Who I Really Am? escrita por CarolBeluzzo, Gii


Capítulo 16
Quando passa os problemas normais...


Notas iniciais do capítulo

Eeeei Galera! Como prometido, mais um Capitulo!! Um grande beijo e abraço para todas as leitoras que mandaram seus Reviews!! sem vocês nós duas não somos nada!



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Capitulo 15 — Quando passa os problemas normais…

Nahuel

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Ela gargalhou mais alto ainda, como se fosse possível.

Eu não havia achado tão engraçado quanto Leah o fato de Edward ter pirado por Renesmee querer tirar carta de motorista, mas admitia, com os reais problemas que enfrentávamos, aquilo era cômico.

Eu ri fraco enquanto Jacob resmungava que não era tão engraçado quanto parecia. Ela havia brigado com ele feio — e o expulsado de sua casa — e no dia seguinte, acabado com ele no xadrez. Ele estava com seu orgulho alfa ferido e Leah adorava cutuca-lo por isso.

— Ahh, Jake, pelo menos, quando você precisar de umas aulinhas de xadrez, já sabe que nem vai precisar pagar caro por uma professora!

Eu ri, achando graça do jeito que ela falou, usando aquela ironia que dava um ar mais sexy nela. Como se fosse necessário ser mais.

Leah ainda ria quando eu tomei seus lábios. Eu não conseguia resistir quando isso acontecia e ela parecia gostar daquilo. Ser pega desprevenida, eu digo. E eu não me importava muito mais de pega-la desprevenida.

Eu passei os braços ao seu redor quando comecei a ser correspondido imediatamente e aprofundei mais nosso beijo.

Uma coisa sobre Leah, que sempre me fazia delirar quando a beijo, era a sua temperatura alta. Era como entrar em uma fornalha extremamente saborosa. E era impossível de parar depois que começava. Exigia muito de mim, por isso, na maioria das vezes, eram os outros que interrompiam.

Jacob pigarreou alto, mas eu fiz questão de ignorar, apenas apertando mais ela contra mim.

— Por favor, ela é a minha beta! Mais respeito!

Leah acabou soltando um risinho do meio do beijo, mas ao invés do comentário dele fazer—nos parar, só estimulou mais. Leah me empurrou para me prensar contra a parede e ergueu a coxa na minha lateral, me forçando a ter que segura-la.

Eu quis rir. Ela sabia como provocar.

Jacob fez um som de nojo.

— Por favor, arrumem um quarto pelo menos.

Desta vez, ela não conseguiu segurar o riso, quebrando o beijo e rindo abertamente da cara dele. Eu, por alguns segundos, fiquei levemente chateado de ela ter parado bem na melhor parte, mas acabei esquecendo tudo quando meu celular começou a tocar.

Leah ainda falava algo para provocar mais a raiva de Jacob enquanto eu atendia o telefone. Eu identifiquei o número de Nadia antes apertar o botão verde.

— Alô? Irmã? — Ela nunca me ligava a não ser em emergências.

— Nahuel! — Sua voz parecia ligeiramente exaltada.

— Aconteceu alguma coisa? — Os dois lobos já prestavam atenção na minha conversa, esquecendo completamente as piadas anteriores. Eu engoli em seco. — Johan…

— Está morto! Blenda o pegou desprevenido enquanto saia do banho!

— O quê? Morto?

— Ele havia a espancado mais cedo. Não havia guardas, todos estão atrás de você e Renesmee. Vocês estão em lugar seguro? — Eu podia ouvir o resto de minhas irmãs gritando ao fundo, como se estivesse em uma festa. Se não estivesse tão em choque poderia ter rido.

— Sim, já chegamos onde queríamos faz dois dias, mas… Nadia, por que? por que mataram Johan? Apesar de tudo, vocês sempre foram leais á ele…

— Irmão… Ele fez mais do que bater em Blenda. E não é a primeira de nós, você sabe.

Eu fiquei em silencio, não acreditando no que eu ouvia. Como um homem tão sujo poderia ser meu pai? Eu fiquei com náuseas e um terrível aperto de fúria no meu coração.

— Ela está bem? — minha voz saiu meio tremida

— Depois de queima-lo na fogueira? Todas estamos. — Ela parecia rir daquilo — Estamos indo em direção a Volterra agora. Iremos vingar Renesmee.

Vingar? Indo agora? Eu olhei assustado o rosto em choque de Jacob e Leah. Eu havia ouvido aquilo mesmo?

— Nadia, vocês não podem! Eles são muito fortes! Isso não é da conta de vocês, vocês não tem nada a ver com essa guerra! — Eu não conseguia imaginar elas enfrentando todos aqueles Volturis bem treinados. Nem um plano ao menos elas tinham!

— Não se preocupe conosco maninho. Eles podem até ser bem poderosos, mas são velhos. Nada supera o poder da juventude!

Eu olhei irado para o nada quando o telefone ficou mudo. Meu coração parecia que ia sair pela boca. Soltei um urro de raiva e quase quebrei meu celular quando caiu direto na caixa postal quando tentei ligar novamente.

Não estava acreditando que elas iriam fazer algo tão estupido como aquele! Elas sequer falavam com Renesmee! Como poderiam tomar para elas a dor — e se tornarem tão suicidas assim — de alguém que se quer se importavam?

Elas não se importavam, não é? Eu tentei lembrar da época em que Renesmee esteve com elas e pensando melhor, apesar de nunca terem falado com ela, elas não eram hostis ou contra a estadia da meia-vampira.

Eu olhei para Jacob, meio desesperado. Eu não podia deixar minhas irmãs morrerem daquele jeito. Não sem eu pelo menos tentar salva-las.

— Eu tenho que ir.

Leah se mexeu antes de Jacob, segurando meus dois ombros com força. Seus olhos estavam mais abertos que o normal.

— Você não pode! Você mesmo disse que eles são fortes demais.

Eu coloque minha mão sobre a sua.

— Eu não posso deixa-las sozinhas. — eu me afastei dela

Jacob finalmente pareceu dar algum sinal de vida, se mexendo e se postando na minha frente.

— Você não pode simplesmente ir lá sem um plano! Tudo bem, você tem que ir, mas isso não significa que tem que ser tão suicida quanto elas!

Eu me senti agitado pro dentro. Precisa ir de uma vez. A possibilidade de elas não mais existirem deixava fazia meu coração quase saltar pela boca. Não, eu não deixaria aquilo acontecer.

— E o que tem em mente? Eu não tenho muito tempo, provavelmente elas já devem estar próximas a eles!!

— Você acredita mesmo que elas não tem um plano? por favor Nahuel, elas são suas irmãs mais novas, mas tenho certeza que não são burras. Além de que, ela são em quê? Vinte? Trinta meio-vampiras?

— Exatamente! MEIO vampiras. Elas não são tão resistentes quanto vampiros. Quanto AQUELES vampiros então…

— Jacob tem razão, Nahuel. Elas não são tão frágeis assim! E temos certeza que não vão chegar lá sem um plano de ataque.

Jacob assentiu.

— Precisamos falar com os Cullens primeiro. Fique calmo, tenho certeza que tudo vai dar certo.

Para ele era fácil dizer, já que não era as irmãs dele. Apesar de tudo, tudo o que elas faziam e que eu achava errado, eu as amava. Cada uma delas. E era impossível, agora enquanto corríamos a toda até a casa dos Cullen, não lembrar do rosto de cada uma delas e pensar que talvez nunca mais fosse vê-los com vida.

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POV Renesmee

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Jacob estava de ronda naquela manhã, então eu aceitei o convite de Quill, para ir com ele, Claire, Kim e Jared, ao cinema, em Port Angeles — mesmo sabendo que ele só me convidou pra ajuda-lo com a Claire.

Ela corria de um lado para o outro, querendo olhar todas as lojas e vitrines, e o deixava louco, enquanto Kim, Jared e eu só riamos andando atrás deles.

Quando enfim voltamos a Forks e cheguei em casa, o clima estava tenso. Leah andava de um lado para o outro, parecendo preocupada. A mesma expressão se repetia nos rostos de todos. Eles tentaram disfarçar assim que eu entrei, mas eu já havia percebido.

— O que houve? — questionei ainda parada na porta. — Onde está Nahuel?

Eles se entreolharam como se estivessem pensando no que dizer, até que Carlisle disse:

— As irmãs dele estão com problemas, e ele foi ajuda-las. Mas tudo já está se resolvendo.

Bella me levou pra casa logo depois, insistindo que eu deveria estar cansada e que queria um banho; o que era verdade, mas eu realmente queria saber o que havia acontecido com as irmãs de Nahuel. Será que fora nossa culpa?

Passei o resto da noite pensando sobre isso, e nem me lembro de ouvir papai chegando da mansão. O que quer que estivesse acontecendo, era sério.

Os dias seguintes não se passaram diferentes. Todos, principalmente Leah, estavam nervosos e aquilo estava me preocupando. O que quer que fosse, para não me contarem deveria ter agora ver com o Johan, ou com os Volturi, e isso estava me apavorando.

Jacob estava fazendo cada vez mais rondas, assim como os outros lobos, principalmente Sam.

Me levantei cedo naquela manhã. Claro que eu gostaria de continuar dormindo pelo resto do dia, mas Claire havia me feito prometer ir à praia com ela e Emily para fazermos piqueniques e nadar — mesmo que o dia estivesse nublado — já que Sam, Jacob e Quill ficariam em ronda juntos.

Eu não nadaria de jeito nenhum, obviamente, já que não sabia nadar. Nunca havia sido ensinada e não era uma coisa que eu gostaria de aprender, muito menos no mar, com todas aquelas correntes que te puxam.

Coloquei um short e uma regata bem leves e logo Jacob estava me levando até La Push antes de começar a ronda.

Antes de voltar para a floresta e se transformar, ele me abraçou o mais forte que podia e me beijou.

— O que está acontecendo Jake? — questionei ainda em seu peito.

Ele ficou em silêncio alguns instantes, e, quando achei que ele não fosse responder ele disse:

— Alguns vampiros rondando a reserva. — ele me encarou. — Então por favor não saia da praia, e se vir algum vampiro, grite. O mais alto que conseguir. Promete?

Ele segurava meu rosto com as duas mãos a este ponto. Eu estava nervosa, mas assenti.

— Prometo.

Ele me beijou pela última vez e correu para a floresta. Eu estava com a sensação de que eu não o veria por algum tempo e aquilo estava me corroendo.

— Jake! — gritei e ele se virou. — Eu te amo.

Ele sorriu gritou um ‘eu te amo mais’ de volta, correndo para a floresta em seguida.

Fui em direção a porta da cozinha de Emily e quando ela foi aberta, pude ver uma Claire sorridente e de biquíni correndo para me abraçar.

— Ness, que bom que você veio. Tia Emily preparou um montão de coisas gostosas pra gente comer.

— Bom, se Emily preparou tenho certeza que estão deliciosas. Quill sabe que você pretende entrar no mar nesse frio?

— Ele não precisa saber. É só água gelada. Ela é assim até quando está sol.

Decidi que não iria listar para uma menina de 10 anos todas as formas existentes de se morrer no mar, já que ela poderia ficar traumatizada, e Quill me mataria.

Emily apareceu com uma roupa bem parecida com a minha. Peguei a cesta de comida e fomos andando até a praia, que estava deserta por causa do frio. Emily esticou uma toalha na areia e lá nos sentamos, para apreciar as duras tentativas de Claire para entrar na água, que eu — que coloquei o pé — pude comprovar estar geladíssima.

Enquanto Emily estava fazendo um castelinho de areia com Claire, pude sentir um cheiro de vampiro vindo da orla da floresta.

Jacob havia me dito que haviam vampiros rodeando La Push, mas nunca havia me dito que eram eles.

O cheiro inconfundível de Jane Volturi invadia as minhas narinas, mas eu conseguia sentir outros vindos da floresta atrás de si.

Jake havia me pedido pra gritar, mas isso era uma coisa que eu não estava capacitada no momento. A única coisa em que eu pensava era em proteger Emily e Claire. E pensando nisso, corri na direção contrária a de Jane, para a outra parte da floresta, e pude escutar ela correndo atrás de mim.

Eu não era mais rápida do que ela, e muito menos tinha algum poder para me ajudar, então tive que me esforçar muito para conseguir correr o suficiente até ver um espaço aberto entre as árvores.

Quando enfim cheguei ao meu destino — milagrosamente antes de Jane — percebi ser o último lugar em que eu escolheria estar naquele momento. Eu estava em cima de um penhasco, e Jane vinha em minha direção. Um passo em falso e eu cairia.

Jane saia lentamente das arvores, entrando no meu campo de visão.

— Renesmee. — Ela disse meu nome com nojo — Que bom que te encontrei tão rapidamente.

— Jane. — eu respondi no mesmo tom — Não esperava por sua ilustre presença.

— Pois é, foi uma visita um tanto… improvisada.

Eu senti os pelos do meu braço se arrepiarem, só com aquele olhar.

— E o que dá a honra da sua visita?

Ela havia parado a poucos metros de mim, naquele momento. Eu conseguia ver seus olhos brilhando vermelho liquido e um ódio mais profundo ali. Eu engoli em seco.

— Sério mesmo? Sério mesmo, Renesmee? Você acha que pode mandar um bando de mestiças imundas para tentar acabar conosco em seu nome enquanto fica tranquila aqui, nadando com suas amiguinhas humanas? Brincando com esses cachorrinhos?! Brincando de ser uma vampira de verdade?!?

Naquele ponto, os dentes dela estavam de fora e ela avançava já lentamente na minha direção. Eu olhei para trás, pisando com cuidado na beirada do penhasco. Vi algumas pedrinhas de terra caindo da borda e quicando até chegar no mar revolto. Eu engoli em seco pensando em uma maneira de escapar daquilo.

Eu estava sem opções.

— Eu não mandei ninguém! Eu não tenho nada a ver com isso! — eu tentei

— Não tem nada a ver? Sua covarde nojenta! Você mandou aquelas meias—vampiras para acabar com a gente! Aquele garoto estava junto, o que defendeu vocês da outra vez! Aro foi cego de não ter acabado com vocês quando teve chance! Agora ele não terá nunca mais oportunidade! Mas fique tranquila… Nós conseguimos escapar daquelas nojentas. Vamos vingar Aro, meu irmão e todos os outros, nem que seja a última coisa que façamos!!

Eu lembrei de alguns dias atrás, quando minha família disse que Nahuel estava com problemas com suas irmãs. Será que era aquilo? Elas teriam atacado os Volturis no meu nome? Me vingarem?

E eu realmente não sabia o que fazer quando eu senti aquela dor agonizante me preencher, ao mesmo tempo que eu via ela avançar na minha direção, com os dentes á mostra. Eu estava caindo.

.

POV Jacob

.

A cada segundo, mais lobos iam entrando em fase, tendo ouvido o uivo de alerta. Embry havia cruzado com o cheiro da vampira — eu conhecia muito bem aquele cheiro — baixinha e loira dos Volturi e de um outro vampiro. Eram dois vampiros — nada de mais para o nosso bando acabar facilmente — mas eram dois Volturis, então eu tinha em mente de que devíamos nos manter juntos dessa vez.

Apesar disso, eu sabia que Renesmee se encontrava na praia e tudo indicava que a vampira estava indo para lá. Eu deixei que Embry continuasse a correr na frente, e cada vez que cada lobo ia entrando em fase, iam de onde estavam atrás do cheiro dos dois vampiros. Eu corria o máximo possível, mas sabia que Embry a alcançaria primeiro a vampira. Sam e Jared estavam atrás do cheiro do macho. Era claro que ele estava indo na direção da casa dos Cullen.

Quando Leah finalmente se conectou em nossa mente, eu não hesitei em dar um comando alfa para ela ir direto para os Cullen. Ela era a mais rápida. Tínhamos que avisar sobre os dois vampiros.

“Eu não posso ficar fora dois minutos que um bando de vampiros quer matar todo mundo?” Reclama Leah, sendo sarcástica enquanto avançava cada vez mais rápido até os Cullen.

O cheiro da vampiro ficou mais forte para Embry e imediatamente quase todos se concentraram em sua mente. Ele estava perto dos penhascos. Eu comecei a entrar em pânico, tentando forçar minhas patas para ir mais rápido.

Foi quando a visão da vampira de costas, avançando sobre uma Renesmee, na ponta do penhasco, parecendo encolhida pela dor apareceu por de trás das arvores em que o Embry avançava.

Parecia tudo em câmera lenta quando Embry tomou impulso para abocanhar a cabeça da vampira antes de ela avançar em Renesmee. Parecia tudo muito devagar, enquanto a vampira se desviava e Embry acabara se distraindo ao ver Renesmee desabando de cima do penhasco.

Eu tomava impulso, querendo ir mais rápido, ser tão rápido quanto Leah, mas não era o suficiente. Nossas mentes pareciam em alerta, gritando em uníssono enquanto tudo acontecia ao mesmo tempo.

A vampira se aproveitou da distração de Embry e ele só foi perceber isso quando já era tarde demais. Apenas um golpe, duro, sem delongas, e o pescoço do lobo havia quebrado e a vida se esvaído.

Era como se uma faca tivesse cortado o fio que ligava nossas mentes á dele e houvesse deixado ali, um corte aberto, com sangue quente fluindo. Nunca mais ouviríamos o som de seus pensamentos. A sua dor ecoava em nós.

Era como se tivéssemos sentido em nós mesmo o golpe e multiplicado por cada lobo. O uivo de dor foi imediato. Ensurdecedor, longo, enraivecido. Imediatamente, o vermelho era a cor na vista de todos. Os uivos não pararam em momento algum. Embry. Nosso Embry. Morto. Não… Não… NÃO!

Tudo o que havia em nossa mente era o seu nome. E a dor da vingança.

Imediatamente, eu entrei na clareira, dando de cara com o rosto infantil da garota. Havia sangue sua boca e ela parecia ter cuspido ele. Aquele era o sangue de Embry.

Um sorriso brotava nos lábios dela quando o grito de Renesmee, profundo e agudo, se fez. Eu fiquei estático, parado na frente da vampira, ouvindo o grito dela ser engolido pelo mar.

Ela não sabia nadar.

Eu imediatamente tentei ir atrás para salva-la, mas a vampira — que estava visivelmente se divertindo com tudo aquilo — já avançava na minha direção. E eu não pude fazer nada além de acabar com a raça daquela sanguessuga nojenta.

Só quando a dor me atravessou forte foi que eu lembrei do que aquela vampira maldita era capaz. Eu estava em pleno ar, voando em sua direção para um ataque quando a dor começou a queimar todo o meu corpo e eu perder o meu ataque, sendo lançado em seguida para um arvores.

Seth, tão rápido que pareceu um borrão, passou pulando sobre nós ignorando completamente a batalha e saltando do penhasco, atrás de Renesmee. E eu o agradeci por isso, enquanto eu via que outros lobos do bando estavam chegando. A vampira estava alheia á aquele fato. Eu vi nos olhos dela que por algum momento, ela realmente achou que aquilo seria fácil. Sem Bella para nos proteger, ela ganharia fácil de mim.

Foi quando eles chegaram e a distração dela foi o bastante para a dor se ir e eu voltar a ataca-la. Todos nós voltarmos a ataca-la. Meu corpo estava na batalha, mas meu coração estava com Seth, que saia da forma de lobo para mergulhar atrás de Renesmee.

A vontade de saber como Renesmee estava só me ajudou a acabar de vez com aquilo. E quando vimos, havia uma fumaça roxa e sufocante subindo ao céu, e na praia, eu via Seth e as garotas, ao longe, com Renesmee deitada na areia.

Leah gritou em nossas mentes, quando viu um vampiro pulando em cima dela, saindo do meio das arvores.

.

POV Seth

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Jacob acabava de ser lançado em uma arvore, se contorcendo de dor quando eu cheguei ao penhasco. E apesar de ele estar em desvantagem, eu tinha uma prioridade um pouco diferente. Não pensei duas vezes quando passei reto da vampira e pulei do penhasco, me transformando no ar.

O mar estava negro e agitado demais. Eu sabia que era perigoso até mesmo para mim nadar ali, mas não tinha outra opção. Os Cullens estavam longe ainda. Não podíamos perder tempo.

Quando fiz contato com a água, eu havia pego a maior quantidade de ar que conseguia para ir direto atrás de Ness. Pensei que talvez eu tivesse muito atrasado quando a encontrei, não muito tempo depois daquilo.

Ela estava perto das pedras, desacordada e eu me assustei com todo aquele sangue. Meu coração bateu doido enquanto eu fazia o máximo de esforço para chegar até ela, que afundava aos poucos. E eu não consiga parar de pensar em Jacob e em seus pais.

Quando a agarrei, nadei o máximo que eu conseguia, ignorando qualquer dor. Ela não respirava quando chegamos a praia. Seu corpo estava frio e mole. Um arrepio constante passava pela minha espinha quando as garotas chegaram até nós, e eu apenas me concentrava nas massagens cardíacas e na respiração boca—boca.

Emily havia conseguido conter o sangramento na cabeça e na cintura, o que já era uma grande vitória.

Eu não estava pensando em nada, apenas em salva-la. Como Jacob ficaria se ela morresse, daquele jeito, naquele momento. Eu não podia ser o cara que não conseguira salvar sua garota. Eu não me perdoaria se fosse eu a perde-la.

Claire chorava cada vez mais alto e Emily começava a parecer desesperada enquanto gritava:

— Acorde Renesmee! Acorde! Respire!

Quill apareceu pela floresta alguns instantes depois — com olhos vermelhos e inchados — e sem hesitar, correu até Claire, pegando-a no colo e apertando-a em seu peito.

— Shh, vai ficar tudo bem, meu amor. A Nessie vai ficar bem.

As lágrimas começaram a embaçar os meus olhos e o soluço dominava meu peito, enquanto eu continuava tentando reanimar o corpo morto de Renesmee Carlie Cullen. Já quase desistindo, enquanto os minutos passavam e nada acontecia.

Nada acontecia? Por quê? Por que ela não respira?

— RESPIRE! — Eu gritei, não contendo mais minhas lágrimas.

Eu vi, pelo canto dos olhos, Jacob correndo pela praia toda, a toda velocidade, vindo em nossa direção. Suas feições não podiam ser piores.


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