Who I Really Am? escrita por CarolBeluzzo, Gii


Capítulo 7
Isso não pode estar acontecendo de novo!!


Notas iniciais do capítulo

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Capitulo 06 - Isso não pode estar acontecendo de novo!

POV Jacob.

Os Cullens chegaram naquela tarde, e como se tornara muito comum alguém achar indicios de alguma ‘Renesmee’ por aí, eles não estavam tão animados quanto eu. Eu estava ficando em uma casa não muito grande que eu havia alugado por um tempo, e como eles eram vampiros e não dormiam, não precisavam de nada muito maior.

Passei a tarde inteira contando como eu a conheci, como ela era, como eu tinha tanta certeza de que era ela, e a pergunta que não quis calar: Por que ela achava que eu era um estuprador assassino.

– E quando você pretende contar pra ela? - perguntou Jasper me olhando.

– Eu não sei. Seria meio estranho não acham? Eu chegar nela e falar: “Oi, eu sou amigo dos seus pais vampiros, que você na verdade não se lembra. Você foi sequestrada e nós viemos te buscar.”

– Ele tem razão. - Comentou Alice. - Mas temos que dar um jeito. Ela tem que saber de um jeito ou de outro.

– Você é o único de nós que ela conhece Jacob. - resmungou Bella que havia ficado o tempo todo quieta. - Ela tem que ter no mínimo um pouco de confiança em você, ou não teria pego carona com você pra escola.

– Então está decidido: O Jacob conta. - concluiu Emmet.

Suspirei. Eu não queria nem pensar sobre a reação que ela teria.

– Mas antes, eu quero vê-la - declarou Bella, sobresaltando todos

Edward foi o primeiro a aparecer do lado de Bella.

– Querida, mas…

– Nada de mais dessa vez, Edward! Eu sei que está tentando me proteger, mas se ela é mesmo a minha Ness, como Jacob nos provou que é, então eu quero vê-la.

Alice, que estava sentada no alto da escada, suspirou alto, como se estivesse cansada da mesma reação.

Ela se levantou, desviando os outros Cullen no caminho, até chegar em Bella.

– Bella, e se for como as outras vezes? - ela perguntou, segurando as mãos de Bells - E se der algo de errado? Eu não posso ver o que vai acontecer, você sabe disso.

– Mas é isso mesmo, Alice!! Isso já é um sinal de que é mesmo a Renesmee! - Ela se virou de volta para Edward, olhando para cada um dos Cullen, até fixar os olhos em mim - Eu preciso vê-la. Essa noite.

Eu não pude evitar o sorriso minimo que veio ao meu rosto. Aquele jeito mandão e cabeça dura dela, não mudou com o passar dos anos. Eu sabia como ela se sentia, se fosse comigo, tenho certeza que iria querer a mesma coisa.

– Eu mostro para você onde ela mora, Bells.

E ela pareceu agradecida.

Era uma noite particularmente quente e úmida, apesar de ser começo de outono. Talvez o verão se despedindo da sua própria forma.

Edward se recusara a deixar Bella vir sozinha comigo, então agora estavamos os três. Escondidos na parte de trás da casa da vizinha da frente, observando a unica janela apagada da casa.

Meu coração estava mais acelerado e eu sabia, que se Bella e Edward tivessem algum coração, estariam também tão ansiosos quanto eu.

Aquilo era meio automatico comigo, digo, ficar nervoso perto dela. Ela havia se tornado tudo aquilo! Eu mal conseguia acreditar que ela era a minha pequena Nessie de alguns anos atrás.

Edward foi o primeiro, abrindo a janela para que pudessemos apoiar melhor.

Eu sabia que eles não aguentariam simplesmente ver a Ness, á poucos metros de distancia, mas não sabia que ousariam tanto.

Edward foi o primeiro a entrar no quarto e quase tocar nela, enquanto dormia. Bella nem se importou de esperar, entrou logo em seguida e eu não tive escolha a não ser ir atrás. Eu fiquei na janela, de guarda, enquanto eles aproveitavam o momento com a filha, que dormia profundamente.

Ela tinha os cabelos bagunçados ao redor do rosto e o rosto sereno, tão diferente da forma irritadinha que me olhava, quase o tempo todo. Era como um anjo dormindo profundamente.

Foi quando ela começou a se mexer e resmungar. Bella e Edward ficaram paralisados e eu estava pronto para pular da janela quando ela parou. Edward sorriu ao mesmo tempo em que eu.

– Igualzinha á mãe. - Disse Edward, em um tom profundo. Tinha certeza que se Bella pudesse chorar, teria o feito.

Eu ouvi o som dos passos dos pais dela, subindo as escadas. Edward e Bella pareceram notar também. Bella já estava do meu lado, perto da janela, quando tentei fazer alguma graça:

– A baba escorrendo é mesmo igualzinha - eu sussurei, segurando o riso, antes de pular para fora.

Logo estavamos novamente á caminho de casa, com uma Bella sorridente e um Edward exultante e eu, com uma doce promessa de que a veria no dia seguinte.

*****

– Qual é o seu problema? - Ela disse antes de sair correndo.

Eu sentia minha alma sendo torturada com a ultima visão dos seus olhos chocolates cheio de lágrimas. Eu não conseguia me forçar a ir atrás dela, simplesmente a deixei ir e observando sobre a chuva forte, seu pisar vacilante.

Eu senti como tudo o que significava eu tivesse se esvaído quando ela se foi para longe de mim.

Como eu era burro! Eu havia feito tudo do jeito mais errado! Havia mil e uma maneiras de fazer isso certo, mil e uma maneiras de poder dar certo e eu conseguira fazer a forma mais errada possivel! Como eu consigui ser tão estupido??

Minhas mãos começaram a tremer por conta da raiva desenfreada que eu sentia de eu mesmo. Eu trinquei meu queixo quando virei um soco na parede mais proxima que guinchou em protesto.

Sai correndo na chuva, o mais rapido que eu conseguia, o mais longe possivel da casa onde os Cullen estavam. Eu não estava com cabeça para enfrenta-los ainda.

Eu estava correndo na chuva, sentindo o meu lobo querendo se libertar e eu não conseguia mais o controlar. Quando explodi, com um lamento, eu não havia nem chegado na parte afastada da cidade. Eu apenas mandei tudo se ferrar, enquanto corria á toda velocidade.

Depois de algumas horas correndo, me lembrei que precisava avisar aos Cullen sobre o ocorrido, antes que eles fossem atrás da menina e ela começasse a gritar no meio da rua.

Voltei o mais rápido que consegui, e quando finalmente abri a porta da frente, um turbilhão de perguntas - ou reclamações, no caso do Edward - caíram sobre mim.

Passei os quarenta minutos seguintes tentando explicar o que aconteceu, sendo interrompido de vez em quando por algum comentário desnecessário, ou alguém reclamando.

– Jacob, você é muito burro. - comentou Emmet.

– Você queria o que? - perguntei exasperado. - Simplesmente me entimaram a ir falar com ela, e nem me deram um tempo pra pensar no que eu iria falar.

– Ele está certo. - comentou Carlisle. - Não deu certo, mas sempre podemos tentar uma segunda vez.

– Isso se ela aceitar falar com ele de novo, né? - Desdenhou Rosalie - Sem falar que a consequência dessa ação precipitada dele afeta todos nós!

– A culpa não é toda de Jacob, Rose! - disse Bella

– Mas não é minha e muito menos sua, Bella! Temos que ver que o erro foi dele, não dá para você tentar defende-lo disso.

– Rose! - chamou Esme - Não pode acusa-lo assim, você tem que ver que ele tentou fazer o seu melhor.

– Além de quê, as circunstancias realmente não eram favoraveis para nós. - completou Carlisle. Ele veio perto de mim, colocando a mão gelada no meu ombro - Sabemos que Jacob queria que desse certo tanto quanto nós.

Eu concordei com a cabeça

– Tudo bem, admitimos que não foi uma boa ideia ter contado agora para ela - disse Emmet, chamando a atenção de todos - Mas e agora? O que nós fazemos? Ela não vai querer nem ver mais a cara do lobinho aí.

– E se nós formos todos lá? - questionou Bella. - Tudo bem que ela negou tudo e não quis nem saber do que o Jacob disse, mas eu tenho certeza que algo deve ter entrado na cabeça dela. Pelo menos alguma coisinha.

– Mas como ela reagiria? O que falariamos para ela?

– Se a presença de oito vampiros e um lobisomen no quarto dela não mudar aquela garota, nada muda - Riu Emmet

– Se nós tentarmos conversar com calma e dar algum tempo para ela digerir tudo, com certeza ela irá acreditar. - comentou Jasper.

Todos os Cullens pareceram entrar em um acordo, enquanto eu me culpa internamente. Se eu tivesse feito tudo certo, nada disso estaria acontecendo. Eu tinha sido completamente insensivel.

– Não se martirize desse jeito Jacob - a voz de Edward era baixa, como se não para chamar a atenção dos outros Cullens que conversavam entre si, se perguntando como ela estaria agora, tão mais velha - Nós entendemos o que você fez, não precisa ficar se culpando.

– Depois de todos esses anos e você não aprendeu ainda, sanguessuga? - eu disse ácido - Saia da minha cabeça. Eu não preciso da sua misericórdia, eu sei o que eu fiz.

Ele sorriu de lado, balançando a cabeça e eu bufei, indo para longe dele.

Todos se preparavam para partir, tensos com o que viria, mas ainda felizes por finalmente ver sua garotinha. Aquele sentimento de felicidade e de que tudo finalmente se ajeitaria, aos poucos, foi dissipando a minha culpa. Os sorrisos e os comentários positivos - com certeza, não vindos de Rosalie - também ajudaram.

Quando chegavamos á poucos quarteirões da casa de Ness um rastro mais do que fresco do cheiro doce e enjoativo e completamente caracteristico cortou nosso caminho.

Não foi preciso palavras, apenas nossos urros foram ouvidos em plena madrugada, enquanto corriamos como loucos até a casa de Renesmee. Aquilo não podia estar acontecendo de novo.

Volturi.

Eu não pude segurar o uivo grudado em minha garganta e que foi reproduzido bem longe daqui, por Seth, que estava transformado em lobo no momento em que explodi.

Não houve tempo para conversa, quando chegamos em frente á casa dela, lá estava, um pequeno grupo de encapusados e no meio deles, Renesmee com o corpo mole sendo carregada.

Emmet não esperou qualquer palavra ser dita, simplemente voou em direção do cara que segurava Renesmee, com Rosalie no seu encalço, mas um dos Volturis foi mais rápido e conseguiu interceptar o ataque direto em pleno ar.

O som de pedras colidindo se fez alto, fazendo com que todos parassem em posição de ataque, esperando o próximo movimento inimigo. Emmet e Rosalie cairam um em cima do outro, mas rapidamente se levantaram. O vampiro que tinha Renesmee nos braços havia aproveitado e ido para a parte mais segura da formação deles.

Eu rosnei, mirando a sua cabeça e imaginando mil e uma maneiras de como acabar com aquele ser imundo que segurava a minha vida nos braços.

“Ela esta machucada?” pensou Seth, ecoando meus pensamentos

Os Cullen formaram uma linha, prontos para atacar. Bella deu dois passos á frente, olhando diretamente para a loirinha que estava bem no meio da formação, com um olhar até entediado. Aquilo me deu raiva e pareceu também afetar Bella.

– Devolva minha filha, sua vadia!!

O mundo pareceu se suspender por alguns segundos, como se tivesse esperando pela reação daquelas palavras. Talvez, a resposta que poderia decidir tudo.

Um pequeno sorriso brotou malignamente no rosto da garota palida.

– Felix. - disse a voz monotona da garota - Leve-a daqui.

A chuva desabou de uma vez, soltando um trovão tão alto que mascarou os grunhidos e urros. Todas as luzes do quarteirão se apagaram de forma sincronizada, como se aquilo já estivesse programado para acontecer.

Eu não duvidava que houvesse algum vampiro por trás disso.

Havia cerca de seis vampiros, tirando o que tinha Ness nos braços, e eu podia ver que nenhum dali era um dos lideres. Emmet e Rosalie se juntaram para combater o primeiro vampiro que se atirou na nossa frente. Eu pulei sobre um que se jogou sobre mim com agilidade, tentando arrancar sua cabeça no processo, mas errando.

Eu não fiquei para tentar terminar, eu tinha o meu alvo ainda na vista. O homem com a Renesmee fugia por trás, indo em direção de um carro parado no fim da rua. Eu corri com agilidade para tentar o alcançar.

Ele havia conseguido coloca-la dentro do carro quando eu o alcancei. Eu soltei um rosnado quando bati com a lateral do meu corpo na porta do carro, a fechando e o impossibilitando de entrar dentro.

Eu avancei, sem hesitar um segundo, num frenesi incontrolavel pela sua cabeça. Eu o atacava pelos flancos quando eu ouvi o barulho do carro ligando. O vampiro com que eu lutava, parecia quase tão surpreso quanto eu quando o carro arrancou.

Não pensei em nada que não fosse correr atrás do carro. Eu simplesmente não podia cogitar perder ela daquela maneira. De ver ela escapar por entre os meus dedos.

Mas um aperto de aço se fez e quando dei por mim, estava voando pelo ar e pousando sobre um carro, que ficara completamente destruido. O alarme do carro disparou. Pessoas começavam a sair de suas casas para ver o motivo daquela barulheira, apesar da chuva torrencial que caia.

– Desculpe, Cullens, temo que tenhamos que continuar em outro momento. - disse a loirinha e no mesmo segundo, todas as batalhas que estavam sendo travadas se desfizeram.

Tudo aconteceu com uma velocidade que mal deu tempo de qualquer um protestar. Eles sumiram como fumaça, no mesmo momento que os vizinhos corriam no meio da chuva, vendo o que acontecia. O Alarme do carro gritava feito uma criança com fome no meio da noite.

Eu saltei por de trás da arvore mais proxima, voltando a forma humana e ficando imovel, esperando que ninguem tivesse me visto. Os Cullen também desapareceram na noite, correndo mais rapido que o uma bala, fugindo dos olhares humanos.

Eu olhei por de trás da arvore, vendo um homem com as duas mãos sobre a cabeça, olhando para o carro. O seu guarda-chuva jazia esquecido ao seu lado, ainda aberto.

Todo o lado esquedo do carro havia sumido, amassado com a pressão do meu corpo - que estava meio dolorido ainda da queda.

Havia uma mulher dentro da casa em que o carro estava estacionado e ela gritava para o homem paralisado, perguntando o que estava acontecendo. O homem tirou alguma coisa do bolso e apontou para o carro antes do carro parar de apitar.

Foi quando eu vi, os pais falsos de Renesmee, vindo na chuva, ‘ajudar’ o seu vizinho. Os três começaram a conversar, como se discutindo o que podia ter acontecido. Eu fiquei enojado com a facilidade que os pais delam tinham em fingir surpresa. Agora eu entendia como conseguiram passar todos aqueles anos sem que a Nessie desconfiasse de nada!

Não demorou muito até que o homem entrasse de volta dentro de casa, cabisbaixo e os “pais” de Renesmee fossem para a casa deles.

Eu percebi só o que acontecia, quando vi um vulto loiro pulando pela janela do quarto de Ness e quebrando a vidrassa e logo em seguida Carlisle chamando Rosalie.

E como sempre acontecia nas raras vezes que eu me solidarizava com a loira, eu sorri, puxando o calor do lobo para fora e avançando com força em direção á porta. Aquela madeira da porta não seria o que me impedia de alcançar o pescoço daqueles dois humanos que não chegavam nem perto de ter realmente alguma humanidade.

Se Carlisle achavam errado, ou Esme, ou até Edward, eu estava me fudendo. Eu queria a vingança que eu não pude ter arrancando o sangue daqueles dois e logo em seguia, indo em direção á Italia, porque dessa vez, eles não iam ficar impunes.

Dessa vez, nós lutariamos com unhas e dentes. Lutariamos até revirarmos cada tijolo de Volterra e encontrar Renesmee.

E mataria qualquer um que entrasse na nossa frente.


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