Regressive Infectio escrita por Inocense


Capítulo 8
Capitulo VII


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas amadas, estou aqui novamente postando mais um capitulo da minha humilde estória para vocês, pessoas lindas! Tá parei de puxar o saco porque atrasei dois dias.
Primeiro eu gostaria de dizer que tive uma surpresa, sim, entrei no Nyah e me deparei com uma recomendação, a mais perfeita de todas e nesta estória. Meu coração quase parou. Eduarda Carcavila, você é simplesmente sensacional.
Sabe como é a primeira recomendação a gente nunca esquece e não vou esquecer essa. Então Muito, muito obrigada mesmo. Você me deixou tão feliz que não consigo nem descrever.
Serio mesmo.
Então sem mais delongas, fiquem com o capitulo e espero que se deliciem.



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– Eu acho que deveríamos começar a procurar comida por agora. – Natsu que caminhava um pouco a frente, em protesto por não terem o ouvido avisou.

– Tenho que concordar com o cabeça quente aqui. – Gajeel parou um pouco. – Minha barriga já esta doendo de fome. – completou.

– E se observar em volta dá para ver que essa mata esta mudando. – Natsu observou atentamente as árvores, era verdade a vegetação estava mais espaçada e rasteira. Em sua opinião seria mais difícil conseguir algo para comer ali do que quilômetros atrás, onde ele queria procurar.

– Também precisamos descansar. – Sting tinha o rosto extremamente vermelho e mais uma vez Lucy se sentiu culpada.

– Ficaria menos cansado se parasse de tagarelar. – Gray avisou calmo fazendo o loiro o encarar com raiva. A culpa era justamente do moreno e de Lucy que conversavam, com ênfase no garoto que havia discutido com ele algumas vezes.

– Pode me colocar no chão já, acho que vamos parar por aqui mesmo. – a loira pediu antes que Sting pudesse responder e após um resmungo dele já estava sendo deixada no chão.

– Vou ver o que aqueles idiotas estão resolvendo. – avisou movendo os ombros que deveriam estar doloridos e então, acompanhado de Gray, se encaminhou ate os três que completavam o grupo.

Aproveitando que estava um pouco afastada e longe da vista dos demais, Lucy tentou caminhar por si mesma. Sabia que estava incomodando os demais, e ate atrapalhando. Porem de alguma forma a lesão doía mais do que no dia anterior, ganhando um tom extremamente vermelho ao seu redor e um pouco de pus bem em cima da ferida. Tentou caminhar apoiando apenas a parte exterior do pé, contudo a pele pareceu repuxar e então arder com mais força.

– Meu Deus do céu. – murmurou pausadamente e cerrou os dentes. Não imaginava que uma queimadura pudesse doer tanto. Se lembrava que quando menor havia queimado ambas as palmas das mãos ao abrir o forno sem nenhuma proteção, mas era uma dor completamente diferente.

Observando melhor o machucado Lucy conseguiu entender, estava infeccionando. Talvez fosse esse o motivo de tanta dor ou do inchaço. Tudo o que queria no momento era um hospital e algo que aliviasse a dor.

– Dói muito? – Erza se abaixou para ter uma visão melhor do ferimento.

– O quê?! – arregalou os olhos sendo pega de surpresa pela ruiva.

– Você é muito distraída, tem que prestar mais atenção no que acontece a sua volta. – a garota a encarou por alguns instantes e tudo o que restou para Lucy foi acena concordando. – E acho que isso esta infeccionando. Que droga! – se ergueu rapidamente. – Temos que conseguir ajuda rápido. – afirmou.

– Não acho que esta tão ruim. – tentou amenizara situação.

– Infecções muitas vezes podem se tornar mais graves que a ferida em si. – explicou seria. – Vamos nos sentar que eles foram atrás de algo para comer. – decidiu passando o braço de Lucy pelo próprio ombro e o seu braço pela cintura da loira.

– Os quatro? – estranhou, em todas as vezes que saíam a procura de comida, eram no máximo três.

– Isso, dois para cada lado. – apontou para ambas laterais da rodovia e então ajudou Lucy a se sentar na parte com grama.

– Entendi. – foi tudo o que respondeu se sentando. Mesmo sendo carregada, a loira ainda se encontrava cansada e dolorida, principalmente na parte inferior dos braços.

– Ei Lucy. – Erza a chamou depois de um tempo. – Você se lembra do ônibus entrar em uma área assim? – olhou em volta.

– Como assim? – Franziu a testa sem entender.

– Não sei, talvez lembre-se de uma cidade próxima. Algo assim. – deu ombros.

– Ah! – tentou se lembrar um pouco. – Eu acho que saímos um pouco antes da entrada para a reserva e aqui não esta terminando a mata e sim a área preservada. Agora deve começar o cerrado, porque cidade mesmo que eu me lembre. – colocou um dedo sobre os lábios. – A ultima foi na nossa parada á seis horas do acampamento. – se lembrou da pequena cidade onde a maior construção era a própria parada de ônibus e carros. Mais parecia um vilarejo.

– Seis horas? Isso dá o que? Uns cem quilômetros? – arregalou os olhos.

– Muito mais. – foi rápida. – O máximo que se pode andar aqui é a oitenta por hora, no caso dos ônibus sessenta. Então em seis horas deu o que? – pensou por cerca de dois segundos. – Trezentos e sessenta quilômetros mais ou menos. Andando um ser humano percorre cerca de cinco ou seis quilômetros por hora, então podemos ser generosas e colocar seis por hora. Já andamos no máximo, sendo extremamente generosa, noventa quilômetros. Ainda faltam duzentos e setenta. – calculou rapidamente.

– Eu estava achando que cem quilômetros era muito. – Erza tinha olhos arregalados e incrédulos. Em sua expressão algo semelhante a desespero aparecia.

– Mas isso é uma cidade. – Lucy tratou de tentar acalmar a ruiva, não que existissem muitas esperanças, o acampamento ficava no que poderia ser considerada a maior área reflorestada do país. Um local único e de beleza extrema, mas que quando a rodovia não funcionava, se tornava desabitado. Para piorar a situação, o que se tinha após toda a enorme área era gigantescas fazendas. – Não quer dizer que não tenha outra coisa. Podemos achar um desses motéis de beira de estrada e aqui é uma rodovia afinal, logo encontraremos nem que seja um posto de combustível. – segurou a mão da garota tentando a passar apoio.

– Posto? – Erza a encarou.

– Isso, quero dizer, já andamos bastante e ao que parece estamos saindo da área de preservação obrigatória. Tenho certeza que logo vamos encontrar um posto ou algo assim, pode ter certeza também. – sorriu.

– É, faz sentido, se não podem construir nada assim na reserva um pouco antes e um pouco depois vai ter um posto. – a ruiva falou mais para si mesma, precisava se acalmar. – Talvez possamos achar esse lugar ate mesmo hoje. – deu um sorriso fraco.

– No máximo amanhã. – tentou soar o mais animada e confiante que poderia.

– É no máximo amanhã. – concordou e logo passou a mão pelo rosto dando um longo e pesado suspiro. – Agora, vamos falar de outra coisa, eu não posso ficar pensando tanto em algo assim. – pediu fazendo Lucy dar um breve sorriso.

– Bom. – tentou achar um assunto. – A cor do seu cabelo é natural? – coçou a cabeça observando enquanto a ruiva a encava incrédula. – Estou dando o melhor de mim, estou em um momento de tensão, nunca pensei que teria de dar apoio a grande Erza. – explicou ganhando um sorriso da outra.

– As pessoas têm uma ideia tão estereotipada de mim. – suspirou como se isso a cansasse.

– Eu sei como é, sou vista como a princesinha mimada, fútil e estúpida. – fez uma careta.

– Não é? – brincou, mas no fundo Lucy sabia que era exatamente assim que sempre foi vista.

– E você é um monstro insensível e metido? – arqueou a sobrancelha.

– Malditos estereótipos. – a ruiva murmurou fechando a cara.

A conversa fluiu para assuntos diversos. Muitas vezes se parecendo com uma aula como quando Erza contava sobre um acontecimento em um esporte e acabava tendo que explicar as regras do jogo, ou quando Lucy contava de encontros e lugares que havia ido e terminava por explicar quem era quem e as características de determinado país.

– Estamos interrompendo a conversa? – Sting perguntou saindo logo atrás de ambas o que fez Lucy dar um pulo e Erza erguer uma faca da direção dele. – Que isso minha gente? – arregalou os olhos.

– Não me assuste assim. – a ruiva reclamou. – E se continuar escondido para me assustar Natsu, eu vou te considerar um inimigo. – avisou mais alto para logo em seguida um rosado assustado aparecer com as mãos erguidas.

– Eu me rendo, perdi. – o rosado engoliu seco.

– Então, acharam algo? – Erza ignorou o rosado.

– Que preste? Não mesmo. – Sting bufou e só então Lucy notou que estava apenas com a jaqueta jeans, a blusa estava em sua mão sendo usada como sacola para algo.

– Claro que sim, eles que não sabiam procurar. – Natsu tinha um sorriso animado quando pegou a blusa e colocou alguns frutos desconhecidos sobre a grama. Eram todos verdes e ovais, além de terem no máximo cinco centímetros.

– O que é isso exatamente? – perguntou pegando um, já havia visto jogados pelo chão do próprio colégio, só não tinha conhecimento de ser algo comestível. Não o fruto, apenas o caroço central e esse deveria secar antes de ser consumido. Ao menos se quisesse fazer isso em segurança.

– Imaginei que uma princesinha como você não iria reconhecer. – desfez do comentário com certo preconceito.

– Isso não é comestível. – Erza avisou no momento que o rosado mordia retirando uma pequena lasca.

– Eu sempre comi quando pequeno, lembra de quando éramos menores e você me jogava essas coisas na cabeça? – sorriu animado.

– Não é gostoso e não enche, mas dá pra comer. – Sting se sentou.

– O jeito é esperar os outros. – a ruiva suspirou.

– Não desfaça da comida que eu consegui. – reclamou emburrado.

Lucy levou um dos frutos ate a boca e então mordeu de leve constatando que era duro e assim como lembrava o caroço ocupava cerca de noventa por cento do fruto. Definitivamente não iria os satisfazer, talvez ate piorasse a situação. Ainda assim a fome fez com que não só ela, mas os outros três comessem o máximo possível.

– Parecem um bando de esfomeados. – Gajeel falou assim que saiu da mata. Como Sting, ele havia usado a sua blusa como sacola e tudo o que Lucy pensou foi em rezar para que não fosse o mesmo fruto que Natsu havia trago.

– E se não tivéssemos achado nada, estaríamos ferrados. – Gray notou que grande parte já havia sido comido. Fez uma careta. – De quem foi a ideia de comer isso? – franziu a testa e olhou para Natsu. – Já sei.

– Quer me dizer algo? – o rosado cerrou os olhos.

– Quero. Que você é um idiota, vocês quatro vão ter diarreia. – respondeu olhando desafiadoramente para o amigo.

– Quer brigar é? – Natsu se ergueu e por um breve momento os demais deram um sorriso. Pouco a pouco Gray estava voltando a ser o de sempre.

– Fiquem quietos. O que vocês acharam? – Erza jogou fora o caroço do fruto que comera a pouco e encarou os amigos.

– Não sei o nome, mas é gostoso. – Gajeel tinha um sorriso no rosto quando despejou pequenas frutas escuras de sua blusa. Tinham o tamanho de uma azeitona e uma casca entre o roxo e o negro.

– E isso. – Gray retirou dos bolsos diversas frutas amareladas. Pareciam um pequeno tomate, com a casca brilhante e de aparência delicada.

– O que é isso? Um tomate amarelo? – Natsu já havia esquecido a briga e agora pegava um para analisar, cheirou. – Parece ser venenoso. – olhou o amigo.

– Então vamos morrer, já que demoramos porque estávamos comendo. – Gajeel moveu os ombros.

– Não é venenoso. Não são na verdade. – Lucy pegou uma da cada. – Se não me engano a amarela é Uvaia e essa pequenininha se chama Tarumã, são frutas típicas e raras. – explicou.

– E como sabe isso? – Sting já mastigava uma uvaia. – Uau, isso é gostoso. – pegou outra e mordeu também.

– Eu conhecia uma pessoa que gostava de suco de Uvaia e em uma das fazendas do meu pai é cheio de tarumã. – falou rápido colocando uma tarumã na boca.

– Ah, isso me faz lembrar. – Gray tirou algo semelhante a pera pequena do bolso. Estava extremamente madura, quase passando do ponto. – Aqui. – entregou para Lucy.

– Uma pera? – Erza arregalou os olhos.

– Acho que é, estava em uns arbustos pequenos. – deu ombros.

– Tentamos achar outra, mas boa só tinha essa e outra que um pássaro estava bicando. Comemos a outra e trouxemos essa para a Lucy. – Gajeel explicou.

– Mas... Por que para mim? – os encarou sem entender.

– Algumas coisas não se perguntam, se comem. – Gray falou dando por encerrado o assunto.

Não demoraram muito a comerem todas as frutas – com Lucy dividindo a sua pêra com Erza – e embora não se sentissem completamente satisfeitos, se sentiam mais motivamos a voltarem a caminhar. Natsu e Sting ainda voltaram com Gajeel e Gray atrás de mais frutas, mas conseguiram apenas mais algumas Tarumãs, já as Uvaias haviam acabado.

Caminharam por cerca de duas horas para que a paisagem que antes era uma mata densa em ambos os lados se tornasse um morro a esquerda e uma plantação de eucaliptos a direita. Talvez pelo horário ou pela própria plantação ao redor o calor aumentou de acordo que o tempo passava. Chegando a ficar insuportável por alguns momentos.

Demoraram algumas horas para passar pela área de plantação de eucalipto e então na direita da rodovia se estendia apenas uma grande área verde um pouco seca, com arbustos rasteiros e algumas árvores finas e contorcidas em si mesma. Semelhante ao cerrado. O que fazia sentido na percepção de Lucy, já que algumas das frutas recolhidas eram típicas do cerrado mesmo.

Demoraram mais algumas horas e então pararam para descansar e comer o restante das frutas. Mais cedo quando haviam comido, o que Natsu e os demais pegaram parecia ser uma quantidade suficiente. Porem, assim que se sentaram para comer, as frutas acabaram mais rápido do que poderiam imaginar e mesmo que quase todos tivessem saído para procurar algo, não encontraram nada comestível.

Foi com um clima bem mais desanimado e denso que todos se ergueram para continuar a caminhar.

Lucy estava sendo carregada mais uma vez por Natsu o que a fazia se sentir estranha. Se por um lado estava empolgada e ate feliz por esta tão próxima do garoto, por outro lado toda esta empolgação se esvaia completamente. De todos do grupo o rosado era o único que não tinha um relacionamento no mínimo amigável com a loira. As poucas palavras que trocavam geralmente eram de desprezo por parte dele e acuamento pela dela. No fim Lucy se sentia desconfortável próxima a Natsu, como se qualquer movimento seu fizesse o garoto a deferir xingamentos. Seria medo? Não fazia sentido ela sentir medo de alguém que sempre foi apaixonada.

Mas desde que tudo começou o que sentia por ele estava sendo posto a prova. Quanto ela continuaria a sentir depois que o rosado havia se mostrado tão rude com ela apenas? Se lembrava de Gajeel falar algo sobre Natsu não gostar da família Heartphilia. Sentia raiva com isso, ela não era culpada por ter nascido filha de Jude. Lucy nem ao menos gostava disso, preferia ser uma pessoa normal. Isso. Sempre quis ser alguém normal.

Foi retirada de seu pensamento quando pensou ter visto um vulto atrás de si. Piscou os olhos se movendo um pouco, o que fez o rosado a segurar mais firme, e então olhou para trás forçando a vista. Estaria alguém os seguindo? Talvez um sobrevivente do próprio acampamento. Conseguiu ver apenas uma pessoa andando ainda que distante.

– Natsu, espera um pouco. – pediu curiosa.

– O que foi? – a entonação dele parecia de alguém sem nenhuma paciência, como se estivesse cansado das exigências dela. Contudo era a primeira coisa que Lucy pedia para o rosado em toda a sua vida.

– Eu vi alguém. – ignorou o que ele havia dito e continuou a olhar para trás.

– O quê? – se virou de primeira na mesma direção que Lucy.

– Ali, nessa direção. – apontou rapidamente.

– Aconteceu alguma coisa? – Erza perguntou.

– Uma pessoa. – Natsu respondeu sorrindo. – Ei, você ai! – gritou chamando erguendo uma das mãos o que fez Lucy passar a perna em volta da cintura dele com força causando dor no pé machucado.

– Calma Natsu. – Gajeel falou.

– Calma o que? Esse cara pode ter um telefone ou...

– Não ser um cara. – Erza murmurou olhando fixamente na direção da figura que se aproximava.

– Ele pode ser um... – Lucy deixou a frase pela metade e sentiu o corpo se tencionar ao notar que o andar era extremamente cambaleante. – Meu Deus. – murmurou deixando a boca entreaberta.

– Calma, pode ser só uma pessoa cansada. – Erza falou para todo o grupo.

– Eu vou lá ver, qualquer coisa acabo com ele. – Natsu tirou o facão da calça jeans, parecia com raiva, como se ao não ser um humano, o morto-vivo tivesse o ferido intimamente.

– Mas eu estou aqui atrás! – Lucy arregalou os olhos, vez ou outra o rosada parecia se esquecer dela ali, como se fosse normal ter uma garota em suas costas. Poderia ser romântico se ela forçasse seu lado sonhador, contudo na atual situação esse lado não poderia existir e ela achava apenas perigoso.

– Natsu. – Erza o chamou fazendo o garoto parar. – Espere um pouco, é melhor termos certeza. – completou.

– Certeza do quê? – se virou de uma vez para a ruiva.

– Espera ai. – Lucy pediu elevando a voz. – Primeiro me deixa descer. – estava mais firme do que era costume. Soltando um suspiro incomodado por ter que fazer o que a loira pediu, Natsu a colocou no chão.

– Pelo jeito é um desses bichos nojentos mesmo. – Gajeel já tinha o pé de cabra a posto.

– Mas, fora da reserva? – Gray não queria acreditar de forma nenhuma.

– Pode ter saído de lá assim como nós. – Lucy o encarou por alguns instantes e então abaixou a cabeça, queria se convencer disso, mas de alguma forma ela sabia que não era o caso.

– Temos que acabar com ele de uma vez, ou vai ficar nos seguindo. – Gajeel avisou fazendo todos voltarem a encarar o morto-vivo novamente. Estava mais próximo fazendo com que o andar cambaleante ficasse mais evidente assim como um boné amarelo e um macacão jeans.

– Eu vou. – Natsu quase rosnou.

– Não! – Erza o segurou embora o rosado não tivesse se movido ainda. – Você não. – foi tudo o que falou trazendo um olhar incrédulo de Natsu para si.

– Deixem de conversa. – Gajeel murmurou impaciente se dirigindo ate o morto-vivo.

Lucy desviou os olhos, não tinha interesse em ver a cabeça do que um dia já foi humano ser esmagada por um pequeno pé de cabra. Não tinha interesse nem em saber que algo assim estava acontecendo. Ainda assim escutou de longe um som abafado e úmido antes do barulho de um corpo no chão. E depois mais um som abafado, porem mais úmido. E outra vez e de novo, de novo e de novo.

Então parou.

Quando voltou a olhar pode ver Gajeel de pé e um corpo no chão. Um sentimento ruim se apoderou dela, não soube dizer se era devido ao fato de que o que um dia já havia sido humano estava caído no chão com a cabeça esmagada ou se era porque ver aquele ser ali indicava que o pesadelo estava além da reserva.

– Talvez tenham outros. – Gajeel avisou se aproximando, as palavras fizeram Lucy estremecer. Não queria que existissem outros. – É melhor irmos de uma vez. – completou serio.

– É. – Erza foi a única que concordou, a voz um pouco abalada.

– Deixa que eu te levo Lucy. – Gray se virou para a loira que o encarou firme. Queria encontrar auxilio nos olhos do moreno, porem ele estava mais transtornado do que qualquer um ali. Era ele quem precisava.

– Calma. – murmurou tremula e deu um sorriso de lado. – Vai ficar tudo bem. – não tinha nenhuma certeza.

– Eu sei. – assentiu se abaixando para que Lucy conseguisse subir em suas costas.

Ninguém mais trocou nenhuma palavra, nem mesmo Sting e Natsu quebraram o silencio enquanto caminhavam. Já Lucy nem ao menos abriu os olhos, passou todo o tempo com a cabeça abaixada, apoiada no ombro de Gray, estava mais o abraçando do que se segurando.


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Notas finais do capítulo

Então? Quem está decepcionado com o aparecimento do primeiro zumbi que eles matam levanta a mão o/o/. Eu sei que foi decepcionante, mas não se preocupem, logo outros irão surgir e suprir a necessidade que possuem de seres morto-vivos e podres.

Sim, logo eles estarão de volta.

Também está tudo parado, eu sei, mas calma, ainda estão perdidos, só que no asfalto. A ação demora um pouco mais. No próximo capitulo eles vão sim encontrar algo, então não deixem de acompanhar.



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