Aprendendo a Viver. escrita por Ana_gms_000, camila_guime


Capítulo 3
Capítulo 3- Primeira Vez.


Notas iniciais do capítulo

AAin pessoal, desculpem a demora do post! É que eu e a Mila estavamos meio sem tempo, mas eu fui a que mais demorou ... u.u Desculpaaaas !



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Ai Meu Deus - eu pensava.
       - Que bom que gostou... – Gustavo disse a centímetros do meu rosto. Seu tom baixo era novo para meus ouvidos e de certa forma, me hipnotizou.
       Eu não conseguia controlar minha respiração, parecia que ar nenhum me dava alívio e eu respirava fundo, lutando para não suspirar e pegar mal. Mais nervosa que o normal, notei que Gustavo também estava como eu.
       Olhei para a paisagem da janela e tentei me convencer de que era tolice meu nervosismo. Segurei as mãos de Gustavo que estavam em volta de mim, me abraçando, e deixei minha cabeça pender para trás, como sempre fazia quando queria relaxar. Gustavo apoiou seu queixo no topo da minha cabeça por um tempo, e eu aproveitei a paz e a oportunidade de me sentir segura e a salvo de todo mal que rondava minha vida. Mas foi só dar uma trégua ao meu nervosismo que logo ele voltou.
        Senti lábios levemente frios tocando meu pescoço em beijinhos carinhosos. Eu gelei. Foi como se uma corrente elétrica tivesse vindo dos meus pés e morrendo no meu peito, ouriçando meus braços. Claro que Gustavo percebeu.
         - Está frio... – Não soou uma pergunta, e ele me fez virar de frente, me envolvendo.
         Deixei-me ficar durante algum tempo. O vento frio invadia o quarto e era bom poder abraçar quem eu amava, mesmo que o nervosismo e um repentino medo me assolassem bem no fundo. Eu não era tão ingênua, eu sabia o que possivelmente aconteceria, mas não tinha certeza alguma, e com Gustavo ao meu redor, ficava mais difícil raciocinar.
          Por sorte... Ou não... Não sei... Um celular começou a vibrar e tocar incontroladamente. Gustavo me beijava e eu não consegui ver direito quando tentei pegar o aparelho, e nossas mochilas caíram estrondosamente da cama para o chão. Como se despertasse meio desencontrado, Gustavo se virou para o outro lado e foi apanhá-las. Era o celular dele.
          Gustavo olhou para o aparelho e sua expressão de serenidade deu lugar a uma ruga entre suas sobrancelhas. Eu não quis perguntar quem era por que eu estava sem muita noção do que fazer.
         - Eu acho que tenho que atende, desculpa... – Disse isso e foi até a varandinha.
         Eu toquei meu rosto, sentindo-o quente. Atrapalhada corri até o outro lado da cama e peguei uma troca de roupa e minha necessaire da mochila.
        - Eu vou tomar um banho! – Avisei falando um pouco alto, mas ainda assim não tive certeza se Gustavo ouviu. Assim, fui para o banheiro.
***
POV – Gustavo.
        - Eu não vou fazer isso. Não posso! – Gustavo sussurrava com medo que Gabrielle pudesse ouvir. – Não vou voltar pra casa. Não posso ir pra faculdade agora! Eu tive que salvá-la, você não entende a vida que ela tinha, tudo que ela passava... Eu sou a única pessoa em que ela pode se apoiar...
         O outro homem na linha parecia estressado e indignado.
“E você? Diz em quem você pode se apoiar? Quer salvar essa namoradinha da madrasta, mas você não tem nem onde cair morto!”.
        - Tenho economias. Posso arranjar um trabalho e...

“Quando? Amanhã? Acha que é fácil assim? Sua tia tem razão, mimei você e agora acha que pode conseguir tudo o que quer. Mas a verdade é que você não vai muito longe desse jeito. Você nem ao menos sabe se sustentar! Não tem formação nenhuma pra conseguir um trabalho. Você sequer tem certeza se essa garota é pra você mesmo!”.

- Eu tenho certeza sim, pai – Gustavo enfatizou.

“Ah tem... Então me diga quais são as previsões de vocês para daqui a um mês!”. Perante o silêncio de Gustavo, o pai continuou dando-se por satisfeito. “Viu? Não faça besteira, garoto!”.

Houve um bafafá na outra linha e Gustavo esperou enquanto a voz do pai desaparecia, dando lugar a de uma mulher.

- Mãe! – Gustavo falou esperando que ela o reconfortasse.

“Filho!”.

- Mãe, a senhora sabe, não sabe? Entende, não é?

“Sim, querido, sim, mas...” Sua voz falhava como se chorasse preocupada. “Volte pra casa... Vamos conversar direito, como uma família! Eu sei que seu pai está nervoso agora, mas...” ela baixou o tom e cochichou: “Talvez você possa trazer essa menina pra ficar com a gente. Só venha aqui amanhã, conversaremos e talvez consigamos convencer seu pai. Você vai pra faculdade e assim todos nós ficamos mais calmos. Vai ser melhor pra todos nós...”.

- Mãe eu...

“Por favor...”.
***
POV – Gabrielle.

Vesti um short e uma camiseta. Escovei meus cabelos, mas ainda assim era impossível colocar todos os cachos no lugar, então os deixei como queriam: espalhados por toda minha cabeça. Respirei fundo antes de voltar para o quarto. Minha tensão não diminuiu tanto quanto eu imaginei depois do banho, mas eu não podia ficar trancada no banheiro a noite toda.

Quando pisei no quarto de novo, vi Gustavo sentando na ponta da cama. A expressão ainda preocupada. Um frio assolou meu peito e corri até seu lado.

- Algo ruim? – Perguntei.

Gustavo levantou o rosto e me fitou por baixo dos cachos. Seus olhos azuis estavam com uma sombra de tristeza e aquilo partiu meu coração. O abracei já que ele não falou nada. Ele apertou meu cabelo como se não quisesse se afastar de mim, mas mesmo assim eu o fiz e depois o beijei. Eu não sabia o que estava acontecendo com ele, mas quis poder agradecer por tudo, por ter salvado minha vida, por ter me dado essa chance de finalmente edificar algo bom só pra mim. E foi quando eu me dei conta de como eu o amava. De como ele era claro e vivo.

De repente, Gustavo impôs uma distância entre nós. Eu senti um nó se formando na minha garganta. O que houve de errado?

- O que foi? – Perguntei outra vez.

- Nada. – Gustavo me assegurou e sorriu de forma singela. – Você está limpa e eu não... – Ele brincou. – Minha vez de tomar banho...

Ele pegou suas coisas e entrou no banheiro, e eu esperava ansiosa, para ouvir o barulho do chuveiro. Quando o ouvi, soltei um suspiro e me joguei na cama, lembrei-me do momento anterior, o que ele queria fazer?

Não seja ingênua Gabrielle - pensei comigo mesma.

Virei-me para o lado esquerdo, ainda deitada na cama, fitando a janela que agora estava fechada e senti uma lágrima rolando em meu rosto.

Por um instante, tentei me lembrar das breves lembranças que tinha dos meus pais, do sorriso dele, das broncas dela... Outro suspiro. Depois de todo esse tempo, agora eu estou aqui, com uma outra pessoa que me amou e que me ama incondicionalmente... Eu não podia decepcioná-lo.

Não, não posso - pensava aflita. E além do mais, ela o amava, e não estaria fazendo por obrigação e nem nada parecido... Chegaria a ser puro até... Como alguém veria maldade numa coisa dessas?

Tomou um pequeno susto quando sentiu a mão de Gustavo em sua cintura, até então não havia percebido a presença dele.

 - Desculpe. - Disse ele, beijando-me a cabeça.

Sorri e me virei pra ele, pressionando nossos lábios delicadamente, ele sorriu em resposta e depositou outro selinho na minha boca. E ficamos um bom tempo assim, sem dizer nada ao outro, apenas trocando carícias. Sabia onde isso nos levaria, poucos minutos mais tarde estávamos suspirando a cada carinho mais ousado. Não era nada forçado, apenas fluía. Eu nunca havia feito isso, e acho que ele também não... Porem em momento nenhum consegui sentir constrangimento, culpa ou dor.

Seus braços me envolviam de um jeito protetor e possessivo, juntando nossos corpos que agora estavam totalmente desprovidos de qualquer pano e nos unindo de uma forma única.

Então senti uma pequena pontada de dor, como se uma parte de mim estivesse sido arrancada, mas logo foi esquecida em meio às carícias que me deixavam cada vez mais extasiada.

Era uma mistura anormal de amor e prazer, algo único, e a cada investida dele, eu me contorcia por mais ar, eu perdia tudo em meio dos gemidos que eu esperava não estarem sendo tão altos, até que de uma forma extremamente delirante, chegamos ao clímax juntos, e ainda suspirando ele me afastou delicadamente dele, me colocando, logo em seguida, com a cabeça em seu peito e acariciando de leve o meu rosto.

- Eu te amo. - Sussurrou.

- Eu também te amo. - Dei-lhe um beijo e me aconcheguei em seu peito dormindo imediatamente.


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Notas finais do capítulo

O que acharam ? Ficou legal ? HEEIM? AAAWWWN *O*



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