Premonição: A Quarta Parede escrita por Állef Câmara Silva, Emmanuel Fernandes
Notas iniciais do capítulo
Desculpas pela demora pro capítulo ser postado, estava sem tempo e também não tinha tantas ideias pra esse capítulo, espero que compreendam!
Passa-se um tempo e chega ali um policial, este observa a cena e pensa ''Como isso pôde acontecer?'', então decide perguntar ao primeiro que ele visse pela frente, um homem que aparentava ter quarenta anos.
– Você poderia me informar o que aconteceu aqui?
– Não faço a minima ideia, estava sentado no banco, e de repente ouvimos barulhos, passou uns segundos a bailarina parece que escorregou e ai rolou escada abaixo. - O homem responde a ele.
– Obrigado.
Nesse momento uma criminalista chega em seu carro, rapidamente sai dele e olha para o grande edifício. Ela entra no local e encontra um policial que a esperava, ele parecia assustado com a situação.
– Ainda bem que você veio. Nunca vi um caso tão estranho como este. Perguntei a um homem o que ocorreu no local e ele me disse de um modo que parecia que morreu de força sobrenatural, como se a própria morte tivesse vindo buscar.
O policial passa as informações para a criminalista sem detalhar quase nada, por não ter um estômago que aguente uma coisa do tipo que aconteceu. A criminalista percebe, ao olhar para ele, que o policial estava com um sorriso forçado no rosto, um truque comum para disfarçar a ânsia de vômito.
Charlie chega ao teatro junto com Hellen e ficam horrorizados com a cena.
– Meu Deus. – dizia ele colocando as mãos no rosto.
– Novamente não chegamos a tempo. - Helen diz.
– A morte está ficando pior a cada vez que passa. – Charlie diz.
Nesse momento Nicholas chega ao teatro carregando Alice.
– O que aconteceu aqui? - perguntou o policial.
– Chegamos aqui agora também, e nos deparamos com a Alejandra morta ali no palco. – Charlie falou.
– O que aconteceu com a Alice? – Helen pergunta.
– Ela torceu o pé... - Nicholas diz.
– Enquanto vinhamos correndo. – Alice complementa.
– Ah, sim. – Helen disse.
Nesse momento Paul chega.
– Sabia que isso ia acontecer. - Paul diz.
Paul, Nicholas, Alice, Charlie e Hellen retornam ao Hotel no carro de Paul, ao descerem do carro eles entram no edifício.
– Quem é o próximo? - Paul pergunta.
– Você e o Nicholas, mas como já te disse, vocês dois morriam ao mesmo tempo, então desta vez será um pouco mais difícil deter a morte. - Charlie responde.
– Se eu posso morrer a qualquer momento, vou aproveitar cada momento com minha amada. - Nicholas diz e beija Alice.
Charlie aproveita a situação e beija Hellen. Paul simula uma tosse para atrapalhar o beijo dos dois casais e isso os faz parar.
– Gente, sou o único solteiro por aqui. - ele diz.
– Se é esse o problema eu tenho uma amiga que mora aqui perto. Se quiser chamo ela pra conversar com você ai quem sabe não rola nada entre vocês dois. – Alice diz.
– Namorar é tudo de bom. – Hellen diz.
– Ainda mais com você. – Charlie diz.
– Awwl, seu fofo. – a namorada do adolescente fala.
– Eu ainda estou aqui. – Paul fala.
– Por que você não vai pra casa, toma um banho e se arruma? – Nicholas pergunta. – Ai a Alice chama a amiga dela e fica tudo resolvido?
– Você está certo, então vou indo, tchau pra vocês.
– Tchau. – todos respondem.
Paul sai do hotel e entra em seu carro, ele acelera e desaparece da vista dos seus amigos.
– Amor, vamos pro nosso quarto que vai passar um filme jajá. - Helen diz.
– Ok, e nós vamos ficar juntinhos debaixo do edredom, coisa melhor não há. - Charlie diz.
– Olha lá o que vocês vão fazer, hein? - Nicholas diz.
Os adolescentes riem e Charlie diz:
– Cara, o que você pensou nós não pensando nisso não, mas se tiver de acontecer acontecerá.
– Sei, já tive a idade de vocês, vocês não me enganam não. - o policial fala, com bom tom de humor.
– Deixa eles e vamos aproveitar que vamos ficar sozinhos aqui. - Alice diz.
– Você está certa, então tchau jovens. Juízo, hein? – Nicholas diz.
– Tchau. – dizem Charlie e Hellen, e entram no elevador.
Paul está no seu quarto e lembra da última vez que havia beijado alguma mulher, no ano anterior algumas semanas antes de irem aquele teatro, e em sequência lembra da noite de amor que tivera, estava com saudades daquilo, quem sabe agora não aconteceria novamente com a amiga de Alice. Charlie e Hellen entram no quarto dos dois e logo Hellen liga a TV.
– Ainda não começou o filme.
– Vou aproveitar e fazer uma pipoca. - Ele acende o fogo ao dizer isso e coloca uma panela.
– Boa ideia, aproveita e faz um suco também.
– Ok, my flower. - ele diz e pega o milho e alguns saquinhos de suco - De qual sabor vai querer?
– Tem qual ai?
– Caju, uva, laranja e limão.
– Faz de laranja.
– Ok, mas vou fazer a pipoca primeiro.
Charlie pega o óleo e o derrama na panela, e joga o milho, do nada vem um vento no quarto.
– Que vento foi esse?
– Também não sei, a janela está fechada. – Ela fala, mas repara que a parte de cima não estava. – Ah, é porque a parte de cima da janela. – Ela vai fechar mas voa um papel com a letra P e em sequência outros três papeis, um com a letra A, o outro com a letra U e o outro com a letra L, incrivelmente estes caem no chão formando Paul. – Amor vem cá.
– O que foi? – diz Charlie.
– Olha isso.
Charlie abaixa o fogo e sai da parte da cozinha para a parte do quarto.
– Caramba. – diz ele ao olhar – O Paul é o próximo.
– Mas ele já foi pra casa, e ainda no carro dele, e o Nicholas não tem carro.
– Vamos pedir pra ele ligar pro Paul e avisá-lo que vai morrer.
– Ok.
Ao saírem do quarto, algo faz o fogo ficar mais volumoso, os jovens entram no elevador, eles descem, mas Nicholas e Alice não estão mais lá.
– Puts. – Helen diz.
– E não sabemos onde que o Paul mora também.
– Você tem o número da Alice ou do Nicholas?
– Tenho.
– Liga para um dos dois e fala pra avisarem pro Paul.
– Ok.
Então Charlie pega o celular e disca o número de Nicholas primeiro.
– Deu caixa postal o do Nicholas.
– Tenta o da Alice agora.
Ele disca o número da Alice, mas está desligado.
– Desligado.
– Agora não tem nada que possamos fazer.
– E também não dá pra assistir filme com isso na cabeça. Vamos ficar aqui e esperar Nicholas e Alice chegarem e torcermos pra chegarem rápido e pro Paul não morar longe daqui.
– Poderíamos fazer isso, mas você deixou o fogo acesso lá com a pipoca.
– Meu Deus, então vamos subir logo.
Eles entram no elevador e vão até o quarto, e sentem cheiro de queimado na panela. Charlie vai correndo até a cozinha, quando ele está chegando lá, esbarra na geladeira e uma panela que estava em cima dela cai em cima da panela queimada, Helen grita, queda da panela em cima da outra a faz arremessar numa velocidade atravessando a cozinha e o quarto e quebrando o vidro da janela, a panela começa descer, Nicholas e Alice passam pelo local, a panela desce cada vez mais rápido, Nicholas olha para o alto e ao perceber que a panela irá atingir Alice grita ''Não'' e a empurra, a panela cai perto dela.
– Caramba, isso foi por pouco. – diz a recepcionista.
– Ainda bem que eu vi a tempo, mas não entendi o porque disso se você nem está na lista. – diz o policial.
– Falaremos com o Charlie sobre isso.
Paul chega em casa, entra no banheiro, abre a torneira para encher a banheira, ao enchê-la, ele tira a roupa e a joga, a camisa acaba indo em cima da pia onde está um secador, mas ele não liga, se deita na banheira e começa a se ensaboar. No Hotel, Nicholas junto com Alice bate na porta do quarto de Charlie, ele atende rapidamente.
– Nicholas.
– Aconteceu uma coisa muito esquisita agora pouco. – Nicholas diz
– Ok, entrem.
O policial e a recepcionista entram no quarto.
– Antes de vocês falarem o que aconteceu tenho que te dizer uma coisa, o Paul vai morrer hoje. – Charlie diz.
Paul sai de dentro da banheira e se seca, ao pegar sua blusa o secador acaba indo junto, o acerta no peito e ele com o susto dá um passo pra trás e cai dentro da banheira, pro azar dele o secador bateu no pé dele e também caiu pra dentro da banheira, ele é eletrocutado. Seu corpo remexe no fundo da banheira em espasmos até que ele para, e permanece flutuando na água.
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