Sonho Ou Pesadelo? escrita por Laana Uchihaa


Capítulo 3
Organizando Tudo!




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P.V.P. Aice

Acordei pouco antes das 06h00min da manhã. Levantei-me e fui me arrastando até o banheiro, para fazer a higiene matinal. Já estou acostumada a ter pesadelos, então não é nenhuma novidade para mim, não ter uma boa noite de sono!

Eu: Acho melhor arrumar minhas roupas! – Disse ainda dentro do banheiro me fitando no espelho! –

Desci peguei minhas malas (Que por sinal não eram tantas) e subi novamente para o quarto. Guardei tudo no closet, algumas coisas no banheiro e outras no quarto mesmo!

Sai do quarto e fui conhecer a casa quando vejo um quarto completamente vazio, entrei nele e vi que daria um ótimo lugar para por instrumentos e praticar!

Eu: Esse será um ótimo quarto para colocar instrumentos, mas antes tenho que compra-los! – Disse para mim mesma, ou pelo menos foi o que pensei. –

Mulher: Por isso o deixei vazio! – Disse uma voz ao meu ouvido! –

Eu: AH, MEU KAMI! – Pulei e fiquei de frente para o ser que quase me mata! – AGATHA-SAN!

Agatha: AICE-CHAN!

Eu: Ai, não grita! Quase me deixa surda!

Agatha: Você também gritou... – Ela fez bico! Mas logo me abraçou com MUITA força. –

Eu: Ar...

Agatha: Oh, gomen ne (N/A: “Gomen Ne” “Desculpe-me” em japonês.)! Diz aí, já conheceu a casa?

Eu: Não, estava indo... – Nem terminei de falar e ela já agarrou meu braço e saiu me mostrando cada cômodo. E quando tudo acabou paramos na cozinha. –

Agatha: E aí? Gostou da casa?

Eu: Sim, amei! –Disse e sorri! –

Agatha: Ótimo. Eu vou fazer o café, enquanto isso você vai tomar seu banho e se arrumar! Temos que ir fazer sua matrícula. – ela ia se virando, mas voltou. – Ah, e também tenho outra surpresa para você!

Eu: Certo. Espero que não tenha exagerado como fez com o APÊ... – Encarei-a da porta da cozinha. –

Agatha: Não prometo nada! – Deu um sorriso sapeca. –

Subi e fui primeiro separar a roupa. Decidi ir fazer compras depois. Tô precisando, meu closet tá mais vazio que o nada.

Separei uma roupa e a deixei em cima da cama, despi-me e fui para o banheiro e JURO, eu quase tive um ataque!

Eu: TEM UMA BANHEIRA AQUI?! – Eu vou MATAR aquela rosada. Sim, esqueci-me de contar. Tia Agatha tem cabelos longos, lisos e NATURALMENTE ROSA! Além dos olhos roxeados escuros! Sinceramente, ela é linda! Mas que eu vou mata-la eu vou!-

Sai do banheiro e me vesti. Uma calça jeans azul-claro, uma regata que vai até pouco abaixo da cintura preta, luvas de motoqueira, sapatilha e uma touca branca.

Deixei os cabelos soltos, passei um lápis e um rímel preto e passei um batom vermelho. Peguei meu celular, fones e minha carteira. E logo desci para a cozinha encontrando uma Agatha toda emburrada me esperando.

Agatha: Demorou! – Disse ela com os braços cruzados logo abaixo dos seios. –

Eu: Gomen ne! – Sentei-me à mesa e logo ela fez o mesmo. – Agatha-san, você é louca!

Agatha: Eh? Por quê?

Eu: Não deveria ter gastado tanto comigo. Sabe muito bem que posso bancar tudo isso!

Agatha: Claro que deveria! Nós... Só temos uma à outra. A família Mashiro inteira está contra nós! – Seu sorriso tinha se desfeito e eu estava com o coração apertado! – Eu estive tão sozinha esses últimos 12 anos, desde o acontecido. Então agora você está aqui, você é a única pessoa viva na família que me ama e que eu amo também! Deixa eu te mimar, me deixa cuidar de você. Tenho certeza que ter que ficar vivendo com aquela velha foi horrível.

Eu: Agatha-san... Gomen ne, não queria que ficasse assim! – Levantei-me, fui até ela e puxei-a para um abraço fraterno. – Não fica mais assim, eu te amo Tia Agatha!

Agatha: – Ela correspondeu ao abraço e logo me afastou com um enorme sorriso. – Você... Você me chamou de “TIA”! Uhuu...

Eu: Não é isso que você é? – Sorri. Como me sinto bem com ela! Ela... É tudo o que eu tenho! – Ei... A gente tem que ir fazer a matricula não é?!

Agatha: A.. Sim, claro! E ainda tem sua surpresa né!?

Apenas afirmei com a cabeça e sorri. Saímos e tranquei a porta. Logo já estávamos no elevador descendo até o estacionamento. Assim que o elevador parou eu ia sair, mas Agatha me impediu e me entregou um pano preto e me disse para coloca-lo nos olhos.

Já com a venda ela foi me guiando pelos ombros até que ela me segurou com um pouco mais de força, meio que dizendo que já poderia parar de andar e pediu para que eu tirasse o pano e assim fiz.

Agatha: TCHANRAM! – Ela gritou se pondo na frente de um porsche vermelho. –

Eu: PUTA QUE PARIU! AGATH-SAN! VOCÊ SÓ PODE SER LOUCA!

Agatha: Hãn? Por quê?

Eu: ISSO DEVE TER SIDO MUITO CARO!

Agatha: Não esquenta com isso. Dinheiro é o não falta pra gente. E sabe, você vai acabar sumindo se ficar andando a pé para lá e para cá! – Disse e logo em seguida começou a rir! – Tó... – Ela me entregou a chave do carro! –

Eu: Bem, você venceu! – Disse me dando por vencida! - Só um segundo, você não devia estar no hospital!?

Agatha: Não exatamente, eu posso chegar a hora que eu quiser e como tenho que ir fazer sua matricula não vou agora!

Eu: E se precisarem de você?

Agatha: Não se preocupe, se algo acontecer eles irão me ligar!

Eu: Certo, então vamos! Pode colocar o endereço no G.P.S.?

Agatha: Claro!

Ela então ajeitou o aparelho e eu acelerei, chegamos ao lugar que aparentava ser bem velho. Mas estava até que em ótimas condições. O prédio tinha três andares contando com o térreo e era todo pintado em um rosa desbotado, do lado direito do colégio tinha um jardim e ao lado do mesmo, um estacionamento. Do lado esquerdo havia um ginásio, quase todo o imóvel era rodeado por um muro, no mesmo estava escrito “Sweet School”!

Deixei o carro no estacionamento e fomos para a sala da Diretora, na entrada da escola tem um pátio bem grande e até que bem bonito. Seguimos em frente no térreo, passei por uma onde estava escrito “Grêmio” e logo ao lado dela, a sala da diretora.

Se não me engano todos a chamam se Sra. Shermansky, ah e outro detalhe: ELA NÃO TEM NARIZ! Agatha acertou tudo com ela, e tudo que eu teria que fazer seria falar com tal de “Nathaniel” para pegar meus horários e livros. Mas isso só seria amanhã.

Saímos de lá e fomos para o shopping, compramos o necessário para a escola e almoçamos. Depois disso ligaram para Agatha dizendo que precisavam dela para uma cirurgia, deixei ela no hospital e sai sem rumo pela cidade com o carro. Até que vejo uma loja de instrumentos, paro o carro na frente da mesma e entro.

Dou uma olhada em algumas guitarras e violões, e dois me chamarão a atenção! A guitarra é roxa com vários detalhes em preto e o violão é todo preto. Fiquei olhando até que um atendente veio até mim.

Atendente: Olá! Posso ajudar?

Eu: Sim, gostaria de levar aquela guitarra e aquele violão! – Disse apontando para ambos. –

Atendente: Certo. Bem, aquela guitarra vem com um amplificador de graça, tudo bem?!

Eu: Sim, afinal uma guitarra elétrica não é tão útil sem o amplificador.

Atendente: Haha’ tem razão! Vou prepara-los então! – Ele ia saindo, mas o chamei novamente. –

Eu: Espere! Importa-se de coloca-los nas devidas caixas? Seria mais fácil para mim e para você!

Atendente: Não, tudo bem! – Sorriu e eu o soltei. –

Paguei e coloquei as coisas no carro. Decidi voltar ao apartamento, parei em um sinal e logo na calçada ao meu lado estava o Tomate.

Eu: Quer carona? – Sorri de canto. –

Castiel: Tanto faz! – Deu de ombros. E logo entrou no carro. – Carro bacana!

Eu: Arigatou! (N/A: “Arigatou” “Obrigada” em japonês.) Agatha-san que me deu! –Lembrei que ela tinha gastado muita grana comigo e soquei com força o volante. –

Castiel: O que foi?

Eu: Não queria que ela tivesse gastado tanto comigo! – Disse e soltei um sorriso fraco! –

Castiel: Você é estranha!

Eu: Tem razão. Mas por que diz isso?

Castiel: Por que parece que essa tal Agatha, é tudo para você! E quando você fala dela, não parece tão fria quanto eu pensei!

Eu: Não acredite no que eu pareço ser, acredite no que eu realmente sou. Conheça-me! – Disse me irritando, ele ainda pensa que sou fria? – Mas em algo você está certo, ela é tudo para mim! Eu só tenho ela!

Castiel: Hm... O que ouve com seus pais?

Eu: Eles... – Por um momento pensei em hesitar. – morreram! – Consegui conclui! –

Castiel: Sinto muito!

Eu: Tudo bem, você não sabia! Bem, chegamos!

Castiel: Hm... Valeu. – Ele saiu rápido sem me dar chances de falar nada! –

Fui para o estacionamento do prédio e pedi a ajuda de Mei para levar as coisas para o apartamento. Ela me ajudou e saiu, arrumei minha mochila e tomei um banho. Vesti um short jeans preto e um moletom branco com a letra “L” no centro em preto. Prendi o cabelo em um coque solto, calcei um chinelo preto e coloquei meus óculos. Ele é só para descanso, então não o uso muito, também não uso lentes, o que é um alivio!

Desci e vi os meus novos instrumentos levei primeiro a guitarra e o amplificador, estes não ficariam no meu quarto! Assim que eu abri a porta do primeiro quarto fiquei completamente boquiaberta... Todos os instrumentos que eu sei tocar estavam ali! Bateria, baixo, teclado, também tinha um microfone. Tudo o que faltava ali era a guitarra e o violão. Sem contar que ainda tinha equipamento de som, era quase como um pequeno estúdio. E muito bem decorado!

Eu: Mas o que... AGATHA-SAN!! – Berrei. Um grito que correu por todo o apartamento. Liguei para Mei e ela veio como o vento: Rápido! Assim que ela chegou pedi que entrasse e ela foi para sala! –

Mei: S-sim?

Eu: Quem fez aquilo, no primeiro quarto?

Mei: Foi sua Tia, não gostou?

Eu: Eu amei, mas ela não devia fazer tudo isso!

Mei: Não se preocupe ela vai parar com os exageros dela. Ela fez tudo isso por que se sentia sozinha e preocupada todo esse tempo! Enquanto vocês saiam uns caras arrumavam tudo!

Eu: Agora já era né? Gomen ne, acho que te assustei!

Mei: Só um pouco! Haha’ vou indo, tenho que trabalhar.

Eu: Ah, sim! Pode ir!

Ela se despediu e voltou para a portaria. Só faltava colocar o violão no meu quarto! Mas antes disso fui comer alguma coisa, nem tinha notado, mas estava na hora do jantar. Pedi uma pizza e assim que chegou fui assistir a um filme. Logo depois me troquei e fui dormir. E já sabia o que encontraria na minha mente! Tranquei as coisas peguei meu violão e dormi...

Sonho on:

Abri meus olhos e já não estava no meu quarto. Estava em uma floresta. Algumas das árvores tinham um cheiro insuportável de sangue. Olhei ao meu redor e quando voltei a olhar para frente, vi uma garota que aparentava ter 07 ou 08 anos, ela tinha os cabelos vermelhos e estavam na altura de seu ombro. Estava de cabeça baixa, mas deu para notar que estava chorando. Sua pele é muito branca. Estava com um short preto e uma camiseta cinza.

Estreitei os olhos e vi que suas pernas e braços tinham marcas roxas e vermelhas. Eu iria me pronunciar, mas antes que tivesse chance vi que ela iria cair. Corri e peguei-a em meus braços e foi assim que consegui, finalmente, ver seu rosto. Ela... Sou eu quando criança!

Aice pequena: O que faz aqui?

Eu: Para falar a verdade não sei! – Ela se soltou de mim e eu abaixei a cabeça. –

Aice pequena: Você está com as mesmas roupas que eu. Eu estou com raiva!

Eu:– Antes de respondê-la olhei para minhas roupas e ela estava certa, nossas roupas eram as mesmas. Olhei-a de volta e perguntei. – Por que com raiva? Pensei que estivesse triste, te vi chorando!

Aice pequena: Estava chorando de ódio, ódio daquela velha insuportável! Eu não passo que um trapo em suas mãos. Uma mísera escrava.

Eu: Entendo-te! – Sorri fraco. – você também quer ELES de volta né?

Aice pequena: Quero, eu... Não sei o que fazer! Eu quero ir embora! Sou um erro, um problema! Por que ainda estou viva? Por que não me mataram também? EU deveria ter morrido não eles! Então... Por quê?

Eu: Não estamos mortas por que eles nos salvaram, temos que ser fortes. – Abracei-a e ela correspondeu. –

Aice pequena: Adeus! – ela então foi se afastando e desaparecendo. –

Eu: NÃO, NÃO VAI! POR FAVOR... NÃO ME DEIXA AQUI! – Tentei segura-la, mas foi em vão. Minha mão atravessou seu corpo frágil que acabou por se transformar em pétalas vermelhas. – EU sou o erro! EU sou o problema, EU sou o calculo sem resultado, a incógnita mais complicada... Então por que não eu? Por que não fui eu? Talvez eu esteja sendo egoísta, querendo trocar uma vida por duas... – Falava sozinha. –

Então tudo começou a escurecer e vi um casal, ambos amarrados em cadeiras eles estavam na minha frente. À mulher tinha a pele clara, olhos azuis e longos cabelos vermelhos. Já o homem, tinha cabelos curtos e negros, porém seus olhos também eram azuis. Ambos me fitavam sorrindo e ambos estavam completamente ensanguentados e eu sabia que logo eles iriam morrer, eu queria salva-los, mas não conseguia.

Eu: Mamãe... Papai... – Disse em um sussurro. –

Casal: Amamos-te... Aice! – Logo após isso eles morreram. –

Sonho off.


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