Perpétuas Mudanças escrita por Hunter Debora Jones


Capítulo 33
Idiota apaixonada desiludida


Notas iniciais do capítulo

Olá, amigos vingadores, agentes, asgardianos, inumanos, mutantes e cia!

É, faz um tempinho já que eu não aparecia por aqui. Peço mil perdões por isso e sei que devo dar satisfações.

E lá vamos nós, em primeiro lugar eu tive um bloqueio, é, essa coisa chata que acontece a cada seis meses (ou semanas, ou dias, ou horas, às vezes segundos. Depende da 'sorte' da pessoa .-.) com a maioria dos escritores. E me pegou mesmo eu tendo um planejamento, e logo após quando consegui escrever me bateu a insegurança e eu escrevia um pouquinho e já mudava aquilo no dia seguinte, eu cheguei a definir um capítulo, mas lá veio a bendita da insegurança.

E somando a isso, tive problemas pessoais que me deixaram desestimulada, o que eu diria também como o fundo do poço da depressão. E isso foi o que me deixou mais afastada até de passar os olhos no documento do capítulo no Word. A Pri, minha mishabeta sabe disso, e coitada, tentou me incentivar de todas as formas para retomar a escrita... Eu tive alguns probleminhas de saúde também, claro que nada grave, mas que não pude me concentrar para escrever.

E somente depois desse longo recesso, eu tomando o controle, mantendo o foco (como diria a Jessie) e dando um 'fatality' nas coisas ruins aqui estou eu! Eu sinto muito pelo tempo da fic em hiatus, realmente não foi intencional, mas agora com este retorno espero que gostem do capítulo que disponibilizo hoje e pelos que virão ainda.

Não é necessário reler o capítulo anterior caso estejam esquecidos (eu acho), o início dá um salto de tempo e já dá algumas explicações. Mas se sentirem perdidos, só dêem uma olhadinha no capítulo anterior. :v

Sem mais delongas: boa leitura!



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Uma semana e meia se passou desde que estive em campo, e me prostei nessa rotina monótona na casa de Sam esperando até um chamado de Fury, por mais que desde o aparecimento do meu... De John, as coisas passaram a estar estranhas. Eu estive com Fury no Texas atrás de Olivia Mills — pessoa legal e gentil — para chamá-la para o time dos bonzinhos devido ao seu sucesso com a ajuda ao Deus das Trapaças que se redimiu... É, o mundo dá voltas e a cada uma delas ele fica mais maluco. Bom, tirando essa ‘missão’ nada mais aconteceu, até essa manhã enquanto estava mais uma vez sozinha na casa de Sam que foi para o aconselhamento no departamento de veteranos com PSTP (perturbação de estresse pós-traumático), quando recebi uma mensagem de Bruce Banner perguntando se eu poderia comparecer na Torre d'Os Vingadores. Não querendo demonstrar a euforia respondi com um simples "Sim", depois saí imediatamente para comprar a passagem do trem e chegar em tempo recorde à Torre, reservando-me a alugar uma moto para tal feito. Admito ter níveis sérios de ansiedade e impulsividade às vezes, mas realmente? Não teria feito diferente estando curiosa para saber por que o Sant... Digo, o Bruce quer a minha presença aqui.

Meus pelos se arrepiam em antecipação pelo que há de vir.

"11° andar, laboratórios do Dr. Bruce Banner." informa J.A.R.V.I.S. quando as portas se abrem, me introduzindo em uma espaçosa área, de cor branca predominante e subdividida em salas com vitrines transparentes. "Dr. Banner já a aguarda. Há mais alguma coisa em que posso ajudá-la?"

— Que tal colocar algumas músicas nos elevadores da Torre, J.A.R.V.I.S? — sugiro risonha, saindo do elevador. Antes das portas se fecharem, J.A.R.V.I.S. responde:

"Verei o que posso fazer, srta. Wally"

Com um leve sorriso nos lábios caminho, procuro entre as subdivisões o homem mais gentil... Que abriga uma fera verde sob sua pele. Bizarro. Impressionante a quantidade de seções vazias, sem sinal de qualquer ser vivo. Bruce trabalha aqui sozinho?

— Jessie. — a voz de Bruce se sobressalta a minha esquerda. Olho para o lado encontrando-o debruçado entre alguns materiais químicos, vestido um jaleco branco, óculos em seu rosto. Retirando suas luvas, ele me oferece um dos seus tímidos e singelos sorrisos, empertigando-se fala: — Vamos, entre. Não esperava que viesse tão cedo.

Sem hesitar caminho até a sua sala sorrindo, com a porta até um instante aberta se fecha as minhas costas.

— Estou curiosa. Você trabalha aqui sozinho ou todo mundo resolveu tirar férias e você resolveu ser o ortodoxo? — Bruce solta uma curta risada.

— Nem uma coisa, nem outra. — colocando suas luvas dentro dos bolsos do jaleco, aproximando-se esclarece: — Prefiro a tranquilidade de estar sozinho, mas contratei um estagiário há duas semanas.

Estreito o olhar a procura do tal estagiário privilegiado por trabalhar com ele, mas como anteriormente não encontro ninguém.

— Ele foi almoçar. — ele estende sua mão, aperto-a em cumprimento com um curto meneio. — Como foi a viagem? Sei que você tem resguardado a sua imagem... Espero que não tenha tido problemas. — completa um pouco embaraçado, e adiciona: — Pensei em pedir o Tony para te buscar de jato depois. Tentei te ligar, mas caiu na caixa postal.

— Esqueci o celular na casa do Sam. Na pressa, sabe como é. — sinto meu rosto ruborizando lembrando de que agi como uma louca assim que respondi sua mensagem. Deixei o celular sobre a mesa de centro, peguei o dinheiro e saí correndo da casa, tranquei a porta... Ou será que não tranquei? Hmm. E fui logo pegar o metrô para NY. Claro que fui cuidadosa mesmo na pressa... Certamente tranquei a porta. Posso ser louca, mas não totalmente. Eu acho. Dando de ombros, cruzo os braços sobre o peito, e digo: — E Tony tinha deixado bem claro há um tempo que não queria ser mais o chofer de ninguém.  Mas você me perguntou se eu podia vir, e aqui estou eu.

— Eu perguntei mesmo, não foi? — indaga, com um sorriso meio acanhado. Estreito meus olhos, captando seu nervosismo. — Só que eu não imaginava que você fosse vir tão rápido, ou mesmo que fosse vir hoje. — por que tenho a certeza que ele está me enrolando? De todas as coisas que passam por minha mente, só me levam a uma conclusão: ele descobriu algo grave com as amostras de sangue que ele colheu de mim. Por qual outra razão seria? — Sei que a viagem é um pouco cansativa, por que não se senta? Você comeu alguma coisa desde que chegou ou devo te pedir algo? Eu vou pedir ao J.A.R.V.I.S. para providenciar alguém que arran...

— Ei, ei, ei! Bruce! — rígida, interrompo a sua fala. Tendo seu silêncio, profiro: — Conte-me logo o porquê de eu estar aqui. Sem meias palavras. Diga o que tem que dizer.

Bruce comprime seus lábios, indeciso. Isso me faz temer um pouco. Por outro lado não mudo minha postura, esforço-me para não me amedrontar com a verdade que pode vir. A verdade é sempre melhor, Jessie, sempre. Foco.

— Bruce! Você não sabe com quem acabei de topar nos corredores, o Capitão América, bem, na verdade Steve Rogers, mas... — o silêncio sepulcral é bruscamente interrompido, causando a agitação de Bruce que me fita com os olhos esbulhados, enquanto tenho uma repentina sensação de familiaridade ao ouvir a voz jovem e masculina aproximando-se, que fala: —... Você sabia que ele é um nerd? Ele também desenha, foi pobre e já levou muita surra! Cara! Queria poder pedir a ele para que desenhasse um novo uniforme para o Homem Aran... — quando o interlocutor da voz surge em nosso campo de visão parando a nossa frente, após passar alheio pelas portas que se fecham atrás dele ele nos olha se emudecendo assim que seu olhar cai sobre mim. Pela visão periférica vejo Bruce levar a mão ao rosto em um gesto inconsolável. Tenho a mesma reação do primeiro, ou diria que não tenho nenhuma.

É Peter Parker. Em carne e osso que se escondem às vezes por baixo do uniforme do Homem Aranha. Bem a minha frente. O que foi que eu perdi?

— Acho que eu deveria ter mandado uma mensagem avisando que voltaria mais cedo do almoço. — Peter corta o silêncio, engolindo em seco.

— Talvez. — Bruce expõe levemente, tirando a mão do rosto. — Eu também poderia ter mandado uma mensagem pedindo para não retornar.

Alterno meu olhar entre um e outro. Está certo, já se passou tempo suficiente para meu raciocínio chegar a uma explicação para isso, no entanto, o raciocínio lógico aponta que Bruce sabe da identidade secreta do Parker pela forma como ele falava quando chegou, e que nenhum deles esperava que eu soubesse que eles se conhecem, e mesmo assim não entendo nada. Não faz sentido.

— Mas o que inferno está acontecendo aqui? — ambos trocam olhares entre si, como aqueles que querem chegar a um acordo silencioso. Bruce meneia com a cabeça para Peter, voltando o olhar para mim se pronuncia:

— Jessie, nós podemos conversar sobre isso depois... — solto um sussurro de escárnio, a voz de Bruce abaixa um tom, acrescentando: — Mas tudo o que posso te adiantar é que conheci o Peter logo depois de analisar o seu material e fazer mais algumas pesquisas e...

— Não foi muito tempo depois da última vez que nós nos falamos por telefone. — Peter continua por Bruce. Franzo minha testa, é evidente que não estou entendo nada da história e não sei como me sentir perante isso. — Sei que não deve estar entendendo nada, mas acredite, você não entenderia nem se contássemos a história completa. — ele parece honesto, mas isso não me ajuda nada no momento. Peter franze suas sobrancelhas, olha para Bruce em busca de auxílio que não tem o semblante muito diferente do seu, mas diz:

— Peter é realmente meu estagiário nos laboratórios há duas semanas. E sei que nas horas vagas ele se balança entre os prédios e tem um grande senso de justiça... — ele frisa, deixando implícito o seu conhecimento da identidade secreta de Peter, e mesmo que eu já tivesse ideia disso, fico surpresa. Como ele sabe disso? Bruce prossegue tirando minhas dúvidas: — Foi por isso que o conheci. E mesmo ele sendo melhor do que qualquer estagiário que poderia querer, tenho que admitir que o contratei por motivos não profissionais. Sem ofensas, Peter.

— Imagina. É ótimo ter um salário mesmo assim.

Olho seriamente para os dois, Bruce agora aparentando menos esverdeado e Peter com ar mais divertido, mas logo ele balança a cabeça ficando centrado e olha para mim. Respiro fundo, desviando o olhar dos dois e andando pela sala em uma tentativa de arejar os pensamentos. Nenhum deles me precisa ensinar que 1+1 é igual a 2. Só há um motivo para que Bruce depois de analisar meu sangue tenha repentinamente ido atrás do Homem Aranha — ou do Peter, seja como for. E assim, logo depois Peter trabalhar nos laboratórios com ele, e apenas algumas semanas depois de ter dito analisar o meu sangue, Bruce não me falar nada sobre, apenas perguntar se eu poderia comparecer na Torre. Não seria necessário ter um QI elevado para ter a certeza que eles se juntaram por causa do que houve comigo, e que os resultados das análises não foram o que todos esperavam. No entanto, diante da perspectiva real de que algo não está certo comigo fico apreensiva. Paro abruptamente olhando para Peter e Bruce, com firmeza na voz, inquiro:

— Quem mais sabe?

— Ninguém. — Bruce brandamente afirma. Estreito meus olhos para ele desconfiada, gesticulando ele explica: — Disse a Steve e aos outros que tudo estava bem. Assim como eu tinha te dito... Eu realmente acreditava estupidamente que nada poderia haver de errado, tendo passado tanto tempo... — queria não notar o desconforto dele e de Peter, mas é quase impossível quando estes são mais do que claros com suas emoções. A verdade é sempre melhor, Jessie, foque nisso! Mas por que eu não sinto que essa verdade, pode não ser boa? Bruce completa em um murmúrio: — Eu sinto muito por isso.

Bruce nem mesmo Peter tem a culpa de nada do que possa ter acontecido ou acontecer comigo, mas não consigo proferir uma palavra no momento para tirar esse peso dos ombros dele. Minha consciência me instrui para manter o foco e fazer as perguntas que devo fazer, mas temo não me agradar com elas. Se estou com medo? Mortalmente apavorada! Acho que ambos percebem, pois Peter se aproxima de mim pondo sua mão sobre um de meus ombros, apontando uma cadeira, diz:

— Jessie, por que você não se senta?

— Não! — livro-me da mão de Peter sobre meu ombro, que me olha um pouco sobressaltado. Foco. Sinto como se cada partícula do meu corpo se agitasse, algo me oprime no peito em meio essa sensação, olhando Peter e Bruce tratando de permanecer centrada, exponho: — Não quero me sentar, não quero ouvir palavras de culpa, e tampouco quero ouvir palavras delicadas para amenizar a verdade que claramente vocês temem dizer. Se estou assustada? Claro que estou. Mas não vou me descabelar apavorada. Por mais que seja tentador... Digo.  Me ouçam bem, não me importa o que é, ou como é. E nem o que isso faz comigo, apenas me digam a verdade. É só o que espero. — outra vez Peter e Bruce se entreolham. Peter balança a cabeça voltando a atenção para mim, capto a franqueza no seu olhar quando da forma mais delicada, ele começa:

— Você tem níveis de diferentes tipos de radiação em seu corpo... Eu passei isso para você, o que posso dizer? Meu sangue é radioativo. — ele se cala por um instante analisando minha reação que não esboço qualquer diferença, somente incentivo:

— Eu... Estou bem. — com suas mandíbulas visivelmente tensas, prossegue:

— Bruce e eu temos feito análises com o seu sangue, algumas simulações e testes para ver o que ocorre, e...

— E foi por isso que a chamei. — Bruce corta Peter, tomando a fala apressadamente enquanto se aproxima. Com seus olhos fixos nos meus, afirma: — Sabemos que tem estado melhor do que nunca com sua nova condição... Precisamos então só colher mais algumas amostras para exames. Nada mais do que isso. — assegura, olhando apressadamente para Peter que por fim concorda. Tenho um vislumbre de relutância e culpa em seu semblante, antes dele disfarçar ligeiramente. Minha vontade é de gritar com eles, interrogá-los, exigir respostas conclusivas, contudo, olhando para eles e vendo seus rostos preocupados tenho a ideia de que eles não tem essas respostas, mas se preocupam o suficiente para encontrá-las e fazer o melhor para mim. Sei que sem a ajuda de Peter, eu estaria morta. Mas não sou burra, entendo porquê eles estejam estado tão apreensivos, sei o que a radiação pode fazer com alguém.

Levo minha mão até o pingente do meu colar. Ainda não sei por que ando com esse colar que John me deu, mas tê-lo nesse momento me tranquiliza. Balançando meus ombros, forço um sorriso, virando para Bruce e Peter, digo:

— Quando começamos?

***

As portas do elevador se fecham atrás de mim, sinto aquela pressão no estômago quando ponho meus pés em movimento. Não aquela pressão estranha de quando se sai do elevador, mas aquela pressão que oprime o estado de espírito refletido no corpo.

"Fizemos diversas análises e simulações com o meu sangue também" disse Peter após eu ter passado por uma série de exames, quando afastei o medo e permiti questionar o que deveria de início. "Pegamos a base de seu tipo sanguíneo e seus dados para vermos o que aconteceria havendo uma transfusão. Aquelas que tiveram sucesso... Isto é, 25% dos testes, no processo de simulação acelerado tinham os poderes que eu tenho, mas arrecadaram características de estado crônico".

"Está querendo dizer que eu... Peter, isso quer dizer que você também..."

"Não, Jessie. Eu não corro esse risco. Meus poderes, habilidades, tudo isso que me torna o Homem Aranha, foi como um legado destinado a mim. Ou como um Totem. É uma história complicada." expressou com as palavras um pouco carregadas, com um sentimento mal encoberto lamentando o fato. Contudo tentava não demonstrar, mas poucas coisas escapam dos olhos de uma agente bem treinada. Ele olhou para mim com convicção e prometeu: "Descobriremos se meu sangue radioativo teceu alguma mudança... Negativa para seu futuro. E se assim for, farei o impossível para salvá-la. Mesmo que como heroi eu tenha um coração nuclear, não falharei mais em salvar alguém, não dessa vez."

Na mente a incerteza nebula meus sentimentos, o medo. Isso é uma droga. Tenho que pensar no que meu avô me diria: superar. E é isso que farei. Superar e lutar, até que não haja mais fôlego em meus pulmões.

— Ai! — exclamo ao sentir como se uma parede tivesse se levantado a minha frente em segundos. Quase caio ao chão, mas braços se materializam ao meu redor evitando uma queda. Não é uma parede que ganhou vida própria e se animou ao meu redor. Uma parede não despertaria tanta familiaridade em mim, não mexeria com meus hormônios, e sequer me arrepiaria acionando o meu lado que chamo de... Jessica Pervertida. Oh, Deus! É um lado que só aparece quando me deparo com um velhote fantasiado de bandeira porto riquenha.

— Steve. — sorrio ao encontrar os seus olhos, como uma boba apaixonada. Mas hey! Ele sorri de volta. Não um simples sorriso, mas aquele sorriso.

— Jessie. — vibro internamente ao ouvi-lo pronunciando o meu nome. Eu estava com algum problema em mente? Porque nada mais me passa por ela, além de manter o foco, ou perder o foco nesse velhote. Tenho uma consciência bipolar, ótimo. — Longe de mim achar ruim, mas o que você está fazendo aqui?

— Uau. Certo. — balanço a cabeça, erguendo meu olhar de novo para ele. Ensaio um sorriso, e digo: — Ainda bem que disse que está longe de achar ruim. Teria sido desmotivante viajar como uma foragida só para matar saudades de um velhote que não ficou contente com a ideia.

— Você esteve aqui semana passada na festa do Tony. — suas sobrancelhas se arqueiam. Fitando-o por alguns segundos a mais, franzo meus lábios em uma careta, dando de ombros, ao tempo que lhe dou as costas e articulo:

— Tá bom então. Estou indo embora, diga um oi aos outros por mim, e... — Steve me puxa pela mão fazendo-me voltar a ele como uma boneca de pano. Jessica Pervertida aprova! Apoio minhas mãos em seu braço, olho para ele fingindo surpresa, para então dizer: — E... E... E o que eu estava falando mesmo? — talvez eu esteja realmente surpresa, seu sorriso presunçoso se alarga, posso ter sido resistente muitas coisas, mas tem sido mais do que óbvio que seu charme me desarma. Onde está a consciência me mandando manter o foco quando preciso dela? Em vez de me dar uma resposta, Steve inclina o seu rosto em minha direção. Oh, santo Hulk, sim! Não seguro a pervertida dentro de mim e acabo com a distância entre nossos lábios, contente, me moldando em seu corpo. Não devo ser a única pessoa pervertida aqui, pois tenho certeza que ouvi um murmúrio satisfeito saindo dos lábios de Steve, e pela forma como suas mãos estão confortáveis em minha cintura e costas em um aperto mais intenso, não tenho dúvidas que o velhote está tão empolgado quanto eu.

— Me diga que você não bebeu dessa vez, por favor. — choramingo de olhos fechados, depositando um beijo em seu maxilar. Steve não responde, ou reage, parece paralisar-se quando digo e tenho uma postura mais... Avançada? Essa não é a primeira vez que ele fica assim, ou que eu faço isso. Na festa dada por Tony foi a mesma coisa, mas ambos estávamos um pouco, hm, eufóricos por causa da bebida.

— Não bebi. — declara por fim com uma pitada de hesitação que detecto.  Ergo meu olhar, afastando-me um pouco dele, o mínimo e suficiente para fitar seus olhos com um olhar interrogativo. — O que?

— Você está escondendo algo. — Steve aparenta surpresa por um instante, mas seus olhos confirmam o que digo com a culpabilidade que se reflete neles. Abruptamente me separo dele, exclamando: — Eu sabia! Eu sabia que você... Bom. Me conte, o que tem escondido de mim, Steve? — exijo, cruzando os braços sendo o mais séria possível.

— Eu não... — sua voz morre quando seus olhos fixos nos meus baixam. — Não é o que você está pensando.

— E por acaso você sabe o que estou pensando?

— Não, mas pela intensidade em seu olhar aposto que não seja algo muito bom. — não discordo dele, somente pelo fato dele me esconder algo meu humor não fica muito feliz. E não sou tão otimista a ponto de pensar que seja algo como um presente de natal ou ano novo, é algo maior do que essas frivolidades, ou então ele não esconderia. E ligeiramente pondero em tudo o que levantou minhas suspeitas, por que ele agiria de forma tão estranha assim? O que faria com que ele me escondesse algo ao em vez de me dizer? A realidade bate de frente e imediatamente descruzo meus braços que estavam cruzados, lutando contra um nó na garganta, murmuro:

— Você poderia ter me dito, Steve. Eu teria entendido.

— Mas do que você está falando? — questiona, suas sobrancelhas franzidas e sua expressão um pouco apreensiva, provavelmente temendo que eu descobrisse a verdade. Mas não era tão óbvio? — Jessie? — indaga, com seu rosto mais corado. Ele tem dado todos os sinais... Evitou a mim até onde sua honra o permitiu. Mas eu deveria saber que Steve Rogers não estava tão... Envolvido. É claro que eu posso ter mexido um pouco com o heroi, ter desconsertado um pouco o seu jeito certinho e abalado suas estruturas, mas quem sou eu para cogitar que ele fosse querer levar isso adiante? Ele teve como parceira Peggy Carter, que lutou ao seu lado contra verdadeiros demônios. Ao lado de uma mulher guerreira de fibra incomparável, sem contar a beleza excepcional... E ela foi fundadora da S.H.I.E.L.D! Sinto como se um véu quente cobrisse minha face diante desses pensamentos, por vergonha, confusão e até ciúmes. Oh, céus! Eu sou uma idiota apaixonada em níveis catastróficos. No que eu estava pensando quando agarrei por vezes pervertidamente Steve? Sou tão idiota! De repente não consigo mais encarar Steve, sequer ficar perto dele. Estou disposta a me esconder sem dizer quaisquer palavras, caminhando para longe dele o mais rápido que posso. Minha mente é parva e confusa, com a voz de Steve — e ele ao meu encalço que ignoro completamente — aperto freneticamente o botão do elevador para descer, não obedecendo aos meus desejos na pior hora possível. Assusto quando as mãos de Steve param sobre meus ombros de súbito, forçando-me a olhá-lo e escutá-lo dizer:

— Eu sei que isso é... Diferente, mas não é como se isso nunca tivesse acontecido com ninguém antes. Não pode ser tão ruim assim, pode? — pergunta com um sorriso apreensivo, embaraçado. Não o respondo de qualquer forma, apenas volto a apertar freneticamente no seletor do elevador esperando que as portas se abram para que eu fuja para o mais longe possível. — Sinto muito por não ter te dito a verdade. Eu sei que devia ter dito, mas é que... Eu tive vergonha. Jessie, por favor, não aja como se isso não fosse nada. Sei que te magoei, eu sinto muito.

— J.A.R.V.I.S. me ajuda aqui! — ralho olhando para o alto.

“Srta. Wally, senhor Rogers, em que posso ajudá-los?" a voz de J.A.R.V.I.S. finalmente se faz presente.

— Abra as portas do elevador!

— Não abra! — Steve diverge com veemência, me olha então com uma lividez transpassando em seu rosto em uma leve mágoa. Sinto-me da mesma forma o encarando. É impossível não sentir-me assim. E eu fui a única idiota aqui, por que ele me olha assim?

— J.A.R.V.I.S. abra. As. portas. — pronuncio pausadamente, com os olhos fixos nos de Steve deixando meus sentimentos de raiva e mágoa a mostra. Ele engole em seco.

“Ãn... Só um momento, por favor.”, J.A.R.V.I.S. se manifesta de uma forma hesitante, bem esquisita para uma A.I. De todo o modo, por tudo o que sinto, entre dentes e em tom de ameaça começo a falar:

— J.A.R.V.I.S., não vou pedir uma segunda vez para que abra as portas, eu juro por... — antes que eu possa terminar as portas se abrem. Steve fica irrequieto, e eu tento me apressar para dentro e ir embora, mas noto a presença de Tony dentro do que não dá tempo de que eu faça algo antes que ele saia do elevador, puxando a mim e Steve em um abraço com um de cada lado, enquanto nos arrasta para longe da minha via de fuga e diz:

— Sra. América! Que bom que você veio nos visitar! Já não aguentava mais os suspiros do vovô pelos cantos se lamuriando.

— Eu não estava pelos... — Steve tenta dizer algo, com Tony ainda nos arrastando por debaixo de seus braços. Tento me soltar dele, mas ele não nos solta de jeito nenhum. — Você quer fazer o favor de nos soltar? — Tony dá uma breve risada, respondendo Steve:

— Olha, eu adoraria fazer isso. Mas só se vocês prometerem se comportar e não começarem a se agarrar no meio da sala de novo. — ele finalmente solta, olhando de forma descarada para nós. Um silêncio bem constrangedor se estabelece pelo que parece uma eternidade, até o momento que a voz de Steve soa:

— Nós não estávamos nos agarrando. — Tony arqueia uma de suas sobrancelhas de jeito irônico para Steve.

— Eu não sei como chamavam isso no seu tempo, Capicolé, mas no mundo moderno de hoje chamamos assim.

— Cala a boca, Tony. — murmuro possessa.

— Desculpe. Desculpe. Mas é tão engraçado todo esse falso puritanismo de vocês, quando entre quatro paredes...

"Senhor, temo que esteja os constrangendo".

— Jura, J.A.R.V.I.S? E por que você está se intrometendo?

"A srta. Potts me pediu que o alertasse das consequências se o senhor passasse dos limites. Ordens da srta. Potts", Tony apenas grunhe agitando sua mão nervosamente.

— Eu vou embora.

— Jessie... — Steve tenta intervir, fazendo menção de me seguir. Só que outra vez Tony se manifesta tomando a atenção:

— Hey. Por que não se juntam a mim em um drink? Prometo não incomodá-los. — Tony já está na adega enchendo um copo com sua bebida. Levantando o seu olhar para nós, ensaia um sorriso e incrementa: — Eu falo sério, vocês tem minha palavra de escoteiro... Capicolé e Picolete.

— Do que foi que você me chamou? — me aproximo ligeiramente do bar, o fitando friamente. Claro que ele ignora minha pergunta e enche mais dois copos de bebida. Por fim, ergue seu olhar, deslizando um copo até minha direção que eu intercepto rapidamente no balcão. Talvez uma bebida agora não me faça mal. — Se não pode contra eles... — Tony apenas me lança um sorriso de deboche, se aproxima para dar alguns tapinhas nas minhas costas, diz:

— Isso aí, Jess. Gosto do seu estilo. — estreito meus olhos um pouco em sua direção, mas mantenho-me calada, levando o copo a minha boca sorvendo um gole da bebida. De soslaio vejo ainda Tony mudar o seu foco para Steve já próximo a nós. — Eu sei que você prefere tomar a sua bebida de mulherzinha, Steve. Mas deixa eu te ensinar umas boas maneiras do século vinte e um. E a primeira delas é: beba socialmente, sempre, ainda mais se for convidado por Tony Stark. — ele pega o outro copo cheio e entrega a Steve que não tira os olhos de mim, e acrescenta: — Segundo: beba. Acho que é só isso. — ele pende a cabeça para o lado em conclusão.

— Acho que temos uma definição diferente sobre beber socialmente.

— Ah, "posso beber toda essa adega que meu metabolismo não me deixará ficar bêbado, blá, blá, blá, eu sou o Capitão América, preciso impedir Nicolas Cage de roubar a declaração da independência, blá blá blá, o que será que a Jessie está fazendo nesse momento? Será que deveria escrever um telegrama ou mandar um pombo correio?". — minha mente fica agitada com as palavras de Tony, e eu ligo isso ao fato dele ter satirizado Steve com relação a não ficar bêbado? Meu coração parece afundar cada vez mais dentro do meu peito em agonia. Steve realmente mentiu para mim. — Meu caro, Rogers. Eu preciso te dizer que às vezes tenho vontade de socar esses seus dentes perfeitos. — mesmo em estupor olho para Tony. Steve o encara sem saber o que dizer diante dessa declaração, e claro, Tony parece satisfeito com a falta de ação que deixou nele. — Muitas vezes. Enfim, vou deixar vocês a sós novamente, vou me encontrar com o Banner e aquele palito que ele tem como assistente. — ele vai até o elevador antes de trocar seu copo vazio pelo cheio de Steve, e pressiona seu dedo no seletor. Inacreditavelmente, ou não, as portas se abrem imediatamente. — Lembrem-se! Não façam nada que eu não faria. — São as suas palavras antes que as portas do elevador se fecharem, e deixar a Steve e a mim sozinhos.

— Será que agora podemos conversar? — Steve questiona, após colocar o copo sobre a bancada e dirigir seu olhar para mim de jeito ansioso. Eu pego o seu olhar, fitando seus olhos azuis que me dão sensações controversas a realidade, dão a emoção nunca antes sentida, mas que agora brigo internamente para deter. Isso não é real, não posso sentir isso. Repetindo quantas vezes possíveis isso mentalmente, solto um suspiro, e ainda olhando Steve, começo:

— Há muita coisa acontecendo em nossas vidas, Steve. Mais do que poderíamos esperar, ou lidar previamente. Mas estamos lidando com isso da melhor maneira possível, só que as coisas nem sempre são como queríamos que fossem.

— Eu sei. — ele concorda amenamente. Seus olhos esquadrinham meu rosto de um jeito minucioso, para então dizer: — Podemos enfrentar isso. Juntos. Eu prometo, escute...

— Não, Steve, escute você. — o interrompo, antes que eu me vença por suas poucas palavras e me jogue em seus braços. É com grande esforço que me mantenho em foco para o que tenho que dizer. É com grande coragem que encaro os olhos atentos de Steve, para dizer: — Temos muitas coisas para enfrentar. E a primeira delas é a realidade. Eu não vou me enganar mais e insistir nisso com você, Steve. Nós... Quero dizer, você e eu temos um passado inacabado que se estende até o nosso presente.

— O passado não importa.

— Importa sim, nessa situação... Importa. — ofereço um sorriso curto. — Você veio dele. — seu semblante parece mais carregado. Pego uma de suas mãos, a segurando entre as minhas. Ele olha para baixo por um instante, e quando torna seu olhar a mim, sinto-me mais a vontade para falar: — Você tem um lugar nesse presente, mas você ainda precisa olhar para o seu passado. Para alguém. Resolver essa história da qual se sente culpado.

— Estamos procurando pelo Bucky, não estamos? — solto uma risada. Meneando a cabeça, esclareço:

— Eu não falo do Bucky, falo dela. Seu coração e mente permanecem em mil novecentos e quarenta e quatro, e eu não sei se posso lidar com isso. — Steve fica instantes em silêncio, de alguma forma espero uma negativa sua, ou um sinal de confusão, mas os seus olhos e semblante apontam que estou certa. Eu imaginava isso, mas meu coração se aperta melancolicamente em meu peito. Droga de idiota apaixonada desiludida.

Não deveria, mas o puxo encaixando meus lábios nos seus uma última vez. Sinto como se eu vivesse por este último momento quando ele me beija de volta tão afoito, meu coração bate em um ritmo alucinado queimando o meu peito em uma vazão de sentimentos. Quando o momento parece se estender crescentemente e sinto ele me abraçar mais forte, separo-me dele abruptamente segurando seu rosto entre minhas mãos. Não faço ideia se está tendo um terremoto, se eu tremo como se estivesse tendo um, ou se eu estou prestes a ter um ataque do coração que me dá essa sensação. Encontro o olhar de Steve, traçando minha mão em seu rosto carinhosamente antes de me separar e distanciar dele. Não trocamos quaisquer palavras, no entanto, os olhos de Steve parecem dizer algo. Lembro-me que este momento é como quando ele entrou em minha vida, me salvou e me deu esperanças, despedindo-se com um meneio. Devo fazer o mesmo, aceno levemente com minha cabeça. Acredito que este tenha sido o destino traçado para nós — duas pessoas que se ajudam para encontrarem o seu lugar no mundo, mas não realmente juntas, e mesmo que minha alma pareça ter sido lançada em um deserto, eu encontrarei o meu lugar também.

As portas do elevador se abrem assim que aperto no seletor. Sorrio ironicamente, adentrando e prestes a selecionar para ir ao Térreo. Posso ver Steve estático olhando para mim com o semblante ilegível. Foco, Jessie, apenas vá embora. Seguindo minha consciência, sorrio fracamente, e antes de pressionar o térreo no seletor, falo: — Boa sorte e tenha cuidado, Capitão Porto Rico.

As portas se fecham, e finalmente penso poder respirar sem o sentimento esmagador longe dos olhos de Steve, mas sinto acontecer o contrário. É como se cada centímetro distante dele fosse um erro.

— É apenas uma sensação, Jessie, apenas uma sensação. Mantenha sua mente fria, entenda que você tomou a decisão certa. — murmuro balançando a cabeça, tentando convencer-me. — Céus! Pare de ser tão sentimental, sua idiota.

"Srta. Wally?"

— Apenas falando sozinha, caramba J.A.R.V.I.S! Algum problema nisso?! 

"Absolutamente não, estudos comprovam que criar diálogos consigo mesmo aumentam a função cognitiva." sua voz de AI suave explica como um gênio, acrescentando: "Mas receio que a srta. não esteja bem."

— Talvez. — admito por vencida, mas rapidamente alinho minha coluna. Concentrando-me em não deixar minhas emoções serem tão visíveis assim, falo asperamente: — Sem ofensas, J.A.R.V.I.S., mas eu não vou falar disso com você. Na verdade, com ninguém.

Como resposta, sinto um calafrio de alerta passar pela coluna, subindo até o meu cérebro em um incômodo agudo. Meu instinto grita para sair daqui, o elevador começa a falhar em pequenos solavancos. Tudo o que posso fazer é segurar-me no apoio que tem nas paredes do elevador e gritar.

— J.A.R.V.I.S., que parte de não levar para o lado pessoal você não entendeu?! — grito para o alto, torcendo para que J.A.R.V.I.S. não tenha se transformado em uma AI do mal. Meu cérebro parece receber um agito nos neurônios, antes de que eu me agarre com mais força a barra de apoio e o elevador parece descer rapidamente em queda livre. — HEY! Pelo amor de Deus! Me desculpe, J.A.R.V.I.S! Eu juro te contar tudinho o que você quiser, mas...

"Lamento, srta. Receio que meus protocolos estejam sendo embaralhados. Por questões de segurança posso ausentar-me por alguns instantes até que o controle seja restabelecido".

— O que diabos você quer dizer com isso? — questiono asperamente no momento em que o elevador para, suas luzes oscilam por alguns instantes. Instantaneamente levo a minha mão ao seletor pressionando para que as portas se abram, sem sucesso. — Você não pode me deixar presa aqui. Deixe-me sair!

"Fique calma, srta. Wally. Alguém virá ao seu auxílio em breve."

— Eu não sei por que, mas não tenho um pressentimento muito bom sobre isso. — esperar alguém vir ao meu auxílio com esse alarme soando na minha cabeça? Fora de cogitação, meus instintos dizem para sair daqui e é isto que irei fazer. Finco minhas mãos nas portas, segurando as duas de lado opostos e empunho força para abri-las. Suor corre pela minha testa, ranjo meus dentes colocando toda a minha força nisso e posso começar a sentir as portas rangerem cedendo à força, repentinamente um calafrio sobe pela minha espinha ao mesmo tempo e um som se propaga no elevador. Algo está errado, saia daqui, Jessie. Agora! Olho para baixo encontrando um objeto e fumaça que se ergue rapidamente no elevador. Acima erguendo meu olhar vejo a porta de serviço sendo fechada.

— Droga. — Foi uma armadilha, constato tampando meu nariz em defesa da fumaça que se ergue. Armadilha de quem? Velozmente volto o meu esforço para as portas, meu movimento é muito mais lento, mas persisto forçando as portas. É algo dentro de mim que se agita não me deixando fraquejar até as últimas forças. Saia. Meu corpo começa a sucumbir, começo a sentir algo se desligando, meu peito se inflamando e propagando uma onda de tosse. Eu preciso sair, mas estou tão fraca. Uma força dentro de mim ainda tenta resistir desesperadamente. Tenho a sensação de desferir socos contra metal frio, perdendo o foco, minha cabeça ainda em estado de alerta é incapaz de me ajudar mais, e de repente estou só. Minha mente e corpo escorregando para um estado de inconsciência. Espero que isso seja uma brincadeira de mau gosto do Tony. Tem que ser.


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Notas finais do capítulo

• Totem: No universo das HQs Marvel, o personagem Ezekiel explica ao Spider que pessoas ganhavam habilidades sobrenaturais através de uma ligação mística com determinados animais, isto seriam os animais totens. Ele ainda sugeriu que a aranha que mordera Peter Parker na verdade estava querendo lhe transferir suas habilidades antes de ser morta pela radiação. E que os poderes de aranha provinham da ligação mística e não eram uma mutação causada pela radiação.

• Picolete: é um apelido muito legal pra a Jessie que uma leitora sugeriu e eu aderi! Super amei. ♥ Infelizmente me esqueci do nome da leitora e não encontrei o comentário, mas por favor, leitora, se identifique para que eu dê os devidos créditos depois!

• Um pouco da conversa do Peter com a Jessie me inspirei na letra da música Radioactive - Marina And The Diamonds. Claramente a referência de um "coração nuclear". ;)

Caso não tenham notado, o assunto do sangue do Peter vai dar pano pra muitas mangas. E sim, o Homem Aranha aparecerá mais vezes! Talvez já até no próximo capítulo junto com o Homem de Ferro e o Capitão América...

A postagem do próximo capítulo não tem data, mas não pensem que demorará muito. Não vou prometer postar em breve porque quando fiz isso tive problemas que me impossibilitaram, hahaha, então não vou mais tentar a minha sorte assim. Mas é sério, não pretendo ter outro recesso.

No próximo capítulo vai ser do POV do Steve, algo meio arriscado a essa altura do campeonato, mas eu estou curtindo escrever, acho que vocês irão gostar também. ^^ Estou mudando o que tinha programado e a fic pode acabar antes do que tinha previsto, mas estarei informando vocês quando tiver certeza disso. :)

Eu agradeço imensamente a paciência de Jó que vocês tiveram, os números de visualizações mesmo com a fic assim, os comentários que motivam, recomendações que fazem e as mensagens que alguns me mandaram querendo saber sobre a fic. Foram importantes para o meu retorno, então agradeço a todos vocês pessoinhas lindas! ♥

E por fim, o que acharam do capítulo, povo? Bjs!

PS: ainda não assisti BvS e nem Guerra Civil, socorro. Não me dêem spoilers que ainda pretendo assistir. Hahaha