Regressive Infectio escrita por Inocense


Capítulo 26
Capitulo XXI


Notas iniciais do capítulo

Olá meus leitores lindos!! Aqui estou eu novamente e sim, mais cedo do que imaginava que viria (dois dias, mas dois dias dá diferença), bom, possivelmente a minha frequência em postagens vai aumentar. Isso porque resolvi organizar minha vida e decidi que essa história não vai ter mais um ano de vida (isso, até 30 de agosto do ano que vem espero ter a terminado) e então vou escrever e postar mais. Isso porque tenho outros projetos para postar também e como é mais de um, preciso aprender a ter foco e tudo mais XD

Queria agradecer muito pelos comentários de todos, principalmente aos que estão seguindo sempre, essencialmente a vocês que pouco a pouco vão se tornando mais próximos de mim a ponto de comentários mais despojados e divertidos. Serio, vocês são o máximo e a cada dia amo mais os comentários e me apego a vocês (o que nem sempre é bom, porque muitas vezes já tenho um capitulo pronto, mas como me lembro de todos vocês fico esperando a opinião dos mesmos sobre o anterior U_U fazer o quê? Sou temperamental KKKKK') Então mais uma vez obrigada, estou mais motivada do que nunca a continuar a escrever.

Bom, sobre o capítulo... Se inicia algo real e para todos que queriam ver a cidade... Bom... Er... Tá quase lá, ao menos terão uma noção de tudo. Não é um capítulo MUITO movimentado e nem MUITO revelador, mas necessário.

Por fim, espero que gostem...

PS: revisei? Revisei, mas não quer dizer que esteja cem por cento, qualquer coisa podem avisar, principalmente se algumas partes ficarem confusas.



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– Mas que merda é essa? – foi a pergunta de Gajeel que acabou com a conversa leve que estavam tendo no carro.

– Aconteceu alguma coisa? – Erza se projetou para frente tentando ver melhor.

– Estamos chegando? – Sting tentou fazer o mesmo que a ruiva, mas foi jogado por ela para trás.

– Esse é o problema. – ele estava diminuindo a velocidade rapidamente. – Já estamos quase na entrada da cidade. – agora o carro estava parado. – Olhem aquilo. – apontou, mas Lucy não olhou. Estava mais concentrada no extenso muro que já havia surgindo há muitos minutos. Era o muro que separava o jardim de sua casa do resto do mundo. Ela só tinha que pular e estaria em casa. Como não havia notado antes?

– Como vamos entrar assim? – Sting parecia à beira da irritação e então já estava saindo do carro.

– Sting, não saia daqui. – Erza gritou saindo atrás do amigo. De forma inconsciente Lucy seguiu os dois. Ainda nem mesmo havia visto o que tanto irritava o garoto.

Mas viu.

A sua frente, menos de um quilometro, uma barreira no mínimo megalomaníaca havia sido erguida. Parecia ser feita apenas de concreto armado e talvez existisse uma entrada. Mas não estava aparente. Na verdade parecia apenas uma gigantesca parede de concreto e mais a frente, contornando toda a cidade uma extremamente alta cerca de arame.

– Como vamos entrar? – Lucy questionou para Gajeel que estava ao seu lado. Mais a frente Erza parecia ter uma discussão seria com Sting.

– Não vamos. – foi o que o moreno falou de forma simples, parecia calmo demais. – Olhe direito, não preste atenção na altura e sim na base. – mandou e assim Lucy fez. Não era fácil, existia uma distancia considerável, algumas arvores e uma meia curva. Mas era possível ver. Alguns carros parados e então eles.

– Acha que são essas coisas? – questionou não querendo realmente acreditar.

– Acho que isso é uma barreira não deixando nada entrar ou sair. A cidade pode estar livre da infecção, mas isso não quer dizer que nós possamos entrar. – suspirou. – Ao menos as chances da nossa família estar bem são grandes. – seria por isso que ele estava mais tranquilo?

– Mas não podemos nos aproximar, caso contraria vamos virar comida e se não nos aproximarmos, eles não vão nos ver. – avaliou.

– E esses dois, esse idiota do Sting principalmente, está atraindo essas coisas com essa gritaria. – o moreno reclamou cruzando os braços, mas não era preciso, Erza e Sting já retornavam. – Se acalmou? – Gajeel perguntou com um sorriso presunçoso nos lábios.

– Não. Isso é estupides! – apontou na direção da cidade.

– Ao menos as chances de estarem seguros são maiores. – Lucy usou o argumento de Gajeel, que fazia bastante sentido.

– E a chance de lá dentro algo se espalhar e não terem como fugir também. Sem falar que não entramos. Não temos água, só alguns biscoitos e não poderemos ser vistos. – explicou seu ponto de vista, o fato de Sting ser negativo o fazia considerar primeiro a pior opção. Obviamente a primeira coisa que ele pensou não foi em pessoas protegidas e sim em pessoas presas e encurraladas.

– Daremos um jeito, não demos até agora? – Erza bufou.

– Podemos rodar toda a cidade, os arredores e então tentar entrar em um caminho mais fácil. – Lucy deu a ideia e Sting a encarou. – É serio, nem vimos se está cheio, não acho que desespero seja algo que devemos começar a ter. – deu um passo a frente e colocou uma mão, a não machucada, nos ombros dele. – É só ficar calmo. – sorriu.

– Não me venha com sorrisinhos, nossa relação não chegou a esse nível. – acusou bufando levemente, o ar de deboche já indicava que estava voltando ao seu estado normal. – Mas o que faremos? Não podemos ficar aqui pra sempre. – olhou para Erza e Gajeel.

– Principalmente depois que você deu seu show. – Gajeel murmurou irritado.

– Eu concordo com a ideia da Lucy. – Erza tomou a frente, mas nem mesmo Lucy concordava com a sua ideia. Não faria sentido.

– Não. Não temos tanta gasolina para ficar dando voltas na cidade. – Lucy se virou para a ruiva, não sem sentir os olhos do loiro em sua nuca, como se ela tivesse o traído ao inventar uma solução apenas para acalmá-lo. Ela não tinha culpa dele ser tão volúvel, tinha?

– Nem condições de sairmos andando. Sabemos como as coisas podem estar por aqui. Se lembrem da cidade de que viemos. Seria loucura. – Gajeel cortou a ideia antes mesmo que ela surgisse.

– Talvez consigamos achar um lugar antes da gasolina acabar. – Erza mordeu os lábios, tentava achar uma solução. Mas não era como se fosse fácil de encontrar.

– Será melhor se a gasolina acabar quando estivermos em um local perigoso. – Gajeel também cortou a ideia dela.

– Não sabemos se vamos encontrar um local perigoso. – Erza estava pensativa. – Mas não iremos apostar. Não se aposta quando se trata da nossa vida. – decretou.

– Talvez possamos pular. – Lucy ainda encarava a sua casa. Ela queria e muito voltar e a possibilidade de pular o muro que se encontrava vazio e era bem melhor do que ir até uma cerca de no mínimo seis metros de altura e cheia de mortos-vivos na base.

– Pular? – Erza a encarou sem entender.

– Esse muro é da minha casa. – apontou.

– Serio? – era Sting quem questionava. Não parecia acreditar.

– Serio, é só pular e andar um pouco. Mas os seguranças devem nos encontrar facilmente. – o problema se consistia em pular um muro de quatro metros e meio.

– É uma possibilidade mais fácil e parece ser mais segura. – Erza ponderou.

– O problema seria pular esse muro, principalmente com o Gray no estado em que se encontra. – Gajeel agora parecia pensativo. – Não possui nenhuma parte mais fácil de entrar? – encarou Lucy.

– Não. Claro que não! A segurança da minha casa é a melhor possível. – era quase uma ofensa dizer isso, seu pai gastava muito com a segurança. Principalmente depois da morte de sua mãe. Segurança para mantê-la protegida, segurança para mantê-la presa.

– Não tanto. – Natsu praticamente gemeu de dentro do carro, ainda abalado pelo enjoo, teve certa dificuldade em abriu a porta e sair do automóvel. – Ate onde sei existe uma falha perto de uma das áreas de floresta, uma que tem umas arvores coloridas ou algo assim. – se escorou no carro e Lucy o encarou firme.

Talvez não firme, mas sombria, pois a forma que o restante seguiu o olhar e as expressões que faziam, não era tão comum.

– Não estou certo? – mesmo com o olhar de Lucy, foi Natsu quem começou a dizer, se ela tinha um olhar sombrio, ele tinha um desafiador e intenso.

– Er, o pai dele já trabalhou ... – Erza tentou responder a pergunta que Lucy não fez, mas a voz saiu fraca e chocada. Era a primeira vez que se dava conta de algo extremamente obvio e pesado. A relação entre as famílias Heartfilia e Dragneel não tinha apenas a visão de Natsu.

– Eu sei disso. – a voz não saiu abalada, não saiu raivosa e nem mesmo emocional. Parecia mecânica, a voz de um Heartfilia. Sem nenhuma emoção. Lucy sabia quem era o pai de Natsu, Lucy conhecia a história. Seu pai já havia lhe instruído a como agir nestas situações. Não demonstraria nada, seria uma Heartfilia. – A segurança foi melhorada, não existe mais nenhuma falha. Tudo que não era útil foi corrigido ou dispensado. – tudo o que representava algo perigoso, como Igneel, não se encontrava mais ligada à mansão.

– Esta me dizendo que terem ferrado meu pai foi devido à inutilidade dele? – o rosado parecia bravo e, talvez, se não estivesse passando mal poderia estar assustador. Lucy só pensava que ele ouvia apenas o que queria ouvir.

– Isso não é importante agora. – Erza foi quem respondeu, tinha medo de onde a conversa chegaria se não interrompesse. – Temos que pensar em como vamos entrar. – a ruiva encarou Natsu com certa advertência nos olhos.

– Podemos tentar usar as arvores para subir. – Gajeel, que parecia estar pensando em uma forma de entrar ao invés de prestar atenção em Natsu e Lucy, parecia ter a solução.

– Ou então enfiamos o carro e quebramos o muro. – Sting tinha tido a ideia idiota.

– E assim aproveitamos para encher a mansão destas coisas. – Erza o encarou firme. – Vamos pular o muro e nos aproveitarmos das arvores, da mesma forma que fazíamos com o colégio. – definiu.

– E o Gray? – Lucy questionou balançando a cabeça. Não iria entrar no jogo de passado que Natsu havia se prendido.

– A segurança vai notar alguns adolescentes pulando os muros. – para a ruiva parecia simples. – Então você vai ser a primeira a pular para não corrermos risco de sermos mortos por invadir uma propriedade privada de bilionários e o Gray fica por ultimo, para termos ajudar para fazê-lo pular. – a forma que ela estava falando, tão seria, era necessária, sabia que se não fosse assim, Natsu poderia deixar os seus problemas pessoais ultrapassarem os problemas do grupo e Lucy, ela não queria pensar em Lucy.

Sinceramente, Erza sempre acreditou que por mais difícil que fosse, o rosado deveria deixar as marcas do passado no passado, mas ao ver a forma que os dois haviam se encarado, sabia que não era possível. Alguns passados são dolorosos demais. Eles eram duas bombas prestes a explodir.

– Ao menos uma ideia boa. – Gajeel parecia aliviado. – Toda essa área de muro de tijolinhos é sua? – questionou encarando a loira.

– Também.

– Pra quê tanta terra, o que vocês ficavam fazendo com toda essa extensão? – parecia inconformado.

Lucy não respondeu. O que poderia dizer? Nem mesmo havia ido a todos os lugares. Sabia que seu av tinha ali uma gigantesca fazenda e quando Jude decidiu escolher um local para morar, por algum motivo escolheu a fazenda do sogro já falecido. Nunca perguntou o motivo. Era muito grande? Sim, mas sempre foi. Era um fato. Era grande porque tinha que ser. Nada mais.

– Vamos voltar e procurar um lugar que tenha alguma arvore perto para pular. – Erza chamou quando Lucy ficou parada.

– Lucy. – Sting a chamou no momento em que iria começar a andar. Por ser chamada pelo nome pela primeira vez, foi impossível que ela não se virasse na sua direção. – Tudo bem? – questionou com um semblante preocupado.

– Sim. – sorriu, porque a barriga parecia se retorcer apenas por ter essa expressão no rosto de Sting direcionada a ela. Uma satisfação que fazia cocegas e era real.

– Serio? Porque você lançou um olhar do tipo bem sombrio para o Natsu. – parecia desconfiado em partes.

– Estou ótima. – garantiu.

– Hm, se diz! – parecia concordar com ela. – Mas ignore o que ele fala. – piscou a fazendo sorrir.

– Já ignoro. – garantiu dando um selinho no loiro que abriu seu gigantesco e psicótico sorriso coringa. Se pela iniciativa dela ou pelo fato de Lucy garantir que estava ignorando o rosado, ela nunca saberia.

– Se bem que eu gostei do olhar, foi meio selvagem. – debochou movendo ambas as mãos como se fossem garras de um tigre. Lucy sentiu o rosto queimar.

– Você tinha que estragar o clima. – constrangida, voltou a caminhar em direção ao carro.

– Só estou sendo sincero. – a puxou com força e então deu um selinho. A iniciativa era por um beijo, mas a garota sabia que um carro cheio de pessoas aguardava os dois.

– Vamos de uma vez. – chamou o garoto e então mais uma vez caminhou em direção ao carro, agora segurando a mão dele.

Em silencio, andaram lentamente por quase cinco minutos seguindo o muro. Lucy estava ciente que a cada metro na direção em que estavam indo, mais se afastavam da mansão, não que tivessem escolha. Era realmente difícil entrar no local. Não havia nenhuma possibilidade de conseguirem algo para se apoiar no lado de fora da residência e o muro não tinha locais suficientes para escalar.

– Espere! – pediu quando reconheceu um pouco ao longe uma gigantesca arvore. – Acho que pode ser por aqui. – murmurou quando o carro diminuiu a velocidade.

– Não tem nada aqui. – Gajeel avaliava tudo com cuidado.

– E nem vai ter no exterior, mas estamos próximos de uma cabine de segurança e tem algumas arvores perto do muro. Não acho que vamos conseguir algo melhor. – explicou .

– Bom. – Erza encarou Gajeel, estava em duvida. – Vamos tentar aqui, se parecer muito difícil procuramos outro lugar. – decidiu por fim e abriu a porta.

– Você tem certeza? – Gray questionou, tinha um olhar desconfiado na direção do muro.

– Eu conheço essa casa e mesmo que seja difícil passar, depois conseguiremos. – garantiu sorrindo. – Logo vou te mostrar o lago. – prometeu saindo e sendo seguida por Sting. Natsu resolveu ficar.

– Acho que tive uma ideia. – Gajeel gritou, mas já estava ligando o automóvel e o aproximando do muro.

– Ele vai tentar quebrar com o carro mesmo? – Lucy arregalou os olhos enquanto Erza ia ate o muro.

– Nem pense nisso Redfox. – tinha um semblante no mínimo perigoso quando encarou o moreno e a forma que o corpo estava tenso, Lucy poderia jurar, que se Gajeel continuasse, um futuro não muito bom o aguardava.

– Só vou aproximar o carro para ficar mais fácil de subir. – explicou ao notar a expressão da amiga. O moreno poderia ser corajoso, mas não era burro. Ninguém desafiava Erza. Ninguém em sã consciência.

– Ótimo, porque não será interessante ter nenhum arranhão neste muro, se ele é o que pode nos separar dessas coisas. – avisou se afastando e com uma manobra rápida Gajeel estacionou o carro próximo o suficiente para que o retrovisor se quebrasse.

Lucy olhou abismada. O quão inútil ela seria se dissesse que não conseguia subir o pequeno espaço que faltava? Muito.

– Acha que consegue? – Sting parecia ter notado a sua aflição.

– Terei que conseguir. – falou simplesmente e caminhou ate o carro. Como Gajeel havia estacionado com a parte do motorista próxima ao muro, estava, através de empurrões e xingamentos, expulsando Natsu para que pudesse sair. – É só subir no carro e então no muro, certo? – questionou se preparando para subir no automóvel. Tentava mostrar facilidade, mas a mão e o pé não a deixavam fingir muito bem.

– Acho melhor olharmos e ver se é seguro. – Erza já estava andando sobre a lataria e então pulou na direção do muro se agarrando em alguns tijolos por alguns instantes, para logo em seguida escorregar e cair causando barulho pelo impacto e rolando ate quase chegar ao chão.

– Esta bem? – Lucy, que lutava para manter o equilíbrio, questionou preocupada.

– Sim. – a ruiva já se erguia. – É mais complicado do que parece. – avaliou subindo até o capô.

– Eu consigo. – Sting também estava sobre o carro. – Me deem espaço. – pediu e assim as duas fizeram indo cada uma para uma extremidade.

O loiro não pulou para conseguir impacto, mas escolheu cuidadosamente os locais em que segurou e por isso de inicio quase conseguiu, contudo acabou caindo, tendo que se segurar de imediato para que não rolasse e fizesse com que Erza ou Lucy fossem derrubadas.

– Não é melhor alguém te dá pé? – Natsu questionou incerto e Lucy pensou que era a melhor ideia ate o momento.

– Não, eu consigo! – Sting estava erguido novamente e antes que qualquer um pudesse dizer algo, ele já tentava subir o muro. Desta vez ele quase caiu apenas, mas conseguiu, talvez por milagre se manter e então subir até a extremidade.

– Isso! – Lucy não conseguiu esconder a animação quando se aproximou, assim como Erza.

– E então? Acha que podemos entrar deste lado? – questionou encarando os sapatos do loiro.

– Complicado viu?! – ele parecia avaliar a sua volta. – Por aqui acho que não tem nenhuma possibilidade. – admitiu e toda a animação de Lucy foi embora. – Mas talvez, esperem. – pediu e simplesmente subiu no muro.

– Onde está indo? – a loira questionou enquanto Gajeel acompanhava o loiro pelo chão.

– Uma arvore que talvez possamos usar. – explicou e então sorriu. – É, acho que dá. – olhou na direção de Lucy.

– Então é melhor ir de uma vez. Esse barulho pode atrair esses seres, eles podem estar ao redor. – olhou na direção de Erza. Que confirmou.

– Vou te dar pé. – a ruiva uniu as mãos.

O coração de Lucy deu um salto e a falta de segurança em subir a fez sentir medo. Se lembrar de Erza e Sting caindo não lhe acalmava em nada. Apoiou o pé bom nas mãos da companheira e com a mão que não estava machucada segurou em um dos locais que havia visto o loiro segurar. Não que adiantou muito, apenas a ponta dos dedos conseguiam firmeza e ela não seria capaz se segurar inteiramente com isso apenas. Por sorte conseguiu colocar a mão ruim na extremidade do muro quando a amiga, com um grito demonstrando estar fazendo muita força, a jogou para cima. Segurou firme. Doeu manter-se apenas com a mão, principalmente pelos machucados, mas não se permitiu soltar e parecer uma inútil.

Sting a puxou para cima alguns segundos antes que ela, independente de sua força de vontade, caísse.

– Não vou deixar você se machucar novamente. – riu do susto dela. – Caso contrario, será sempre a donzela do grupo. – piscou na sua direção.

– Obrigada!

– Depois você me agradece. – ela resolveu ignorar o ar malicioso dele.

– Onde que é o local?

– Ah, me siga. – pediu e então se ergueu para caminhar na direção onde havia encontrado uma forma de descer. Lucy, contudo, foi se arrastando lentamente pelo muro. Era mais seguro, ela cair de quase cinco metros não era uma opção a ser considerada.

Quando Sting parou, tudo o que estava próximo a ele era uma arvore de aparência firme, contudo um pouco distante do muro. A loira tentou achar a forma que realmente desse para subir, mas se existia, ela com seus olhos não aventureiros e que nunca haviam avaliado um local para pular um muro, não conseguiu observar.

– Você vai segurar no galho e então com o pé pular naquele ali que é mais firme. – apontou e Lucy fez um sinal positivo. Não havia entendido nada. – Acha que consegue? – se sentou na sua frente.

– Claro! – concordou e olhou para dentro do local. A gigantesca árvore era rodeada por outras menores e a sua frente um caminho de deck de madeira com lamparinas no chão e postes de ferro em um designe parisiense retrô. Ela se lembrava daquele lugar. Mais para frente ficava uma das dezenas de postos de segurança e mais para trás uma fonte.

– Lucy? – Sting a balançou. – Tudo bem? – questionou com um semblante preocupado.

– Sim, esta tudo ótimo! – sorriu para ele. – É só que, bem, eu estou em casa.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram. Esperavam mais? Eu tentei intercalar algo bem leve com a tensão entre Natsu e Lucy. Como sabem estamos em uma parte do passado dela e isso vai ligar bastante os dois.

Se preparem no próximo capítulo para uma descrição megalomaníaca de mansão, sim, ninguém mandou lerem a história de uma arquiteta U_U e também para o inicio da parte mais tensa da história até agora, ao menos no meu ponto de vista.

Vou respondendo os comentários no decorrer do tempo e posto no máximo no dia 28/10, possivelmente antes disso, ainda estou me organizando. Até lá.