Perpétuas Mudanças escrita por Hunter Debora Jones


Capítulo 16
Missões


Notas iniciais do capítulo

Olá, vingadores, agentes, marveleiros, mishamigos, e Ultron! Oi?
Vai que ele está lendo essa fic... Ok, parei de bobagem por aqui.
O título é sem graça mesmo, mas se eu tivesse colocado qualquer outro já seria spoiler, então, fica por isso mesmo, eheheh...
Antes de lerem o capítulo, tenho que dar um super agradecimento especial a Bells, que recomendou PM! E não, eu ainda não sei o que dizer sobre a recomendação, só sentir essa emoção, mulher! Então, thanks, este capítulo vai em sua homenagem, e a todos os outros leitores que tem acompanhado! (porque sim, digo isso mil vezes. Oi?)
Boa leitura!



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Eu chego alguns segundos atrás de Natasha avistando todos já preparados para partir, com uma única exceção: Steve. Não nego, é um alívio quando percebo que o olhar de todos não recai sobre mim, ou não encontro Steve e evito assim um reencontro constrangedor. Será que ele já se foi?

Tony aterrissou há poucos instantes e a enorme porta do extremo do jato encontra-se aberta, em uma região isolada aos arredores da base da S.H.I.E.L.D, o Triskelion. Com a absoluta certeza de que esse é um ponto cego para a H.Y.D.R.A./S.H.I.E.L.D, porque Tony não é nenhum tonto e teve a prudência de voar também com o dispositivo de camuflagem ligado.

— Eu adoraria me juntar a vocês, amigos, e ajudá-los a derrotar a S.H.I.E.L.D...

— Não é a S.H.I.E.L.D, Stark. É a H.Y.D.R.A. — Sharon corta, corrigindo Tony.

— E quem se importa se é a S.H.I.E.L.D. ou a H.Y.D.R.A. agora? — e pergunta retórico, Sharon murmura algo visivelmente insatisfeita, e Tony prossegue: — Como eu ia dizendo... A minha adorada Pepper me ligou quase histérica perguntando onde estava, quando deveria estar na Stark Industries me preparando para a própria reunião que eu mesmo marquei. — Tony fala em tom tranquilo e calmo, dando de ombros como se isso fosse a coisa menos importante a se fazer. — A verdade é que ela não consegue viver alguns minutos longe de mim, e está morrendo de saudades.

A reação diante da modéstia de Tony — se você entende o quanto um gênio, bilionário e playboy pode ser modesto, é claro —, só poderia ser a de vários pares de olhos revirarem, sem que ninguém faça qualquer comentário.

— E mais: eu preciso proteger o meu belo patrimônio se tudo indica que a H.Y.D.R.A. está de volta dos mortos, correndo atrás dos bons mocinhos do momento. — ele acrescenta ainda com sua modéstia.

— Saberemos lidar com a H.Y.D.R.A. hoje, é melhor que não se envolva mesmo nisso porque depois que tudo vier a público, os caras grandes correrão atrás de alguém para dar explicações. — Fury apenas objeta olhando-o brevemente. — E nós bem sabemos como você costuma agir, quando os holofotes recaem sobre você, Tony.

Tony levanta os braços em rendição, sabendo que Fury tem razão sobre isso. Tony nunca tomou a atitude sensata quando a mídia recaiu sobre ele, ainda mais depois que ele revelou ser o Homem de Ferro anos atrás pela própria e da outra vez que deu o seu endereço, convidando um vilão para um duelo pela mesma.

— Sharon, Natasha. — Fury toma a atenção delas, usando o seu típico tom profissional antes de uma grande missão. — Vocês podem iniciar o plano. — ambas balançam a cabeça em concordância. — Sam, onde está o Capitão?

— Ele está...

— Bem aqui. — a voz de Steve surge de repente atrás de mim, eu me empertigo. Santo Hulk. Ele não tinha ido ainda então?

— Então vocês duas já podem seguir com o plano, e nos dê o sinal para seguirmos com a segunda etapa.

— Sim, senhor. — Sharon responde pelas duas à ordem de Fury antes que saiam, e não antes que Natasha possa debochar de mim sussurrando:

— Tchau, Sra. América.

Eu desejo realmente que um dia o carma atinja a Romanoff, com todas as forças que possuo, eu desejo isso.

Posso sentir a presença de Steve ainda próximo de mim, e me esforço para dar alguns passos para trás para tê-lo em meu campo de visão, antes que eu pareça uma covarde idiota que tem tentando evitá-lo de todas as formas possíveis. Okay, talvez devido as minhas últimas atitudes eu mais seja isso, do que pareça, o que é ridículo e devo consertar.

Então me enchendo de coragem, dirijo o meu olhar a ele encontrando os seus olhos brevemente, mas apenas brevemente, já que ele os desvia focando em Fury. Não sei o que pensar disso, mas sei que a sensação é de que ele voltou a ser indiferente comigo, algo que não me surpreende, é uma atitude que não posso julgar. Ou então seja uma paranoia minha. Mas mesmo não querendo admitir, a verdade é que fico magoada, mas trato de mascarar isso com igual indiferença como se nada tivesse acontecido, esquecendo tudo o que se passou.

— Capitão, Sam, vocês sabem o que fazer. — Fury diz, e ambos assentem positivamente. Steve se junta a Sam e ambos engatam em uma conversa restrita a eles. — Hill.

— Senhor. — ela também assente positivamente para ele, olha a nós com um gesto de despedida, e parte sem mais palavras.

Por fim, meu chefe que voltou dos mortos dá a sua última ordem para mim antes de sair:

— Mantenha-me informado sobre qualquer novidade. E por favor, não chame a atenção em New York.

— Pode deixar, chefe. — respondo sem me estender muito, balançando a cabeça.

— Bye-bye, Pirata. — Tony despede-se de Fury com o seu natural bom humor, sorrio perante isso.

— Podemos ir também, Capitão. — Sam fala chamando a minha atenção quando ele coloca uns óculos escuros, próprio para pilotos em seu rosto.

— Está surpresa com o brinquedinho de Sam, Senhora América? — Tony pergunta a mim risonho e debochado, vendo o meu semblante confuso sobre Sam. Eu lanço um olhar gélido para ele pelo apelido que insiste em me chamar agora. — Eu gostei do traje dele e do que faz. Nada comparado a minha armadura e do que ela é capaz, mas é interessante. Ousado.

Sam tem uma espécie de armadura em seu torso, algo bem parecido com um pára-quedas, mas devido toda a sua modernidade mecânica e tecnológica, duvido que seja isso.

— Um traje? O que ele faz? — pergunto para Tony, ainda olhando para o até então, para mim, traje desconhecido de Sam. Pelo visto não fui a única a deixar algumas coisas em branco quando nos conhecemos.

— Voa como um Falcão.

— Stark. — Steve nos interrompe, chamando a Tony com sua postura séria caminhando até nós.

— O que foi, Capicolé? Veio me cobrar aquela dança?

— Sei que para você tudo é uma brincadeira — Capicolé, digo, o Capitão não se mostra disposto para brincadeiras, e fala com Tony com tom e postura séria. —, mas eu espero que não coloque, ela, em perigo até New York por causa de mais uma de suas brincadeiras. — Ela. Ele refere-se a mim. No entanto, ele nem me dirige um olhar, ou sequer cita o meu nome. Somente “ela”.

— Então em New York posso colocá-la em perigo? — Tony pergunta, mas Steve o olha atravessado, e logo prossegue: — Brincadeirinha. Qual é, meu chapa. Eu jamais colocaria a Sra. América em perigo. — Tony envolve os seus braços, trajado com a sua armadura de ferro sobre os meus ombros, em uma espécie de abraço, que causa dor sobre o meu ombro machucado, eu resmungo com isso. — Desculpe. — ele diminui o aperto, e dessa vez eu que o olho atravessado. — Confie em mim, Capicolé. Jess não estará em perigo sob os meus cuidados.

— É o que eu espe...

— Bitches, please. — eu interrompo o papo dos dois, me livrando do abraço doloroso de Tony antes de olhá-lo outra vez com aborrecimento, e ganhando por fim a atenção de Steve. — Calem a boca vocês dois. Eu não preciso de nenhum herói fantasiado de bandeira de Porto Rico, ou um playboy exibido dentro de uma armadura para me proteger de qualquer perigo. — acho que ambos ficam ofendidos pela forma como eu falo deles, mas não os dou tempo de retrucar, e arremato: — Eu sou uma agente e sei bem me virar sozinha sem que vocês, idiotas fantasiados, tentem bancar de Liga da Justiça para cima de mim.

— Você nos comparou com a Liga da Justiça? — Tony indaga boquiaberto, se importando mais em eu tê-lo comparado com a Liga da Justiça, do que tê-lo chamado de um idiota fantasiado, ou um playboy exibido dentro de uma armadura.

— Desculpe, comparação errada. A Liga da Justiça é bem melhor do que vocês. — Sam assobia com essa minha última fala se manifestando pela primeira vez, eu não sinto arrependimento, mas sei que deveria medir um pouco mais as minhas palavras quando estou nervosa. Eu estou criando briga sem motivo, mas o fato é que esses dois me irritam.

— Ela nos comparou com a Liga da Justiça. — Tony diz como se não acreditasse nisso, reviro os olhos. — E ainda disse que são bem melhor do que nós. Está vendo isso, Capitão? — ele busca por uma espécie de apoio, mas Steve está com aquela expressão de quem não entendeu nada. — Olhe aqui, Jess. Não somos exatamente a Liga da Justiça. Um: porque somos bem reais. Dois: mesmo se eles existissem, nós continuaríamos sendo os super heróis mais poderosos da Terra. E três: nós temos o Hulk. Isso reduz qualquer concorrente à zero.

Por este último ponto, ele está certo, mas não o respondo resolvendo ignorá-lo completamente, até que Steve diz:

— Liga da Justiça? Do que é que vocês estão falando?

Stark e eu trocamos olhares antes de revirarmos os olhos, e Sam se reserva a rir da pergunta de Steve.

— Bom, eu preciso ir. — ele articula com sua singeleza, vendo que nenhum de nós irá respondê-lo.

— Boa sorte com a H.Y.D.R.A, Capitão. Sam. — eu por fim digo, finalizando a conversa, os dando as costas. Sem esperar qualquer resposta, caminho a passos largos adentrando pelo jato.

— Jessie. — Steve chama por mim, mas finjo não escutar e continuo o meu trajeto. — Jessie. — meu coração acelera quando ele me chama novamente, eu continuo ignorando decidida a não voltar atrás.

— Não está ouvindo o seu namorado chamar por você, Jess? — Tony se coloca a minha frente, quando estou prestes a passar pela porta que dá para o corredor que tem os quartos e leva a cabine do jato.

— Ele não é meu namorado, e eu já falei para não me chamar de Jess. — me exaspero com ele sem responder a sua pergunta. — Agora me deixe passar.

Ele sorri enigmático sem retrucar ou comentar coisa nenhuma, uma atitude que me deixa intrigada sabendo do seu gênio. Ele dá um passo atrás, agradecida por ele ter tido finalmente uma atitude decente, dou um passo a frente, mas quase caio quando uma porta se ergue do chão impedindo a minha passagem.

— Oops. — posso ouvir o tom debochado de Tony do outro lado, enquanto uma raiva se alastra dentro de mim. — J.A.R.V.I.S, não abra essa porta enquanto a Sra. América não conversar com o Capicolé.

Sim, senhor Stark

A inteligência artificial responde complacente com seu criador.

— Droga, Tony! Eu realmente vou matar você até New York. — eu falo com sinceridade, não duvidando nada disso. Mas ele não responde.

Solto um suspiro cansado, não há alternativa a não ser falar com Steve.

— Acho que você não tem mais para onde fugir. — Steve denota em tom risonho, assim que me viro para avistar Sam e ele.

— E quem disse que eu estava fugindo? — retruco, tratando de cruzar os braços com postura ereta.

Sam olha para ele e depois para mim sorrindo, antes de dizer:

— Acho melhor eu deixar vocês conversarem a sós. Espero lá fora, Capitão. — Steve não contrapõe balançando a cabeça positivamente, quase grito para Sam ficar, mas isso não seria bom para a minha reputação, então relutante não digo nada quando ele sai.

Com passos vagarosos Steve se aproxima de mim, com as sobrancelhas levemente levantadas que indicam a descrença da minha última fala.

— Okay, tudo bem. — me dou por vencida vendo um sorriso se estender torto se estender em seus lábios. Afinal, a verdade é bem clara, e sei que a única pessoa que venho tentando enganar com tudo isso, não é a ele, e sim a mim mesma. Descruzando os braços e saindo da defensiva, eu resolvo admitir: — Eu... Só não queria fazer você se sentir na obrigação de dizer algo que não quisesse.

— Do que é que você está falando? — sua fronte se franze ao fazer essa pergunta. — Se é sobre o que me contou do seu passado, eu não a julgo, nem a culpo. Você deve ter tido um bom motivo para ter feito o que fez, mesmo que isso pareça te assombrar.

— É exatamente disso que eu estou falando. — eu aponto para ele com um sorriso cético, forçado. — Como pode garantir isso com tanta certeza? Você não sabe da metade do que aconteceu.

Seu olhar pondera sobre mim, antes dele dar de ombros, e dizer:

— Bom, isso é verdade. Mas eu não preciso saber de toda a história para dizer que você não faria algo assim sem motivo. Conhecemos-nos há pouco tempo, mas o tempo foi suficiente para saber que você, olhe para mim Jessie. — ele exige a minha atenção sobre ele quando eu a desvio, relutante eu faço o que ele pede encarando os seus olhos. Ele fala: — Você não é uma assassina fria.

Penso em retrucar, mas no fundo eu sinto, ou talvez eu queira acreditar que o que ele diz é verdade. As coisas ainda são um pouco confusas, por mais que o que aconteceu tenha sido há dez anos.

— Era isso o que você queria dizer?

Ele me observa minucioso por alguns segundos, e uma inquietação se manifesta dentro de mim, mas forço-me a não demonstrá-la. Faço um gesto com a cabeça encorajando Steve a me responder e dar esse assunto por encerrado.

— Não. — ele responde por fim, um pouco reservado e quem sabe indeciso.

— Então? — sondo-o, curiosa para saber o que ele quer dizer.

Tomando fôlego, ele parece se convencer, e diz capturando o meu olhar outra vez:

— Quando voltar de New York gostaria de sair comigo?

O que?

— O que? — eu externo o meu pensamento imediatamente, já sabendo que não haverá outra palavra diferente tão próxima desse momento que eu possa dizer. Ele me convidou para sair? O que?

— Natasha vem tentando me convencer a sair com todos os tipos de mulheres nesses últimos meses, e eu neguei dizendo que não havia tempo pelo meu trabalho. — em tom distraído ele narra isso, meneio a cabeça não surpresa com isso se tratando da Natasha que passei a conhecer nos últimos dias. — Mas agora que estou prestes a perder o meu emprego na S.H.I.E.L.D, estarei sem desculpas para dar a Natasha quando ela me empurrar para mais uma garota.

— Está me convidando para sair só por que não quer que a Natasha te empurre mais uma garota? — eu indago, levantando as minhas sobrancelhas levemente, cética diante disso. Sei que não é exatamente por isso que ele está me convidando para sair, mesmo que eu mal acredite que depois de tudo o que ele sabe ainda se interesse de algum jeito por mim. Steve Rogers é realmente um homem raro no mundo. — Bem, talvez eu possa arranjar um tempo quando eu voltar, e sair com você para ajudar a se livrar dos encontros da Cupido Aranha. — declaro com um sorriso, ignorando todos os pensamentos negativos que gritam dentro de mim, e as lembranças do meu recente pesadelo. Eu disse que me afastaria, mas cheguei à conclusão de que essa já é uma missão fracassada e idiota que eu me propus a fazer. De agora em diante, o passado ficará no passado, e o futuro será deixando-me levar por essa maré do destino que me atrai cada vez mais para Steve.

Steve sorri para mim, com seu semblante também contente pela minha resposta.

— Capitão. — Sam aparece chamando por ele novamente, tomando a nossa atenção. — Desculpe, mas precisamos ir.

Steve assente para ele, voltando o seu olhar para mim.

— Chute alguns traseiros por mim. — digo, arrancando um riso seu. — Okay?

— Me lembrarei disso. — ele concorda sorrindo, já se afastando, diz: — Nos vemos em breve.

Eu aquiesço antes que ele me dê às costas, e siga o seu caminho para fora.

— Hey, Steve! — chamo por ele correndo até sua direção quando ele está prestes a sair do jato. E no momento em que ele gira os seus calcanhares para olhar a mim, eu o surpreendo dando um beijo proposital no canto de sua boca.

— Boa sorte. — essas palavras saem extremamente baixas quando eu profiro, afastando-me dele relutante, presa em seu olhar e sentindo-me tentada a beijá-lo de verdade, mas me esforço muito para não sucumbir a esse desejo.

Ele fica completamente sem ação, mas por fim dispersa esse estado balançando a cabeça para mim em agradecimento e em despedida, e sai do jato me dando um último vislumbre de sua imagem.

Eu poderia tê-lo beijado, mas ainda teremos tempo para acertar algumas coisas, tenho que me lembrar disso, cada coisa no seu tempo. Não foi hoje, mas retornaremos a nos ver em breve quando tudo isso tiver acabado e nada estiver nos impedindo.

Retornando a porta que Tony fechou, e reprimindo um sorriso que insiste em crescer em meu rosto com esse pensamento, eu digo em tom alto:

— Você já pode abrir a porta, Sr. Stalker.

Esse é um ótimo apelido para ele, acho que o chamarei assim de agora em diante. A porta logo se abre permitindo a minha passagem, caminho até a cabine me deparo com Tony em uma das cadeiras de comando do jato.

— A piadinha sobre a bandeira de Porto Rico foi muito boa. E da Cupido Aranha também, tenho que admitir que você é muito boa com adjetivos. — ele fala enquanto indica a cadeira ao seu lado para me sentar, e eu o faço. — Mas é uma decepção quando se trata em tirar o atraso do Capicolé. Um beijinho no rosto? Eu esperava mais de você para uma despedida com o seu sonho americano, Jess.

Eu ignoro tudo o que ele diz, notando o seu celular sobre o painel.

— Eu sei o que você está pensando. — ele objeta, enquanto liga o jato se preparando para partir. — E lamento informá-la que não é um bom plano.

Bufo, irritada, sabendo que isso deve ser completamente verdade. Ele já deve ter uma cópia em todos os lugares possíveis no momento. Reservo-me a colocar o cinto para a viagem até New York com Tony que não sei se será muito segura.

— Apague aquelas fotos. — eu peço em tom humilde olhando para ele que mantém a sua expressão séria, mas sem carecer o seu deboche característico. Mais gentilmente, acrescento: — Por favor.

— Desculpe. O que foi que você disse? — ele grita quando uma canção do Black Sabbath invade a cabine em volume alto e alça o nosso voo. — Eu não posso te escutar!

Reviro os olhos, deixando o meu olhar cair sobre o painel da cabine, precisamente em um jornal que chama a minha atenção pela manchete e eu o pego, lendo o seu enunciado:

Ressurgimento do Homem Aranha diminui a criminalidade em New York, mas nova abordagem agressiva assusta

Em seguida há a foto do Homem Aranha com um traje escuro, diferente do seu tradicional traje vermelho que foi trocado pelo preto há não muito tempo. A matéria diz que pouco tempo depois do ressurgimento dele de semanas de sumiço, o Homem Aranha tem ajudado a diminuir a criminalidade, mas a sua agressividade no combate ao crime tem assustado a todos. Relatos também de que muitos bandidos foram hospitalizados, outros quase mortos. Na verdade, ninguém se importa realmente se alguns bandidos estão sofrendo nas mãos dele, o que os preocupam de verdade é se o Homem Aranha lutará como um herói, ou se corromperá pelo mal se tornando um monstro a ser temido.

— Ah, esse tal de Cabeça de Teia. — Tony fala pondo a música em um volume razoável, quando me vê com o jornal nas mãos. — Acho que terei que lhe fazer uma visitinha em breve. Ele tem passado dos limites. — A coisa está realmente feia se o próprio Tony Stark aponta um problema com limites, pode ter certeza que a coisa é preocupante.

Mas ele não poderá fazer essa visitinha ao Homem Aranha porque essa é a minha missão. E esse Homem Aranha estampado como o terror nos jornais não é o verdadeiro, eu tenho quase certeza. Pois esse é robusto, bruto, anti-heroico, e ninguém ainda percebeu, mas ele não usa teias, diferente do original. Temos um monstro protegendo a cidade de New York, enquanto Peter Parker, o real homem por trás da máscara da figura heróica aracnídea, está desaparecido há mais de uma semana segundo as informações que Fury recebeu e me repassou mais cedo, Peter jamais desapareceria assim, ele é um bom garoto, e tem uma tia que precisa dele. O que quer que tenha acontecido, não foi por sua vontade e a única pista quente para reencontrá-lo parece ser seguindo o rastro desta besta anti-heroica que usurpou o seu lugar. Essa é a minha missão. Eu só espero que ele esteja vivo onde quer que esteja, e na pior das hipóteses... Que ele esteja aguentando firme, porque eu estou indo salvá-lo.


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Notas finais do capítulo

O lance de Liga da Justiça, foi uma ideia retirada e inspirada na fic Ceticismo e Euforia da Beatrice do Prado que tem uma piadinha assim por lá, quem quiser pode ir lá conferir essa fic lokiana: http://fanfiction.com.br/historia/455423/Ceticismo_e_Euforia

Mas sem briga pessoal, que foi só uma brincadeira, eu tanto amo a Liga da Justiça, que a Jessie disse que eles são os melhores pra relevar. :-P

Falando em fics lokianas, tem uma que eu já tinha que ter recomendado aqui há muito tempo. Da minha estimada mishamiga, e mishabeta, Hunter Pri Rosen. Se chama Trapaças do Destino, a maioria já deve ter visto, mas os que ainda não leram, podem ir lá conferir que é divertidíssima: http://fanfiction.com.br/historia/598598/Trapacas_do_Destino

Bem... Agora finalmente comentando sobre a fic...

Gostaram do "Sr. Stalker"? Eu amei. u_u
E pra quem não sabe, stalker no termo em inglês significa espreitador, perseguidor, que é a pessoa se vigia outra de modo obsessivo. E o Stark estava de olho no Capicolé e na Sra. América, logo ele é um Sr. Stalker. Oi?

E sei que tem gente querendo me dar uns socos ou uns tapas por Jessie e Steve não terem se beijado ainda, maaaas calma pessoal, da próxima vez que eles se verem, podem apostar!
No entanto, todavia e doravante, já viram a missão da Jessie? Já tem as suas teorias? O que será que deu no Homem Aranha? Ou... O que será que aconteceu com o Homem Aranha? Só sei que essa missão pode ser um pouco prolongada, e bastante marcante na fic...
Enfim, acho que é isso pessoal! Até logo! ♥

P.S: eu já assisti Vingadores: Era de Ultron, então o pessoal que já assistiu e quiser papear, please! C'mon!