Hastryn: Ascensão escrita por Dreamy Boy


Capítulo 21
Corações Inconsoláveis


Notas iniciais do capítulo

Olha... Eu acho que vocês vão gostar ainda mais da personagem nesse capítulo.

Idades:
Ulrick - 36 anos.
Esther - Não-Informado.
Richard - 5 anos.
Elizabeth - 3 anos.

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"Por vezes, nos identificamos com outras histórias e vivências através de um mero olhar."
— Charlotte Wildshade



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Charlotte

Quando adentrou as enfermarias pela primeira vez em muito tempo, Charlotte teve um desejo súbito de recuar daquele lugar e se isolar em seu quarto, sem que fosse obrigada a encarar a presença de nenhum daqueles seres humanos.

Não teve coragem de recusar o presente de Katherine quando este foi proposto. Tudo que a rainha quis foi lhe conceder um objetivo e tirá-la do confinamento, obrigando-a a interagir com outras pessoas envolvidas no ramo medicinal. Mesmo que não tivesse pedido por isso, Charlie não via alternativa a não ser aceitar e evitar encarar a presença de Lothar por algumas horas diárias.

— Seja bem-vinda, Vossa Alteza. — Uma jovem gentil, que provavelmente percebeu o quão nervosa estava, a cumprimentou. Deveria ser um pouco mais velha e parecia experiente com o trabalho naquele ramo. Sua pele era morena e os cabelos eram negros como o carvão. Os olhos variavam entre o vermelho e o castanho, uma cor um tanto diferente, mas ainda assim bonita. — É um prazer ter a oportunidade de trabalhar ao seu lado. Meu nome é Diana e sou uma das auxiliares nos serviços, assim como você será, de início. Com o tempo, poderá adquirir mais conhecimentos e trabalhar de outras formas.

— Obrigada, Diana. — Charlotte estendeu a mão para cumprimentar a moça. Não via diferença nas pessoas, mesmo que muitos ainda seguissem as raízes de seus antepassados e permanecessem com preconceito dos pobres e de classes econômicas diferentes. A desigualdade social em Arroway era grande, mas a princesa não concordava com a discriminação. — Confesso que estou um pouco assustada.

— No início parece ser difícil, mas acostumamos com o tempo. É assim com todos os que começam a fazer parte de nossa equipe. Com nenhum deles foi diferente.

Esteve pela primeira vez naquele lugar quando era bastante pequena para se lembrar de tudo. A causa fora uma queda de cavalo e por pouco não havia fraturado os pés e ficado sem os movimentos. Depois disso, precisava frequentar as enfermarias durante outros momentos, principalmente quando Lothar a agredia e abria feridas em diversas partes de seu corpo, mas seus segredos não poderiam ser revelados, portanto, tudo o que fazia era controlar o sangramento e esperar a dor passar. Dor que, por dentro, era ainda maior, trazendo à Charlotte algumas tristes lembranças do passado.

No interior do local, encontravam-se várias camas encostadas às paredes, com tendas verdes que serviam como divisórias entre elas. A maioria das camas estava vazia, para alívio da princesa, que temia encontrar um grande número de feridos em seu primeiro dia de trabalho. Caminhando por um tapete e levando os olhos ao cenário inteiro, percebeu que parecia abandonado, pois não era feita uma reforma há tempos. Os móveis rústicos, apesar de limpos e conservados do melhor modo possível, precisavam ser trocados por novos. A situação era complicada e, agora que faria parte do grupo, batalharia para que as melhorias finalmente acontecessem.

Os outros funcionários do ramo medicinal estavam no fundo, que era exatamente a direção para onde as duas caminhavam. Eram todos indivíduos do sexo masculino, de modo que Diana e Charlotte fossem as únicas mulheres que trabalhariam ali, com exceção das parteiras que apareciam quando era necessário.

Nas camas ocupadas jaziam três crianças, uma em cada. Destas, somente uma estava acordada. Um pequeno garotinho careca, que era extremamente ossudo e tinha a pele branca como o leite repleta de manchas avermelhas e bolhas grandes que tornavam sua aparência pior. Seus olhos arregalados imploravam por ajuda. Desesperada, Charlotte se aproximou do médico que estava ao lado.

— O que ele tem?

— É uma doença contagiosa que foi passada entre os três, afetando os nervos a pele. Houve sangramento nasal. Examinando seu corpo, acreditamos que seja lepra e o estado é avançado... Ele não tem muito tempo de vida.

Lepra... Uma das piores doenças que poderia se contrair em Hastryn. As crianças que as adquiriam eram obrigadas a utilizar roupas avermelhadas diferentes das demais, para sinalizarem a contagiosidade e impedir que outros indivíduos se aproximassem e pudessem ser afetados.

Charlie se aproximou e tomou cuidado para não realizar nenhum contato físico com o menino, mas estava apavorada por dentro. Algo em seu subconsciente dizia que enfrentaria pelo menos uma morte por dia, e não sabia se estava preparada para isso.

— Meu amor, vamos conversar um pouquinho. Você acredita no paraíso? Aquele que aprendemos desde pequenos sobre onde iremos depois de nossa vida?

A criança assentiu.

— Acredite em mim... Sei que é difícil, mas precisa ser forte. Os deuses sabem o que estão fazendo e irão cuidar bem de você. Há um canto especial somente seu lá em cima.

Distraiu-se por alguns minutos, tentando confortar da melhor forma possível o coração daquele ser. Mensagens boas, capazes de acalmá-lo um pouco. No entanto, algumas horas depois, o menininho faleceu.

...

No fundo da ala hospitalar, ficava um grande armário de madeira, repleto e inúmeros objetos utilizados para a realização de cirurgias, frascos de antídotos cheios e vazios, além de livros cuja temática principal se tratava de estudos relacionados às plantas de Hastryn do Norte para a preparação de novos remédios e medicamentos. Charlotte teve um grande desejo de absorver absolutamente todo o conteúdo daqueles livros, para que pudesse salvar muitas vidas.

— Diana, preciso estudar passo a passo as ervas que possuímos. Levarei um destes exemplares comigo e o devolverei ao armário assim que tiver completado a leitura. Prometo que será rápido.

— Alteza, leve o tempo que for necessário. Praticamente todos nós já temos em mente a prática utilizada para preparar os antídotos e será de grande ajuda mais um membro eficiente em nossa equipe. Inclusive, existem algumas doenças intratáveis e ninguém foi capaz de encontrar algo que possa curá-las.

— Prometo que farei pesquisas e tentarei descobrir os métodos. — Charlotte encerrou aquele assunto, fazendo uma pergunta que ansiava pela resposta desde que pisara ali naquele dia. — Diana, desde quando trabalha aqui?

— Faz menos de um ano. — Ela respondeu, com sinceridade. — Venho de uma família de escravos libertados que precisava de trabalho e condições de sustento. Mesmo que nosso trabalho não seja assalariado como os outros, tive grande anseio para ajudar a salvar vidas de algum jeito.

Escravos... Charlotte não poderia imaginar.

No passado, alguns proprietários importantes de terras simplesmente se sentiram no direito de raptar membros das famílias pertencentes às classes mais pobres. Algumas destas pessoas se tornaram refugiados e conseguiram escapar, abrindo mão de suas moradias e passando a viver como nômades nas florestas. Outras, acabavam sendo assassinadas no meio do caminho. Houve inúmeras revoltas, até que o movimento escravocrata finalmente chegou ao fim. Mesmo com a libertação, muitas famílias escravizadas tiveram dificuldades para voltar a fazer parte do mercado e das profissões. Dificuldades que existiam até aqueles dias.

— Isso é admirável! Outras pessoas poderiam compartilhar do mesmo pensamento e se dedicar mais em prol de uma melhor saúde para o povo. — Viu-se de súbito pensando no próprio pai, que causava assassinatos por onde passava e se divertia com isso. Um ser humano triste, que não possuía ambições além de provocar destruições por onde passava. — Imagino a vida difícil que sua família teve... Jamais suportaria se a escravidão permanecesse até os dias de hoje em Hastryn.

— Graças aos deuses, não existe mais. No entanto, infelizmente, ainda ocorre com frequência nas Ilhas Grimwerdianas. Sofro pensando em como é o cotidiano dos que nasceram e ainda moram lá. Espero que um dia a abolição chegue àquelas terras.

— E existe alternativa a não ser acreditar? Fé é tudo que nos resta! — Estava realmente envolvida na conversa. Acreditava que as duas seriam boas amigas, o que seria ótimo para a princesa. — Bom, preciso retornar ao castelo e ter uma boa noite de sono. Amanhã, estarei aqui após o amanhecer. 

Durante a noite, não conseguiu dormir. Virava-se para todos os lados e ficava em várias posições diferentes, procurando uma que não a incomodasse tanto. Mas sua inquietação falava mais alto e a impedia de cair no sono.

Resolveu se levantar e sentar em uma poltrona, apoiando o pesado livro sobre as pernas e buscando ansiosamente conhecer um pouco do conteúdo das páginas. Aquele exemplar não falava apenas de plantas e de antídotos, mas também citava algumas doenças existentes na realidade em que viviam. Algumas ocorrendo com mais frequências do que as outras.

Não havia somente doenças presentes no papel, mas quaisquer causas de morte no geral. Charlotte fixou os olhos na página que citava os partos de risco ocorridos nos castelos e vilarejos.

“As parteiras são consideradas figuras de grande importância no meio medicinal, pois, além de trazerem as crianças das mulheres gestantes ao mundo, também providenciam batismos emergenciais para que os bebês com risco de morte possam ser levados ao mundo do paraíso. As mães devem confessar seus pecados nos casos de morte para assim não comprometer sua alma e a do filho que espera.”

Uma figura ilustrava o assunto, mostrando uma senhora de idade com vestimentas encapuzadas que cobriam todo o corpo com exceção de seu rosto rechonchudo e simpático. Estava ao lado de uma jovem moça em trabalho de parto, o que trouxe a Charlie pensamentos sobre Lucy.

— Mamãe, queria tanto conhecê-la. — Falou, sozinha, encarando a bela pintura que havia sido pendurada em uma das paredes de seu aposento. — Espero que, aonde quer que esteja, fique orgulhosa do caminho que estou disposta a seguir para honrar o seu nome.

Focou na leitura, espantando-se com o que encontrou logo após o texto anteriormente lido. Releu o trecho três vezes, para que tivesse certeza de que realmente não estava errada.

“Quando ocorrem problemas durante o nascimento de um bebê, como uma posição invertida, algumas parteiras viram a criança no interior do corpo da mãe e conseguem retirá-la. Entretanto, outras sem o mínimo de preparação sacudiam os colchões com o intuito de fazer o pequenino ser retomar a posição correta. Caso o filho morresse, seria cortado em pequenos pedaços no interior do próprio útero e, com o auxílio de uma pinça, todos eram retirados, junto com a placenta.”

Charlotte não fazia ideia de nada daquilo, pois nunca presenciara o nascimento de ninguém. Desconhecia a dificuldade que alguém teria em realizar seu primeiro parto, concluindo que sua vez não seria dali a muito tempo. Estava sendo desafiada pelos deuses e cumpriria aquela missão com êxito.

...

A habilidade foi colocada à prova em um momento tenebroso em que as parteiras mais experientes não estavam presentes. Uma moça jovem estava no fim de sua gravidez e começou a ter contrações fortes. Charlotte foi chamada imediatamente para atendê-la. Graças aos deuses, tudo havia dado certo e tanto a filha como a mãe permaneceram com vida.

Em cerca de três meses, já havia dominado a prática de ajudar a trazer crianças ao mundo. Poucas foram as vezes em que presenciou mortes, pois sempre tomava os devidos cuidados para evitar a ocorrência destas.

Por outro lado, Charlie não havia aprendido completamente a produzir os antídotos presentes nos livros, sempre dando o mínimo de atenção possível para o assunto. Preferia supervisionar os pacientes e conversar com eles, tentando diminuir o pavor daqueles que corriam riscos graves. Costumava ser gentil e atenciosa, contando história para velhas crianças e, quando possível, colocando esperanças nos mais velhos.

— Você era o que faltava para que a equipe ficasse bem organizada e os adoecidos pudessem ter tratamentos mais adequados e dignos. — disse Diana, que estava realmente se tornando uma amiga próxima. Charlotte pediu para ser chamada pelo próprio nome, preferindo abrir mão dos rótulos impostos pela família real do norte. Queria ser respeitada e valorizada como a pessoa que era, não por estar em uma posição maior do que os outros. — As reformas deixaram tudo mais confortável para eles.

— Depois de tanto insistir, finalmente consegui convencer Rei Lothar a construir uma ala hospitalar mais adequada. As condições estavam péssimas! Teria feito isso muito antes se tivesse consciência dessa gravidade.

— O importante é que está conosco e juntos lutaremos para ajudar aqueles que necessitarem.

Naquela noite, um homem foi até o hospital no momento em que Charlotte estava se despedindo dos funcionários. Implorou para que pudessem ajudá-lo com sua esposa, que aparentava ser portadora de uma doença contagiosa. Ela o reconheceu como Ulrick Yorkan, aquele que havia conduzido Katherine até o altar no dia de seu casamento.

A médica se prontificou a atendê-la e foi acompanhada por Diana e outros dois membros do grupo. Os rapazes carregavam bolsas com antídotos especiais.

Chegaram à residência. Era uma casa grande e espaçosa, com uma sala de estar larga e móveis rústicos bem construídos e decorados. Ulrick os guiou até o quarto. Observando o estado da mulher, Charlotte retirou da bolsa uma de suas máscaras, elaborada justamente por conta da grande quantidade de doenças contagiosas que se proliferavam naqueles tempos; no interior do nariz alongado, descansavam essências como baunilha e açafrão, além de pétalas de rosa e jasmim, todas misturadas para que purificassem o ar que a médica respirasse e não a contaminasse também.

“Pobre mulher... Deuses, por favor, proteja sua vida e façam com que essa ainda não seja sua hora de partir. É mãe de duas crianças que precisam ser criadas e guiadas de um jeito que nunca fui. Não tire isso deles. É com muita compaixão que faço esse pedido!”

— Esther sentia um frio incomum, mas pensávamos que era por causa do clima no geral. — Ulrick falava, explicando o que a levou a ficar naquele estado horripilante. Estava extremamente magra, como se não se alimentasse há dias. — O inverno atacou a todos e não tínhamos ideia de que com ela poderia ter sido algo diferente e pior... A febre chegou e ela não parava de suar. — Seu nervoso era perceptível conforme dizia as palavras, atropelando-as. — Perdeu peso e passou muito mal, pois não sentia fome. E também teve dificuldades para respirar.

— Deveria ter nos chamado muito antes! — Charlotte protestou, inconformada com o que ouvia e tamanha irresponsabilidade por parte do casal. — Ela precisa urgentemente ingerir um de nossos antídotos. Diana, o de beladona, por favor. O maior frasco que tivermos.

— As tosses ficaram mais intensas e passaram a conter pus e sangue. Foi quando nos preocupamos de verdade e vimos que precisávamos tomar mais cuidado. Desde então, evitei o contato físico.

Diana trouxe o remédio, enquanto Charlotte colocava luvas nas mãos. Aproximou-se da paciente e colocou delicadamente a mulher sentada e encostada na cabeceira de madeira. Em seguida, inclinou o recipiente de vidro sobre sua boca, deixando que ingerisse boa parte do líquido.

— Isso irá reduzir os suores e amenizar a dor. Vamos deixá-la descansando e esperar fazer efeito. — Dito isso, a médica foi para o lado de fora, sentando-se em um banco de madeira e fitando o céu, enquanto os outros permaneceram lá dentro. Não reparou quando Ulrick se aproximou e ficou ao seu lado. Gritou de susto.

— Desculpe-me por ter aparecido de surpresa... Gostaria de agradecer por tudo o que fez.

— Ajudaria qualquer pessoa que precisasse. Agora, devemos rezar para que sua esposa consiga resistir e suportar a doença. Caso tivessem me procurado antes, os resultados poderiam ser outros.

— Acredita mesmo que ainda há chances? — Seu olhar e seu modo de falar demonstravam a falta de esperanças. Charlie colocou a mão em seu ombro. — Já morreram tantos...

— A vontade dos deuses independe do que pensamos. Se eles quiserem, assim será, não importam as circunstâncias. Foram poucos os casos, mas pessoas já sobreviveram em doenças piores.

— Você tem um bom coração.

No fundo, as palavras da princesa não eram verdadeiras, mesmo sendo ditas com grande esforço para colocar um pouco de fé no homem. E tudo foi exatamente do jeito que esperava que acontecesse. Ela sabia que Esther poderia morrer a qualquer momento, mas as chances não eram completamente impossíveis. Enquanto permanecesse respirando, sua fé de que conseguiria a cura não seria abalada.

Todavia, para a tristeza de todos, Esther não resistiu.

Ulrick e seus filhos sentiam uma dor profunda, impossível de ser descrita com palavras. As crianças não deveriam ter muita noção sobre o dilema de vida e morte, pois ainda eram pequenas. Apenas veriam a mãe dormir para sempre e nunca mais direcioná-las um olhar de amor ou colocá-las para dormir, beijando suas testas ou impedindo-as de sentirem medo do escuro. Uma perda que mudaria para sempre o destino da família Yorkan.

Charlotte se colocou no ponto de vista de Elizabeth e Richard, imaginando como seria o futuro deles dali para frente. Ulrick era um bom pai e saberia como cuidar deles se soubesse lidar com a falta de Esther. A jovem iria ajudá-los sempre que fosse possível.

...

Estava há dias sem se comunicar com Katherine.

Apenas via a madrasta à distância e ambas estavam envolvidas com suas responsabilidades, que não eram poucas, e sem tempo para sentarem juntas e conversar sobre as novas notícias que faziam parte do dia-a-dia nortenho.

Reuniu-se com a mulher para tomarem um café no fim de uma tarde, pois estava se dedicando ao máximo na enfermaria e não tinha muito tempo para ficarem juntas durante a manhã. Nos últimos meses, a rainha ficava cada vez mais presente no castelo e Charlie a via como alguém da família. Algo semelhante à uma irmã mais velha. A irmã que nunca tivera.

— Sinto muito pelo que houve...

— Fico me sentindo impotente e inútil a cada morte que passa pelas minhas mãos, Kath. É como se fosse por culpa minha o fato de ela não ter sobrevivido.

— Sabe que não é. As pessoas morrem todos os dias e não há nada que possamos fazer para impedir o destino delas quando já está pronto. Tenho certeza de que você fez o que pôde.

— É tão complicado... Como foram seus últimos dias?

— Tenho sentido tonturas o tempo todo. — Katherine revelou, colocando os braços sobre a mesa de vidro e apoiando a cabeça sobre as mãos. — Quase sempre.

— Vou preparar medicamentos para o caso de ser algo mais grave. — Jamais cometeria o erro de Ulrick de deixar se passasse tempo demais. — Tem passado mal ou sentido muitas dores?

— Dores de cabeça e muito cansaço. — Katherine falava como se não compreendesse aqueles sintomas, mas Charlie sabia que não era essa a questão. — Também sinto mais fome do que o normal, desejando que as cozinheiras preparem inúmeros alimentos que não temos o hábito de comer. 

— Nós duas sabemos o que está acontecendo e é muito simples. — Em meio ao caos daquela semana, Charlotte conseguiu sorrir e ficar um pouco alegre. — Em breve teremos um novo príncipe ou uma nova princesa.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
A personagem teve um maior crescimento? Ou continuou no mesmo nível de antes?
Palpites para o futuro?



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