Regressive Infectio escrita por Inocense


Capítulo 27
Capitulo XXII


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas do meu coração! Voltei cedo não? Na verdade atrasei, havia criado um cronograma (criei um até o final do ano) e iria postar ontem, mas por problemas maiores não pude. Então só saiu agora mesmo XD

Esse vai para a Rebeca, primeiro porque ela merece só pelo celular caindo na cara. Isso já aconteceu comigo e dói (sim, meu celular é grande demais para a minha saúde kkk'). Então só por isso já merecia. Mas o principal motivo é pela recomendação divosa *-* viram que ganhei uma? Então, foi a Rebeca quem fez! Muito obrigada por suas palavras, são realmente lindas e me motivaram de verdade. Fizeram com que eu ficasse com um sorriso enorme no rosto. Muito obrigada mesmo e então esse capítulo é para você e embora o final possa não ser tão legal, considere com amor XD.

Para todos. Revisei esse capítulo sim, mas como sempre pode ter alguns erros. Então se acharem, podem me falar, o que eu menos fico é irritada com qualquer correção XD.

Agora, vamos ao capítulo.



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Andou lentamente. Ainda estava de dia, mas Lucy tinha que admitir a grande quantidade de arvores deixava o local mais escuro e úmido. O sol mal era sentido. Além disto, o que já deixava o local perigoso nos tempos atuais, ela estava sozinha. Sting ainda aguardava acima do muro e o restante estava do lado de fora.

Fazia vinte dias que ela não se afastava nem mesmo um segundo daquelas pessoas que se sentia desprotegida sem eles.

– Alguém? – chamou quando encontrou a cabine de segurança. Aquela em especifico era feita de madeira escura, poderia ser confundida com uma grande casa na arvore. Isso claro, se estivesse sobre uma arvore e não tivesse uma porta de metálica contra incêndio com um dispositivo de senha. – Oi! – chamou novamente. Mas não teve resposta.

Aproximou-se da construção e tentou abrir a porta. Trancada. Digitou a senha rapidamente e então teve a passagem aberta. Sem nenhum barulho que demonstrasse. Revelando um local escuro, as janelas fechadas não deixavam com que nada fosse visível, mesmo assim em questão de segundos as luzes, que como todas da área de segurança da mansão funcionavam por sensor de movimento, se acenderam.

Luz? Ah, claro, a sua casa tinha diversos geradores. O pai considerava ter que viver com serviço de outras empresas um sacrilégio. Ela agradecia a paranoia do pai.

Andou rapidamente ate a mesa de comando, mas estava desligada. Tratou de ligar o mais rápido possível e enquanto esperava o sistema ligar pegou o telefone branco que permanecia preso na parede. Ele era interligado a todos os locais de comunicação da segurança, inclusive as escutas dos seguranças e os rádios comunicadores.

– Alô! – chamou. – Alguém me escutando? Alô! – o tom aumentou, contudo toda a sua resposta foi o silêncio. Colocou o telefone no gancho e retirou rapidamente. – Alô, alguém esta ai? – tentou novamente. – Mas que merda! – bufou se irritando e preocupando ao mesmo tempo.

Voltou-se para os comandos tentando entender alguma coisa. Sabia que os amigos estavam a aguardando, mas tinha que tentar entender o que estava acontecendo na sua casa. Seu pai, Virgo e alguns empregados estavam ali. Pessoas que ela convivia. Pessoas que ela se importava.

Após um minuto no máximo o sistema ligou. Ela sabia a senha também, sabia todas as senhas da segurança, mas não sabia como ou para que serviriam os comandos da mesa. Então tudo o que conseguiu observar foram às telas que surgiram. Quase vinte telas, cada uma com dez imagens. Olhou atentamente cada uma.

Foi então que ela tinha certeza que algo estava errado. Em nenhuma câmera aparecia uma única pessoa. Nem mesmo os seguranças que ficavam pelo local vinte e quatro horas por dia. Nem mesmo os empregados que mantinham a mansão sempre funcionando.

Correndo, voltou na direção em que havia descido. Sting continuava sendo o elo que a ligava aos demais integrantes do grupo. Agora, além dele, Gajeel também estava sobre o muro e olhava tudo atentamente, mais curioso do que em busca de algum perigo.

– E então, eles estão vindo? – Sting questionou sorrindo, mas perdeu o sorriso.

– Não tem ninguém. – avisou fazendo não só ele, como também Gajeel, cerrar os olhos. – Nem na cabine e ao que parece, nem na residência como um todo. Não tem ninguém. – só então havia se dado conta disso.

Onde estava seu pai, onde estava Virgo? Onde estava o pouco que restava da sua família?

– Eles não estão aqui. Meu pai, Virgo! – arregalou os olhos sentindo as lágrimas descerem. Ela queria encontrar a sua família. Em um mundo perdido no caos, como iria os encontrar se não em casa? Tinham que estar ali.

– Lucy! – Sting pulou na arvore e então com muito mais facilidade do que ela, desceu ate o chão. – Calma. – segurou os ombros da garota e a abraçou.

– Onde eles estão? – era possível ver nos olhos de Lucy, ela estava perdida e sozinha. Mais do que em todos os dias em que permaneceu com o grupo.

.

.

– Ele me deixou para trás. – Lucy murmurou escorada no tronco de Sting. Ambos estavam sentados no chão, ao lado, Gray permanecia deitado, com alguns machucados a mais. Haviam tido muito trabalho para trazê-lo para dentro da residência e tanto Natsu quanto Gajeel tinham cortes e ralados pelo corpo por isso. Com Gajeel mostrando alguns problemas para caminhar o qual não admitia aos demais. Mas por sorte Gray não havia sofrido muitos danos. Ninguém na verdade.

Então Lucy não se sentia culpada por estar presa em seus problemas e não se preocupar muito com o restante.

– O que foi? – o loiro questionou.

– Meu pai. Ele me deixou para trás e foi embora, tenho certeza. – encarava as próprias mãos.

– Não fala isso, talvez não esteja aqui, não considere aqui seguro e tenha partido, mas assim que souber que esta viva, vai mover céus e mundos para te ter. – garantiu beijando a cabeça da garota.

– Se ele me quisesse, já teria feito isso, tem o suficiente para mandar pessoas me buscarem ate no final do mundo. – era o obvio. Claro que ela tinha fugido de casa para ir ao acampamento, mas seu pai iria descobrir se quisesse e de todas as formas, mesmo que Virgo nunca fosse contar onde Lucy estava, quando Jude queria. Jude conseguia.

– Não acho. – Gray foi quem opinou se sentando. – Pode ter ocorrido algo a mais, caso contrário, os pais de alguns alunos teriam os buscado no acampamento. – fez uma careta de dor pelo movimento. – Nenhum pai apareceu. – nem mesmo a sua mãe havia ido o buscar e ele sabia que Ur faria isso. Ur acabaria com o a existência de todos os zumbis do mundo se isso significasse deixar os filhos seguros.

– Nenhum pai. – uma risada sarcástica saiu dos lábios da loira. – Nenhum dos pais é um bilionário que pode fazer o que quiser neste país. – suspirou.

– Lucy... – Sting não sabia o que dizer, ela não escutaria realmente.

– Tanto faz, não importa mesmo. – moveu os ombros demonstrando não se importar.

– Você não pode presumir nada, afinal ninguém aqui...

– Não quero falar sobre isso! – a voz saiu fria e dura. – Eu... Desculpe Gray. – pediu e o moreno concordou sem dizer nada.

O silencio tenso tomou conta dos três. O restante tentava avaliar a cabine de segurança. Lucy queria andar pelo seu local, sua casa. Pensar que tudo era normal, mas apenas ficou próxima a Sting e Gray, os que ela havia mais se aproximado.

– E então Erza? – Sting questionou quando a ruiva apareceu, atrás dela Natsu e Gajeel. – Acharam algo?

– Não. Não tem nenhum segurança, empregada ou nada. Nem mesmo destas coisas. É como se a área toda estivesse deserta. – explicou encarando Lucy. – Mas não conseguimos acesso dentro da mansão, podem estar se escondendo. Ao diminuir o tamanho do perímetro o deixaria mais seguro. – tentou achar uma solução.

– Quem sabe. – não acreditava muito nisso, o pai não iria ficar esperando a filha retornar. Da mesma forma que não iria atrás dela. – De todas as formas, acho que podem ir ate o portão, ele esta dentro da cidade, será mais fácil de entrar assim. – eles também queriam encontrar a família, não?

– É só seguir aqui reto? – Natsu olhava o local, parecia completamente perdido.

– Segue rente ao muro que vocês conseguem. – se ergueu olhando em volta com cuidado.

– A gente? – Gray questionou.

– Eu vou para aminha casa, quero ter certeza que realmente foram embora. – deu um sorriso sem jeito, não queria os deixar sozinhos, mas não poderia simplesmente ignorar a sua casa e as chances de ver Virgo. A empregada não a deixaria para trás. Ela poderia estar dentro da mansão, aguardando. – Mas é serio, é só seguir o muro que chegam ao portão principal. A senha é “celestial” em números. – explicou.

– Você não acha perigoso ficar aqui sozinha? – Gajeel encarou em volta como se a qualquer instante, por detrás de uma árvores, um perigo pudesse surgir.

– Eu vou com ela ate a mansão, não precisa se preocupar. – Sting avisou como se fosse obvio.

– Bom, eu acho que não vai custar nada passarmos na casa da Lucy para ver se tem alguém e então irmos ate a cidade. Vamos à casa de todos atrás de sobreviventes, certo? – Erza olhou para cada um.

– E qualquer coisa, temos carros, vocês podem... – Lucy parou de falar. – Nós... Nós podemos pegar algum para andarmos pela cidade. – sorriu sem jeito.

– Acha que será necessário? Que pode ter algum problema na cidade? – Gray questionou um pouco tenso.

– Não, é só que será mais fácil de carro devido a sua condição. – explicou o que ninguém havia pensado.

– Okay, e qual é a direção para a sua casa? – Natsu questionou, menos irritado por deixar a sua família para depois do que ela achou que estaria.

– Eu vou guiando, é perto, no máximo quarenta minutos. – ela estava animada, não para ir ate a mansão, mas pelo fato de que o grupo havia escolhido a acompanhar, mesmo quando ela já havia dito que não era necessário.

– Só quarenta minutos? – Gajeel questionou incrédulo.

– Sim, eu sei alguns atalhos. – explicou e resolveu ignorar a forma como todos os demais se encaravam. Já estava acostumada com esses olhares quando se referia a sua casa.

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.

Demorou mais do que quarenta minutos, isso porque pararam um pouco para descansar e beber água. Mesmo que fosse de uma das várias fontes que existiam no jardim. Gray também estava com dificuldades para caminhar rapidamente e por isso não conseguiam andar em uma velocidade muito ágil. No fim Lucy estava certa, era melhor e mais útil que tivessem um carro para irem ate a cidade.

– Aquilo, com certeza é a sua casa. – Gajeel, quem já havia confundido várias construções com a possível casa de Lucy, apontou em fim para a certa.

– Casa? – Sting debochou encarando a construção a sua frente.

Não era fácil ignorar a construção megalomaníaca de três andares e mais de trezentos metros de extensão na cor branca e marfim. Janelas gigantescas de vidro e uma entrada no mínimo monumental com uma porta de madeira com a letra H entalhada em dourado e prata. Na frente uma rampa para carros que circulava a área de jardim, sendo que este último tinha como destaque uma fonte com a imagem de uma mulher em tamanho real usando roupas esvoaçantes e sorrindo. O mais surpreendente era o fato da mulher ser feita de ouro puro.

– Apenas com a mão desta mulher resolveria todos os meus problemas financeiros. – Erza comentou encarando a estátua com atenção. Na sua mente Sting era uma pessoa excêntrica, mas estava mudando de opinião. – Se Parece com você Lucy. – comentou e era verdade, a imagem conseguia ser quase idêntica.

– Parece, mas não sou eu. – foi tudo o que a loira respondeu enquanto seguia mais a frente do que o restante do grupo.

Estava ansiosa, seu pai poderia o deixar, mas Virgo não. A empregada era quase uma segunda mãe, a única que sabia onde exatamente Lucy estava. Virgo era a única pessoa que se importava com ela a ponto de esperar. Porque ela sabia para onde Lucy voltaria. Pra ela.

Subiu as escadas de mármore branco e então ficou de frente para a porta de madeira. Poucas vezes a abria com as próprias mãos, sempre um empregado o fazia. Mesmo assim girou a maçaneta e a porta se abriu. Sem nenhum barulho ou sinal de movimento.

– Espere. – Sting a segurou. – É melhor deixar alguém entrar na frente. – explicou e ela fez um sinal positivo enquanto o deixava ir primeiro para depois seguir.

Passaram pelo Hall de entrada onde uma mesa e alguns sofás de couro branco ficavam, e então abriram uma porta de vidro, entrando na casa em si. O chão cor gelo e as paredes claras, os móveis de luxo e o fato do local ser exagerado em cada detalhe deixou com que Sting ficasse parado e incrédulo por alguns instantes. Ele realmente não entendia muito de arte, mas nas suas aulas já havia ouvido falar de algumas obras que valiam milhões. Salvador Dali, René Magritte e Yves Tanguy*. Algumas obras destes nomes estavam ali, corriqueiramente, na sala de estar. Protegidas, era verdade, mas ainda assim estavam na sua frente.

– Virgo! – Lucy gritou tomando a frente. Andou ate o meio da sala observando que estava tudo normal, se algo tivesse ocorrido ao menos um sinal de desordem, não? – Virgo? Alguém! – chamou e correu ate metade das escadas que levavam ao segundo andar. – Virgo, está em casa? – questionou, tendo como resposta apenas o silêncio.

– Acho que a casa esta vazia. – Erza foi atrás dela. – Talvez não tenham considerado aqui seguro e partiram. Vamos vasculhar para tentarmos encontrar alguma resposta. – olhou na direção dos demais.

– Isso, devem ter deixado alguma mensagem! – Lucy concordou descendo as escadas ate o restante do grupo.

– Faremos três duplas então! – Erza comandou. – Alguém fique com o Gray aqui na sala e o restante procure. – decidiu.

– Eu fico com o Gray. – Natsu tomou a frente, não parecia querer vasculhar a casa. – Mas podemos ficar na cozinha? Ao menos fazemos algo para comer antes de irmos. – o desanimo dele era estranho, Lucy pensou que talvez fosse por estar em meio à mansão Heartfilia, mas não poderia prestar atenção nisso.

– Tudo bem, deve ter muita comida lá. – Lucy quem respondeu, afinal a casa era sua. – Eu vou ir lá em cima. – apontou na direção.

– Vamos dar uma olhada aqui em baixo. – Gajeel informou já se afastando.

– E Gajeel. – a loira chamou o moreno. – Mais para os fundos tem um deposito que pode servir como enfermaria, tente tratar a sua perna. – ela estava notando que ele mancava.

– Isso? – ele questionou sorrindo e então bateu com força o pé no chão. – Isso não é nada. – garantiu a dando as costas, não parecia se importar com o machucado.

– Tem alguma ideia? – Sting, que estava atrás de Lucy, questionou, também não se incomodava com Gajeel.

– Sim, se meu pai iria me deixar alguma mensagem. – coisa que ela duvidava. – Será no seu escritório. – explicou sorrindo e subindo outro lance de escadas, para o terceiro andar.

– Então deve ter algo lá, se ele partiu deixou alguma mensagem. – Sting parecia animado. – E se algo estiver errado com a cidade, é a chance de todos nós. – porque ele era sempre tão negativo?

– A cidade esta protegida. – foi tudo o que respondeu entrando no corredor do segundo andar e passando pelas quatro portas de quarto e uma de banheiro.

– Se diz. – ele não parecia acreditar. – Mas qual a porta de seu quarto? – ele tinha um tom malicioso, que devido à situação, Lucy decidiu ignorar.

– No segundo andar, aqui é onde dorme o meu pai e os convidados dele. – o mais distante possível dela e o mais próximo ao trabalho. – Você sabe arrombar uma porta? – questionou fazendo o loiro erguer uma sobrancelha.

– Por quê?

– Não sei se vou conseguir abrir. – explicou sem jeito. – Não tenho acesso a nada relacionado ao meu pai, se a porta estiver trancada, não sei a senha. – coçou a cabeça.

– Não acho que consigo derrubar uma porta destas da sua casa, elas são seguras demais. Mas qualquer coisa, tento. – observou uma porta qualquer que estava ao seu lado.

Lucy nada respondeu, apenas se apressou em chegar à porta do escritório. Não pensou duas vezes quando colocou a mão na maçaneta, girou com tudo e empurrou. Então a sua frente estava o escritório do seu pai, com a gigantesca janela iluminando, mesa de mogno, estantes e aparelhos da mais alta tecnologia.

– Esta aberta! – isso era uma surpresa. Seria isso um indicio que ele havia deixado um recado? – Ela nunca fica aberta. – olhou na direção do loiro.

– É algo bom? – ele não estava certo.

– Ao menos não é comum. – ponderou. – Acho que é bem possível de encontrarmos algo. – entrou no local. – Procure em todos os locais, por favor!

– Claro Blondie, o que você não me pede chorando que eu não faço sorrindo? – debochou olhando em volta.

– Não me chame de Blondie. – sorriu de volta indo em direção a mesa.

– Hm, tanto faz. – foi a resposta costumeira dele enquanto se dirigia ate uma estante.

Não houve mais nenhuma conversa entre eles. Lucy estava ocupada demais avaliando a mesa do pai. Ela havia entrado poucas vezes ali, mas sabia que se o pai tinha uma característica era a organização, era metódico. Não fazia nenhum sentindo tudo estar desarrumado.

Nenhum sentido mesmo.

Pegou algumas folhas, talvez o aviso estivesse ali. A mensagem.

Não. Na realidade as folhas eram de fax. Uma conversa sem sentido, como se o pai devesse algo. Como se ele não estivesse mais participando de um negocio. Jogou as folhas no chão e então procurou por outras. Mas eram todas mesmo remetente, negociações. Negócios.

Mesmo com o quase fim do mundo e a filha desaparecida. Tudo o que cercava o seu pai eram negócios. Nenhuma mensagem para ela. Nada que demonstrasse que ele se importava. O mínimo que fosse. Ele a odiava. Era apenas isso, nada mais. Porque achou que seria diferente? Ela ainda teria que se esforçar mais para que fosse perdoada.

Ela talvez nunca fosse perdoada pelo pai e ele nunca mais a amaria.

– Você iria fazer uma viagem? – Sting questionou enquanto ela lia mais um documento. Esse já parecia ficar agressivo com as cobranças do pagamento. Era como se pai estivesse sendo pressionado. Teria o seu império começado a ruir?

– Oi? – demorou um pouco pra se lembrar da pergunta feita pelo loiro. – Não sei de nenhuma viagem! – olhou na direção dele.

– Tem certeza? Porque a passagem está no seu nome. – tinha uma pasta negra na mão e se aproximava dela.

Lucy pegou a pasta com rapidez e olhou incrédula. Ela desconfiava do que seria, mesmo assim só acreditou realmente quando leu os papeis. Era uma passagem, para Dubai. Apenas uma em seu nome. A data já havia vencido há duas semanas, mas a compra, bom, a compra havia ocorrido há meses. Sabia o que significava, era o que o pai estava fazendo, o que a fazia o odiar.

– Não iria viajar! – falou com certeza e jogou a pasta sobre a mesa com tanta força que o objeto deslizou até cair no chão, do outro lado. Não iria mesmo. Nunca poderia concordar com o que o pai queria. Se antes porque tinha sonhos românticos com Natsu, agora porque estava mais forte. Passar por todos os problemas na floresta e até chegar a casa lhe deu força. Ela não aceitaria mais que o pai a tratasse como um lixo, uma mercadoria que em fim teve utilidade.

– Ei, você está bem? – ele se aproximou dela encarando-a seriamente e com uma expressão preocupada. Lucy havia notado, desde que começaram a se aproximar de sua casa Sting parecia mais preocupado do que nunca com ela. Seria o seu pessimismo pensando que ela teria más noticias, ou ela que se mostrava digna de preocupação?

– Só esqueça isso, é algo que tenho que decidi com o meu pai. – respondeu simplesmente o dando um sorriso que mais pareceu uma amostra ao dentista.

Sting pareceu em duvida por um tempo, mas por fim fez um sinal positivo antes de lhe beijar a testa. – Quando achar que pode me contar, estou aberto para saber. – falou simplesmente a fazendo morder os lábios com força. Contar qualquer coisa mínima a levaria direito para o seu passado. Como contaria a Sting o que havia feito?

– Me desculpe. – murmurou passando os braços em volta dele e então depositou seu rosto no peito do garoto. Não era uma desculpa por não contar agora, e sim porque ela nunca contaria. Nunca mesmo. Não em sã consciência.

– Lucy. – era Erza quem estava na porta e embora a ruiva geralmente gostasse de encarar os loiros com um sorriso bobo quando estavam juntos, agora tinha uma expressão seria. – Acho que encontramos algo que você precisa ver. Venha! – chamou a dando as costas.

– Okay... – a loira olhou na direção da colega, mas a mesma já havia saído.

– É melhor seguir. – Sting decidiu. – Vem! Vamos de uma vez, depois voltamos aqui e procuramos mais. – andou ate ela e puxou levemente a garota. – E mesmo que depois, se não descobrirmos algo e seu rosto continuar com essa expressão, lembre-se que agora você faz parte do grupo. – parou na frente dela.

– Sim! – sorriu o encarando e então o deu um selinho.

Desceram as escadas juntos, ainda de mãos dadas. Era estranho estar bem com alguém ali. Embora a mansão pudesse aparentar um local alegre pelas cores nas obras e decoração. Sempre foi fria. Ter Sting segurando sua mãe e até mesmo amigos circulando. Independente do motivo para estarem ali, dos mortos-vivos, tudo. Ela gostava da sensação de tê-los ali.

– O que encontraram? – Sting questionou quando notou o mesmo que Lucy, o rosto de Erza estava tenso demais.

– Acho que uma mensagem. – olhou diretamente para Lucy. – Temos quase certeza que seu pai não está aqui, independente do que veja na enfermaria, é possível que nada tenha ocorrido com ele. – tentou a acalmar.

Não conseguiu!

– O que tem lá? – soltou a mão de Sting e caminhou rapidamente pela sala, indo na direção que tanto conhecia.

Não era exatamente uma enfermaria, apenas uma tentativa frustrada de fazer uma há anos. Ideia de Layla, mas Jude não pode suportar ter todos os empregados passando na mansão principal por qualquer ferimento. Havia construída outra longe, do outro lado do terreno. O que restava era apenas alguns equipamentos velhos e a utilidade. Um depósito de qualquer objeto que poderia ser considerado ligado à medicina. Algumas vezes objetos também não ligados à medicina também. Pouco a pouco se tornava apenas m deposito.

Mas nada disso importava agora.

Na porta conseguiu ver o restante do grupo, a tensão era evidente em cada rosto e próximas a eles, pegadas de sangue. Sangue seco. Era como se já tivesse ocorrido há muito tempo.

– Lucy! – Gray tentou chamar a sua atenção, mas ela não se deteve perto dele. Abriu a porta de imediato, disposta a descobri o que exatamente poderia ser uma mensagem para si.

Ela amaldiçoaria pelo resto de sua vida o momento em que entrou no quarto. Os joelhos perderam a força e ela caiu no chão. As lágrimas já corriam desesperadamente por sua face, o ar parou de chegar aos pulmões enquanto engatinhando ela se moveu em direção ao que tanto chamava atenção. Do corpo destroçado da mulher que poderia ser considerada a sua segunda mãe, irmã e melhor amiga, Virgo.


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Notas finais do capítulo

* São pintores do movimento do Surrealismo, sei que todos conhecem (Salvador Dali é fácil de decorar), mas os três participam do "surrealismo onírico" que é uma corrente que é mais ligada as suas visões de sonhos e pesadelos. Achei que seria bem relacionado com a família e o momento como um todo. Outro motivo são as cores fortes, a mansão não é aquela coisa clara e chata, é bem colorida e bem decorada.

E sim, vai ter muitas referências daqui para frente, porque eu estou e sentindo meio ignorando em algumas matérias e então estou usando a história para estudar MUAHAHAHA

Sobre o capítulo, em fim chegaram realmente e eu decidi já matar alguém. Acontece. Agora não podem dizer que todos ficam vivos nesta história, posso dizer que daqui para frente ficará mais pesado e turbulento. Ao menos tiveram notícia de alguém da vida deles. Virgo está morta.

Não se preocupem, logo mostrarei mais personagens e suas situação XD

Até a próximo e não se esqueçam de comentar XD