Perpétuas Mudanças escrita por Hunter Debora Jones


Capítulo 8
Cama de gato


Notas iniciais do capítulo

Olá vingadores, agentes, ou como preferirem...
Eitcha que hoje eu tô muito legal e vim logo postar! Oi?
Mais um capítulo chegando, espero que vocês gostem.
Mas antes eu gostaria de esclarecer uma coisa do capítulo anterior, eu fiz uma certa paródia inserindo Mia Jones e Natalie Clarke como amigas do colegial da Jessie, mas são personagens da fanfic da Hunter Pri Rosen que eu fiz só pra zoar. kkkk podem ir lá dar uma lida nas fics dela que são maravilhosas! Isso para quem ainda não acompanha.
Gostaria de dedicar esse capítulo especialmente a ela que me agraciou com uma bela recomendação nessa fanfic. Hunter Pri Rosen, já disse que God loves you? Pois é...
Por fim, é isso pessoal! Boa leitura!



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Depois de uma noite e uma manhã cheia de reviravoltas eu sou agraciada com um extraordinário hambúrguer, recheado com uma carne suculenta, algumas fatias de queijo cheddar, alface e tomate para completar com o seu pão tradicional para esta guloseima que dá inveja até nos deuses. Não duvidaria nada se me dissessem que o “Elemento X”, do desenho animado d’As Meninas Super Poderosas, fosse a receita de um hambúrguer. Porque sinceramente, em toda a história da humanidade, nunca fizeram nada tão simples e delicioso como um hambúrguer.

E é assim que me encontro, numa lanchonete comendo hambúrguer pela segunda vez seguida, e se tiver a chance, pedirei mais um assim que acabar este. Eu não engordo é por falta de tempo, porque se o trabalho não tomasse grande parte dele, a gula, com toda a certeza, me faria ser a agente mais gordinha da S.H.I.E.L.D.

Falando em S.H.I.E.L.D, isso me traz a desagradável recordação de como Steve, o magoado e apático Capitão Porto Rico (que irei importuná-lo chamando-o assim que tiver a primeira oportunidade), me tratou hoje mais cedo. Tudo bem que eu o enganei uma, ou duas vezes, e talvez tenha exagerado um pouco na mentira omitindo-a com verdades, mas o que eu poderia fazer? Eu tenho consciência de que o que fiz foi errado, e que até tenha abalado certa confiança que o Capitão tinha em mim, entretanto, eu estava cumprindo o meu trabalho, ordens são ordens e não poderia contar em hipótese alguma a ele que estava o vigiando, ele não entenderia, o seu comportamento de agora comprova isso. E eu não fiz nada de tão errado em omitir algumas coisas para o seu próprio bem, certo? Steve deveria ser um pouco menos rabugento, e mais compreensivo. Mas sabendo que se trata de um velho do período dos dinossauros, nascer de novo seria mais fácil do que fazê-lo mudar de ideia. Ele é um tremendo de um cabeça dura.

Sabendo disso, por que a imagem de sua indiferença para comigo não sai de meus pensamentos? E por que eu me sinto ligeiramente magoada, quando eu deveria apenas ignorar e seguir em frente sem me importar com isso? Por que tendo um hambúrguer em mãos, ainda me sinto perturbada por estes últimos acontecimentos? Quando foi que essa maré, de estupidez e azar, me atingiu que eu nem percebi?

— Hey, moça! — tentando me livrar desses meus pensamentos conflitantes, praticamente grito para a garçonete que me atendeu anteriormente, mas só noto quando ela para de supetão com um olhar sobressaltado me encarando.

Sorrio amarelo para ela. O que está acontecendo comigo?

— Deseja alguma coisa, senhora? — ela me pergunta hesitante, e eu só não a censuro pelo “senhora”, porque já dei um baita susto nela, e isso seria desnecessário.

— Sim. Você pode me trazer outro hambúrguer, por favor?

— Ahn, sim... — seu olhar é confuso e sua fala indecisa, o que foi que eu fiz de maluco e anormal dessa vez eu não sei. — É pra viagem, senhora?

— Não. — rio de sua pergunta. — Por que seria para viagem? Eu vou comer agora.

Um segundo, e uma confusão transpassa pelo seu rosto, e eu a ignoro. Essa garota deve sofrer de algum tipo de problema mental.

— E aí, como é que vai ser? — ela não toma nenhuma providência, o seu retardamento é excessivo e me faz perder a paciência. — É pra hoje ou como que é o negócio?! Eu tô com fome! — exclamo em reclamação.

Como mágica, isso faz a garota sair em disparada de diante de mim, eu só espero que ela traga o meu hambúrguer, pois minha fome ainda não foi saciada.

Noto que os olhares de alguns clientes da lanchonete estão pasmem e confusos fixados em mim. Bufo irritada, lançando um olhar irônico para quase todos os que me encaram. É o que eu sempre digo: pessoas são um saco.

Em menos de um minuto, a garota volta com o meu terceiro pedido. Posso sentir minhas pupilas se dilatarem ao ver sobre a mesa o que solicitei, sendo agraciada com a visão do maravilhoso hambúrguer. A garçonete sai sem falar nada, provavelmente com medo, suponho.

Meus olhos percorrem a mesa e não consigo reprimir a minha expressão de surpresa.

— Poderoso Thor... — murmuro dando por conta que ainda há metade do meu segundo hambúrguer intacto sobre outra bandeja. Como eu não percebi isso?

Meu coração se murcha de vergonha, não sei se é pela minha negligência ao hambúrguer, a minha falta de tato com a garçonete, ou se é pelo fato de me dispersar tanto assim.

Eu não entendo, tudo o que tenho certeza é que em toda essa vergonha eu comi o segundo hambúrguer apenas para que desse pra levar na mão o último que eu pedi, fugindo da lanchonete antes de depositar o valor dos hambúrgueres, mais uma gorda gorjeta para a garçonete, levando comigo o resto de minha destroçada dignidade abalada pela vergonha. Agora eu sei, eu deveria ter dito que era para a viagem.

Eu sempre usei o hambúrguer para fugir dos meus pensamentos conflituosos, por exemplo, como a maioria das pessoas devoram um pote de sorvete para se esquecerem de certa forma os problemas, no meu caso, eu uso o hambúrguer como o escape. Mas inexplicavelmente hoje, essa tática foi um fracasso. Eu sei que nunca me esqueço do que ocorre, mas sempre quando eu experimento um pedaço do meu manjar predileto, temporariamente, minha mente se esvazia e me sinto no paraíso. É um refúgio. Que hoje não deu certo, sendo que os pensamentos não me abandonaram e pelo contrário, me descontrolaram fazendo passar vergonha e até negligenciar um hambúrguer! Eu jamais teria feito isso, não mesmo, isso quer dizer que só há um grande culpado: Steve Rogers!

Um peso se choca contra o meu ombro esquerdo. Presumo uma trombada que não pude evitar, por que estava pensando no grande culpado de meus infortúnios. O velho (Steve Rogers), culpado de tudo.

— Desculpe. — giro o meu corpo já me desculpando com a pessoa com quem trombei, por algo que em minha mente é culpa de Steve.

No entanto, sou surpreendida ao ser derrubada ao chão, sentindo que algemas me prenderem os pulsos por trás. Não compreendendo nada que está acontecendo, não tenho nenhuma reação imediata.

Visualizando agora direito a situação, sou obrigada a ficar de pé sendo puxada por dois homens, trajados e uniformizados de preto com certas características em seus uniformes muito familiares para mim, embora, eu não reconheça as pessoas em questão.

— S.T.R.I.K.E?

Não recebo nenhuma resposta, sinto somente o cano frio de uma arma contra a minha nuca sendo segurada por um deles, e noto outro agente que também aponta sua arma para mim, só que na região do abdômen.

Seja qual for o motivo de me pegarem, eu já tenho uma sentença, e infelizmente o tempo que tenho é impossível para lutar contra o fato iminente que está selado para acontecer: minha própria morte.

Deixo que os meus olhos se fechem por fração de segundos, a espécie de um flash-back vem a minha mente, sem explicação aparente é a imagem de um Steve Rogers sorridente que vejo, porque não sei se é pelo fato de que o culpo de tudo, ou porque uma vez ele me salvou e agora não posso contar com isso, ou talvez seja por algum outro motivo desconhecido, mas seja qual for, eu agradeço, pois o seu belo rosto amigável e o seu sorriso vivente e contagiante é uma bela visão para se ter antes de morrer.

O som que espero da sentença é muito diferente da realidade da qual se faz:

— Aqui não. — uma voz masculina rosna em um murmúrio possesso. — Aqui não. — repete, retumbando as palavras em meus ouvidos, e então eu abro os olhos percebendo o motivo da ordem: há muitas testemunhas.

É um terceiro homem que fala, não membro da S.T.R.I.K.E, mas usando o terno padrão para agentes chefes de equipe da S.H.I.E.L.D. A cada segundo que passa, eu entendo menos o que está acontecendo. A dúvida dos agentes em cumprir a ordem do engravatado é palpável, mas acabam cedendo, e ambos abaixam suas armas, eu reprimo um suspiro de alívio.

— Levem-na para o Furgão. — diz o terceiro. Violentamente eles me arrastam até que entremos em um Furgão da S.H.I.E.L.D, não antes de eu já ciente e recomposta tentar inutilmente me soltar dos meus captores. Inutilmente.

Sou forçada a me sentar no assento do Furgão, o qual pelo padrão é muito usado para transporte de prisioneiros.

— O que está acontecendo? — pergunto finalmente. Nenhum “A” é dito, a não ser por mim. — Eu estou sendo presa, é isso?

Eles riem debochados, o Furgão finalmente se movimenta em curso de uma rota, quando presumo que o terceiro agente toma a frente da direção. Há somente três nessa operação se a minha percepção estiver correta.

Estou sendo presa? Essa é a minha última esperança, e olha que não é a melhor.

— Estou sendo presa? — repito não tão confiante, lembrando do momento anterior ao me arrastarem para cá. Tenho ciência que uma afirmativa para essa resposta é praticamente impossível, porque apesar de não querer aceitar, a verdade parece ser que a S.H.I.E.L.D. quer me ver morta.

— Cala a boca! — estronde um deles, sacando sua arma e já apontando para a minha cabeça. Olhando-me fixamente, ele pega o seu walkie-talkie preso em seu uniforme e começa: — Estamos com ela, não podíamos matá-la porque haviam muitas testemunhas no local. — informa. — Não vai precisar dela? Eu confesso que estou doido para estourar a sua cabeça com uma bala. — ele termina sádico.

— Não faça isso. — uma voz conhecida então por mim que responde. Brock. Ele sabia de tudo isso? Planejava ele também a minha morte? — Não por enquanto, talvez ela tenha alguma informação importante, ou possamos dissuadi-la.

O agente olha para mim com desdém, e por fim abre um sorriso que prenuncia coisas terríveis.

Se eu não estivesse algemada, cruzaria os meus braços depois de mostrar um esplêndido dedo do meio para ele, mas já que isso não é possível, me contento em apenas ignorá-lo.

— Certo... — ele abaixa a sua arma, acatando a decisão. — Não acho que isso possa acontecer, mas vou aguardar ordens.

Brock responde, mostrando nenhuma objeção à fala do sádico agente. O que só me dá a certeza de que me acusaram de algo muito grave, ou que a S.H.I.E.L.D. me quer ver fora de cena, por tempo definitivo, como a morte. Seria pelo motivo de eu ter omitido a verdade de Alexander Pierce? Chegaria eu, vista assim como uma ameaça de perigo para que já quisessem me matar, sem fazerem mais perguntas, tentando arrancar as respostas por diversos meios? A resposta óbvia: não, e infelizmente a única coisa plausível que explica tudo isso é que a S.H.I.E.L.D. quer mesmo me eliminar por causa de alguma tramoia planejada.

Armaram-me uma cama de gato.

— ... Conseguimos a localização do Capitão América e da Viúva Negra — as palavras de Brock chamam a minha atenção. Capitão? Viúva Negra? — em um local muito próximo de onde vocês estão, estamos todos indo para lá. Estou mandando a localização pra vocês agora.

A animação dos agentes é espantosamente genuína e unanime, o que eu não consigo entender. Capitão América, Viúva Negra... Os dois estão em uma mira eliminatória também? A coisa chega a ser pior que eu imaginava, e não quero acreditar que a S.H.I.E.L.D. é culpada de tudo isso.

— Teremos uma carnificina de heróis hoje. — promete um deles ao outro, a raiva se apodera de mim ao ouvir suas palavras, eu gostaria de ter o poder do Hulk para transformar-me em um grande monstro verde somente para destruí-los furiosamente, sem perdão.

— E ressurgiremos em grande estilo. — o outro brinda as suas palavras, com um sorriso traiçoeiro em seu rosto. “Ressurgiremos”?

E ambos conjuntamente exclamam, para a minha surpresa, mas para vários esclarecimentos, duas palavras: HAIL H.Y.D.R.A.

***

O Furgão para algum tempo depois de revelações tão bombásticas, ter desconfiado da S.H.I.E.L.D. foi um erro, mas daí a pensar que a H.Y.D.R.A. estaria de certo jeito de volta seria uma grande loucura, até mesmo para mim. Mas de maneira inevitável cheguei à conclusão que a H.Y.D.R.A. está de volta, ou talvez ela nunca se foi verdadeiramente. As palavras de Nick Fury agora fazem mais sentido do que nunca em minha mente. H.Y.D.R.A. estava viva por todo esse tempo? Dentro da S.H.I.E.L.D... Mas por que Fury sabendo disso não teria tomado providências? Ou isso seria apenas alguns seguidores desequilibrados obcecados com a política da H.Y.D.R.A?

— Coloque o ponto. — um deles diz ao outro, enquanto prepara-se para sair atrás do Capitão e da Viúva. O outro bastardo apenas assente, enquanto coloca o seu ponto no ouvido.

É iminente a raiva que cresce dentro de mim, e eles não fazem ideia da dimensão do perigo em que se meteram comigo. Eu posso ter travado por um momento, e até tido a estupidez de não lutar por minha própria vida, mas agora, estou desperta e com uma ira profunda e indomável como a de Hulk.

Eles pagarão por tudo que fizeram e prometeram fazer.

A porta do Furgão se abre, observo e constato que são apenas três deles como imaginara, quando o outro que anteriormente que “salvou” a minha vida, entra fechando a porta atrás de si.

— Soube que a loirinha tirou o bilhete premiado. — ele debocha dando-me atenção. — Talvez eu mereça um agradecimento especial, que tal? — meu estômago se embrulha com a sua insinuação de “agradecimento especial”.

O enfrento com expressão mortal.

— Vocês derrubaram o meu hambúrguer. — exponho lembrando-me, apertando o meu maxilar em cólera.

Nenhum deles diz nada, e a indiferença deles para esse fato é instigante para o meu “lado Hulk”. O homem que me dedica atenção, apenas ri, antes de ir carregar a sua arma e pegar o seu ponto o colocando no ouvido.

Ele volta aproximando o seu rosto perigosamente do meu.

— Com sorte, docinho. Muito em breve você não irá se preocupar com um hambúrguer, e com qualquer outra coisa. — ele segura o meu queixo atrevidamente, e eu me livro de seu toque com nojo. Ele ri, mas não se afasta.

— E vocês ameaçaram o Capitão. — revérbero o que ouvi anteriormente, vendo que já estão prestes a sair. — E a Viúva Negra. — completo.

— Você é uma garota esperta, docinho. — ele frisa a última parte, alisando o meu rosto com um sorriso bárbaro. — Se vier para o nosso lado, terá um grande futuro.

Eu rio espontaneamente zombeteira, ele se afasta diante de minha atitude.

— Deixe-me pensar. — finjo-me pensativa por um tempo, o encaro e digo: — Não.

— É uma pena, docinho. — diz ele. — Mas está certo, soube que na H.Y.D.R.A. precisam mesmo, do que rapazes? — ele pergunta, virando-se aos outros que dão de ombros. — Ah, sim! Algumas cobaias para experiências... — eles estrondem em uma gargalhada, ele reaproxima-se novamente, eu tento ficar o mais distante possível de sua presença repugnante. Então a sua mão nojenta para sobre o meu ombro esquerdo, quando o encaro com desprezo. — Fique tranquila, na H.Y.D.R.A. haverá sempre um lugar especial para você, docinho. Eu prometo.

A porta do Furgão se abre novamente pelo bastardo sádico que me atormentara antes, ele chama os outros para partirem e é a minha hora de agir.

Eu estendo em meus lábios um sorriso displicente para o filho da mãe que parece ter segundas intenções comigo antes que parta. Ele sorri diante de minha expressão, com certeza interpretando-a de forma errada.

Seu sorriso se desvanecerá em poucos segundos. Docinho, eu prometo.

Apoio as palmas de minha mão sobre o assento frio, tomando o impulso para acertar uma cabeçada no bastardo com minha própria cabeça, com o impacto a cabeça dele pende para trás. Ele está desnorteado, mas ao mesmo tempo age para pegar a arma que está no cós de sua calça, mas não rápido o suficiente. Os outros dois levantam as suas armas em minha direção, mas ligeiramente eu me levanto pondo-me de costas ao momento que passo minhas mãos entre a mão do engravatado impedindo-o que entre em ação com sua arma contra mim, e aproveitando assim para usá-lo como escudo. Tenho a sorte que os outros não atiram, porque correm o risco de acertar o seu parceiro, tratando-se da H.Y.D.R.A. eu não me surpreenderia se atirassem nele só para me matar. Mas hoje parece ser meu dia de sorte, mesmo com as controvérsias.

Minha luta é contra o engravatado já recuperado, que tem uma força absurda que eu tento resistir, dou graças a Deus ao notar que ele comete o erro de estar com o seu dedo muito próximo do gatilho. A minha ação tem de ser rápida, uma leve inclinação minha para o lado e o seu dedo fica por completo em volta do gatilho, que o uso traiçoeiramente para apertar o gatilho levando-o em uma direção certeira que o faço atirar contra os seus próprios colegas, sem erros. Um cai dentro do Furgão e o outro cai do lado de fora.

— Sua desgraçada!

O engravatado estupefato, e com ferocidade crescente, consegue se livrar de meu aperto sem que antes eu consiga quebrar o seu dedo, como planejava. A arma cai ao chão nessa sua empreitada e sou jogada descomunalmente ao chão do veículo. Estar ainda algemada me deixaria vulnerável para essa luta se eu não tivesse sido bem treinada durante toda a minha vida.

Estar de mãos atadas é apenas um detalhe.

Ele é mais rápido e quando me viro o fitando novamente, sua arma já está apontada para mim, chuto o cano da arma sem pensar duas vezes, mas ao mesmo instante a arma dispara atingindo-me de raspão no ombro esquerdo.

Não sinto a dor quando me ponho de pé, o desejo de vingança ainda toma conta de mim. Dou outro chute quando a sua arma se volta para a minha direção, só que dessa vez chuto com mais força, e a arma se solta da mão dele indo perigosamente pelos ares. Quando o baque da arma caindo ao chão é ouvido, se mistura ao som do disparo, que por sorte atinge ao meu adversário e não a mim. Ele se contorce levando a mão ao local atingido. Claramente atônito.

Quase tenho pena dele quando percebo onde foi atingido, quase. Tudo o que posso dizer é: “nádegas a declarar”.

Não deixo que a humilhação do meu adversário desvie-me mais a atenção, e enquanto ele está surpreso com sua própria desgraça, eu, velozmente desfiro uma joelhada contra a sua fronte o atingindo. É inacreditável, mas ele cai inerte no chão do veículo. Talvez o seu estado de estupor tenha o enfraquecido mais do que eu imaginava. Bem, sorte a minha.

Procuro as chaves das algemas nos bolsos da calça de cada um deles, que por leve azar só encontro no último bastardo, o sádico. Livro-me das algemas e tenho que ter o trabalho de carregar o corpo do bastardo para dentro do Furgão, mesmo agora sentindo o ardor em meu ombro que foi atingido de raspão.

— Equipe S.T.R.I.K.E. Brian, estão em posição? Por que não respondem no ponto? — no walkie-talkie retine a voz de Brock.

Olho para todos os corpos inertes, e me aproximo retirando o ponto do ouvido do qual está apenas desacordado, e tomo também o ponto de fala na parte interna de seu paletó.

— Desculpe, Brock. — respondo com a voz grossa, imitando o máximo possível o tom de voz do meu adversário azarento, torcendo para que Brock seja tão burro quanto eu idealizo que ele é. — Acabamos de chegar.

— Vigiem a entrada, caso eles resolvam sair por lá, vocês o surpreendem. O resto da equipe está perto. Esperem nós chegarmos, ouviu?

— Sim, entendido, Brock. — respondo ainda disfarçando a minha voz, sorrindo. Brock se mostra a cada momento um babaca de mão cheia, hoje com certeza deve ser o meu dia de sorte.

Saio do Furgão fechando a porta atrás de mim, mas não antes de algemar o meu adversário azarento caso ele acorde e resolva estragar os meus planos, e também não antes de cuidar rapidamente do meu ombro ferido.

A localização que Brock passou é de um cyber café em um shopping.

A minha missão é fortalecida mais do que nunca desde que Fury morreu. Agora eu entendo o que ele queria dizer, eu preciso encontrar o Capitão e protegê-lo, e a Viúva Negra também. É o meu dever, antes que eles sejam encontrados pela H.Y.D.R.A, apanhados e surpreendidos da forma mais desagradável. Hoje é o dia dos heróis serem salvos.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Amaram? Nem um pouco? Odiaram? Viajei além da conta?
Aqui claramente alguns fatos já são adiantados, tipo a H.Y.D.R.A. já se mostrando realmente. Agora como irei desenvolver isso, aguardem para ver... Muahahahaha.
Enfim, pessoal, espero que tenham gostado.
Comentem para eu saber a opinião de vocês, e convido mais uma vez aos fantasminhas a se manifestarem que eu não tenho medo nenhum :-P
Assim eu me sinto instigada e posto mais rápido (não é pressão, haha), e olha que já adianto que o próximo capítulo vai ser para quem queria logo ver Jessie e Steve juntos de um jeito romântico! Hein? Oi?
Sem mais spoilers.
Até as reviews, vingadores, agentes! Bjs.