Regressive Infectio escrita por Inocense


Capítulo 7
Capitulo 06


Notas iniciais do capítulo

Olá gente. Então no dia certo estou aqui, mais uma vez postagem programada, mas a vida não esta fácil para ninguém, contudo desde vez estou programando a menos tempo, não foi na postagem passada. Então posso dizer que adorei os comentários de vocês e como vi que o que mais incomoda é o tempo que demora para ser atualizada vou mudar.
Sim, pediram pediram e surtiu efeito. Não vai ser um por semana, não consigo fazer isso, mas será de dez em dez dias. Menos que isso não consigo U_U pois é, faço arquitetura não tenho tempo nem para respirar.
Sobre o capitulo... Bom, está mega parado, mas é um dos mais importantes na história por mostrar algumas partes que serão bem exploradas, no final ressalto elas xD
A revisão esta meia boca porque ando sem tempo, mesmo assim fiz, então qualquer erro me desculpem.



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– Eu acho que estou vendo a rodovia. – foi o grito de Sting que a despertou.

Em um susto observou tudo a sua volta sem conseguir distinguir nada que chamasse realmente atenção. Onde estava Sting e o mais importante, onde ele conseguia ver a rodovia que gritava tanto para anunciar?

– Calma ai princesinha, se ficar se mexendo tanto assim vai ser difícil te carregar. – Natsu falou de forma zombadora.

Lucy precisou de alguns segundos para notar que estava sendo carregada pelo rosado e então o rosto queimou. Os braços dela fixados em volta do pescoço do garoto e as mãos dele segurando as suas pernas com força. Firmes. O coração bateu tão forte que ficou com medo que ele sentisse já que estava em contado com suas costas quentes. Quente, Natsu era tão quente.

– Desculpe. – murmurou depois de algum tempo e logo avistou Sting aparecendo na frente deles com um sorriso no rosto.

– Eu acho que a vi, esta há no máximo meio quilometro descendo aqui reto. – apontou na direção que havia ido.

– Não acredito. – Erza deu um sorriso contente.

– Então vamos de uma vez. – Gajeel também sorria animado. Em seus olhos um brilho que Lucy não via desde que Levy havia morrido.

– Agora eu estou animado. – Natsu ajeitou Lucy em suas costas como se ela fosse uma mochila. – Cuidado ai princesinha, porque agora vamos ir à velocidade máxima. – avisou enquanto começava a correr.

– Natsu, cuidado para não a deixar cair. – Erza gritou correndo atrás de ambos.

O rosado merecia as medalhas que ganhava no colégio com toda a certeza. Mesmo com Lucy nas costas e já tendo andado por um bom caminho, ele ainda era o segundo que corria mais rápido, perdendo apenas para Sting que animado ia à frente, falando coisas desconexas sobre o que iria fazer assim que chegasse a casa.

Demorou cerca de cinco minutos para que a loira visse a rodovia. Foi quando Natsu começava a perder um pouco o ritmo, mas avistar o que considerava a sua salvação, fez com que o rosado voltasse a correr e mais rápido ainda.

A rodovia era um local de duas pistas de cada lado, um asfalto novo e escuro com marcações em cores que se destacavam e que quando a noite chegava, brilhavam ao serem iluminadas pelos faróis dos carros. Nas suas laterais havia o acostamento e então uma área de quase dois metros de grama que serviam para fazer a divisão entre o asfalto e o inicio da floresta. Era nesta local também onde placas informando o limite de velocidade ou quanto tempo faltava para chegar a uma cidade, eram alocadas. Placas estas que também brilhavam quando iluminadas a noite.

Assim que Natsu chegou ao local da rodovia ultrapassou a área de gramado e se ajoelhou no asfalto, na área de acostamento. Lucy se apressou em sair das costas do rosado antes que ele a derrubasse ou fizesse algo do gênero.

Aproveitou que estava no chão ela mesma, sentindo a textura do asfalto sobre suas mãos para poder em fim se sentir realmente feliz. Era o fim de uma semana e meia do mais puro terror, medo e desespero. Agora tudo ficaria bem, ela logo veria os amigos e se sentiria segura novamente. O mais próxima de feliz.

– Conseguimos. – Sting sorriu. – Vocês me ouviram? Nós conseguimos. – berrou a ultima parte girando em volta de si mesmo e esticando os braços.

– Estamos salvos. – encarava a sua volta completamente extasiada.

Lucy observou o grupo por um tempo, gritavam e pulavam de forma completamente desordenada. Pareciam ter se esquecido de qualquer tristeza que tivesse ocorrido, como se a felicidade de deixar o pesadelo para trás fosse tão grande que simplesmente amenizasse qualquer outro sentimento que estivesse no coração das pessoas. A alegria e felicidade eram dois sentimentos poderosíssimos, pensou nos diversos minutos enquanto que prestava atenção neles.

A felicidade é uma ilusão não condizente com a realidade, era uma das frases de seu pai. E foi o que veio na cabeça um segundo antes de notar o que deveria ser obvio caso não fosse à felicidade exagerada que sentia.

Foi quando as lagrimas começaram a cair.

– Erza. – chamou, porem a voz não passou de um sussurro. Não. Era só uma hipótese, o que haviam conversado. Não tinha como o pesadelo se estender. – Erza. – chamou mais alto fazendo com que Gray olhasse na sua direção. O corpo tremia quando ela começou a se erguer ignorando o pé que ardia de tanta dor. – Erza! – gritou apavorada e então todo o grupo a encarou, paralisado.

– Lucy, você esta bem? – a ruiva perguntou sem entender o que realmente estava ocorrendo. Qual o sentido da loira ter uma feição tão desesperada? Pior ate mesmo do que na primeira noite que fugiram ou quando Levy morreu.

– Vazio. – murmurou enquanto cambaleante e com pequenos pulos caminhava lentamente pela rodovia parando no meio, bem em cima da lista central amarela que dividia a ida e volta. – Não tem carros. – encarou a ruiva de forma firme.

– E daí que não tem carros? – Natsu tentava entender o que a loira queria dizer, mas seu raciocínio não a acompanhava, e pelo visto o de ninguém. Excerto por Erza que parecia ter pedido a cor repentinamente.

– Vamos ter problemas para conseguir carona? Qualquer coisa, o primeiro que passar vai parar, ate porque a Lucy e a Erza chamam muita atenção e...

– Gajeel, esta é a rodovia mais movimentada do Estado e não passa um único carro há dez minutos. – a voz de Lucy era firme quando encarou o moreno.

– Deve ter ocorrido um acidente que a bloqueou. – Erza murmurou tremendo. – Só pode ser isso. Não tem como... – a voz pareceu ser sumido. – Lucy, não tem como. – tentou ser firme.

– Do que estão falando? – Sting havia perdido o êxtase anterior e pela seriedade de sua expressão havia sido o primeiro a desconfiar.

– Uma hipótese. – Lucy murmurou encarando os próprios pés descalços, seu pé esquerdo estava quase o dobro do tamanho normal.

– Hipótese? – Gray a encarou sem entender.

– De que a Reserva não fosse o único local com aquelas coisas. – foi Erza quem respondeu. – De que a reserva tenha sido ocupada por eles de fora para dentro. – completou.

– Você só pode estar louca. – Natsu gritou enquanto se encaminhava em direção a ruiva. – Se isso for verdade, o que aconteceu com a nossa cidade, a nossa família? – arregalou os olhos encarando a amiga que apenas se manteve em silencio, por quase um minuto. – Temos que voltar para a nossa cidade agora. – mudou completamente a expressão.

– Natsu. – Gajeel o encarou.

– Eu não sei se isso pode mesmo ter acontecido. – se encaminhou em direção à loira. – Mas independente se tenha ou não, eu vou chegar a casa o mais rápido possível e ver como esta a minha família. – em um movimento rápido a ergueu e colocou sobre os ombros passando para as costas. – Sugiram que façam o mesmo. – encarou cada um por alguns instantes.

– Não sabemos exatamente onde estamos. – Erza tentava ser sensata, o medo não a faria sair da situação.

– Mas sabemos para que lado fica a cidade, quando passar um carro ou vermos uma placa daremos um jeito. Não vou ficar parado levantando hipótese enquanto a minha família estiver em perigo. – a forma que ele olhava a ruiva indicava que estava a desafiando.

– Ele tem razão, tomem cuidado e continuem prestando atenção. – Gajeel concordou com o rosado.

– Isso, vamos na direção da nossa cidade então. – Erza definiu enquanto começava a caminhar pela rodovia.

Lucy encarou as coisas a sua volta. Lembrava-se que de ônibus haviam demorado um dia e meio ate a reserva, seguiram pela rodovia por toda tempo que ela chegou a imaginar que a mesma tinha um tamanho infinito. A pé, quanto tempo demorariam a chegar à sua cidade e como as coisas estariam quando chegassem lá?

Engoliu seco. A perspectiva que tinha antes era extremamente desanimadora. Voltar para a casa em um período anterior ao ataque no acampamento lhe parecia uma tortura, depois uma espécie de salvação. Como a única coisa a qual ela deveria se apoiar para voltar. Virgo, Wendy, Rogue. Pilares que a mantiveram de pé. Como sempre acontecia. Agora voltar para casa era aterrorizante, porque Lucy sinceramente não sabia o que faria sem as pessoas que amava.

A sensação que sentiu ao perder Levy voltou com uma força mais poderosa e avassaladora. Embrulhava-lhe o estomago causando náuseas de pavor, ficou tentada a pedir que Natsu a deixasse no chão por um tempo, mas sabia que o medo e as sensações que trazia não iriam embora tão rápido. Então simplesmente apoiou seu rosto no próprio braço e deixou as lágrimas saírem.

Caminharam grande parte do dia pela rodovia, não houve um único carro passando ou sinal de vida existente. Eram apenas eles e a rodovia. Um tanto mais perturbador do que a floresta. Isso porque ao menos na mata conseguiam encontrar maçãs e outro tipo qualquer de comida. Além de terem esperança de conseguirem sair e serem salvos. Agora haviam saído, tinham menos comida e ao que parecia, menos água também. Agora a esperança de realmente fugirem do pesadelo em que viviam parecia mais infantil e irreal a cada minuto em que nenhum carro ou ser vivo aparecia.

– Acho que seria bom pararmos por aqui. – Sting escolheu um local qualquer. Em nada tinha de diferente dos demais, apenas a rodovia, espaço de grama e floresta.

– Pararmos? – Natsu perguntou ofegante, desde que começara a andar não havia falado ou respondido ninguém. Nem mesmo Lucy que o avisou que estava a carregando já há algum tempo. Não entendia os motivos do rosado, mas não conseguiu fazer muito quanto a isso.

– Logo vai escurecer, estamos todos com fome e sede. – Sting explicou a situação de forma firme.

– Temos que nos manter ate chegarmos lá. Morrer no caminho de sede, fome ou fadiga não adiantará em nada. – Erza parecia ter pensado nisso por um bom tempo. – Olhe para você mesmo, está cansado, se der mais um passo é capaz de desmaiar. Natsu, às vezes parar é a melhor coisa a se fazer quando estamos com pressa. – se aproximou do amigo.

– Não me venha com frases de efeito Erza. – resmungou qualquer coisa indo ate a área gramada e se abaixando para que Lucy descesse, mais gentil do que ela imaginou que ele seria capaz de fazer em seu atual estado. – Vou ver se acho algo para...

– Vai descansar. – Gray o interrompeu. – Eu vou olhar em volta a procura de qualquer coisa que possamos comer. – completou.

– Eu e o Sting vamos junto. – Gajeel informou.

– Tentaremos dar um jeito de tornar isso mais seguro. – Erza informou se sentando no chão.

Lucy observou enquanto Gajeel e os demais entravam na floresta e então ficou quieta. Seus olhos voaram para o céu em uma constatação que havia chego há algumas horas, quando ainda estava sendo carregada por Natsu. Uma constatação que deixava seu estomago mais e mais embrulhado.

– Acha que esta acontecendo o que pensamos? – Erza que estava ao seu lado perguntou, a voz era amena, como se não quisesse chamar a atenção do rosado que se encontrava deitado na grama.

– Não quero ser pessimista. – murmurou em resposta de forma pensativa. Não queria que ninguém ficasse tão alarmado quanto ela, ou desconfiado. Talvez fossem apenas especulações.

– Notou mais algo que ache que eu quero saber? – a pergunta mudou, mas era atrás da mesma resposta.

– Querer? – encarou a ruiva que apenas manteve o olhar firme nela. – Só estava reparando uma coisa. – suspirou voltando a encarar o céu. – Muitos voos do aeroporto da nossa cidade passam por aqui e alguns ate bem baixos pelo índice de aeronaves privadas. – explicou, se lembrando de ter ouvido isso em um dos jantares que havia ido com seu pai.

– Não passou nenhum hoje. – Erza parecia ter notado o mesmo.

Lucy olhou na direção de Natsu, porem o rosado já dormia espalhando os braços e as pernas de forma desleixada. Ninguém diria que há alguns minutos ele caminhava sem parar e tinha um grande objetivo em mente de forma tão fixa que mesmo quase caindo de cansado, tiveram que o convencer a parar.

– Não sei se estou certa. – voltou ao falar após ver que o rosado dormia. – Mas faz mais de um dia que não passa nenhum. Na realidade a ultima vez que vi estava no acampamento e na primeira semana. – completou.

– Não deve ter prestado atenção. – Erza fez pouco caso.

– Minha mãe gostava de astrologia e eu gosto de olhar para o céu porque imagino que ela esta lá. – por um breve instante estava vendo a sua mãe. – Sempre presto atenção, só não havia notado como o céu estava calmo demais para essa área, ainda mais por ser meio de ano, mas como disse, assim como o sumiço dos carros, é só uma hipótese. – completou.

– Vamos nos basear na hipótese de que nenhuma hipótese esteja certa. – Erza murmurou suspirando fundo. – Venha, vamos tentar arrumar isso aqui. – chamou e Lucy assentiu.

Não fizeram muito no local. Faltavam instrumentos necessários e vontade de procurar, no cansaço apenas tiraram algumas pedras maiores e mais incomodas para deixar o local mais confortável para passarem a noite. Quando Sting e os demais voltaram sem conseguir algo para comer, apenas decidiram quem ficaria de guarda – Lucy e Sting – e se deitaram.

– Ei, Blondie. – Sting a chamou após quase uma hora de silencio por parte de ambos. Lucy o encarou por alguns instantes.

– Não me chame de Blondie, que você também é loiro. – cerrou os olhos, por algum motivo ser chamada de Blondie por alguém mais loiro do que ela era... Irritante.

– Hm, tanto faz. – sorriu por alguns instantes, um sorriso fraco que não se assemelhava as notórias gargalhadas do loiro.

– Algum problema? – se virou completamente na direção dele. Não era possível ver muito, não havia nenhuma luz na rodovia, a iluminação publica não funcionava e a lua estava parcialmente encoberta.

– Eu queria que você fosse sincera comigo. – ele pediu deixando Lucy sem entender, ela observou o garoto se aproximar dela ate que seu rosto ficasse visível. – A Erza esta tentando nos proteger. – explicou fazendo a loira arregalar os olhos. – Eu posso não parecer, mas noto algumas coisas. – abaixou a cabeça, um tanto contrariado. – Sinceramente, vocês acham que isso surgiu na reserva ou entrou? Porque o fato da rodovia estar vazia pode ser por um motivo diferente.

– Sinceramente? – o encarou, o machucado no supercílio já estava desinchando o que ia fazendo com que Sting perdesse a única coisa que não o deixasse anormalmente bonito, contudo com uma expressão tão seria, tensa e concentrada o deixava semelhante a um Deus implacável. – Eu estou tentando ser positiva, eu e a Erza. – foi sincera. Lucy tentaria de todas as formas negar o que estava ocorrendo ate que fosse tarde demais.

– Sem o positivismo, sendo realista. – o loiro pediu serio.

– Não posso te dizer que todo o mundo foi atacado e somos os últimos sobreviventes se é isso o que esta esperando. – cruzou os braços, porque ele estava perguntando a ela para inicio de conversa? Seria melhor se perguntasse Erza. – Se tivéssemos passado todo esse tempo apenas perdidos na floresta e chegássemos nessa situação, não pensaríamos em um ataque destas coisas, talvez seja só trauma. Talvez o que precisemos mesmo é de diversas consultas com profissionais. – tentou deixar a conversa leve.

– Mas desconfiaríamos de algo estranho. – deduziu.

– Algo definitivamente esta estranho. Os postes não funcionam, os carros não passam e nem aviões ou algo do gênero. Parece-me que o mundo parou. – olhou para o céu por alguns instantes, na noite em questão não haviam estrelas. Apenas escuridão.

– Então é melhor esperarmos o pior. – Sting decidiu por si só.

– Discordo. Se esperarmos o pior... O que vai nos sobrar? – mordeu os lábios. O pior seria como em filmes? Cidades tomadas, milhares de mortos, um mundo tomado por inimigos que já foram cidadãos os quais você conviveu, sua família e amigos. Não. Não iria existir mais família e amigos, apenas medo, terror e solidão. Era esse o pior, e ela não acreditaria nele, não se não se provasse impossível de acreditar em outra coisa.

– Sobreviver. – moveu os ombros.

– Pra quê? – questionou.

Sting não respondeu. Seus olhos viajaram por toda a extensão da escuridão a sua volta como se procurasse poder achar algo que chamasse a sua atenção, ou que o desse uma resposta. Não achou. Ficou em silencio por diversos minutos, incapaz de falar. Quando em fim voltou a encarar Lucy e falar algo, a conversa era sobre outro assunto.

Quando Lucy acordou no outro dia o sol já havia nascido há algum tempo, estava fraco e extremamente claro. Sentia as pernas parcialmente congeladas e tremia. Com toda a certeza seria um dia frio e talvez chuvoso. O que era parcialmente bom, já que assim poderiam beber um pouco de água. Sua boca já estava seca e rachando, assim como o estomago reclamava por comida.

– Temos que procurar alguma coisa para comer. – Natsu parecia ter lido seu pensamento de inicio, demorou um pouco para ver que ele e Gajeel estavam em uma discussão sobre qual o próximo passo a ser feito.

– Se seguirmos vamos acabar encontrando algo. – Gajeel rebateu serio.

– Asfalto, vamos encontrar asfalto, eu não sei você, mas ao menos o resto aqui não come isso. – foi enfático.

– O que esta acontecendo? – perguntou para Gray que parecia ter acordado a pouco também.

– Os dois estão tentando fazer o outro desistir da sua ideia, como sempre fazem. – o moreno respondeu não se importando muito. – E como vai o pé? – a encarou.

– Melhor que ontem. – não queria lhe contar o quanto doía e incomodava a ponto de quase chorar de dor às vezes. Não queria Gray mais culpado.

– Bom saber. – deu um sorriso fraco em sua direção.

– Não precisa ficar se sentindo culpado. – foi sincera. – Eu estou bem, não se preocupe com isso ok? – deu o seu melhor sorriso para o moreno.

– Eu ainda nem te pedi desculpa. – suspirou sem desviar os olhos dos de Lucy.

– Não precisa, foi só um acidente, um pouco doloroso, mas só isso. – moveu os ombros. – Eu não te considero culpado, na verdade vou me sentir mal se você ficar se martirizando. Então se sinta bem, por mim. – completou o fazendo arregalar os olhos.

– Você deveria escutar a Blondie. – Sting tinha um sorriso enorme no rosto, parecia ter voltado a si mesmo e deixado sua aparência mais seria para trás. – Ela sabe o que diz. – completou se agachando ao lado da garota. – Então Blondie, vai ficar o dia inteiro ai sentada ou vai subir de uma vez? – ergueu uma sobrancelha a encarando.

– Não me chame de Blondie! Você também é loiro. – Lucy rebateu. – E você que vai me levar? – se olhasse era o único que não havia o feito, então era um revezamento?

– O quê? – se fingiu de curioso e então arregalou os olhos. – Você prefere que outro leve? – aproximou o rosto da loira que apenas recuou.

– Não, só estava confirmando. – se defendeu indo para trás.

– Sei. – se fez de desconfiado. – Vamos de uma vez então. – deu um sorriso se virando.

Lucy suspirou por alguns instantes e então colocou as mãos no ombro de Sting. Talvez pela dor do dia anterior e o medo, ela não havia achado a situação tão constrangedora, ou poderia ser apenas Sting, mas no momento em que o loiro se ergueu com ela em suas costas Lucy sentiu o rosto esquentar e arder.

– Acho que só agora notei o quanto isso é vergonhoso. – murmurou tocando o próprio rosto por alguns instantes. Parecia queimar.

– Hum? – Sting a encarou por alguns instantes para logo em seguida abrir um sorriso largo que a lembrou, por algum motivo o anti-herói Coringa. – E olha que não é você que esta se passando por burro de carga. – se virou para frente.

– Você esta piorando a situação. – murmurou sentindo o rosto arder em uma intensidade maior e causando uma sonora gargalhada do loiro, o que por si, chamou a atenção dos demais.

– Já vamos indo? – Sting perguntou ao notar o olhar de todos em si.

– Indo? Precisamos achar comida. – Natsu parecia desesperado para que fizessem o que ele dizia.

– Ontem procuramos por todo o arredor aqui. – moveu os braços indicando toda a área em volta. – Não tem nada frutífero aqui perto. – completou.

– É o que estou tentando falar com ele há horas. – Gajeel bufou irritado.

– Andando não vamos achar nada. – Natsu estava exasperado.

– Procurando onde não tem não vamos achar nada também. – Erza já se encontrava cansada da discussão. – Vamos andar um pouco e então procuramos comida. Por aqui sabemos que não tem. – as palavras poderiam parecer uma alternativa amigável, mas Lucy já estava no grupo a tempo suficiente para ter certeza que era uma ordem que não deixava margem para questionamentos. Não que ela fosse questionar, embora sentisse fome, sabia que era mais sensato seguirem e depois tentar achar algo para comer.

Como uma criança birrenta Natsu tentou argumentar algumas vezes, mas não demorou muito para que acabasse cedendo, não sem uma pressão de Erza ou sem reclamar. Então, logo começaram a percorrer o caminho. Estavam em uma parte da rodovia cheia de curvas extremamente acentuadas, o que dava uma sensação de caminharem em círculos por horas a fio. Como se estivessem fugindo de algo que nunca iria os deixar se afastar.


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Notas finais do capítulo

E ai? Meio que trauma neh? Bom, o que acho que devem prestar atenção porque vai ser importante é essa preocupação do Natsu com a família, na fic a família dele tem MUITA importância, não só quanto a Lucy, mas toda a situação. Tem também a forma que o Sting vê as coisas, um lado mais sombrio dele que vai ter muita importância pra frente, esse laço com o Gray que não tem tanto importância assim, mas eu gosto então quero que prestem atenção, mas o principal é o mundo fora da reserva. Nem preciso pedir para prestarem atenção, porque estamos chegando na parte em que isso vai ficar em evidência e no próximo capitulo teremos a participação especial de um amigo zumbi *-* só então a diversão começa.
Ah, e o próximo sai no dia 17, sim em dez dias exatos. Cinco a menos neh? Espero que comentem esses comentários lindo e continuem me motivando a postar mais e mais.



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