Shadow Of The Colossus escrita por Kevin Souza


Capítulo 9
Jornada a terra proibida


Notas iniciais do capítulo

Olá povo que acompanha SOTC. Antes de falar sobre o capítulo de hoje, eu pude perceber que o NYAH possui agora um contador de visitas a nossas FICS. No meu contador eu pude ver que tive 125 acessos. Mas na hora que vou ver quantas pessoas comentam minhas fics, tem apenas 2 (Lari Jett e Nat Barreto). Poxa pessoal, não custa nada comentar as FICS dos escritores. Desanima bastante saber que monte de gente estão lendo, mas apenas duas comentam de verdade. Se tem algo de errado com minha FIC, pode falar que eu conserto ou mexo. SOTC está todo escrito, mas não quer dizer que não possa mudar alguma coisa. Bem, é isso.

Agora vamos ao capítulo. Bem, esse aqui é bem simples. Mostra apenas a jornada de Wander a terra proibida. Nesse capítulo que começa o jogo para quem não conhece sobre SOTC. Na realidade, essa historia que escrevi sobre Wander e Mono não tem no jogo. Eu sei, infância destruída kkkkk. Mas eu achei interessante o jogo começar assim para fazer a gente imaginar como seria antes. Comigo não foi diferente.

Portanto, boa leitura. Aguardo vocês lá na nota pós-capitulo.



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A noite começava a crescer sobre todo o antigo Japão. As colinas ao norte ficavam cada vez mais sombrias e tenebrosas. O ar era mais seco e cada hora que se passava, mais nuvens se juntavam ao céu. Naquela época não existia eletricidade nem os modernismos que possuímos hoje em dia. A falta de luz elétrica era tamanha, que as florestas tornava - se cada vez mais ocultas e obscuras, trazendo um clima de terror e pânico mórbido para alguém que se atrevia passar por essas florestas.

Mas um rapaz não tinha medo de enfrentar tais pânicos mórbidos. Seu nome era Wander e ele tinha o desejo incessante de ressuscitar sua amada, Mono. Partindo de sua aldeia ao sudeste do Japão em direção ao norte, esse destemido rapaz necessitava chegar a uma terra após as colinas do norte. Esta terra se chamava “terra proibida” e há décadas nenhum homem se atrevia pisar lá, pois corria uma história que, para ressuscitar alguém, a pessoa que queria ressuscitar a outra tinha de pagar um preço altíssimo.

Mesmo com essas histórias, Wander não tinha medo do destino. Ele estava muito determinado a ressuscitar o seu amor e iria até o fim do mundo para poder ser feliz novamente. Esse destemido rapaz havia partido de sua aldeia quando ainda era crepúsculo e havia completado tinta por cento de seu caminho até as colinas do norte antes de chegar a madrugada. Ele havia passado por diversos lugares com geografia imperfeita e desgastada devido ao tempo. Passado por árvores quebradas, planícies imperfeitas e perigosas areias movediças que podiam puxar pessoas para a morte.

Após toda adversidade encontrada no início do caminho, Wander agora se encontrava mais tranquilo. Sob a luz do luar, o jovem rapaz seguia um caminho muito arriscado, porém não tão perigoso quanto areias movediças e a geografia devastada. Ele passava por um enorme desfiladeiro localizado após os relevos frente a aldeia. O desfiladeiro era muito estreito e qualquer caminhada em falso, seria uma queda fortíssima.

Tomando todo o cuidado, Wander cavalga por entre o estreito caminho do desfiladeiro e andando bem devagar com Agro. Ele sabia que o cavalo corria muito e era perigoso se o animal se precipitasse em correr.

– Vamos bem devagar, amigo – dizia Wander enquanto acariciava a crina de Agro e os cabelos de Mono.

Wander achava que estava sozinho com seu amigo, Agro. Mas em meio há tanto silêncio, o rapaz é surpreendido com um som bem distante que se aproximava rapidamente.

Sem hesitar, ele puxa a sua espada ancestral e fica olhando a sua retaguarda, atento a qualquer surpresa. Wander pensava que naquele momento o lorde Emon já havia visto que sua espada fora roubada e que estaria o perseguindo. Seria péssimo ser morto antes de tentar chegar a terra proibida. Mas o rapaz de cabelos vermelhos é surpreendido por outro som. Por um som de um animal. Tranquilamente, ele coloca a espada ancestral na bainha novamente e continua cavalgando. Após mais alguns minutos cavalgando, o som se aproxima e o rapaz percebe que não estava sozinho com Agro, pois uma águia muito bela se aproximava rapidamente, e com um belo rasante há apenas um metro acima da cabeça de Wander, mostrava que acompanharia aquele bravo guerreiro em sua jornada.

Wander para de contemplar a bela Águia e continua cavalgando rumo a terra proibida. De repente aparece um contra tempo. Havia uma falha no desfiladeiro que acaba a trezentos metros abaixo de onde o guerreiro se encontrava. O jovem guerreiro toma distância com seu cavalo, e, com rapidez e força, consegue atravessar a falha e chega ao outro lado. Ele olha para a falha e observa o chão há trezentos metros imaginando quantas pessoas haviam caído ali. Perdido suas vidas em busca de trazer alguma pessoa amada de volta. Pessoas que morreram antes de iniciarem suas jornadas.

Tentando esquecer um pouco o pensamento trágico que lhe sobrevinha, Wander cavalga por mais uns minutos e passa pelo perigoso desfiladeiro, trazendo paz espiritual para si próprio, pois ele sabia que depois do desfiladeiro, os caminhos tornavam - se mais pacato. Ele observa a lua e percebe que a mesma estava bela e grande ao mesmo tempo. Sua luz natural deixava o caminho escuro, porem muito belo. Olhando para a lua, Wander imagina como sua amada se sentiria ao ver essa maravilhosa paisagem. Evidentemente, ela se sentiria bem por estar com quem ela mais amava.

Wander ficara observando tanto tempo a majestosa lua, que ele nem percebe que havia outra vista muito esperançosa a sua direita. De onde o jovem guerreiro se encontrava, era possível ver nitidamente a entrada da terra onde nenhum homem podia pisar. Aquela entrada era colossal e guardava, evidentemente, muito segredos que Wander gostaria muito de investigar.

Após o desfiladeiro, a dupla continua cavalgando rumo ao seu destino. Ambos estavam desgastados porque já era madrugada, mas eles não podiam parar. O lorde Emon podia ir ao encalço deles e seria desagradável ter de lutar contra o grupo armado do xamã. Sendo assim, Wander e Agro seguem seu caminho sob a luz do luar, passando por uma majestosa e maravilhosa floresta com enormes árvores

e um pequenino lago azul cristalino. Belas folhas caem das árvores, fazendo um paisagem sem igual, que deixava o bravo guerreiro boquiaberto, pois ele desconhecia tais lugares, visto que eram raras as circunstâncias que o fazia sair de sua aldeia.

O caminho seguia por entre a bela floresta, que, apesar de possuir bela paisagem, era escura e sombria. Em compensação, as chances de possuir salteadores era pequenina porque esses lugares ficavam ao norte e não existiam aldeias. Apenas há muito tempo atrás que o norte era povoado, devida a uma península prospera que agora se tornou a terra proibida.

Wander termina o caminho por dentro da floresta obscura, ficando frete a um limpo e tranquilo córrego. Ele aproveita daquele momento abençoado e bebe um pouco da agua limpa que passava. Água tão limpa que era possível ver os peixes nadando por entre ela.

O jovem guerreiro se senta e tenta descansar por alguns minutos. Agro se aproxima do córrego e tenta se refrescar juntamente. Enquanto seu cavalo bebia da agua do córrego, o jovem pega o corpo de sua amada e coloca em seu colo. Com profunda dor em seu íntimo, ele conversa frente ao cadáver, acreditando que Mono pudesse ouvir.

– Engraçado como as coisas são. Por um minuto nós eramos felizes. Vivíamos com a melhor forma de vida, não nos importando com nada material. Nos importando apenas com o que sentimos para com o outro. Tudo era tão bonito - dizia ele com uma fina lagrima caindo de seus olhos. - Da noite para o dia tudo o que a gente tinha acabou. Você se foi e agora eu sofro com a sua falta - continua ele com mais lagrimas caindo de seus olhos.

Wander tenta se esquecer do que aconteceu e se foca em seu objetivo. Ele se levanta, coloca o corpo de sua amada em Agro e parte para o lugar destinado que não estava mais tão distante.

O caminho após o córrego era marcado por muitos morros. Esses morros possuíam grama verde majestosa que parecia mais um divino tapete cor verde que deixava a paisagem esplendorosa. Os morros não possuíam nenhum erro geográfico nem possuíam rochas que faziam essas paisagens um tanto grotescas.

O rapaz continua cavalgando com firmeza e passa pelos morros. Após os morros, vinham florestas e mais florestas e depois córregos e belos lagos que mostravam o ambiente da época antes de Cristo do Japão. Uma época em que não possuía poluição dos carros, nem das fábricas, muito menos poluição sonoras e outras coisas que destruíram o meio ambiente.

Desde que havia partido de Korota, o jovem guerreiro cavalgou por horas e horas a fio, passando por inúmeros caminhos com geografia devastada, erosão, florestas muito obscuras e até areias movediças perigosíssimas. Finalmente todo estes perigos haviam se passado. A noite, (momento do dia que Wander), tornara - se manhã e ele se deu conta do quanto havia andando, de tamanho amor que tinha por sua amada. Ele não se sentia cansado, nem com sono. Tinha o desejo apenas de trazer quem ele mais amava de volta e poder viver feliz.

A manhã chegou e um sol escaldante esquentava todo o solo das proximidades da terra proibida. A temperatura era fortíssima e qualquer pessoa que ficasse exposta a tamanhos raios solares, poderia ter muitas complicações de saúde. Mas Wander não se importava com tais perigos. Apesar de correr risco de pegar uma forte insolação, ele continuava cavalgando com sua amada em seu colo. Por ela, esse bravo e jovem guerreiro enfrentaria quaisquer adversidades do clima.

A paisagem era bela apesar de muito quente e imponente. Grandes árvores apareciam, fazendo um caminho todo arborizado e com sombras, o que era bom devido ao calor.

Enquanto cavalga, o rapaz dos cabelos vermelhos achava estranho o forte sol. Isso porque antes de todo calor escaldante, há algumas horas antes, ele enfrentava uma forte chuva torrencial, o que deixava com a leve sensação de que esses lugares ao norte eram separados do território onde ele morava. Definitivamente, a cada minuto que se passava, esse rapaz estava certo de que estava muito longe de sua casa. Ele apenas pensava como seu irmão estava há quilômetros de distancia dele. Wander sentia muita dor por estar distante de Hirako, mas ele tinha de cumprir seu objetivo.

Todos esses seus pensamentos são cortados quando Agro dá fortes relinchadas, mostrando que estavam mais próximos do lugar que queriam estar. E de fato, estavam mais próximos. Isso porque Wander percebe uma pequenina ruína de concreto que estava coberta pelo majestoso tapete verde, que eram as gramas japonesas daquela época.

Acompanhando o caminho que estava coberto por grama, Wander cavalga fortemente, passando por mais e mais ruínas. Algumas delas como pedestais, monumentos e esculturas com idiomas estranhos que era desconhecido pela linguagem de Wander. Mas, algo ele percebe nos idiomas. Algumas palavras eram as mesmas de sua espada, o que o deixava mais convicto que estava perto do destino.

Ele não precisava cavalgar mais tanto. Finalmente pudera descansar algumas horas de sua longa jornada. Isso porque há alguns metros de onde ele estava, um caminho de pedra com palavras do idioma da espada ancestral pintava toda aquela paisagem em meio há tanto verdade. O caminho tinha cinco metros de extensão e terminava frente a duas poderosíssimas e imponentes torres com esculturas e faces de seres. Essas torres eram colossais e deixava qualquer pessoa boquiaberta. Torres nas quais Wander se recordara muito bem.

“- Estás vendo aquelas cadeias montanhosas com duas torres ao meio? – Pergunta Mono.”

Sua mente volta ao presente e uma fortíssima lagrima cai de seu olho, sabendo que o que Mono disse, representava o motivo do qual ele estava ali. Ao mesmo tempo um estado de alegria subiu em seu coração por estar frente aquelas duas torres. Ele atravessa ambas e para diante de um lugar muito belo.

Ele atravessa ambas e para diante de um lugar muito belo. Aquele lugar era uma península coberta por morros ao norte e oeste e o oceano pacifico ao leste, enquanto que o sul marcava a entrada daquela península. Um vento fortíssimo varria todos desertos daquele lugar que possuía areias juntamente com gramas e esculturas para todos os lados, mostrando que a vida já passara por ali. Bem no meio da península ficava uma gigantesca fortaleza que não era possível ver seu topo, pois ele transpassava as nuvens.

Muita tensão estava no coração de Wander. Ao mesmo tempo uma alegria imensa subia em sua mente. Essa alegria era tamanha porque uma parte de sua jornada havia sido completada. Ele havia chegado a terra proibida.


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Notas finais do capítulo

Bem é isso. Wander chegou a terra proibida :D Quem jogou SOTC teve as imagens dessa cena na cabeça, na hora. Pode falar :D

Agora esperem para o próximo capitulo, quando Wander conhece um cara muito gente boa chamado Dormin (Nat Barreto conhece ele haha)

Beijos e abraços gente :D



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