Regressive Infectio escrita por Inocense


Capítulo 34
Capítulo XXVIII


Notas iniciais do capítulo

Olá, depois de tanto tempo, como anda a vida de vocês? Ainda por aqui? Alguém... Ei... Tá parei.

Desculpem pela demora, realmente tive uma serie de problemas que me impediram de continuar a postar. Trabalho, faculdade e tal, isso minha gente, é fichinha, quando a gente começa a ter um relacionamento que vimos que a vida realmente é complicada. Tive uma série de problemas devido a isso e mesmo sendo demitida do meu emprego acabei não tendo cabeça pra postar ou escrever.

Mas esse problema acabou... Porque meu relacionamento acabou também, graças a Deus, porque eu estava ficando psicótica e logo seria levada para um hospício KKKKK'

Sobre esse capítulo, dei uma pequena lida nele e corrigi algumas coisas, mas não garanto muito, porque ainda estou em fase de recuperação mental, logo erros passaram sim KKKKKK' Desculpem qualquer coisa e já vou responder aos comentários, mas achei que seria necessário primeiro postar ;D

Está um pouco pequeno, porque o próximo é bem especifico e bem tenso, então acabei achando melhor dividir um capítulo grande em dois pequenos e tal.

Bom, de toda forma, até as notas finais.



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— Já está escurecendo. – Gajeel avisou enquanto entrava na enfermaria. Em suas mãos um copo de capuchino.

— Tudo bem, agora fique quieto para que isso melhore. – foi tudo o que respondeu. Erza estava dormindo. Após retirarem o que parecia ser um pedaço de galho da coxa da mesma e oferecerem um analgésico para o restante do corpo, principalmente os braços que haviam a mantido por horas pendurada, a ruiva acabou adormecendo. Lucy sabia que sim, o remédio em questão causava uma extrema sonolência.

— Amanhã irei procurar por eles. – foi tudo o que o lutador respondeu enquanto se deitava na maca e ela fez um sinal positivo. Iria também. De alguma forma os dois homens que ela amava estavam perdidos em um local infestado de mortos-vivos e sozinhos. Ela com toda a certeza deveria ir atrás deles. De qualquer um deles. – Você foi bem hoje, não é tão fraca quanto faz parecer. – ele voltou a dizer chamando a sua atenção.

— Pensei que iria morrer. – admitiu o fazendo sorrir.

— Eu penso que todos nós iremos morrer todos os dias, desde que a Levy morreu. – admitiu tomando um gole de sua bebida. Lucy apenas encarou o machucado do lutador, ele havia dito com tranquilidade, mas de certa forma, talvez por sentir o mesmo, ela conseguia notar o quanto ele sofria.

— Eu queria ter feito algo para impedir. – a fala saiu involuntária, Gajeel não moveu um musculo, sua atenção era unicamente da bebida. – Era a que estava mais perto, mas apena fiquei com tanto medo e... Eu poderia ter ao menos tentado fazer alguma coisa. – continuou a dizer deixando algumas lágrimas caírem.

— É poderia! – concordou a fazendo engoli seco e arregalar levemente os olhos. – Mas por sorte você é medrosa e nos poupou o trabalho de cavar mais uma cova. – uma risada de escarnio saiu dos lábios dele e Lucy o encarou. – Ou mais de uma. Gray possivelmente estaria morto sem você, ele precisa de alguém. – continuou divagando enquanto observava o capuchino. – O que foi? – a encarou após alguns instantes. – Por que me olha com essa cara de espanto? – questionou.

— Nada, só que... Eu estava lá quando a sua namorada morreu e eu vi tudo, mas não me movi um milímetro para ajudar. Nem mesmo fiz um som de aviso para que alguém pudesse vir. Só olhei e chorei enquanto eles a matavam. – explicou. – Você não me odeia por isso? – questionou e ele sorriu de lado, completamente incrédulo.

— Eu não estava lá quando a sua melhor amiga morreu. Deixei ela sozinha, quando sabia que não conseguiria se proteger por conta própria e fiz isso apenas porque queria comer algumas frutas. Enquanto sua melhor amiga era atacada e morta, eu procurava maçãs. – ele soltou uma gargalhada fraca que mais pareceu um gemido de dor. – Você não me odeia por isso? – questionou fazendo com que mais lágrimas corressem pelo rosto da loira.

— Esse mundo é uma droga! – um soluço saiu dos lábios dela enquanto erguia a cabeça e tentava respirar normalmente. Deixou o ar entrar pela boca e focalizou um ponto qualquer no teto.

— Você não poderia fazer nada além de morrer com ela. – Gajeel voltou a falar, chamando a atenção de Lucy. – Foi uma sabia escolha, sobreviver. – era quase um elogio. – Confio em você, mais que o restante, mas sei de seus limites. Você não tem capacidade nenhuma de ir contra um desses. – era uma afirmação.

— Não é bem assim. – murmurou erguendo o rosto. – Se eu tivesse um pouco mais de coragem.... Só um pouco mais e tivesse uma arma. – as imagens de Levy sendo atacada surgiram na sua mente. – Eu conseguiria facilmente ter matado todos. – era uma afirmação também.

— É tão boa com uma arma assim? – questionou seriamente e ela apenas fez um sinal positivo. – E do que tem medo? – parecia interessado.

— Não é exatamente medo. – como iria explicar? – Só que não consigo atirar em um ser, não consigo matar. – se lembrou da mãe e do tiro que havia dado. Sabia a dor que causaria em si mesma, não conseguiria suportar, reviver tudo novamente.

— Você atirou no corpo do seu pai. – a frase dele não era uma acusação, mas ela ouviu como se fosse. – E defendeu Gray dele mesmo com muita ênfase quanto ao que ele fez com a Juvia. – completou.

— Bom. – respirou fundo. Não era uma acusação, não era. Apenas Lucy que se acusava do que fez. Ela não poderia se deixar abalar e entrar em desespero. Natsu não estava ali no momento e ela não sabia se conseguia voltar sozinha. – Não poderia deixar meu pai se tornar isso, não era o que ele iria querer. – respondeu simplesmente e se lembrou que mesmo assim, mesmo com um motivo forte, quase havia se matado em seguida.

— Imagino que esse tenha sido o pedido do restante, assim que nasceram pediram isso a Deus. – debochou a encarando. – Oh, senhor! Quero me tornar um morto-podre-vivo e comer pessoas. – ergueu as mãos como quem suplica algo.

— Claro que não! – estava sem paciência para uma brincadeira com algo tão serio.

— Então porque você só acha certo livrar seu pai disso? – agora sim, a pergunta parecia uma acusação. Lucy engoliu seco. – Acha que pode fazer algo de ruim para essas coisas? – questionou serio. – Você está superestimando a sua capacidade Lucy, não pode fazer nada pior do que já fizeram com eles. – fez um sinal negativo. Como se a loira fosse um caso perdido.

— É isso que usam? – olhou na direção de Erza. – Você, a Erza e o restante. Para se tornarem tão fortes e matarem eles. É isso que usam para que a culpa por estarem matando esses seres humanos não os atormente? – voltou a encarar o moreno.

— Tenho certeza que a Erza só usa a necessidade de sobreviver. – foi a sua resposta. – Você é ainda mais gentil que isso. – sorriu, um sorriso de quem está se lembrando de algo distante. Mas então o sorriso morreu. – Eu não. – encarou as próprias mãos. – Eu só quero destruir o máximo destas coisas que eu puder. – fechou as mãos em punhos. – Destruir tudo que me lembre dos malditos seres que mataram a Levy enquanto eu procurava a porra de umas maçãs. – os braços musculosos tremiam. – Eu só quero destruir até que não sobre nada. Até que eu consiga, parar de odiar. – completou e Lucy pela primeira vez conseguiu entender o lutador.

Gajeel era apenas um poço de raiva, cólera e ódio pelo mundo, pelos mortos-vivos e principalmente, por si mesmo.

.

.

.

— Vire a esquerda na rua de Terra. – pediu apontando na direção. Gray não conseguia ver nada de inicio, nem mesmo Erza ou Gajeel que estavam no banco de trás. Mesmo assim Lucy tinha certeza, era o caminho mais seguro.

Ao que parecia Erza havia visto o local em que Natsu e Sting haviam se escondido, para auxiliá-los atraiu a atenção dos mortos-vivos para si e por isso havia acabado tendo que se pendurar na arvore por horas. Ela quis tanto os salvar porque ao que parecia, ambos estavam feridos devido ao acidente. Estavam os dois nos bancos de trás, os dois sem cinto.

— Iremos por dentro da floresta? – Erza questionou um pouco nervosa. Ela sabia das suas limitações, na realidade sabia de limitação de todos ali. Gray e Lucy tinham ferimentos não completamente curados, Gajeel com uma perna destroçada e ela com um corte profundo na coxa que mal a deixava mover a perna esquerda, mas também tinha ciência de que deveriam ser rápidos ou não conseguiriam salvar os amigos.

E Erza nunca mais iria abandonar um amigo!

— Isso mesmo, você falou que eles entraram em um depósito, certo? – Lucy questionou.

— Bom, foi o prédio que te falei, se diz que é um depósito. – Erza não conhecia o lugar.

— É sim, uma das edificações maiores do vilarejo. – explicou. – Era uma das que iriamos ontem, antes de te acharmos. – sim, era a segunda possibilidade que Lucy havia listado e também era perto do local do acidente.

— Pode estar vazio. – Gajeel parecia tentar se animar.  – Depois do que fez ontem, eles devem estar do outro lado, na direção da cidade.

— Não sei se aquilo foi o suficiente. – murmurou incerta enquanto Gray realmente entrava em uma rua de terra.

Passou mais algumas coordenadas para o moreno. Por alguns minutos essa foi o único som dentro do jipe, estavam todos nervosos e ansiosos. Extremamente preocupados. Não demorou muito para chegarem ao local indicado por Erza. Uma construção de três andares, cinza e feita toda de metal. Era definitivamente um local feio, mas seguro se soubesse como usar.

— Não disse que estaria vazio. – Gajeel sorriu animado enquanto abria a porta do carro.

— Mas não está vario. – foi tudo o que Lucy respondeu de volta enquanto observava cerca de cinco ou seis seres próximos a si.

— Vamos de uma vez Lucy. – Erza chamou e então olhou na direção de Gray. – Não se esqueça, qualquer coisa dirija um pouco para longe e depois volte, não fique aqui se te virem. – já haviam feito o plano antes, mas ela se preocupava em deixá-lo sozinho.

— Não me faça me sentir mais inútil ainda. – ele soltou o ar pela boca sem a encarar e a ruiva sorriu enquanto fechava a porta com delicadeza.

As duas caminharam lentamente na direção do deposito, à frente Gajeel já havia abatido um ser e ia atrás de outro. Os demais vinham na direção dele. Lucy apenas observou enquanto Erza corria a frente e ajudava o lutador a abater os seres. As mãos da loira estavam firmes na pistola que tinha em mãos, mas mesmo após a conversa com Gajeel, não existia confiança em atirar.

Ela poderia tentar se lembrar de que o que fez com o pai foi a mesma coisa que Gray fez com Juvia, a salvou. Ainda assim, a memoria mais forte era de sua mãe e sua mãe não havia sido salva, havia sido assassinada!

Então apenas caminhou até eles e aguardou enquanto terminavam de abater os corpos. Os olhos dela estavam fixos na construção, sabia que a entrada principal deveria estar bloqueada, mas ela conhecia bem o a edificação. Sabia da porta lateral.

— Então é essa a porta que falou. – Gajeel analisou o enorme cadeado que trancava a porta. – Não acho que consiga arrombar isso sem fazer barulho. – avisou.

— Tente fazer o menor barulho possível. – Erza pediu olhando em volta atentamente. – Essa porta não se fecha sem o cadeado. – era verdade. A única coisa que mantinha a porta metálica fechada era o grosso cadeado, após o destruir a mesma não teria como ser fechada.

— Ok, ok! – com seu pé de cabra pequeno o lutador se posicionou.

Lucy não soube dizer se ele estava se esforçando para não fazer barulho, mas se estivesse, não funcionou muito, mais um pouco e ela diria que ele estava fazendo barulho de proposito. Quando olhou na direção de Erza, soube que a ruiva pensava o mesmo.

— Pronto, nem fez tanto barulho. – Gajeel parecia orgulhoso de si, elas preferiram não comentar nada.

— Vamos entrar de uma vez, de todas as formas ficarei na entrada, qualquer coisa aviso aos dois. – Erza avisou abrindo a porta.

— Se encontramos eles, avisamos você. – Gajeel garantiu enquanto andava de forma cautelosa pela edificação.

Lucy o seguiu com a arma erguida. Teria que usar. Sabia que se necessário teria que usar. Só rezava para que não fosse, rezava profundamente para que não fosse necessário que ela usasse. O local tinha que está vazio e os dois seguros.

— Hm. – Gajeel se virou para ela.

— O que foi? – questionou sem entender.

— Quem te ver com esse olhar determinado até pensa que é extremamente perigosa. – deu um sorriso sarcástico enquanto continuava a avançar.

— Você não está ajudando em... – a fala dela parou no momento em que observou um corpo caído no chão. Não era de seus amigos e sim de um dos mortos-vivos.

— Ao menos sabemos que eles podem estar aqui. – o lutador comentou. – Essas coisas não matam a si mesmas.

O primeiro pavimento era apenas um espaço de carga e descarga, então era fácil olhar tudo. Não encontraram os amigos, apenas notaram que o portão estava destrancado. Lucy se encarregou de colocar uma vassoura impedindo que o mesmo fosse aberto. Não era resistente, mas era o que possuíam de melhor no momento.

— Preste bastante atenção que aqui já vai ficar mais escuro. – Gajeel avisou no momento em que estavam chegando ao segundo andar. Os olhos dele estavam pregados nela enquanto dava o aviso.

— Tudo bem. – concordou e ele sorriu enquanto se virava para frente.

Foi rápido. Extremamente rápido. Lucy conseguiu apenas ver um vislumbre de algo vindo na direção do lutador. Até tentou abrir a boca para alertá-lo. Mas nem tempo para isso teve. No segundo em que o lutador se virou para frente para terminar de subir ate o segundo pavimento, também tombou para trás e então, enquanto deixava um gemido de dor sair de seus lábios, rolou escada abaixo.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Para quem sentia falta da profundidade do Gajeel, acabei aprofundando mais no personagem, farei isso com todos, mas achei que era o momento do Gajeel e o fim... O que aconteceu?? Posso dizer que não precisam se preocupar, minhas mortes são recheadas de drama, muitas lágrimas e momentos difíceis MUAHAHAHAH'

Mas não desconsiderem isso que aconteceu... Não desconsiderem mesmo.

Até a próxima, desculpem por meus problemas amorosos afetarem a fic kkkk' e comentem por favor :D