Zombie Apocalypse escrita por mandyoca


Capítulo 6
Capítulo Cinco




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  Ponto de vista: Jully.

  - Deixe-a em paz. – eu ordenei, olhando para ele sem medo de mexer com o desconhecido. Apesar do receio, eu ainda não podia ser egoísta o bastante para deixar outra pessoa ser mordida. – Eu estou te avisando.

  - Jully... – Allison chamou baixinho enquanto o homem rosnava para mim. Sim, rosnava. Eu mal podia expressar o quanto eu achava isso nojento.

  Ele parecia um cego olhando para todos os lados, sugando o ar à procura do meu cheiro, com a atenção inacabável de tentar captar meu som.

  Chutei a porta.

  - Aqui! – gritei.

  - Você é louca? – Allison me empurrou.

  - Para com isso, Jully. – Jack pediu, colocando-se na minha frente. – Espero que você esteja vendo que ele não está entendendo o que você está dizendo. Olhe só: Ele está parecendo um animal.

  Então, como um sinal, ele soltou um berro. Eu não posso descrever o seu grito como nada além de algo não-humano. Eu corri para dentro da sala e tentei provocá-lo ficando bem próximo, mostrando que eu não tinha medo.

  - Qual é o seu problema? – perguntei completamente inexpressível. – Allison, chame a polícia.

  - Ele não entende. – a mulher, já encolhida no canto da sala, disse baixinho. Eu só pude ouvi-la por causa de onde eu estava, mas eu tinha certeza de que Jack e Ali não poderiam escutar nada além de um zumbido. – Não fique perto demais...

  - Vou procurar pela Allison, ela foi achar um telefone. – avisou Jack.

  Foi assim que o homem avançou em mim e me derrubou, tentando... Bem, me morder. É isso o que acontece com os doentes? O vírus (bactéria, fungo, ou o que quer que isso seja) os transforma em criaturas fictícias de filmes de terror do George Romero?

  Eu me mexia o máximo para tirá-lo de cima de mim, recusando-me a gritar, mas também sem permanecer em silêncio. Minha situação não estava confortável e eu tentava, de todas as maneiras, chutá-lo, já quem minhas mãos estavam ocupadas afastando o seu pescoço.

  Isso tudo aconteceu tão rápido! Então, em um dos meus chutes desnorteados, acertei uma mesa. Um recipiente com material escolar caiu dela, e, entre esses, havia uma tesoura com ponta. Eu a peguei com agilidade, perdendo a força que estava depositando nele, e a cravei em seu braço.

  Porém, ele não teve nenhuma reação.

  - Você não sente dor, filho da puta?

  Então, a coloquei em seu pescoço. Novamente, sem qualquer vestígio de sofrimento físico. Eu não hesitei em enfiá-la em seu peito, tudo isso segurando o seu queixo para que ele não fosse capaz de chegar até mim com aqueles dentes sujos.

  Com a proximidade, pude observar mais detalhes além de seus olhos brancos. Sua pele era pálida e ele tinha uma olheira profunda – isso sem contar com o fedor naqueles trapos que ele chamava de roupa. Linhas arroxeadas em seu pescoço mostravam que ele havia sido mordido próximo dali, mas isso não me interessava mais. Ele estava contagiado.

  E não morria! Não importava quantas tesouradas eu desse no peito dele, ele não parava de tentar me morder, segurando o meu rosto com aquelas mãos imundas. O cheiro estava tão insuportável que eu tinha vontade de vomitar. Eu tentei de tudo: Arranhar, chutar, cravar a tesoura! E nada.

  - Por que você tá parada aí? – perguntei para a mulher.

  - Desculpe-me. – ela murmurou, levantando-se e indo em direção à porta. – Desculpe-me.

  Com o barulho dela, o homem acabou se distraindo e virou o rosto para lá, afrouxando suas mãos. Foi nessa oportunidade que eu cravei as lâminas da tesoura em um dos olhos dele, ofegando. Ele finalmente parou de lutar, caindo em cima de mim sem qualquer energia. Apesar do peso dele, eu consegui rolá-lo para que eu saísse debaixo dele e pudesse respirar de novo.

  Tossi algumas vezes antes ao absorver as informações e vi que minha pele estava pegajosa com o sangue dele. Eu peguei a tesoura de volta e, no segundo em que eu a atirei para longe, Jack e Allison surgiram com queixos caídos.


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