: Você canta e toca muito bem!

Aice: Valeu! Vem, vou fazer chocolate!

Eu: Não sei como tem um corpo desses... – Murmurei. –

Aice: Então meu corpo te atrai? – Zombou. –

Eu: Haha’ não se engane. Quis dizer que não sei como não é gorda! Já que tá sempre comendo!

Aice: E eu tô acreditando!

Eu: Vai fazer o chocolate ou não?

Aice: Hahaha’ vem logo!

Descemos e fomos para a cozinha. Primeiro lavamos a louça suja do jantar e então fomos fazer o brigadeiro. Ela estava fazendo praticamente tudo, e eu estava sentado em um dos bancos do balcão, de costas para ela.

Aice: Castiel!

Eu: Hm? – Virei para ela e a mesma passou leite condensado no meu nariz. –

Aice: Hahahaha’ – Saiu correndo. -

Eu: Ora sua... – Limpei meu nariz. – VOLTE AQUI! – Saí correndo atrás dela. –

Aice: Claro que não. Eu quero viver! Hahaha’

Eu: Isso aí... Vai rindo vai! - Logo consegui alcança-la e coloquei-a nos ombros. –

Aice: EII! Me solta!

Eu: Nem morto! Hahaha’ – fui até o sofá. –

Aice: Castiel ME PÕE NO CHÃO!!

Eu: Você que manda!

Aice: Eh? – Soltei-a no sofá. – Aii...

Eu: HAHAHAHA...

Aice: TOMATE SEU... VIADO!

Eu: QUE? – Ela me chamou de “viado”? INACREDITÁVEL! – EU NÃO SOU VIADO!

Aice: Sei... – Foi uma ironia? Ela tá duvidando de mim? –

Eu: Tá duvidando? – Encarei-a. –

Aice: Tô sim! – Ela se levantou e ficou em pé no sofá, ficando um pouco mais alta que eu e cruzou os braços. –

Eu: Argh! – Rosnei. Puxei-a pela cintura, fazendo com que ficasse nos meus braços e com o corpo colado no meu e ficamos nos encarando. –

Aice: O que está – Não deixei que terminasse e a beijei. –

Como é bom beija-la, estes lábios doces. Coloquei-a no chão e continuei a beija-la. Mantive minhas mãos e braços em volta de sua cintura e ela enlaçou os braços em meu pescoço. Aprofundemos o beijo, uma batalha de espaço sem vencedor. Era profundo e relaxante! Como é boa a sensação de beija-la!

Notei o que fazia, não queria parar, mas era preciso. Não posso me entregar a isso. Meu corpo não obedecia então o ar se fez necessário e nos separamos. Fique vendo ela abri os olhos devagar, ao mesmo tempo em que afastava seu rosto do meu!

Eu: Gomen! – Me afastei. –

Aice: Você se arrependeu... Outra vez. – Abaixou a cabeça. Deu para notar que seus olhos começaram a lacrimejar. – Me diz... Por que me beija se vai se arrepender?

Eu: Não! Eu não me arrependi! – Levantei seu rosto delicadamente. – Te beijo por que gosto de você. Mas não sei o que sinto de verdade. E isso sempre...

Aice: Te irrita não é? – Me cortou. –

Eu: Sim, muito! Eu queria te dizer o que sinto!

Aice: Então fazemos assim: eu espero você descobrir, e quando isso acontecer... Você me conta!

Eu: Arigatou! – Abracei-a e ela retribuiu. –

Aice: Bom, está tarde e eu tenho que levar o carro no mecânico amanhã!

Eu: E o que aconteceu?

Aice: Nada! É que eu quero que ele fique mais rápido!

Eu: O que você quer? Sofrer um acidente ou ser presa?

Aice: Só quero mais velocidade!

Eu: Bem, boa noite! – Puxei-a pelo braço, fazendo com que batesse no meu peito, quando se afastou dei um beijo em sua testa. –

Aice: B-boa noite! – Ela corou, sorri de canto e saí. –

Cheguei em casa tomei um banho e fiquei deitado na cama apenas pensando. Depois de um tempo, dormi com um pequeno sorriso.

P.V.P. Aice

Eu: Que dia! – Suspirei. –

Ia subindo para meu quarto quando passo por uma poltrona e vejo meu diário. Pego o mesmo, vou à cozinha, pego um isqueiro e vou para o terraço. Chego lá pego um balde, rasgo folha por folha e as picoto com as mãos. Logo as queimo me sento e fico apenas observando o fogo queimar todo o meu passado!

O fogo então se apaga, tudo o que restara eram cinza. Entro de volta e vou para o banheiro, estava com um cheiro de fumaça muito forte. Saio, visto um short de pano branco curto e uma camisa larga verde.

Deito-me na cama e fico pensando no beijo entre mim e Castiel! Não vou desistir de tentar entender aquela cabeça complicada, desistir está fora de questão!

“É patético desistir de algo sem nem mesmo ter tentado!”

– Monkey D. Luffy.