N: Loki.

Quando acordei no chão depois do trauma que minha amada Katrina causou em minha cabeça, me levantei e fui até a prisão, onde vi que a própria tinha os libertado. Sai de lá e fui até a sala do trono, onde eu, novamente, me disfarcei de Odin e aguardei algum sinal deles.

Se cometi erros? Não os que você acha que eu cometi. Eu admito que nunca deveria ter forçado Katrina a se casar. Mas meu amor por ela, eu mesmo não controlava. Só queria seus lábios nos meus de novo. Mas ameaçar o mundo que ela amara? Não foi a atitude mais racional que já fiz. E finalmente um guarda do castelo vem a mim me alertar:

– Pai de Todos! Os prisioneiros fugiram.

– Então tragam-nos de volta.

– Sinto muito, mas há uma mulher de midgard entre eles. Tal é extremamente poderosa. Juro que nunca vi nada nem ninguém como ela.

– Saberia quem é?

– Eles a chamam de “Zoe”.

Nesse ponto do ocorrido, eu ainda não tivera o desprazer em conhecer Zoe, mas sabia que era uma ameaça em grande proporção para mim. Me levantei e disse:

– Ache um jeito de matá-la.

– Mas senhor...

– É o único jeito.

– É o que estamos tentando, mas nada funciona!

– Então tente de outro jeito.

– Suas feridas desaparecem muito rápido, e isso quando algo a atinge, o que já é difícil. E ela protege os outros. Se não dermos um jeito, os perdemos.

Pareceu-me que a mulher era realmente invencível. Mas não era ela quem eu queria. É Katrina quem amo. Então respondi:

– Não se preocupe com essa tal “Zoe”. Não é ela que queremos. Darei um jeito de ter Katrina de volta.

– Sim, meu rei. - ele diz, logo depois deixando a sala.

Eu tinha um plano, e a certeza de que iria funcionar.

Eu sei que para você, deve ser difícil compreender como alguém como eu me apaixonei por alguém como ela, se somos tão opostos. Deve ser de seu conhecimento que eu já disse muitas vezes (e ainda digo, porque acredito) que sou um deus. Katrina acredita que não, o que sempre me chateou. Não intendo o que acontecia comigo quando esta estava em minha presença, mas parecia que ela não se importava com o que eu pensava.

Eu e Katrina discutimos por muitas e muitas vezes sobre o que era verdade e o que não era. Ela tinha princípios e eu não podia tocá-la mais do que um beijo. O curioso é que mesmo ela insistindo que não éramos deuses e que só havia um, não conseguia deixar de amá-la.

Flashback on:

– Eu O vi com meus próprios olhos. Eu estava lá! Não foram boatos. Nós dois sabemos que visitei muito midgard ultimamente. - ela insiste.

– Aquilo foram apenas truques de um farsante!

– Truques de farsante? - até aquele momento, andávamos lado a lado, mas ela se virou e falou - Me desculpe, mas estou ouvindo quem falar tais coisas?

– Katrina...

– Loki, eu acredito em tudo o que eu vi lá. Nada vai mudar minha opinião.

– Por que ainda estamos juntos mesmo? - pergunto sarcástico.

Ela envolve seus braços no meu pescoço e responde de forma doce: - Porque ainda tenho esperança. Se não, já teria desistido do nosso amor.

– Não desista. - a abracei pela cintura - Isto é, desista se me fazer crer no que você crê. Mas nunca desista de nós dois.

Ela me beijou de forma rápida e disse: - Não vou desistir de nem um.

Flashback off.

Tenho razões para achar que o que me atraia nela era justamente sua persistência. Ela insistia que todos deveriam crer no mesmo que ela. Infelizmente, Katrina era a única em toda Asgard. Algumas vezes, ela se sentia tão só...

Lembro-me perfeitamente de quando ela me deixou:

Flashback on:

Eu havia acabado de salvar a vida de Odin das garras de lofey. Frigga, com a ajuda de Katrina, se levanta do chão e, acompanhada dela, vem na minha direção dizendo:

– Você o salvou. - e em seguida me abraça.

Ao nos afastarmos, Katrina também me abraça e eu digo a elas: - Eu lhes juro: eles vão pagar pelo que fizeram hoje.

– Sim, eles vão. - Katrina confirma me dando um rápido beijo nos lábios.

– Loki! - ouço Thor dizer na porta.

Eu não esperava que ele surgisse por lá. Tal havia sido banido!

– Thor! - disse Frigga, correndo para receber o filho. - Eu sabia que você voltaria para nós! - ela o abraçou.

– É bom vê-lo novamente! - disse Katrina indo até ele.

Thor vem em minha direção furioso e pergunta: - Por que não conta para elas? Que você mandou o Destruidor para matar nossos amigos e a mim?

– O que? - perguntou Frigga confusa.

Katrina correu em minha direção e deu um tapa no meu rosto. - Me diga que é mentira. - ela disse com raiva.

– Ele devia estar cumprindo a última ordem do nosso pai. - afirmei.

– Você é mentiroso, irmão. Sempre foi. - disse Thor.

– Que bom que voltou. - eu disse - Agora, se me dar licença, tenho que destruir Jotrinhen.

No momento que fiz Thor atravessar a parede, Katrina me segurou pelos braços e perguntou furiosa:

– Ficou maluco?!

– Você quer ou não ser rainha? - pergunto segurando seus cotovelos.

– Não se o rei for você.

Na hora eu estava furioso, então a arremessei longe. Mas antes de sair ela gritou:

– Loki! Não pense por um mero segundo que depois isso me casarei com você!

– Que assim seja. - respondi sério.

Flashback off.

Eu me arrependi de ter dito aquilo. Mas naquela hora, foi necessário. E o pior era que eu sabia que Katrina nunca iria me perdoar. Depois de ter essas lembranças, me levantei e resolvi respirar um polco, enquanto pensava no meu plano para ter Katrina de volta.