Perpétuas Mudanças escrita por Hunter Debora Jones


Capítulo 25
Vamos com calma


Notas iniciais do capítulo

Me julguem, mas eu achei este título romântico... Ai ai...



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— Eu soube que você esteve no hospital, também fiquei preocupada, mas vejo que está bem. — comento, mudando de assunto dado o outro por encerrado em meio ao silêncio e a compreensão dele, pela minha posição.

— Eu enfrentei o Bucky. — Steve diz, quando me lembro do hambúrguer e estou prestes a pegá-lo para comer, mas viro o meu rosto ligeiramente para ele, curiosa.

— Ele...

— Ele está vivo. — diz, antes que eu formule uma pergunta. Sinto alívio por ele, sei o quanto teria sido difícil tomar cabo da vida do amigo. Mesmo que esse amigo, não seja mais tão amigo. — Eu não poderia detê-lo sabendo o que a H.Y.D.R.A. fez com ele. Eu tentei fazê-lo lembrar de si. Pela primeira vez me recusei a lutar, fazer o meu dever e coloquei a minha vida em jogo.

Uma discreta apreensão se manifesta dentro de mim. Lembro-me do conselho que o dei, hoje não tenho certeza se foi um bom conselho. O que me dá tranquilidade é ver que Steve está aqui, bem. Seja o que tenha acontecido, não foi drástico.

— Steve...

— Eu vi a confusão no rosto do Bucky antes que eu caísse junto com o aeroporta-aviões, e então, quando acordei, descobri que ele havia me salvo no rio. —não deixo de transparecer meu olhar de surpresa. Com a atenção total nele, o ouço prosseguindo: — Bucky de alguma forma se lembrou de mim, mas ainda não se lembra de si mesmo. A H.Y.D.R.A. mexeu tanto com a sua mente, que ele não se lembra quem ele é. Pode acreditar nisso? — indaga, com tom possesso de ira. Engulo em seco, ponderando nas melhores palavras para lhe dizer. O fato é que não há algo que se passe pela minha mente que não o assustaria como, por exemplo, palavras de baixo calão. A H.Y.D.R.A. tem despertado esses dias o meu pior linguajar, sendo assim, levando um pouco mais de tempo, profiro:

— E o que você pretende fazer sobre isso?

— Eu vou procurar por Bucky. — responde decididamente, sem qualquer hesitação. Faço um leve meneio, é o que eu faria. Steve incrementa ainda em tom esperançoso: — Eu sei que minha missão no momento é salvar o meu melhor amigo.

Minha admiração por ele cresce desenfreadamente, só desejo que ele consiga fazer o que nunca me senti capaz de fazer, mas o meu caso foi diferente e demorou um tempo para admitir a mim mesma que eu não poderia ter salvo, alguém que nem de longe queria ser salvo. Bucky nem ao menos teve uma chance de escolha, salvá-lo de si mesmo e das garras da H.Y.D.R.A. é a coisa certa a se fazer. Fito os olhos de Steve, com um breve sorriso encorajador desviando-os em seguida, não posso olhá-los muito tempo senão... Bem, voltando a Bucky, essa é uma das vezes que tenho certeza que vovô me diria que temos que abraçar o passado e lutar. Nesse caso, abraçar a causa.

— Tenho certeza que irá. — afirmo crente, sem qualquer hesitação. — E Steve... Eu sei que não tenho sido de grande ajuda ultimamente, mas se você aceitasse... Eu gostaria de me juntar a sua cruzada. — vejo uma sombra de dúvida e preocupação aparecer em seu semblante, e antes que ele possa dar-me uma negativa, insisto: — Olha, com a queda da S.H.I.E.L.D. não tenho outra coisa para fazer no momento, você poderia ficar de olho em mim, digo... Fury com certeza ficaria contente em saber que tem alguém sério e sensato de olho em mim. — franzo o meu cenho, percebendo a ironia da frase. Tento prosseguir, apressadamente para convencê-lo: — Quero dizer que ajudar você seria a única coisa que teria no momento, ou então tirar férias, ir para o Tahiti ou o Amazonas, mas...

— Tudo bem, Jessie. — ele interrompe, pacífico, em expressão calma. Mais do que depressa, faço um sinal de comemoração com a minha mão. Um sorriso se estende em seus lábios, contagiando-me. E ao mesmo instante, Steve acrescenta sob o seu próprio riso para mim: — Mas você vai ficar longe da ação, enquanto estiver se recuperando.

Meu sorriso se desvanece. Eu diria que já estou recuperada, mas prevejo que não seria algo muito esperto a dizer nesse momento para me juntar a ele nessa missão. Mesmo assim, não posso deixar de resmungar:

— Não me faça me arrepender de ter pedido pra entrar nessa, Steve.

— Jessie... — seu tom é de repreensão, irredutível. Solto um suspiro. Não tenho alternativa a não ser dar o braço a torcer para ele.

— Ok, ok. Tudo bem, você está certo. Vou ficar longe da ação. Vou tentar. Eu acho.

Steve me olha seriamente, mas não dura muito tempo e nos encontramos rindo que nem bobos um para o outro. O motivo do qual eu nem sei, mas nos vemos envoltos nessa áurea.

É divertido e natural, até que me recordo do beijo, e observo Steve quando para de rir, tímido, provavelmente pensando o mesmo que eu. Santo Hulk, por que parecemos tão adolescentes? Ambos paramos de rir e desviamos o olhar, e dessa vez, sei que não podemos fingir que nada aconteceu, e nem quero. Não sou uma garotinha para isso, seria certo esperar uma atitude de Steve, mas retornando meu olhar para ele vejo que não tenho paciência para esperá-lo agir. Sem pensar duas vezes, começo:

— Steve... Sobre o... — constrangido, ele me fita. Droga. Não queria deixar o assunto de lado, mas sua timidez é tão contagiante que pondero pedir desculpas e sair de fininho. Jessie, seja corajosa! Eu preciso tentar ao menos, mas não consigo dizer em voz audível, sobre... — Aquilo... Bem, você é um cara esperto. Eu só queria saber como, você, eu, nós, não, digo...

— Vamos com calma. — quase tão atônito quanto eu, ele completa e responde a dúvida que eu tinha. Solto um suspiro aliviada, concordando mutuamente com ele. Pensando comigo mesma pode ser um pouco penoso para eu ir com calma, ainda mais quando tenho tantos sentimentos inexplorados que Steve desperta em mim. Ele permanece alguns segundos calado, ponderativo, e tomando uma perceptível coragem, abre a boca para dizer: — Teremos tempo para descobrir sobre isso. — concordo novamente, balançando a cabeça, sorrindo do meu então pensamento e a sua fala. Sei que pareço mais um cachorrinho de enfeite de caminhão que só balança a cabeça, mas não encontro palavras para dizer, e deixo Steve prosseguir com a conversa, tendo descoberto a sua coragem para o assunto. — Fico feliz que você esteja na missão atrás do Bucky comigo, teremos tempo para programar vários encontros para que você me ajude a tirar Natasha do meu pé com as pretendentes.

Ele diz com seriedade, meu sorriso se alarga, rindo do seu argumento, brinco:

— Fico feliz em ser útil. Oh, Capitão, meu Capitão. — vendo sua tranquilidade, e um sorriso pequeno em seu rosto se abrindo, lembro que ele não é muito bem atualizado para entender a minha brincadeira, e tento explicar: — São fras...

— Eu sei. Eu entendi a referência. — seu sorriso se estende, após dizer descontraidamente. Surpreendida, meu sorriso se amplia mais em meus lábios. Ele se levanta, dizendo: — Acho melhor nós procurarmos os outros, vou querer pegar também uma carona com o Stark para Washington. Natasha disse que cobraria alguns favores, e me arranjaria alguns arquivos para começar a busca pelo Bucky quando eu retornasse.

Levanto-me, fazendo um gesto positivo com a cabeça.

— Então vamos lá. — estamos fazendo o nosso caminho para fora da cantina quando paro os meus pés abruptadamente, me lembrando de algo essencial. — Espere aí. — volto até a mesa, pegando o meu hambúrguer negligenciado até o momento. Dou uma mordida, degustando o seu sabor em minha boca. Indescritível. Carregando em minha mão, volto para o lado de Steve que me espera, e digo de boca cheia: — Agora sim. Vamos lá.

Tarefas do momento: Voltar para Washington. Ver o que Fury pretende para mim. Encontrar Bucky. Sair com Steve. Pegar a minha moto. Avisar a minha mãe e ao meu irmão que não morri, será que esqueci alguma coisa? Ah! Preciso perguntar ao Tony se ele pagou a conta do táxi. Acho que é isso. Olho de soslaio para Steve, mastigando o hambúrguer. Ok. Preciso acrescentar mais uma tarefa: fugir um pouco do acordo de ir com calma e roubar um beijo de Steve, assim que tiver oportunidade.


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Notas finais do capítulo

Humm... Jessie espertinha planejando roubar uma beijoca do Cap, hein???

Gostaram do capítulo? Então deixem reviews bem fofas, fofas, fofas para a dona Debora para deixá-la negoçada de alegria e inspirada para escrever mais e mais!

A moçoila está com problemas com a tal da internet. mas como a sua hacker oficial... Digo, como sua mishamiga do core, estou à disposição da dita cuja para atualizar PM outras vezes.

Por enquanto é só! Fiquem com Odin!