Katrina escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 15
Dividida.


Notas iniciais do capítulo

Agora que, graças a Deus, passei em matemática (ou “droguemárica”) estou postando um capitulo novo!!! Sentiram saudades? Espero que sim...



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N: Katrina.

Era incrível como conversávamos tranquilamente... exceto por Cléo, que ignorava e se esforçava para não dirigir a palavra a seu recém descoberto pai. Já Haimdall insistia em falar:

– Por favor, ousa-me. Sei que não consegue aceitar, mas eu te amo como qualquer pai ama sua...

– Você não é meu pai. Meu pai se chama Nick Fury.

– Nick é seu pai adotivo. Annie...

– Não me chame de Annie. Meus pais biológicos eram Margo e Tobias Michell. Meu nome é Cléo Michell.

– O que Lucy diria se...

– Lucy Queel está morta. - Cléo mantinha a frieza durante toda a conversa.

– Fico feliz que você não esteja.

Cléo quase sorriu, mas preferiu manter-se séria. Durante a discussão, eu e Steve conversávamos sobre muitos assuntos e trocávamos histórias divertidas. Um de seus braços estava ao redor de minha cintura e eu ignorava as lembranças de Loki quando era um homem bom.

– Então eu simplesmente tirei um pino que estava em baixo do mastro, fazendo ele cair, peguei a bandeira e fui até o carro. - ele contou.

– E você ainda era fraco?

– Sim! Mas eu nunca vi minha força como meu poder.

– Concordo. De que vale força, dinheiro ou todas essas coisas se não tem honra ou sabedoria?

– Você é uma mulher inteligente... digo, alienígena... digo...

– Não se preocupe! - interrompi o Capitão Enrolado - Não deixo de ser uma mulher!

– ... deusa. - aquela palavra me travou.

– Nunca. Fique com alienígena, mas me recuso a dizer tais coisas sobre mim.

– Eu sempre soube.

– O que?

– Teoria “Alienígenas do Passado”, do History Chanel. Os alienígenas visitaram e o povo intendeu tudo errado. Acharam que eram deuses, mas não passavam de uma civilização avançada de outro mundo. - interrompeu Zoe.

–Está pegando o bonde andando? Como dizem em algum lugar da terra, não lembro onde? - perguntei.

Ela dá dois toques com o dedo indicador na cabeça e responde: - Foi no Brasil.

Olho para Steve e respondo: - Minha capacidade de esquecer que ela lê mentes é impressionante. - ele ri - Sério! Essa é a terceira vez!

– Ah, Katrina... você é uma comédia.

– Para onde estamos indo? - perguntou Zoe.

– Bifrost - disse Haimdall.

– Não. Está anoitecendo. Vamos para a minha casa. - corrigi.

Ela não ficava muito longe. Também não era nem muito pequena e nem muito grande, mas era bem bonita e suficientemente aconchegante. A casa tinha dois quartos, já que um deles era do meu pai. Pedi que eles ficassem no antigo quarto dele para que eu pudesse dormir achando que nada daquilo havia de fato acontecido. Mas não aconteceu. Devo ser sincera: foi até melhor.

– Katrina? - Steve abre minha porta sem nem pedir antes.

– O que faz em meu quarto? - perguntei séria.

– Só quero conversar.

– Então pode vir.

Ele se sentou ao meu lado na minha cama e me encarou por alguns segundos. Depois disse:

– Esse foi o dia mais confuso da minha vida.

– Na verdade, dois dias. - corrigi. - Como estão os outros?

– Cléo disse que mesmo se tentar, não vai conseguir dormir. Zoe dorme como uma pedra e o outro...

– Haimdall.

– É, ele está na janela encarando o céu...

– Acho que está procurando algo. E você? Está bem?

– Sim... mas dês de que te conheci, não penso em outra coisa a não ser você.

Achei que meu coração pararia de bater. Ele havia me conhecido tão recentemente... mas Loki pediu minha mão no dia em que me conheceu... Porque eu nunca consigo um namorado de uma forma normal? Sempre tem que ser assim, tão rápido?

– Mas... como...?

– Também não sei. Só sei que você é uma das coisas mais maravilhosas que já me aconteceram. - ele coloca uma de suas mãos em meu rosto.

– Eu sei o que está sentindo. Sinto o mesmo por você. Eu acho isso tão repentino que... - ele começou a se aproximar.

– Katrina, apenas fique quieta.

– Steve... não...

Tarde demais. Seus lábios e os meus estavam unidos como se fossem apenas um... e eu não conseguia parar aquilo. Na verdade, me entreguei ao beijo de uma forma distinta de muitas das vezes em que era Loki no lugar dele. Quando consegui parar, respirei fundo e disse:

– Chega...

– O que foi?

– Não posso.

– Por que?

Houve um momento de silêncio. Não sabia qual a reação que ele teria ao ouvir que eu ainda estava apaixonada pelo meu maligno ex noivo. Ele respondeu por mim:

– Ainda está dividida, não é?

Fiquei calada por um tempo, mas logo respondi: - Se eu pudesse escolher, seria você. Mas também não o tiro da cabeça. - ele encostou minha testa na dele e acariciou meu rosto dos dois lados com as duas mãos. - Lamento, Steve.

– Posso cuidar disso.

– Não. Você não pode. Eu prometi a ele que não desistiria de nós dois.

– Ele não merece que mantenha sua palavra.

– Parte de mim concorda com você, já a outra... não sei dizer.

– Sabe porque não quis esperar mais?

– Fale.

– Quando tive a oportunidade de ter a mulher que eu amava, fui congelado por 70 anos e não aproveitei. Não quero que o tempo pra nós dois se esgote.

– Pode sair? Preciso pensar um pouco.

– Se preferir...

– Por favor.

– Estou indo. - ele se levantou e saiu.

Me deitei e pensei: “Onde estou com a cabeça?” uma parte se perguntou “Como pôde quebrar a promessa que fez à Loki?” e a outra parte se perguntava: “Como pôde recusar alguém como Steve?” e eu não sabia qual era a pergunta correta.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Fiz pensando na Mari Castelo! E se quiserem, podem ajudar Katrina a responder essa pergunta! Comentem!