D.N.A Advance: Nova Ordem do Século escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic
Notas iniciais do capítulo
Um capítulo postado hoje. Hoje é um dia muito especial para mim. Hoje faz exatamente 3 anos de Nyah. Sim galerinha, só me dei conta ontem kkk e decidi deixar o capítulo já postado. Esse também foi rápido, mas o outro não será tão rápido assim, por isso aproveitem.
CAPÍTULO 153
O táxi parou em frente a um supermercado da região. Ela pagou ao motorista e entrou no lugar.
Nakawa comprava produtos alimentícios e os colocava dentro de um carrinho. Ela ajudava a uma instituição de caridade e todo o mês fazia isso.
─ Espere, meu filho. Não corra! Junior ─ dizia uma mulher para o seu filho aparentemente de uns cinco anos. ─ Não vá por aí. Ai meu Deus, que peste.
O menino esbarrou no carrinho em que Nakawa juntava os produtos. Logo as compras caíram no chão obrigando a mulher a se agachar para pegá-las.
─ Posso ajudá-la?
─ Oh, agradeceria, se não for incômodo para você.
─ Imagina. A senhora não tem idade para ficar fazendo força, principalmente se agachar assim. Pronto, as compras já estão todas no lugar. Nossa, são muitas coisas.
─ É que eu costumo doar isso tudo para uma ONG. Eu faço isso todo mês.
As duas foram até o caixa. Depois saíram juntas. Nakawa convidou a mulher para tomarem saquê juntas numa lanchonete ali próxima. A outra aceitou e ambas foram até o local.
─ Estou tão exausta. Ultimamente o meu trabalho está me consumindo.
─ A senhora deve ser Nakawa ou estou errada?
─ Não, mas como sabe o meu nome?
─ Lembra-se da enfermeira Kiba?
─ Sim, a conheci apenas em duas ocasiões. Você a conhece?
─ Eu sou uma amiga. Eu soube que ela morreu assassinada ontem.
─ Meu Deus. Como aconteceu essa barbaridade?
─ Acho que foi um assalto. Mas eu sou uma amiga e estava pedindo emprego, daí ela me disse sobre o local em que a senhora trabalha. Eu fui lá e, desculpe, mas eu a segui até o mercado. Queria ver se a senhora estava interessada em contratar alguém.
─ Olha, no momento não estamos aceitando, porque o Staff está completo. Mas quem sabe algum dia apareça uma vaga. Você será a primeira na minha lista.
As duas tomaram a bebida. Yuuko pegou o celular e pediu que Nakawa anotasse o número dela. A governanta fez isso.
─ Qual o seu nome para eu poder colocar na minha agenda?
─ Yuuko Yagami.
Nakawa se levantou repentinamente e olhou nos olhos de Yuuko. A governanta se assustou quando a outra disse o seu nome.
─ A senhora está bem?
─ Sim, estou.
─ Então eu já vou indo...
─ Espere. Deixe que eu a levo até a sua casa ─ Yuuko relutou. ─ Por favor, eu insisto.
O carro de Nakawa foi até Odaíba e parou em frente ao prédio. Yuuko se despediu da mulher e entrou. A governanta ficou pensativa e pegou uma lista telefônica que havia no assoalho do carro. Procurou todas as Yuukos com sobrenome Yagami que vivem em Tóquio. Só havia uma.
─ A mãe da Naomi ─ disse ela.
...
Começou a cair os primeiros cristais de neve em Tóquio. A meteorologia disse que o clima seria o mais baixo dos últimos 50 anos e todo cuidado era pouco. As estradas e avenidas ficavam lisas quando nevava.
Ako desceu da limusine com o seu felpudo casaco de pelos negros. A ricaça entrou na escola pela primeira vez na sua vida. Ela não escondia o ar de nojo vendo muitas crianças passarem para lá e para cá. Um grupo do ensino médio que jogavam futebol passou perto dela. Ela quase morreu de asco quando sentiu o cheiro de suor deles.
─ Com licença, onde fica a sala da diretora?
─ Siga em frente, depois dobre à esquerda. A última sala ─ respondeu um professor.
Ako foi conforme indicada. Ela abriu a porta e viu Naomi acessando a internet pelo celular.
─ Posso entrar?
─ Ah, não. As coisas já estão ruins com a neve caindo e a megera entrando. Já que entrou sem bater, fecha pelo menos a porta. E que casaco pomposo é esse? Os alunos vão pensar que é uma aranha armadeira gigante.
─ Pode brincar à vontade, mas eu vim propor um acordo com você.
─ Lá vem ferrada. Tia, a senhora não tem vergonha na cara não? Pelos céus, deixa de intriga. Eu já estou prevendo o que vai falar. Mesmo assim, eu vou deixar. Fala.
─ Porque você não dá uma lição naquela tal de Hikari Yagami? Soube que é a sua rival.
─ Foi, e não vai ser mais. Isso porque eu venci. Agora sai daqui porque não tenho tempo para os seus delírios. Olha ali a porta te esperando. Fecha quando sair.
Ako ficou com muita raiva da insolência da sobrinha. Contudo, fez exatamente como a outra disse. Ela saiu e deixou Naomi sozinha na sala.
─ Imbecil, vou destruir seu contos de fada em breve ─ disse baixinho para si mesma. Saiu sendo motivo de risada por parte dos alunos que riam por causa do casaco chamativo. ─ Bando de pestinhas fedorentos!
...
Enquanto isso, Kari viu a sua mãe se trancar no quarto. De maneira nenhuma Yuuko quis abrir a porta. Ela ficou preocupada e confusa ao mesmo tempo. Desistiu de tanto bater.
─ Ela não quis sair?
─ Não.
─ Deixe-a só. Ela deve ter uma grande razão.
─ Ai Tailmon. A mamãe escondeu um segredo grave de mim. O que eu faço?
─ Ela precisa ficar sozinha pra poder refletir. Depois quando ela quiser, converse.
─ Só você mesma para se manter calma numa hora dessa.
Kari foi até a sacada do apartamento e viu um carro estranho parado perto da portaria. Era um carro preto, alto, como de seguranças. Um homem de terno preto estava olhando para cima. Ela entrou imediatamente para casa e ligou para Ken.
Duas viaturas da polícia chegaram e prenderam os seguranças. Na delegacia, Ken fez perguntas aos homens. Eles revelaram que trabalhavam para a Genetech e que estavam vigiando a mando de Ako Matsunaga.
Na empresa, Ako foi intimada a depor, mas não compareceu. O seu advogado fez isso por ela.
...
Enquanto isso, Cyberdramon sobrevoava a cidade de Tóquio. Ele vigiava cada passo que Paulo dava. Pelas ordens que Weiz deu, não era para atacá-lo ainda. Enquanto não acharem um tempo sobrando, não podiam fazer nada. Todavia, nem Cyberdramon nem Weiz sabiam que uma pessoa os observava de longe. A lente do binóculos capturou a imagem do digimon sobre o terraço de um apartamento.
─ O que você acha? ─ perguntou Agumon.
─ Não sei bem que tipo de digimau aquele é. Sempre sobrevoa na região de Nerima ─ respondeu Aiko, irmão de Ray.
─ Não era lá que nós morávamos?
─ Sim, era. Espera um pouco, meu irmão mora lá. Além dele moram digiescolhidos antigos.
─ Você acha que ele está querendo fazer algum mal com algum deles?
Aiko não respondeu à pergunta. Ficou observando o digimon. Afastou a lente mais um pouco e viu a escola em que os seus colegas estudavam. O prédio era grande o suficiente para ser visto fora de Nerima.
─ Ele deve estar espionando Paulo ou Lúcia.
─ O que a gente vai fazer?
─ Vou ligar para um amigo e pedir ajuda dele. Lembra-se que eu vou ficar de recesso da faculdade? Eu vou passar o resto do mês e até fevereiro do próximo ano lá na casa do meu irmão. Se aquele digimau pensa que vai passar a perna na gente, está muito enganado.
Aproveitando-se que Impmon havia saído de casa, Dracmon fez uma magia para poder se comunicar com o seu chefe. Weiz apareceu diante dele. O homem não imaginava que a comunicação entre os dois seria tão rápida assim.
─ Fale, Dracmon.
─ Ontem à noite eu escutei algo interessante. O Gennai já sabe da identidade do senhor e contou para o Paulo. Impmon já está atento que o senhor foi quem causou o acidente que aconteceu com ele.
─ Então os meus planos devem ser colocados em prática o mais rápido possível.
Lucas e Lúcia chegaram mais cedo do colégio. A menina abriu o portão de casa e pegou as sacolas de lixo para colocá-las na caçamba num beco perto da casa deles. O loiro continuou dentro da casa. Ouviu a voz de Dracmon na sala de sua casa. Foi vê-lo e o pegou em flagrante conversando com outro.
─ E tem mais, o Gennai recomendou aos digiescolhidos para ter cuidado com o senhor. Eles vão desconfiar de algo?
─ Talvez sim, talvez não. Continue na casa deles pelo menos esta semana. Quando tudo estiver pronto, eu darei as instruções.
Lucas ficou com ódio de Dracmon. O vilãozinho estava enganando a todos na casa. Precisava fazer algo. Entrou e o confrontou ali mesmo na sala.
─ Quem era aquele que estava falando contigo?
─ Eu não sei do que você está falando. Eu não sei mesmo.
─ Mentiroso ─ Lucas puxou-o para mais perto. ─ Você sabe o que vai acontecer se eu contar a verdade que ouvi para todos, não é?
─ Não sei do que está falando.
Lúcia entrou em casa e Lucas soltou o digimon. A menina perguntou o que ele queria com Dracmon, mas o loiro desconversou.
Na escola, Tominaga não gostou nadinha quando soube que a sua amiga, Kari Yagami, fora demitida justamente por Naomi. Depois que viu a megera e o alemão conversando, nunca mais parou de pensar que eles possivelmente estavam tramando algo. O pior foi quando soube que Kari e TK se separaram. Decidiu que não descansaria até desmascarar Naomi por conta própria.
─ Ora, ora que estranho. Já é a terceira vez que eu vejo Müller entrar naquela sala esta semana. E é porque hoje ainda é terça. Aguardem, pois suas máscaras vão cair logo logo.
Ela desceu para ir embora e viu Paulo sentado. A aula do jovem terminou mais tarde, por isso ficou sozinho. Como ela conhecia o adolescente, se ofereceu para fazer companhia para ele no térreo. Sentou-se num banco.
─ Como vai?
─ Oi professora. A senhora está esperando alguém?
─ Estou esperando uma amiga. Ela vai aparecer daqui a pouco.
Wesley apareceu como Beelzebumon em forma humana. O homem vestia-se com uma capa preta, mas não escondia o seu rosto pálido com seus cabelos loiros. Tominaga sorriu ao vê-lo. Era o mesmo homem que esbarrou há meses na porta do colégio. Wesley reconheceu a professora e quis dar meia volta, mas já era tarde demais.
─ Quem é esse bonitão?
─ Ah... é... o meu pai ─ respondeu Paulo sem jeito.
─ Olá, paizão. Eu sou a professora Tominaga, professora de inglês do quinto e sexto ano.
─ Olá, Tominaga. O prazer é meu em conhecê-la ─ disse Wesley também sem jeito.
─ Vamos tomar um café na lanchonete da escola?
─ Um café? ─ disseram os dois juntos.
─ Vamos lá, meninos, vai ser divertido.
─ Eu não sei...
─ O meu pai agradeceria ─ Paulo respondeu. Wesley o fuzilou com os olhos.
─ Então vamos ─ Tominaga praticamente arrastou os dois.
Pegaram uma mesa e pediram hambúrgueres. Tominaga estava praticamente sentada no colo de Wesley. A moça não tomava jeito mesmo. Era secura, três meses sem sexo!!!
─ E então, Wesley. Você é casado? Solteiro? Enrolado? Amancebado?
─ Sou solteiro.
Por dentro, Tominaga comemorava a festa de fim de ano antecipado. Dava até para escutar os fogos de artifício. Ela não esperou mais e deu mais ainda em cima do homem.
─ Wesley, onde posso encontrá-lo? Quero o número do seu celular ─ o pior que ele nem tinha.
─ Ah... é... ah...
─ Espera aí. Aqui está o meu número ─ ela anotou num guardanapo e deu ao homem. ─ Qualquer coisa é só ligar para mim. Gatão.
Wesley começou a ficar vermelho. Paulo sorriu ao ver os dois juntos. O seu digivice começou a alertar para uma mensagem. Ele retirou do bolso da calça e ligou. Era Aiko.
─ Há quanto tempo, amigão.
─ Paulo, eu voltarei para a casa do meu irmão no fim de semana. Levarei também o Master, ele está morrendo de saudades.
─ Ótimo. Aposto que está trazendo novidades.
─ Tenho sim. Só vou dizer quando eu chegar aí. Também um amigo meu que vai nos visitar em breve.
─ Quem?
─ Um dos antigos digiescolhidos. Peço que chame também o Jin, vai ser muito importante. Então é só isso. Até mais.
─ Até.
Paulo ficou pensativo no que Aiko disse. Enquanto Tominaga sufocava Wesley com o seu jeito succubus de ser.
Longe dali, Márcia aproveitou o horário de almoço para ir a um restaurante próximo do trabalho. A mulher ficou esperando o seu prato chegar enquanto apreciava a chuva no lado de fora da vidraça.
─ Quer companhia para o almoço?
─ Daregon, como vai? Que coincidência nós nos encontrarmos por aqui.
─ Por quê? Eu também trabalho na emissora. E então, eu posso me sentar?
─ À vontade. Nossa como é bom ver um colega por aqui. Às vezes eu me sinto só. E então, aposto que não é japonês. Não tem olhos puxados.
─ Sou canadense. Mas moro há muito tempo aqui.
Márcia realmente ficou feliz em vê-lo. Weiz fez exatamente como Dracmon: sorria descaradamente e fingia ser um cavalheiro nato. Eram apenas aparências falsas, pois o homem tinha um plano perverso em mente: separar a mãe dos seus filhos.
...
Ako não gostou que as irmãs mais belicosas do mundo a fizessem de palhaça. Primeiro levou um fora de Kari Yagami e agora da sua sobrinha. Ela não aguentava mais ser passada para trás. Não quis mais ser coadjuvante, e sim como uma personagem principal. Então ela teria que fazer algo impactante. No escritório da Genetech, ela pegou o seu celular e ligou para um dos seguranças que tinha contatos com a Yakuza.
─ Alo, Rami? Sou eu, a dona Matsunaga. Rami, eu quero saber se os seus coleguinhas estão dispostos num plano de grandes proporções?... É claro que eu pagarei muito bem pelo serviço. Sim, vai ser pesado. Quero que destruam a escola neste final de semana...
Kari e Tailmon saíram, deixando Yuuko sozinha. Enquanto assistia à TV, ela escutou a campainha tocar. Abriu a porta e viu Nakawa parada na frente dela e segurando uma carta.
─ Podemos conversar? ─ disse a governanta.
E agora? Yuuko vai saber da verdade?
Continua...
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Próximo capítulo teremos a operação da Tominaga em desmascarar a Naomi. Será que Kari vai saber da verdade? Nakawa contará toda a verdade para Yuuko. A volta de Aiko na fic e a escola será destruída a mando da tia mais trilouca do Japão, Ako. Até mais....