O nosso planeta está sendo destruído gradualmente por um mistério da qual nenhum ser humano pode escapar. O cheiro de podridão que nos cerca, a loucura que se manifesta sem pena e a paranóia que anda nos consumindo são fatores que se tornaram comuns em minha atmosfera. Se você acha que você está pronto para encarar o mundo com os olhos de um sobrevivente, vá em frente com seu ego e queixo erguido, mas tenha em mente todo o tempo que não existe caminho de volta.
Meu nome é Jully Cooper. Desde criança eu sempre tive a mesma personalidade: Uma pessoa ególatra, confiante, independente, nada fã de compartilhar segredos e que não aceita de maneira alguma ficar em segundo lugar ou ser contrariada sem provar sua razão. Uma adolescente de dezesseis anos com um ar tão superior não costuma deixar nada passar despercebido. Quando a morte começou a andar, ela se espalhou até se transformar na epidemia mais perigosa que a humanidade já enfrentou: O apocalipse zumbi.

“Um amor não é gerado apenas pela face da pessoa que o é alvo de quem foi atingido pela flecha do cupido traiçoeiro. Ele mostra-te todas as esperanças e laços que os dois indivíduos criariam se ambos se unissem em somente um.”
Com as minhas inocências e traumas do meu passado eu tentava ao máximo ser menos rígida ao escolher as minhas amizades – não porque eu não gostava das poucas que eu tinha, mas porque o meu próprio jeito de ser não agradava aos outros. Eu havia deixado aqueles amigos que me entendiam – os únicos -, porque a minha mãe atrevida e arrogante que eu pensava que amava simplesmente me deixou. Tive de ir morar com a vovó Marie, a boa avó que apenas queria o meu bem.
Nessa cidade, eu não procurava ter muitos objetivos, mas comigo eu levava um: só queria que me deixassem ser eu mesma ao invés de ser o monstro que os outros queriam que eu fosse.