Katrina escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 3
O rei enlouqueceu


Notas iniciais do capítulo

Pessoal! Acho que não estão gostando muito, não é? Diz aí! O que eu posso melhorar?



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N: Katrina.

Acordei disposta, mesmo depois de meu sonho ter sido composta por lembranças de meu desprezível ex-noivo, mas não negava ainda sentir algo por ele.

Sonho on:

Era uma bela tarde. Eu sentia-me vingada e satisfeita. A justiça seria feita. Loki estava sendo julgado pelos crimes que cometeu na Terra. Eu estava ao lado de Frigga, que disse com decepção:

– Loki.

– Olá, mãe. Ficou orgulhosa?

Me segurei para não rir. Sério que ele ainda pergunta? Ela prossegue: - Por favor. Não torne tudo pior.

– Defina pior. - ele pede e ela permanece calada.

– São justamente nessas horas que sinto um enorme alívio em ter rompido tudo entre nós. - eu comento.

– Vejo que ainda sente algo por mim! - ele disse, me enfurecendo.

– Me poupe de palavras tão tolas, Loki.

– Me diga a verdade: ainda me ama?

– Chega! - interrompeu Odin - Falarei com o prisioneiro sozinho.

Eu e a rainha nos retiramos e, já distante, eu comento:

– Como eu queria estar lá. Ver ele pagar por todos os erros que cometeu. Me sentir vingada. Mas do que já me sinto.

– Katrina, você sabe que não deve guardar rancor.

– Não guardo. Apenas fico feliz pelo destino que ele recebeu.

Sonho off.

Não direi que me afastei muito. Fiquei lá tempo suficiente para ouvir algumas coisas, mas o sonho acabou por ali. Eu logo me vesti e saí. Como sempre, eu precisava fazer algo muito importante na Terra. Preparei uma sesta com frutas e um bilhete escrito em japonês. Fui até Heimdall como de costume fazer uma visitinha.

– Bom dia. - eu digo.

– Bom dia, lady Katrina.

– Como está a garotinha órfã?

– O de sempre: sozinha, com fome... te esperando.

– Foi o que vim fazer aqui.

– Creio que Odin não saiba...

– Ela não tem ninguém. Eu preciso ajudar. - o interrompi.

– O Pai de Todos não precisa saber, não é?

– Como sempre.

“Pai de Todos”? Detesto esse termo. Então, Heimdall me enviou à uma pequena vila no Japão, onde havia uma pequena garotinha chamada Kazume. Ela era órfã e não tinha ninguém. Morava na rua, não tinha nem amigos e só não passa fome porque eu sempre lhe trago alimento e bilhetes de consolo e motivação.

Eu a vi de longe, coloquei a sesta e assoviei para chamar sua atenção. Kazume viu a sesta, mas como sempre, não me viu. Apenas pegou as frutas e leu o bilhete, que dizia: “Nunca desista de viver. Com amor: Katrina”. Ela nunca me veria, mas saberia se um dia Odin permitir que eu a leve para Asgard.

Me afastei de onde eu me escondia e Heimdall me levou de volta. Chegando lá, ele avisou que o rei queria falar comigo a sós. Fui até ele, que como quase sempre, estava no trono.

– Mandou que me chamasse? - perguntei.

– Sim. Lembro-me que quase se tornou uma princesa. E você bem sabe que há pouco tempo que minha esposa, Frigga, se foi.

– Não gostaria de tocar nesse assunto. Eu era próxima à rainha.

– Ela era como mãe pra você, não é?

– O que quer comigo?

– Quero que se torne minha esposa.

“Mas ele enlouqueceu?” pensei confusa. Perante a proposta de ser rainha, eu poderia muito bem aceitar, mas não poderia dar a minha mãe em casamento a um homem como tal.

– Lamento, meu rei. Não posso.

Odin levantou-se de seu trono e disse: - Você é uma mulher adorável. Acha que não tenho conhecimento de suas viagens à Midgard? - odeio quando chamam a Terra assim - Da garotinha órfã?

– Achei que me impediria se soubesse.

– Por que eu faria isso?

– Então se encantou por minha bondade?

– Uma incrível qualidade.

– Mas por que eu me casaria com você, além, é claro, do trono de Asgard?

– Eu lhe daria a Terra de presente.

Me assustei. Sem dúvidas tinha algo muito errado com ele. Nunca faria uma proposta como essa. Estava, obviamente louco. Então, eu dei minha resposta:

– Não. Eu sinto muito, mas eu não posso.

– Katrina...

– Já disse que não.

– Vai se casar comigo por bem ou por mal.

Foi quando vi que era preciso fugir. Dei as costas e corri o mais rápido que pude. Odin chamou os guardas que me perseguiram pela ponte do Arco Ires. Pedi que Heimdall me mandasse à Terra e disse que o rei enlouqueceu.

Quando cheguei, me encontrei em um deserto. Aquele lugar não era o Japão. Mas eu conhecia aquele lugar. Era uma cidadezinha que Thor quase destruiu. Eu sabia que encontraria algum amigo dele lá. Vaguei por lá durante umas três horas até vir um carro vermelho e velho vir em minha direção. De lá, saiu uma mulher, que me olhou de cima a baixo e perguntou:

– Katrina?

– Oi, Jane!

– O que faz aqui?

– Tem algo muito errado acontecendo.

– Defina “errado”.

– Odin exigiu minha mão em casamento.

– Vamos para a minha casa.

Ela morava com os outros cientistas: Darcy, Iam e Erik. Eu precisava de roupas daquele mundo para me disfarçar, comida e um lugar para ficar. Onde Thor estava? Nova York. Assim que terminei de me vestir, Erik me perguntou:

– É a primeira vez que veste algo assim?

– Não é de longe minha primeira visita a esse mundo, mas é a primeira vez que uso algo do gênero. - eu disse, me olhando naquela calça jeans e blusa marrom mostarda (minha cor predileta).

– Se sente confortável?

– Não tanto quanto com o vestido que eu estava usando, mas é sim bem confortável. Agradeço.

Ian chega então perguntando: - De quem é aquele par de sais encima da mesa? - ele me viu e então perguntou - Katrina?

– Oi.

– O que faz aqui?

– Odin enlouqueceu. Eu estou...

Então ouvi a campainha tocar. Decido atender. Quando abri a porta...

– Agente Cléo Michell. Da S.H.I.E.L.D.

– Desculpe, o que?

– Com certeza você não é daqui. Quem é você.

– Katrina. De Asgard.

Ela sorriu e disse: - É por sua causa que estou aqui.


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Notas finais do capítulo

Comentem!