Who I Really Am? escrita por CarolBeluzzo, Gii


Capítulo 8
Vazia




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Capitulo 7

POV Renesmee

Minha cabeça latejava com o cheiro forte de esgoto. Parecia que alguem tinha colocado o meu estomago em um liquidificador e depois tentado enfiar de volta no lugar pela a minha boca, que tinha o gosto metálico caracteristico de sangue gravado. Meus ouvidos apitavam furiosamente.

Eu pisquei com força, meu corpo estava mole e eu mal consegui me apoiar para levantar do chão sujo. Quando abri os olhos, um chão de pedra pedra e pegajosa me deu as boas vindas, junto com a escurdião do local, mas eu podia ver tudo ao redor, apesar da falta de luz.

Quatro paredes de pedra negra, junto com um teto alto. Havia uma especie de colchão deteriorado, que cheirava mofo e parecia ser uma incubadora perfeita para doenças desconhecidas contagiosas.

Não havia janelas, apenas uma porta de aço, com um buraco retangular perto do topo, tampado com um vidro sujo.

Eu tive que fazer alguma força para conseguir sentar. Minha cabeça girava de uma forma tão intensa, que quase desisti e acabar ficando deitada naquele chão nojento, mas eu me forcei a ir até o final. Meu corpo parecia ainda hesitante em obedecer as minhas ordens, e, quando finalmente consegui me sentar e apoiar minha cabeça na parede, eu respirava ruidosamente e meus pulmões faziam força para manter o ritmo.

Eu fechei os olhos novamente, tentando ficar imovel, até recuperar o folego e tudo parar de dançar. Quando finalmente isso aconteceu, eu me sentia muito melhor, sentindo meus braços começarem a parar de formigar e meu ouvido parar de apitar, todas as memórias me voltaram á mente, de uma só vez, como se alguém tivesse explodido uma bomba lá dentro.

Quase que automaticamente, lágrimas começaram a escorrer dos meu olhos, lavando o meu rosto com a minha tristeza.

Eu me sentia traída, destroçada e acabada. Me sentia uma marionete que todos queriam controlar, que todos tentavam alcançar e usar. Eu me sentia um nojo.

Minha cabeça voltou á todos os momento com Jacob, notando que eu nunca fora tão viva quanto nos pouquissimos momentos com ele e o quanto eu era morta com aquela vida miseravel que estava tendo.

Eu solucei por horas, tentando lembrar de cada detalhe de cada momento que passei com ele, e depois de, o que me pareceu, algumas horas, comecei an otar que estava revivendo cenas novas, que pareciam estar adormecidas no fundo da minha mente.

Eu lembrei, com tristeza, das palavras de Jacob, de como ele estava dizendo a verdade quando falou sobre nós dois nos conhecermos tão bem.

Tentei evitar ao máximo ter pena de mim mesma, de me ver ser enganada tão facilmente por aqueles dois humanos. Tentei não me martirizar por esquecer da minha mãe, do meu pai, dos meus avôs e das minhas avós. Das minhas tias Alice e Rose. Até mesmo de Leah, que demonstrava não gostar de mm… Mas ia ficando impossivel á cada pessoa que eu lembrava o rosto.

Como eu pude esquece-los e ter sito feita de trouxa por tantos anos?

Como eu pude esquecer do sorriso doce do Seth, das brincadeiras de Embry e da minha melhor amiga Claire? Como pude esquecer do vovô Charlie e da Sue, que me dava sempre um pedaço de bolo de chocolate quando eu ia para sua casa? Como pude esquecer das piadas do tio Emmet, da beleza da tia Rosalie e da delicadeza intocavel da tia Alice? Como pude esquecer da voz amorosa da minha mãe e das conversas silenciosas com o meu pai? Como pude esquecer de Jacob?

Meu rosto era lavado pelas lágrimas incessantes quando um barulho alto se fez, como o de uma porta batendo. Seguiu-se então passos que ecoavam por todos os lados, no começo distantes, mas cada vez mais próximos. Então algumas vozes soaram,

enquanto se prolongavam-se como ecos vindo de um corredor grande.

A porta se abriu em um rombo e por ela passaram dois homens. Um era alto, cabelo arrepiado e corpulento, usava roupas pretas, com uma capa esvoaçando enquanto andava, e tinha um sorrisinho sarcástico nos lábios. O outro era mais baixo, com o cabelo liso dividido para o lado. Tinha feições sérias e, assim como o outro, trajava roupas pretas, mas sem uma capa.

Eu me lembrava deles. Lembrava da ‘quase’ guerra que os Volturi haviam causado alguns anos atrás, e me lembrava, principalmente, de suas feições quando todos fomos inocentados. Eles estavam claramente furiosos. Todos eles. E eu podia apostar a minha vida que o que se passava na cabeça de todos do exército Volturi era que haveria uma vingança. Quando ou onde não importava, mas com certeza haveria.

Estando presa naquele lugar, me lembrando de tudo o que aconteceu naquela época, percebi que sim, eles querem vngança, mas ela não começou quando eles me levaram para aquele fim de mundo onde eu estava jogada, mas sim quando me tiraram da minha família e me deixaram na casa de completos estranhos.

Eles pararam a minha frente e o mais alto começou:

– Que bom que finalmente acordou. Acho que o sonífero que a sua mamãe te deu, era forte mesmo. - sorriu como se achasse aquilo a coisa mais divertida do mundo. - Não sei se você se lembra, mas eu sou Felix Volturi, este é Alec Volturi. - Alec sorriu, o mesmo sorriso sarcástico que estava nos lábios de Felix alguns minutos antes.

– O que querem comigo? - perguntei enquanto as lágrimas continuavam a descer, involuntáriamente. - Não foi o suficiente me tirar da minha família?

– Ótimo que você se lembrou de tudo, assim podemos apagar tudo novamente e te fazer uma Volturi na guarda. - comentou Alec. - Pegue-a Felix, Aro deve estar ficando impaciente.

Felix veio em minha direção mas eu não conseguia me mexer, talvez ainda por efeito do sonífero, ou então por que estava sem comer e caçar a algum tempo, e mesmo se conseguisse, eu era apenas uma híbrida, enquanto ele era um vampiro, que devia ter mais de trezentos anos, completamente treinado e bem alimentado.

Ele me colocou em seu ombro, e começou a andar pelo longo corredor. Eu não conseguia falar direito, estava muito fraca, e mesmo se conseguisse falar alguma coisa, ou até mesmo correr, eles me alcançariam em menos de cinco segundos, então apenas observei o caminho, com o corpo solto sobre o de Felix.

Os corredores por onde passávamos eram feitos de pedra. As paredes eram úmidas como se ficássem abaixo da terra, ou em algum lugar bem perto do mar.

Seguimos por um tempo até que chegamos a um elevador, que subiu uns dois ou três andares e quando a porta voltou a abrir, estávamos em uma linda recepção. Havia uma mulher que se levantou e disse algo em uma língua que reconheci como sendo italiano.

Felix me colocou no chão e eu consegui me apoiar com muita dificuldade. Me puxou pelo braço enquanto Alec abria as majestosas portas douradas que davam em um amplo salão, que, para aumentar a minha sorte, estava cheio de vampiros.

Para uma garota que até um tempo atrás, nem sequer tinha visto um vampiro, e ver cercada por vampiros sequestradores e descobrir que a sua familia toda é de vampiros, aquilo era um baita choque.

– Renesmee! - Aquele homem sentado no trono do meio pulou quando eu entrei, soltando quase um grito.

Eu quase cai quando Felix me puxou, me fazendo avançar mais. Ele não voltou os olhos por um segundo para mim, nem mesmo quando tropecei, tampouco esperou eu me firmar nos pés numa tentativa frustrada de andar.

O homem parou á poucos centimetros de onde eu era segurada pelo braço por Felix. Ele desviou os olhos brilhantes e um tanto loucos do meu rosto por um segundo, olhando para o meu guarda.

– Felix. - Ele disse, como se cumprimentasse ele, mas que na verdade era uma ordem muda.

Felix asentiu, me soltando no chão e se afastando.

Eu cai com um baque surdo que foi ouvido por todos no salão. Meu corpo fraco demais para eu conseguir me manter. Aro se abaixou na minha frente, com um olhar brilhante que eu descreveria facilmente como de um lunático. Em uma tentativa de ficar o mais longe possivel, senti todo o meu corpo se retesando, apesar das dores que isso causava.

– Finalmente nos encontramos, não é? - Ele pareceu que ia encostar no meu rosto, mas se afastou no ultimo segundo - Não sabe o quanto estava… ansioso para o nosso encontro.

Eu me esforcei para me sentar. Não sabia porque, mas evitei os movimentos bruscos. Aro ficou olhando eu me mexer, com um olhar fascinado.

– Espero que Felix tenha te tratado bem desde que se juntou á nós. Somos conhecidos por nossa cortesia. - Ele sorriu, se afastando ligeiramente - Ahh, já ia me esquecendo; Muito prazer, eu me chamo..

– Aro. Eu sei. Eu me lembro muito bem de você. - Eu disse com um rancor evidente na voz.

Ele pareceu ainda mais encantado com isso, mas endureceu a postura.

– É claro que sabe. Vejo que recuperou sua memória… Mas será que toda? Aposto que gostaria de saber história da sua vida… Mas por onde podemos começar? - ele me deu um sorriso amável - Afinal, até onde você sabe?

Eu trinquei os dentes quando vi o seu sorriso aumentar e ele se aproximar de mim, com a mão estendida. Eu sabia o que ele queria e sabia como aquilo funcionava e aquilo era tudo o que eu menos queria. Todos os meus pensamentos, toda a minha vida, em uma bandeja, com uma coca-cola zero e um biscoitinho, pronto para ele devorar.

Mas que alternativas eu teria? Tantos vampiros em uma sala, todos dispostos a mem matar, com um simples golpe. Eu estava sem saidas quando deixei ele segurar minha mão.

Foi como quando eu queria passar as coisas por pensamentos para alguém, só que tão rapido que me deixou mais zonza do que eu já estava. Lembranças que eu sequer lembrava, de quando eu era apenas um bebezinho, saltaram na minha mente e ele leu tudo com volúpia. Eu podia ver que ele gostava daquilo, de ver o que ninguém mais podia ver, além da própria pessoa. Ver tudo, sem poder esconder nada.

Ele sorriu para mim, como se achasse graça do meu ultimo pensamento. Ele podia vê-lo, claro.

Ele afrouxou o aperto de minha mão e eu deslizei com rapidez, o mais longe possivel.

– Jane, querida, nossos já convidados chegaram?

– Vou buscá-los, mestre.

Eu acompanhei curiosa Jane sair do salão, tentando pensar em quem poderia ser.

– Sabe, Renesmee, á muito tempo atrás, houve quem desafiasse os Volturi. Quando começamos nossa jornada para manter os segredos da nossa raça à salvo, muitos vampiros resolveram se rebelar. Com o tempo, e com o respeito imposto por nós, eles pararam de faze-lo e pudemos, finalmente, viver em paz. Até o dia em que seus pais decidiram formar um batalhão de vampiros, e, junto com os transmorfos, nos envergonharam na frente de todos.

– Eles fizeram aquilo pra me proteger. - comentei com as lágrimas ainda rolando pelas minhas bochechas. - Por que vocês queriam me matar sobre falsas alegações, eles fizeram o que qualquer família faria.

– Eu pensei a mesma coisa, minha cara, e por algum tempo foi apenas isso, mas então desafiantes vieram dos cantos mais escondidos do mundo. Nós precisávamos reerguer nossa honra, restabelecer nosso respeito. E foi o que nós fizemos ao cuidarmos do seu crescimento. Do seu futuro.

– Não acho que meus pais precisaríam de nenhuma ajuda, afinal, os Cullens são em oito, certo?

Ele parecia estar perdendo a paciência, mas eu tinha muita coisa pra desabafar.

– Cuidar uma garota tão especial quanto você precisa muito mais do que quantidade, precisa de qualidade. Precisa de oportunidades.

– E é claro, que dois humanos conseguiram fazer um trabalho muito melhor do que oito vampiros faríam. - respondi revirando os olhos.

Seu sorriso vacilou por alguns segundos antes de ele virar as costas, indo em direção ao seu trono. Eu quase podia sentir aquele gostinho doce da momentânea vitória se instalando na minha garganta.

Foi quando a porta se abriu e o ar pareceu muito mais estático.

– É como dizem… Nada melhor do que o amor e proteção de dois pais humanos. Afinal, quem pensaria que uma joia tão rara estaria escondida em um lugar tão simples? Tão seguro?

Meus pais estavam ali. Não os de verdade, mas sim os humanos, que apesar de terem mentido para mim, durante quase sete anos eu os tive como heróis. Duas pessoas em que eu me insprava e considerava as melhores do mundo, afinal, sentimento que eu manti durante todos esses anos era verdadeiro, e não seria facilmente apagado.

Eles estavam atrás de Jane e pareciam estar acostumados com aquele clima ‘vampiresco’, já que não pareciam nem arrepiados. Talvez todas aquelas festas de trabalho, na verdade eram apenas desculpas para virem encontrar seus queridos amiguinhos, e passar o ‘relatório da vida da Renesmee’.

Eles me olharam, e ao ver meu estado, arregalaram os olhos. Eu senti uma pontada de alívio. Aquele olhar, me fez sentir como se, mesmo tendo tecnicamente me sequestrado, e me escondido por todo esse tempo, eles sentiam alguma coisa, e mesmo que não sentissem, eu preferia pensar que sim, já que o oposto doía.

– Pelo que eu vejo você ainda gosta muito deles, não é, Renesmee? - Aro disse, parecendo interessado na minha reação - Mesmo sabendo de tudo o que eles fizeram… É uma pena.

Meus olhos transbordaram de lágrimas enquanto eu encarava os dois. Apesar dos meus esforços, eu não conseguia as conter.

– Aro, a partir de agora, ela faz parte da guarda Volturi. - Disse uma voz entediada, vindo de trás de Aro

– Ela só pode pensar na guarda - concordou o loiro no outro trono.

O sorriso no rosto de Aro se endureceu e ele soltou um profundo suspiro.

– Sim, sim… Vocês estão certos, irmãos… É realmente uma pena. - Ele disse com um pesar falso na voz. Ele não precisou dizer nada, apenas olhou um por um, para cada membro da guarda naquele salão e virou as costas, indo em direção ao seu trono e sentando-se.

Como se tivesse puxado um gatilho, uma cascata de vultos negros passou por mim, alguns até rossando na minha pele, tão rapido que era mais como se um fantasma me tocasse. Então, o grito agudo preencheu o ambiente com a mesma rapidez que o cheiro de sangue. Eu demorei algum tempo até entender o que estava acontencendo.

Quando finalmente consegui reagir, era tarde demais. Apenas os corpos sem vida dos meus pais jaziam no chão e todos os vampiros estavam parados nos seus respectivos lugares, como se nunca tivessem se movido.

Eu soltei um grito agudo, não acreditando no que eu via. Eu tentei avançar na direção dos corpos, mas meu corpo não me obedecia. Rastejei, com as lágrimas escorrendo copiosamente, por alguns metros antes de parar, incapaz de conseguir proceguir.

– Por quê?!? Por que você fez isso?? - Era tudo o que eu conseguia dizer, enquanto esticava minha mão, tentando os alcançar. - O que eles fizeram para você??? O que? POR QUÊ?!?

Mas eles estavam ainda tão longe e eu tão fraca que desisti, me limitando á apenas chorar, jogada no chão. Minha testa encostando no chão frio.

– Realmente, eles eram um dos mais leais humanos que podíamos confiar. - disse Aro com um suspiro - Mas eles falharam. Nos trairam. Quando Jane conseguiu te trazer de volta para nós, eles ficaram para trás, junto com os Cullen. Carlisle os pouparam da morte que todo o clã queria e então, deixaram eles fugirem. E eles vieram até aqui, guiando os Cullen para o caminho mais seguro e facil de chegar até nós…

Eu não estava acreditando no que estava ouvindo

– Eles não sabiam que estavam sendo seguidos!!! Você não precisava… Eles... - Eu solucei mais alto, mordendo a minha lingua não soltar um palavrão.

– Eles nos trairam. Pagaram pela sua falha.

Como eles conseguiam se manter tão frios á uma morte? Como eles conseguiam matar tantas pessoas, tirar suas vidas a força e simplesmente não sentir um pingo que seja de culpa? Como um ser podia ser tão cruel e horrivel? Era repugnante o olhar de indiferença, até achando comum uma cena como aquela, de todos naquele salão.

Eu senti um nojo imenso e quis arrancar fora a cabeça de cada um deles, naquele segundo.

Um ódio imenso cresceu no meu peito e eu parei de chorar. Tudo o que eu queria era vingar a morte dos meus pais. Eu queria destruir aqueles monstros e tirar a força aquele sorriso falso e nojento da boca de Aro.

Naquele segundo, eu jurei que seria eu a mata-lo. Eu acabaria com aquela raça nojenta e fria que me cercava.

Enquanto fazia meus planos, Aro, completamente alheio aos meus pensamentos, chamou uma das vampiras que estavam em um dos cantos do salão. Ela era alta, ruiva, usava um vestido preto na altura dos joelhos, saltos e uma capa. Assim como todas as vampiras, ela era linda, e apesar de ter um sorriso sarcástico no rosto, seus olhos escarlate, estavam frios, exatamente como os de um Volturi.

Ela parecia particularmente muito interessada em mim, pois mesmo andando na direção de Aro, não tirou sequer os olhos da minha direção.

– Mestre. - sua voz era suave, como uma brisa.

– Torne, nossa pequena Renesmee Cullen, em uma Volturi! - disse Aro, como se acabasse de dizer a frase de toda a sua vida, com uma emoção tão forte na voz, cobiça tão grande que a ansia me veio quase como um soco. Meu corpo criou da raiva forças da onde eu não tinha. Eu podia ver, a ameaça eminente e eu sentia o meu coração batendo forte em meus ouvidos. A adrenalina fazendo um efeito invejavel.

De repente, tive a impressão que poderia derrotar qualquer um que entrasse no meu caminho. A força em meu corpo parecia quase palpavel.

Mas eu não queria acabar com todo mundo. Eu queria acabar com ele. Eu queria acabar com o seu império e sua guarda. Eu queria acabar com Aro.

Ninguém parecia preparado para o que eu fiz. Impulsionei meu peso tão forte contra o chão que meu corpo quase voou quando avancei com toda a minha agilidade na direção do Aro. Ele não estava muito distante de mim. Sabia que eu só precisava de uma chance, e tudo teria um mim. Eu arrancaria sua cabeça.

Mas aquele mulher entrou na frente. Apenas ficou parada, com aquele sorriso irônico no rosto, como se esperasse algo. Não tentou se denfender enquanto eu avançava furiosamente, como touro desembestado.

Eu quase a alcançava quando encarei seus olhos. Olhos imoveis e vermelhos como sangue liquido, que prenderam e fizeram meu corpo todo parar de avançar. Eu sentia o gelado do seu corpo perto deu meu, mas era tudo.

Os olhos penetrante da vampira entraram em minha mente e tudo o que eu consegui enchergar era o seu vermelho profundo. Então meu mundo era vermelho e negro e tudo o que eu queria era fugir e gritar. Uma mistura de dor e agonia subia pela minha coluna, enquanto uma garota se retorcia no chão, com a vida sendo sugada. Dentes, vampiros, animais, Volturis. Vi a imagem de minha mãe se tornando transparente e escondendo minha famila e todo o resto, como uma nuvem negra que tampa o céu azul e o sol.

Mantos negros, grunhidos roucos e animalescos, gigantescos, morte, dor, um sorriso infantil e então um império. Um império? Eu pude ouvir o som de corpos sendo rasgados e minha visão se estabeleceu. Eu senti minha cabeça bater em algo que só depois notei ser o chão. Aquilo era mesmo o chão? Parecia tão podre.

Alguma coisa segurou os dois lados do meu rosto, mas eu não consegui ver nada. Apenas um eco fraco que gritava meu nome.

– Renesmee? Você está bem? Renesmee?


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